Dissertação de Mestrado:
Avaliação de Risco Ecológico Associado à Presença de Agrotóxico na Lagoa de Jacarepaguá- Rj

Maria Carolina Souza da Cruz

PEAMB
Orientador
Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - Currículo Lattes
Coorientador
Prof. Dr. Enrico Mendes Saggioro
Banca
* Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - Currículo Lattes
* Prof.Dr. Enrico Mendes Saggioro - ENSP - FIOCRUZ
* Profa. Marcia Marques Gomes , Ph.D. 2000 - Royal Institute of Technology-KTH, Estocolmo/Suécia - Currículo Lattesk
* Profa.Dra. Julia Carina Niemeyer - UFSC
* Dra. Rachel Ann Hauser-Davis - FIOCRUZ
Data - hora da defesa
19/10/2021
Resumo
CRUZ, Maria Carolina Souza da. Avaliação de risco ecológico associado à presença de agrotóxico na Lagoa de Jacarepaguá- RJ. 2021. 114 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Engenharia Ambiental) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021. A Lagoa de Jacarepaguá (LJPA) faz parte do Complexo Lagunar da Baixada de Jacarepaguá, sendo este um dos maiores complexos lagunares do Estado do Rio de Janeiro ocupando uma área de 3,7 km2. A LJPA, uma das quatro lagoas do complexo, ganhou visibilidade internacional após os Jogos Olímpicos de 2016 com a construção do Parque Olímpico em suas margens. Esta área tem sido foco de investimentos intensivos com urbanização e construção de condomínios residenciais com sistemas privados descentralizados de tratamento de esgoto, lançando efluentes na lagoa juntamente com esgoto não tratado de aglomerados subnormais. Este estudo teve como objetivo desenvolver uma Avaliação de Risco Ecológico (ARE) para o LJPA com base nas Linhas de Evidência (LoE) de Qualidade da Água, Química, Ecotoxicológica e Ecológica. As amostras de água superficial foram coletadas durante cinco campanhas bimestrais em cinco pontos de amostragem na LJPA e no ponto de referência P0 no Açude do Camorim. A LoE de Qualidade da Água com base em parâmetros físico-químicos foi usada para estimar o Índice de Risco de Qualidade da Água (0,80 ± 0,07) sendo classificado como risco muito alto (0,75-1,0). A LoE Química baseada na presença de 107 agrotóxicos foi usada para estimar o Índice de Risco Químico (0,51 ± 0,20), sendo classificado como risco alto (0,5-0,75). A LoE ecotoxicológica baseada em ensaios de ecotoxicidade crônica (C. vulgaris e C. dubia) foi usada para estimar o Índice de Risco Ecotoxicológico (0,78 ± 0,20), sendo classificado como risco muito alto (0,75-1,0). A LoE Ecológica baseada na análise de riqueza e abundância de espécies de algas locais foi usada para estimar o Índice de Risco Ecológico (0,80 ± 0,12), sendo classificado como risco muito alto. Por fim, o Índice de Risco Ambiental estimado pela integração dos índices de riscos das quatro LoE foi de 0,81 ± 0,11, sendo classificado como risco muito alto. Concluiu-se que a LJPA atingiu um estágio avançado de contaminação e degradação de seu ecossistema, exigindo ações urgentes de mitigação de riscos, como o fim do lançamento clandestino de esgoto na lagoa. Mais investigações são necessárias para elucidar as principais fontes e rotas de agrotóxicos encontrados no LJPA com o objetivo de evitar que eles atinjam a lagoa. Palavras-chave: Agrotóxicos. Lagoa de Jacarepaguá. Índice de qualidade de água. Risco ecotoxicológico. Risco químico. Riqueza de espécies.

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