Dissertação de Mestrado:
Avaliação do Gerenciamento do Óleo Vegetal Residual em Estabelecimentos Alimentícios Nos Bairros da Tijuca e Vila Isabel – Rio de Janeiro – Rj

Jessica Castello Branco de Barros

PEAMB
Orientador
Prof. Elmo Rodrigues Da Silva , D.Sc. 1998 - ENSP/FIOCRUZ - Currículo Lattesk
Banca
* Prof. Elmo Rodrigues Da Silva , D.Sc. 1998 - ENSP/FIOCRUZ - Currículo Lattesk
* Profa. Rosa Maria Formiga Johnsson , D.Sc. 1998-Univ. de Paris XII/ França - Currículo Lattesk
* Prof. Dr. Luciano Bispo dos Santos - FAETEC RJ
Data - hora da defesa
31/08/2018
Resumo
O crescimento populacional e da produção de bens de consumo provocaram um aumento de resíduos urbanos, com implicações ambientais e na saúde pública, tornando-se um grande desafio para a administração municipal e a sociedade. O Óleo Vegetal Residual (OVR) proveniente do cozimento de alimentos em estabelecimentos alimentícios e nas residências faz parte desse problema. No Brasil é comum o descarte desse óleo na rede de esgoto provocando danos ao solo e à vida aquática, bem como no aumento do custo de tratamento de esgoto e entupimento das tubulações. Contudo, com o manejo adequado desse resíduo é possível recuperá-lo por meio de uma Logística Reversa (LR) que o destine à fabricação de sabão, biodiesel, tinta, entre outros produtos. Apesar de sua importância, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010, não estabeleceu um sistema nacional de LR para o setor de óleo vegetal. O objetivo deste estudo foi avaliar o gerenciamento do OVR em estabelecimentos alimentícios (bares e restaurantes) nos bairros de Vila Isabel e Tijuca – Município do Rio de Janeiro - RJ. A abordagem metodológica foi qualitativa e descritiva, apoiada por revisão da literatura e trabalho de campo. Para a coleta dos dados foram utilizados questionários com perguntas abertas e fechadas aplicadas aos dirigentes de 56 estabelecimentos alimentícios e aos dirigentes de 10 cooperativas e empresas que atuam no mercado de coleta e destinação desse óleo. Quanto aos resultados, 94% dos bares e restaurantes destinam o óleo usado às organizações coletoras por meio de sua doação, venda ou troca por produtos de limpeza. Entre as questões identificadas na pesquisa têm-se: boa parte dos estabelecimentos alimentícios desconhece a legislação ambiental e não exige a Licença de Operação (LO) das organizações coletoras do OVR; muitas dessas organizações atuam na informalidade devido à falta de recursos e à fiscalização deficiente pelos órgãos responsáveis; forte disputa no mercado do OVR entre as cooperativas/associações de catadores e empresas privadas. Uma das limitações do estudo diz respeito ao desconhecimento desse mercado e de dados oficiais sobre o seu gerenciamento. Esses e outros obstáculos identificados, especialmente na região pesquisada, mostram a necessidade de implantação de um sistema de LR para o setor de óleo vegetal a nível nacional, aprimoramento do gerenciamento do OVR no Estado do Rio de Janeiro, além de incentivos à cadeia produtiva da reciclagem, temas esses que poderão ser objetos de estudos futuros. Palavras-chave: Resíduos Sólidos Urbanos; Óleo Vegetal Residual; Óleo Culinário Saturado; Óleo de Frituras; Setor Alimentício; Reciclagem de Resíduos.

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