Dissertação de Mestrado:
Evolução Temporal da Composição Iônica e do Carbono Orgânico Durante a Decomposição Anaeróbia de Folhas, Galhos e Serapilheira

Linha de Pesquisa:
Gestão Sustentável de Recursos Hídricos

Cristiane Marques Monteiro Pimenta

PEAMB
Orientador
Prof. Norberto Mangiavacchi , Ph.D. 1994 - The University of Michigan/EUA - Currículo Lattesk
Coorientador
Cássio Botelho Pereira Soares
Banca
* Prof. Norberto Mangiavacchi , Ph.D. 1994 - The University of Michigan/EUA - Currículo Lattesk
* Cássio Botelho Pereira Soares-UERJ-Docente
* Profa. Thereza Christina De Almeida Rosso , D.Sc. 1997 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
* Irineu Bianchine Junior-Un. Federal de São Carlos-Participante Externo
Data - hora da defesa
09/03/2007
Resumo
Este trabalho abordou a decomposição anaeróbia de folhas, galhos e serapilheira. Estes recursos vegetais (3 g PS L-1) foram imersos em água deionizada inoculada com solo e filtrada com filtro de 71 µm. Em intervalos de tempo pré-determinados (To, 6 hs, 1º, 3º, 5º, 7º, 10º, 15º, 20º e 30º dia) foram retiradas amostras para serem analisadas no cromatógrafo de íons e no analisador de carbono dissolvido. As frações lábeis/solúveis e refratárias de carbono foram determinadas, bem como a concentração dos íons (lítio, sódio, amônio, potássio, magnésio, cálcio, fluoreto, acetato, cloreto, nitrito, brometo, nitrato, sulfato, oxalato e fosfato). Observou-se que os teores de carbono orgânico particulado (COP) decresceram, principalmente, no início do experimento, produzindo um aumento nos teores de COD. De acordo com o modelo, todo o COP lábil/solúvel foi convertido em COD (8,47% - folhas; 2,81% - galhos e 0,72% - serapilheira), indicando que os detritos se solubilizaram num processo rápido (k2 = 1,5 dia-1 - folhas; 0,56 ± 0,22 dia-1 - galhos e 1,27 ± 0,54 dia-1 - serapilheira). Os coeficientes de mineralização (k3 = 0,048 ± _0,013 dia-1 - folhas e 0,032 ± 0,013 dia-1- galhos) caracterizaram processos lentos de mineralização do COD. A serapilheira não apresentou fração orgânica mineralizável (k3=0). As amostras de serapilheira (99,28%) apresentaram uma maior quantidade de carbono refratário, seguida dos galhos (97,19%) e das folhas (91,53%) e valores muito baixos de mineralização. Os valores de condutividade elétrica aumentaram durante todo o ensaio e os valores de pH oscilaram entre 5,38 e 6,86. Os íons (lítio, sódio, magnésio, cálcio, amônio, nitrato, nitrito, fluoreto, cloreto, brometo, sulfato e fosfato) apresentaram concentrações inferiores a 5 mg L-1, enquanto os íons fosfato e oxalato assumiram valores máximos intermediários (< 8,5 mg L-1). No entanto, os íons acetato e potássio alcançaram concentrações superiores 28 mg L-1. Os íons apresentaram comportamentos distintos entre si e conforme o caráter mais lábil ou refratário do substrato analisado, o que sugere que folhas, galhos, e serapilheira devam ser considerados como substratos heterogêneos do ponto de vista estrutural, o que acarreta numa liberação diferenciada de compostos orgânicos e inorgânicos, de acordo com o teor existente em suas estrutura

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