Tese Doutorado:
Jardins de Chuva: Uma Análise Teórica e Experimental Para a Implementação no Brasil
Fabio Ribeiro Gondim
- DEAMB
- Orientador
Prof. Alfredo Akira Ohnuma Júnior , Prof. Dr. - 
- Coorientador
Prof. Marcelo Obraczka
k- Banca
* Prof. Alfredo Akira Ohnuma Júnior , Prof. Dr. - 
* Prof. Marcelo Obraczka
k
* Profa. Luciana Fernandes Guimarães 
* Profa. Bruna Peres Battemarco 
* Prof. DSc. Wenceslau Geraldes Teixeira - EMBRAPA
* Prof. DSc. Flavia Teixeira Braga - UFF
* Prof. DSc. Viviane Japiassu Viana - IFRJ e UVA
* Prof. DSc.
- Data - hora da defesa
- 23/09/2024
- Resumo
- GONDIM, F.R. Jardins de chuva: uma análise teórica e experimental para a
implementação no Brasil. 2024. 190 p. Tese (Doutorado em Engenharia Ambiental)
– Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2024.
A infraestrutura verde Jardim de Chuva visa reduzir os impactos da
urbanização sobre as águas urbanas e adaptar as cidades às mudanças climáticas.
O objetivo desta tese foi avaliar sua aplicabilidade nas cidades brasileiras. O
trabalho foi subdividido em três capítulos. No primeiro capítulo, foi realizado um
referencial teórico da funcionalidade do jardim de chuva, através de uma revisão
sistemática. No segundo capítulo, foi desenvolvido um referencial prático sobre as
metodologias utilizadas para analisar a funcionalidade do jardim, por meio da análise
de um jardim de chuva instalado na cidade do Rio de Janeiro, RJ. Utilizaram-se o
método racional, um linígrafo e modelagem computacional com o Hydrus-1D para
medir a capacidade de retenção de água da chuva. Além disso, foram coletadas
amostras da precipitação direta, da primeira água da chuva e da água que passou
pelo jardim de chuva, para avaliar a capacidade de retenção de poluentes. No
terceiro capítulo, foi realizada uma análise propositiva para entender as dificuldades
na disseminação da técnica no Brasil e propor soluções. Foram aplicados
questionários a especialistas, além de uma pesquisa sobre legislações e programas
nacionais e internacionais relacionados à divulgação da técnica. Os trabalhos
encontrados foram divididos em cinco temas principais: controle de poluição,
melhoria operacional, capacidade de retenção de água, custos de instalação e
fatores socioambientais. A avaliação da eficiência e os custos de instalação e
manutenção são os temas mais atuais. O jardim de chuva não apresentou
extravasamento durante o período estudado, e, embora ocupasse 11% da área de
capitação de água, seria funcional com uma área equivalente a 6,3% dos telhados.
Em relação à remoção de poluentes, houve redução de 73% de coliformes fecais,
39% nos sólidos totais dissolvidos e 12,1% de carbono orgânico total da água do
escoamento. Quanto à popularidade das infraestruturas verdes, os telhados verdes
são os mais conhecidos, e o desconhecimento, juntamente com a falta de um
padrão construtivo, parece ser um grande entrave à disseminação da técnica. As
legislações ainda não contemplam o jardim de chuva, e a fragmentação na
governança da gestão dos rios e drenagens urbanas também se apresentou como
uma barreira no Brasil. O jardim de chuva pode ser uma ferramenta importante para
a adaptação das cidades às mudanças climáticas e para a revitalização dos rios
urbanos, sendo necessária uma maior divulgação da técnica, capacitação dos
agentes envolvidos, implementação de instrumentos legais e incentivos públicos
para a instalação das infraestruturas verdes pelas populações urbanas.
Palavras-chave: Jardim de chuva; Infraestrutura verde; Rios urbanos, Drenagem
urbana.