Dissertação de Mestrado:
Caracterização de Estações de Tratamento de Esgotos Descentralizadas Adjacentes Ao Complexo Lagunar de Jacarepaguá e a Percepção Desta População Sobre As Condições de Saneamento

Phillipe Rocha Silva

PEAMB
Orientador
Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - Currículo Lattes
Coorientador
Prof. Marcelo Obraczka Currículo Lattesk
Banca
* Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - Currículo Lattes
* Prof. Marcelo Obraczka Currículo Lattesk
* Profa. Ana Silvia Pereira Santos , D.Sc. 2010 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattes
* Profa. Jessica Rodrigues Pires da Silva - D. Sc.
* Engenheira Química - Concessionária Rio+Saneamento
Data - hora da defesa
15/12/2023
Resumo
Tratamento, coleta e destinação inadequada de esgoto são problemas complexos recorrentes na cidade do Rio de Janeiro, problemática que não está apenas relacionada a condição social ou nível de escolaridade da população local. O Complexo Lagunar de Jacarepaguá é afetado negativamente pelo recorrente lançamento de esgoto, estando inserido na Região Administrativa da Barra da Tijuca, que compreende oito bairros com perfil socioeconômico heterogêneo. Nesse contexto, o presente estudo avaliou a eficiência de tratamento de esgotos de sistemas condominiais (ETE particulares), contribuintes da bacia do Complexo Lagunar de Jacarepaguá, quanto a remoção de carga orgânica em termos de DBO5 e de nutrientes, Nitrogênio Total (Ntot) e Fósforo Total (Ptot), consolidando-os e comparando-os com os limites legais vigentes. Avaliou-se também, o perfil socioeconômico da população da Região Administrativa da Barra da Tijuca e sua compreensão sobre as condições sanitárias de seus bairros e o descarte de medicamentos, por meio de formulário on-line, contabilizando 211 participantes. Deste modo, foi verificado o alcance de eficiências médias entre 77% e 85% para a redução do DBO5, dentro dos níveis previstos de eficiência para tratamentos secundários (60% e 99%), ainda que as cargas médias mensais do esgoto tratado, tenham registrado 1.777,91 kg para DBO, bem como 706,92 kg para Nitrogênio Total e 137,31 kg para Fósforo Total. Ademais, no âmbito do questionário realizado, 20,8% afirmaram residir onde existe algum tipo de sistema de tratamento de esgoto particular, seja este anaeróbio ou aeróbio e 47,3% desconheciam a efetivação de manutenção ou não nos sistemas de suas habitações. Não obstante, 55,5% descartam seus medicamentos não utilizados no lixo comum, ainda que 7,1%, façam o descarte em pias ou vasos sanitários. Mediante ao exposto, o trabalho desenvolvido ressalta a importância do bom funcionamento dos sistemas particulares, face a considerável contribuição de seus efluentes ao frágil complexo lagunar estudado, apontando inclusive, a importância do controle em relação ao descarte adequado e seguro de medicamentos, indicando ainda, a necessidade de maiores estudos de monitoramento quanto à presença e efeitos de compostos fármacos nos corpos hídricos e seus ecossistemas. Palavras-chave: Tratamento de esgotos; Estações descentralizadas de tratamento; Nutrientes; Saneamento básico; Descarte de medicamentos.

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