Dissertação de Mestrado:
Estudo Sobre o Manejo dos Resíduos Biológicos Classe A4

Antonio Henrique Candeias

PEAMB
Orientador
Prof. Elmo Rodrigues Da Silva , D.Sc. 1998 - ENSP/FIOCRUZ - Currículo Lattesk
Banca
* Prof. Luiz Antonio Arnaud Mendes Currículo Lattesk
* Prof. Elmo Rodrigues Da Silva , D.Sc. 1998 - ENSP/FIOCRUZ - Currículo Lattesk
* Profa Dra.Heloisa Helena Albuquerque B. Quaresma Gonçalves - UNIRIO
Data - hora da defesa
11/04/2013
Resumo
A complexidade na implantação de manejo dos resíduos biológicos, conforme determina a Resolução RDC no. 306/2004 da ANVISA, é um desafio para administrações e Unidades de Serviços de Saúde (USS) do Brasil. O objetivo deste estudo é avaliar o atual manejo destes resíduos, em particular os da classe de risco A4. A sua relevância está nas mudanças em andamento no setor de saneamento a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e da RDC no 306. Esta pesquisa tem caráter qualitativo e descritivo. Os procedimentos realizados foram revisão bibliográfica sobre o estado da arte e coleta de dados em: Unidades de Serviços de Saúde (USS); órgãos ambientais; visitas técnicas em empresas tratadoras de resíduos; gerenciadores de aterros sanitários e através de entrevistas com especialistas no assunto. Como exemplo, dois casos sobre o manejo de resíduos biológicos foram estudados: o do Rio de Janeiro (RJ) e do Orlando, na Flórida (USA). Com relação aos resíduos biológicos, mesmo onde se faz uma coleta e segregação diferenciada (Rio de Janeiro), observa-se uma distância técnica e logística ao se comparar ao caso de Orlando. Também é grande a diferença em relação à educação e treinamento dos trabalhadores envolvidos no manejo de tais resíduos. Orlando, como outras cidades americanas, tratam 100% dos resíduos biológicos sem diferenciação entre classes de resíduos biológicos. No Brasil, há uma tendência a se adotar tal modelo, embora nossa realidade seja bem diferente da americana. Em nosso país, em muitas USS é comum a gestão inadequada dos resíduos, a qual é agravada com a existência dos lixões e a presença de catadores. Em geral, como não se licenciam aterros sanitários para receber os resíduos A4, todos os resíduos biológicos passaram então a ser considerados como sendo classe A de risco e encaminhados para tratamento de redução microbiana. Com isto, aumenta-se a quantidade de resíduos a serem tratados, onera-se o custo do processo e podem-se agravar os riscos no seu manejo. Neste estudo, defendeu-se, nas situações onde o manejo e destinação de resíduo comum são feitos de forma correta, que os resíduos biológicos de classe A4 sejam considerados equivalentes aos resíduos domiciliares e destinados a aterros sanitários licenciados. Recomendase o gerenciamento integrado dos resíduos biológicos de USS com a incorporação de métodos e técnicas atuais, como foram apresentados, sendo fundamental a implantação efetiva da PNRS pelos municípios. Espera-se que este trabalho contribua na construção de um modelo de manejo de resíduos biológicos, sobretudo os de classe A4. Para estudos futuros, indica-se uma avaliação estratégica sobre a sustentabilidade técnica e econômica do modelo de gerenciamento destes resíduos em contexto mais amplo. Para tal, recomenda-se uma pesquisa em outros estados, bem como o acompanhamento das tendências mundiais para classificação dos riscos dos Resíduos de Serviços de Saúde e de sua destinação, principalmente em países com realidades semelhantes à nossa. Palavras-Chave: Resíduos Sólidos, Resíduos Biológicos, Resíduos Classe A4, Manejo, Município do Rio de Janeiro, Cidade de Orlando (USA)

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