Dissertação de Mestrado:
Avaliação de Metodologia Para Controle e Medição de Cor em Efluentes Têxteis
Gil Leonardo A. Lucido
- PEAMB
- Orientador
Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - k- Banca
* Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - k
* Prof. João Alberto Ferreira , D.Sc. 1997 - ENSP/FIOCRUZ - k
* Profa Dsc. Simone Maria Ribas Vendramel - IFRJ
- Data - hora da defesa
- 01/12/2010
- Resumo
- Os processos de beneficiamento têxtil, como o alvejamento, a purga, o
tingimento e as lavagens são reconhecidamente impactantes ao meio ambiente, tanto
do ponto de vista de consumo de água, quanto da geração de efluentes. Os efluentes
têxteis oriundos dos processos de beneficiamento se caracterizam por apresentarem
elevadas concentrações de substâncias emulsificantes, íons cloreto, sólidos e matéria
orgânica, além de alta toxicidade. Mas sem dúvida, o maior problema desses efluentes
deve-se a presença de corantes e pigmentos. Alguns parâmetros físico-químicos
importantes no controle da poluição hídrica são de difícil medição e consequente
monitoramento, principalmente pela ausência de legislação que expresse de maneira
clara e objetiva os limites destes parâmetros. Este fato permite avaliações dúbias e
contestações aos órgãos ambientais. Especificamente no caso do parâmetro cor, esta
subjetividade obriga muitas indústrias a empregarem valores de controle de cor
oriundos de outros estados, ou até mesmo de outros países. No Rio de Janeiro, de
acordo com a NT-202-R-10 do INEA, o critério para cor é estar virtualmente ausente no
efluente. Neste contexto, este estudo avaliou algumas metodologias empregadas na
determinação da cor em um efluente têxtil. Para a medição de cor, foram empregadas
três metodologias descritas na literatura. A primeira metodologia desenvolvida para
análise de água, também utilizada para efluentes líquidos, se baseia em medições
espectrofotométricas em um único comprimento de onda padrão (450nm ou 465nm),
tendo como referência soluções de Pt-Co. Essa metodologia não abrange todas as
tonalidades do espectro de cores possíveis para os efluentes têxteis. O segundo
método se baseia na medição em três comprimentos de onda (436, 525 e 620nm),
denominado índice DFZ. O último método investiga os valores máximos de
absorbância, na faixa entre 350 e 700nm, na amostra. Os resultados obtidos mostraram
que as correções dos valores de medição de cor utilizando os valores máximos de
absorbância expressaram melhor a realidade dos dados experimentais, visto que
eliminam um possível erro causado pela restrita faixa de detecção do método
tradicional, numa região do espectro típica para tonalidades encontradas na água.
Palavras-chave: medição de cor, efluente têxtil, legislação ambiental;