Tese Doutorado:
Toxicidade Crônica, Embriotoxicidade e Análise de Risco Ambiental de Antivirais

Ludmila da Silva Cunha

DEAMB
Orientador
Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
Coorientador
Dra. Natália Guimarães de Figueiredo
Banca
* Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
* Drª. Natália Guimarães de Figueiredo - INT
* Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - Currículo Lattes
* Profa Dra. Bárbara Rodrigues Geraldino de Andrade - INCA
* Profa Dra. Kátia Soares da Poça - INCA
* Dra. Sarah Dario Alves Daflon - UFRJ
Data - hora da defesa
20/05/2022
Resumo
CUNHA, Ludmila da Silva. Toxicidade crônica, embriotoxicidade e análise de risco ambiental de antivirais. 2022. 175f. Tese (Doutorado em Engenharia Ambiental) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. Os antivirais são uma classe de medicamentos usados no tratamento do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e outras infecções virais. Devido ao seu amplo uso em países em desenvolvimento, esses compostos já foram encontrados em diversos ambientes aquáticos e os dados sobre o risco que podem representar para espécies não-alvo são escassos. Este estudo tem como objetivo avaliar o risco ambiental de antivirais e seus efeitos crônicos utilizando duas espécies de organismos aquáticos, além de investigar a embriotoxicidade destes fármacos para Daphnia similis. Os resultados de tocixidade com R. subcapitata foram: zidovudina (CI50 = 5,442 mg L-1) < aciclovir (CI50 = 3,612 mg L-1) < lamivudina (CI50 = 3,013 mg L-1) < efavirenz (CI50 = 0,034 mg L-1). Os resultados do ensaio crônico com C. dubia demonstraram que a zidovudina foi a menos tóxica (CE50 = 5,671 mg L-1), seguida pelo aciclovir (CE50 = 3,062 mg L-1), lamivudina (CE50 = 1,345 mg L-1) e efavirenz (CE50 = 0,026 mg L-1). Ambas as espécies demonstraram ser sensíveis ao efavirenz. A análise de risco ambiental nas águas superficiais dos rios revelou ser alto (Quociente de Risco > 1) com o uso do efavirenz e lamivudina para R. subcapitata e C. dubia. Posteriormente, foi realizada uma avaliação de risco para misturas de antiviriais que identificou riscos muito altos para os organismos aquáticos. Os resultados do ensaio de embriotoxicidade dos quatro antivirais revelaram que esses fármacos induziram anormalidades variadas como interrupção do desenvolvimento embrionário e anormalidades na carapaça, antenas e do espinho caudal. O modelo de embrião de Daphnia foi considerado adequado para avaliar a toxicidade de micropoluentes durante o desenvolvimento embrionário o que pode comprometer à sobrevivência de espécies em ambientes com a presença dos antivirais. Os antivirais representam um risco ambiental significativo para os organismos aquáticos e devem ser levados em consideração no monitoramento futuro dos corpos hídricos. Palavras-chave: Antivirais. Ceriodaphnia Dubia. Raphidocelis Subcapitat. Toxicidade crônica. Análise de risco ambiental. Embriotoxicidade.

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