Com a presença do presidente Lula foi inaugurado nesta segunda-feira (31/5) a 10ª edição da Michelin Challenge Bibendum no Brasil, no Riocentro. A Faculdade de Engenharia da UERJ juntamente com o CEFET marcam presença no evento com um stand conjunto e a apresentação para o público de um veículo tradicional (Kombi) transformado em veículo puramente elétrico.

O evento é um fórum da indústria automotiva do mundo inteiro que incentiva a redução do consumo de energia por veículo, da emissão de gases poluentes, da quantidade de acidentes e também discute melhorias do fluxo do tráfego. É a primeira vez que o Challenge Bibendum é realizado em um país do Hemisfério Sul.

O projeto de conversão da Kombi tradicional em veículo elétrico é uma iniciativa conjunta de professores e estudantes do CEFET e da UERJ coordenadas pelos professores Pecorelli da UERJ e Washington do CEFET Automobilismo.

Durante o primeiro dia do evento diversos jornalistas e engenheiros mostraram-se interessados em dar uma volta no veículo convertido. A opinião de todos, após o passeio no pátio do Riocentro, foi muito favorável ao trabalho da equipe. A conversão da Kombi obteve o apoio da WEG Motores Elétricos, Satúrnia Baterias, LIGHT Serviços de Eletricidade, ABVR e Rotary Internacional. O diretor de uma multinacional automobilistica, em visita ao stand CEFET-UERJ, prometeu doar um de seus modelos para que a equipe inter-institucional faça a conversão do veículo.

O professor Pecorelli declarou que a indústria automobilística está na fase do robô, mas o trabalho de conversão é essencialmente humano, e que poderá ser usado para criar milhares de postos de trabalho no Brasil. O professor Washington disse que ele e a equipe estavam virando noites para concluir o trabalho à tempo, mas que a receptividade, incluindo a do público estrangeiro, foi uma alegria para todos!

O Vice-Diretor da FEN, professor Weber Figueiredo, elogiou bastante o trabalho das instituições e disse que tem conversado com todos sobre a necessidade de se desenvolver o projeto de um carro elétrico nacional (pCEN) visando não apenas obter-se um produto de engenharia, mas, essencialmente, enriquecer o processo de ensino tecnológico.

— Em meio a milhões de veículos produzidos em nosso território é um absurdo o Brasil não possuir qualquer marca de veículo nacional. Penso que as instituições de ensino tecnológico devam apresentar a sua contribuição, o projeto de engenharia e o protótipo, sobretudo agora que há uma mudança de paradigma tecnológico, do petróleo para a eletricidade. Essa é a hora. — concluiu Weber.

Fonte: Direção da FEN/UERJ