Dissertação de Mestrado:
Impactos da Crise Hídrica 2014-2016 Sobre Os Principais Usuários do Sistema Hidráulico das Bacias dos Rios Paraíba do Sul e Guandu

Nathalia de Almeida Vasconcelos

PEAMB
Orientador
Profa. Rosa Maria Formiga Johnsson , D.Sc. 1998-Univ. de Paris XII/ França - Currículo Lattesk
Coorientador
Dra. Natalia Barbosa Ribeiro
Banca
* Dra. Natalia Barbosa Ribeiro - Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul - AGEVAP
* Profa. Rosa Maria Formiga Johnsson , D.Sc. 1998-Univ. de Paris XII/ França - Currículo Lattesk
* Prof. Alfredo Akira Ohnuma Júnior , Prof. Dr. - Currículo Lattes
* Dra. Marília Carvalho de Melo - Instituto Mineiro de Gestão das Águas
Data - hora da defesa
03/09/2019
Resumo
A Bacia do rio Paraíba do Sul viveu uma crise hídrica sem precedentes entre 2014 e 2016. Trata-se de uma bacia estratégica no cenário nacional, não somente pelas atividades na própria bacia, mas também por abastecer mais de 90% da metrópole do Rio de Janeiro, além de reforçar o abastecimento da metrópole paulista, ambas situadas fora dos limites da bacia. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo identificar e sistematizar os impactos da crise hídrica de 2014-2016 sobre os principais setores usuários dos rios Paraíba do Sul e Guandu, que são regularizados pelo Sistema Hidráulico Paraíba do Sul-Guandu. Para tanto, foram utilizados os registros das reuniões do GTAOH/CEIVAP, concebidos e aplicados questionários, levantadas informações de base de dados oficiais disponíveis, informações da geração de energia dos aproveitamentos hidrelétricos da bacia, além daquelas dispostas em relatórios de agências oficiais, artigos e textos científicos sobre o assunto. Foi possível constatar que este evento de seca gerou uma crise hídrica com impactos negativos significativos em usuários dos rios Paraíba do Sul e Guandu. Foram identificados vários impactos no setor de abastecimento público, quantificada a redução de energia produzida e apontados os impactos ocorridos nas indústrias localizadas na foz do rio Guandu, devido à redução de vazão do rio e consequente intrusão salina. Evidenciou-se, também, que as ações emergenciais empreendidas foram efetivas para minimizar os impactos e até mesmo para evitar o desabastecimento da Metrópole do Rio de Janeiro. Acima de tudo, tornou-se evidente que se faz necessário criar uma lógica proativa de gestão de secas, de modo a sair da gestão da crise para adotar práticas de gestão do risco. Palavras-chave: Crise hídrica; Seca; Impactos; Usuários de água; Sistema Hidráulico Paraíba do Sul-Guandu.

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