Dissertação de Mestrado:
Ficorremediação de 17-alfa Etinilestradiol (Ee2) Pela Microalga Chlorella Vulgaris Imobilizada em Cápsulas de Alginato

Ericka Cardoso de Gois Ferreira

PEAMB
Orientador
Profa. Lia Cardoso Rocha Saraiva Teixeira Currículo Lattes
Coorientador
Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - Currículo Lattes
Banca
* Profa. Lia Cardoso Rocha Saraiva Teixeira Currículo Lattes
* Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - Currículo Lattes
* Profa. Dra. Aline Chaves Intorne – UENF
* Profa. Dra. Rachel Ann Hauser-Davis – Fiocruz
Data - hora da defesa
30/11/2023
Resumo
Os micropoluentes emergentes são substâncias encontradas em baixas concentrações em matrizes aquáticas (ng mL-1), mas que podem causar inúmeros efeitos perturbadores nos organismos expostos, incluindo humanos. No entanto, como eles não são efetivamente removidos pelas tecnologias convencionais de tratamento de efluentes, estão cada vez mais presentes nos efluentes domésticos. Dentre estes, destaca-se o hormônio sintético 17α-etinilestradiol (EE2), amplamente utilizado em contraceptivos e terapias de reposição hormonal. Um recurso que pode ajudar a mitigar esses efeitos é a ficorremedição, onde espécies selecionadas de microalgas são empregadas no tratamento de efluentes, sendo capazes de remover ou biodegradar os contaminantes-alvo, como hormônios. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de remoção da microalga Chlorella vulgaris, imobilizada em cápsulas de alginato de sódio, do hormônio feminino sintético EE2. Inicialmente, foi realizado o encapsulamento da microalga com alginato de sódio para avaliar a capacidade da microalga permanecer viável e ser liberada lentamente no meio líquido. Feito isso, o crescimento das células foi acompanhado ao longo de 4 meses por contagem celular em câmara de Neubauer, e foi verificado aumento no número de células, indicando que a microalga permaneceu viável. Na segunda etapa, foi realizado um bioensaio, onde as microalgas encapsuladas foram expostas a 50 ug L-1 de EE2 em água mineral por 96h. Paralelamente, foram conduzidos bioensaios controle com microalgas livres em água mineral e outro com apenas EE2 em água mineral. O bioensaio foi monitorado por contagem de células e concentração de EE2 por cromatografia líquida. Após os resultados, foi realizada análise estatística ANOVA com fator duplo de repetição e verificou-se que as algas livres tiveram melhor desempenho considerando as reduções nos tempos analisados, sendo uma redução final de 75%, já as algas encapsuladas em alginato de sódio tiveram uma redução de 49% de EE2 após 96 horas de experimento, as amostras de cápsulas de alginato de sódio e água (controle) também tiveram eficiência de remoção do hormônio. Os resultados sugerem que esta metodologia de encapsulamento de microalgas pode ser viável para a remoção de micropoluentes, sobretudo o hormônio EE2. Palavras-chave: Alginato de sódio; Hormônio feminino sintético; Encapsulamento de microalgas; 17-alfa etinilestradiol; Chorella vulgaris.

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