Dissertação de Mestrado:
Aplicação do Processo de Regeneração Por Via Ácida de Coagulante Químico em Lodo de Estação de Tratamento de Água
Luiza Helena Lima Moraes
- PEAMB
- Orientador
Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ -
k- Coorientador
Profa. Rosane Cristina De Andrade 
- Banca
* Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ -
k
* Profa. Rosane Cristina De Andrade 
* Prof. Dr. Everton Gripa - UFRJ
* Prof. Dr. Felipe Cury Mazza - UFJF
* Prof. Ronei De Almeida 
- Data - hora da defesa
- 29/11/2023
- Resumo
- O presente trabalho analisa a viabilidade técnica da recuperação por via ácida de
coagulante como método para melhoria do processo de valorização de lodo de Estação de
Tratamento de Água (ETA). Ensaios de recuperação de coagulante utilizando ácido sulfúrico,
i.e., processo via ácida foram realizados. O lodo foi coletado da ETA da Universidade Federal
de Viçosa (LETA), Minas Gerais, Brasil (722065.30 m E, 7702362.74 m S). O qual O qual
apresentou toxicidade aguda sobre Vibrio fischeri (percentual de efeito entorno de 30,24%),
composto principalmente de água (53,85%), matéria orgânica (9,98%) e óxidostais como Al2O3
(37,74 %), SiO2 (35,98 %), P2O5 (0,599 %), SO3 (0,375 %), Cl (0,353 %), K2O (0,216 %), CaO
(0,312 %), TiO2 (1,783 %), MnO (0,159 %) e Fe2O3 (22,31 %), presentes em formas cristalinas
(Caulinita, Goethita, Hematita e Gibbisita, entorno de 48,7 %) e amorfas (51,3 %). Realizado o
processo de regeneração do coagulante do LETA, foram gerados dois produtos: um coagulante
e um resíduo sólido não solubilizado chamado de "LETA tratado". A análise química do
coagulante recuperado revelou uma concentração de sulfato de alumínio de 0,53 g.L-1
, que
apesar de ter sido menor do que a concentração de 20 g.L-1
do coagulante comercial usado para
comparação no estudo, mostrou resultados de remoção de cor em 83,30% e de turbidez em
55,67%, tendo em vista a possibilidade da recuperação de outros agentes coagulantes como o
sulfato férrico. No entanto, devido ao coagulante recuperado ter aumentado a concentração de
Carbono Orgânico Dissolvido (COD) em 3,035 mg.L-1
na água bruto, e à possibilidade deste
em adicionar à água tartada metais dissolvidos presentes em sua composição, sua utilização não
foi recomendada para utilização em tratamento de água para abastecimento público, sendo mais
indicado para o tratamento de efluentes. O "LETA tratado", apesar de apresentar características
semelhantes ao lodo original da LETA, apresentou resultados menores em relação aos teores
de umidade, matéria orgânica e de óxidos como SiO2 (35,730 %), P2O5 (0,550 %), SO3
(0,091 %), Cl (0,310 %), K2O (0,192 %), CaO (0,330 %), TiO2 %), (1,672 %), MnO (0,156 %)
e Fe2O3 (20,86 %), e maiores quanto à presença de Al2O3 no meio (39,950 %), e de percentual
de efeito sobre a ecotoxicidade testada utilizando a bactéria Vibrio fischeri (Percentual de efeito
de 85,22%) Essas alterações nas características do "LETA tratado" sugerem que ele pode ser
mais adequado para alguns métodos de destinação, como incorporação do lodo em concreto e
cerâmica, uma vez que a aplicação do processo de recuperação de coagulante através do lodo
permitiu reduzir algumas características que limitavam a aplicação desses métodos, como
umidade, matéria orgânica e a presença de alguns óxidos presentes no LETA. No entanto, são
necessários estudos mais detalhados sobre cada uma das metodologias de reaproveitamento
após a recuperação do coagulante, a fim de avaliar melhor a viabilidade técnica e econômica
desses procedimentos.
Palavras-chave: Coagulação/ floculação; Recuperação por acidificação; Valorização de
resíduos; Sulfato de alumínio; Lodo químico.