Tese Doutorado:
Avaliação das Emissões e Dispersões Atmosféricas de Aterros de Disposição Final de Resíduos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Priscila Falcão de Sá Borba

DEAMB
Orientador
Profa. Elisabeth Ritter , D.Sc. 1998 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
Coorientador
Prof. Dr. Sergio Machado Corrêa
Banca
* Prof. Dr. Sergio Machado Corrêa - UERJ
* Profa. Elisabeth Ritter , D.Sc. 1998 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
* Prof. Dr. Cleyton Martins da Silva - Universidade Veiga de Almeida (UVA)
* Profa. Dra. Débora Souza Alvim - Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE)
* Profa. Dra. Veruschka Escarião Dessoles Monteiro - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
* Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
Data - hora da defesa
10/02/2022
Resumo
BORBA, P. F. de S. Avaliação das emissões e dispersões atmosféricas de aterros de disposição final de resíduos na região metropolitana do Rio de Janeiro. 2022. 244f. Tese (Doutorado em Engenharia Ambiental) 􀂱 Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. O biogás produzido através da degradação de resíduos em aterros sanitários tem, dentre seus componentes, gases indutores do aumento do efeito estufa (CH4 e CO2) e gases potencialmente tóxicos (compostos orgânicos voláteis). Por este motivo, a emissão através da camada de cobertura tem sido extensivamente estudada e avaliada. Contudo, ainda são poucas as pesquisas que buscam conhecer as tendências de dispersão destes gases na atmosfera, de forma a avaliar as concentrações destes poluentes nos arredores dos aterros. Sendo assim, a presente pesquisa tem como objetivo averiguar o padrão de dispersão atmosférica dos gases emitidos através da camada de cobertura de solo intermediária do Aterro Controlado de Gramacho (ACG) e do Aterro Sanitário de Seropédica (ASS), aterros de grande porte localizados na região metropolitana do Rio de Janeiro. Para tanto, foram coletadas amostras utilizando câmara de fluxo, e estas foram analisadas por cromatografia gasosa. Foram analisadas as taxas de emissão de CH4, CO2 e BTEX para o aterro de Seropédica e CH4, CO2, N2O, CO, BTEX e HC (C6 a C12) para o aterro de Gramacho. Para avaliação da dispersão foi utilizado o modelo matemático AERMOD. A taxa média de emissão de CH4 no ACG foi 5,4 vezes maior e a de COV foi 1,33 maior do que a encontrada no ASS. A existência de fissuras na camada de cobertura do ASS fez com que as emissões máximas de GEE e BTEX fossem maiores do que as observadas no ACG. Foi observada uma correlação na emissão de CO2 e CH4, contudo não houve correlação destes gases com todos os BTEX, indicando que possuem fontes diferentes e variáveis diferentes que influenciam na sua emissão para a atmosfera. As relações observadas entre os BTEX indicam uma origem comum destes compostos. No ACG foi observado ainda que o CO e a temperatura do arestão correlacionados com os GEE e os HC com os BTEX. A dispersão dos poluentes demonstrou maiores concentrações nas regiões ao redor dos aterros, principalmente nas direções predominantes para onde correm os ventos. Com exceção das concentrações de CH4, todas as concentrações obtidas com as modelagens ficaram abaixo das concentrações de estações de monitoramento do INEA e de outras pesquisas de avaliaram a qualidade do ar no Rio de Janeiro. Contudo, foi observado que os poluentes emitidos nos aterros contribuem para o aumento das concentrações atmosféricas, demonstrando a importância de que as emissões através da camada de cobertura de aterros sejam legisladas e delimitadas durante e após a operação. Este fato torna-se ainda mais relevante ao analisar o número de aterros de resíduos sólidos existentes na RMRJ. Palavras-chave: Aterro sanitário. Emissão. GEE, BTEX. Dispersão. Legislação ambiental. Impacto ambiental. Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

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