Dissertação de Mestrado:
Avaliação de Risco Ecológico da Lagoa de Jacarepaguá - Rj
Priscila Maria de Oliveira Muniz Cunha
- PEAMB
- Orientador
Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - 
- Coorientador
Profa. Marcia Marques Gomes , Ph.D. 2000 - Royal Institute of Technology-KTH, Estocolmo/Suécia -
k- Banca
* Prof. André Luís De Sá Salomão , Professor Ph.D. - 
* Profa. Marcia Marques Gomes , Ph.D. 2000 - Royal Institute of Technology-KTH, Estocolmo/Suécia -
k
* Profa. Lia Cardoso Rocha Saraiva Teixeira 
* Prof. Dr. Enrico Mendes Saggioro - ENSP - FIOCRUZ
- Data - hora da defesa
- 11/06/2020
- Resumo
- CUNHA, Priscila Maria de Oliveira Muniz. Avaliação de risco ecológico da Lagoa de
Jacarepaguá- RJ. 2020. 104 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Engenharia Ambiental)
- Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
A Lagoa de Jacarepaguá (LJPA) faz parte do complexo lagunar da Baixada de
Jacarepaguá ocupando uma área de 3,7 km2, que vem sofrendo ao longo dos anos com o
constante lançamento de esgoto in natura causado pelo adensamento populacional sem
planejamento e a exploração imobiliária da região no entorno. Nessa área ocorrem ecossistemas
de restingas, brejos e mangues, expostos aos impactos decorrentes do lançamento de esgotos.
A Avaliação de Risco Ecológico (ARE) é uma importante ferramenta para o gerenciamento de
áreas contaminadas, uma vez que inclui a identificação e avalia a gravidade dos efeitos adversos
dos contaminantes no ambiente, a partir de análises físico-químicas e biológicas. O objetivo do
presente trabalho foi realizar a Avaliação de Risco Ecológico (ARE) na Lagoa de Jacarepaguá-
RJ, em diferentes níveis de organização biológica, por meio das linhas de evidência (LoE) de
qualidade da água, ecotoxicológica e ecológica. Quatro campanhas de coleta de amostras de
água superficial foram realizadas ao longo do ano de 2019, em frequência bimensal, em seis
pontos, sendo um de referência no açude do Camorim e cinco na LJPA (quatro próximos a
margem e um na área central). A LoE de qualidade de água foi baseada na análise dos
parâmetros físico-químicos para o cálculo do seu índice (IQA). A LoE ecotoxicológica foi
baseada nos resultados dos ensaios de ecotoxicidade crônica realizados com a microalga C.
vulgaris e com o microcrustáceo C. dubia. A LoE ecológica foi baseada nas análises de riqueza
e abundância de espécies de algas em amostras de água superficial . O risco ambiental foi
calculado a partir da integralização dos riscos obtidos com as três LoE. Em relação ao risco de
qualidade de água, dois dos cinco pontos de coleta apresentaram os valores mais altos durante
o período de monitoramento. Já para o risco ecotoxicológico, três, dos cinco pontos de coleta
na lagoa, apresentaram risco muito alto em 75% de resultados, sendo o mês de junho o que
apresentou o menor risco, ainda assim, variando de moderado a alto. O risco ecológico foi muito
alto em dois pontos, com médias globais de 0,78 e 0,74, sendo que em junho, 40% dos
resultados indicaram um risco ecológico muito alto. Com 55% dos pontos da LJPA
apresentando um risco ambiental integrado classificado como muito alto durante o período de
monitoramento, foi possível concluir que a LJPA encontrava-se num avançado processo de
eutrofização e contaminação, demandando urgentes ações planejadas de gerenciamento e
mitigação dos riscos ecológicos atuais e futuros na região. O modelo de ARE escolhido mostrou
ser uma ferramenta eficaz, possibilitando uma avaliação de risco mais global e ao mesmo tempo
detalhada da Lagoa de Jacarepaguá-RJ.
Palavras-chave: Lagoa costeira; Índice de qualidade de água; Risco ecotoxicológico; Risco
ecológico; Riqueza de espécies; Linhas de evidência.