Tese Doutorado:
Governança Local de Águas Pluviais Baseada no Desenho e Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto (Liudd): Proposição de Um Modelo Conceitual Para a Cidade do Rio de Janeiro
Mauro Alexandre de Oliveira Prioste
- DEAMB
- Orientador
Prof. Alfredo Akira Ohnuma Júnior , Prof. Dr. - 
- Coorientador
Profa. Rosa Maria Formiga Johnsson , D.Sc. 1998-Univ. de Paris XII/ França -
k- Banca
* Prof. Alfredo Akira Ohnuma Júnior , Prof. Dr. - 
* Profa. Rosa Maria Formiga Johnsson , D.Sc. 1998-Univ. de Paris XII/ França -
k
* Prof. Marcelo Obraczka
k
* Prof. Dr. Paulo Luiz da Fonseca - UFF - PREFEITURA DO RIO
* Profa. Dra. Maria Inês Paes Ferreira - PPEA/IFF
* Profa. Dra. Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães - ICICT/FIOCRUZ
- Data - hora da defesa
- 18/04/2022
- Resumo
- PRIOSTE, M. A. O. Governança local de águas pluviais baseada no desenho e
desenvolvimento urbano de baixo impacto (LIUDD): proposição de um modelo conceitual
para a cidade do Rio de Janeiro. 2022. 381 f. Tese (Doutorado em Engenharia Ambiental) –
Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
Os conflitos de competência na gestão dos recursos hídricos do Brasil trouxeram um
grande prejuízo na elaboração de políticas públicas nacionais, regionais ou locais, diante da
indefinição, de forma explícita, das áreas de atuação (geográficas e políticas) de cada ente da
federação. Neste trabalho busca-se apresentar uma percepção acerca do gerenciamento das
águas pluviais diretamente ligada às questões históricas, configurando uma verdadeira linha de
espaço-tempo capaz de demonstrar a influência das sociedades antigas nos modelos de gestão
em territórios conquistados, bem como verificar que esse comportamento se replica até os dias
de hoje. A dimensão ambiental das questões de drenagem urbana superou o enfoque
exclusivamente sanitarista do passado e passou a incluir questões como: a requalificação dos
espaços públicos, o controle do uso e ocupação do solo e a manutenção de espaços livres, e a
considerar a necessidade de preservação dos elementos naturais de paisagem e da participação
democrática na administração do bem comum. As cidades devem resgatar suas atribuições
políticas locais, melhorar as peças legislativas existentes e criar outras novas, capazes de
credenciá-las na elaboração de agendas urbanas e ambientais, que priorizem uma gestão
sustentável das águas pluviais e a inclusão social como instrumento de gestão. Buscou-se
apresentar uma proposta de gestão das águas pluviais para a cidade do Rio de Janeiro com a
possibilidade de replicação para outras cidades com características geomorfológicas ou
socioambientais semelhantes. A partir da identificação de um recorte geográfico na cidade – a
Ilha do Governador – foi possível elaborar uma proposta de gestão local das águas pluviais sob
o conceito de Desenho e Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto (LIUDD) e de Soluções
baseadas na Natureza (SbN), levando-se em conta: os ativos potenciais identificados, o
exercício de governança local, o monitoramento remoto e a adequação jurídica, bem como a
efetiva adesão ao estabelecido nas Políticas Nacionais de Saneamento Básico e de
Gerenciamento dos Recursos Hídricos. Os resultados permitiram assegurar a relevância social
deste trabalho, além de evidenciar a possibilidade de ampliação de escolhas de modelos de
gestão das águas pluviais, capazes de direcionar políticas públicas com alternativas de baixo
custo, de baixo impacto, inclusão social e de gestão sustentável, capazes de incentivar a
mudança de foco sobre a drenagem urbana, de “problema” para “oportunidade”.
Palavras-chave: LIUDD. Gestão sustentável de águas pluviais. Ativos potenciais ambientais.
Cidade do Rio de Janeiro.