Dissertação de Mestrado:
Perlita Como Adsorvente: Avaliação da Remoção de Óleo de Efluente Gerado em Área de Lavagem de Veículos

Erika Lorena de Oliveira Carvalho Ribeiro

PEAMB
Orientador
Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
Coorientador
Profa. Dra. Fabíola Dias da Silva Curbelo
Banca
* Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
* Profa. Dra. Fabíola Dias da Silva Curbelo - UFPB
* Prof. Dr. Alfredo Ismael Curbelo Garnica - UFPB
* Profa. Dra. Letícia Sobral Maia dos Santos Lima - Unicarioca
Data - hora da defesa
05/09/2019
Resumo
A atividade de lavagem de veículos é geradora de grandes volumes de efluente contendo em sua maioria óleos e graxas, MBAS e sólidos. O sistema de tratamento usual gera efluentes de purga do sistema, da retrolavagem dos filtros, o que o torna oneroso. A adsorção surge como uma alternativa para minimizar esses custos. Compostos que possuem em sua composição silicato de alumínio, como a perlita, em geral, são bons adsorventes. A perlita é um aluminossilicato muito poroso, de baixo custo e fácil de obter, térmica e quimicamente inerte, com mineração e transporte realizados de forma sustentável. Esse mineral torna-se um resíduo após ser removida de tanques criogênicos. O objetivo deste trabalho foi reutilizar a perlita como adsorvente no processo de adsorção como uma alternativa para o tratamento de efluentes de lavagem de veículos. A metodologia do trabalho consistiu na caracterização do adsorvente pelos métodos BET, Termogravimetria; na elaboração do efluente sintético por meio de óleo de motor, ácido clorídrico, NaCl e detergente; e na realização de banho finito de acordo com a Norma ASTM D 3860/98, onde diferentes massas da perlita forma colocadas em contato com o efluente sintético de concentração conhecida. Para avaliar a concentração final do óleo no efluente sintético, foi realizada a confecção de uma curva de calibração e por fim a leitura no espectrofotômetro das concentrações finais. Dessa forma foi possível obter os parâmetros do modelo experimental. O modelo de Frendluich foi o que melhor se ajustou aos dados experimentais. Com base na equação deste modelo, a quantidade de perlita a ser utilizada para atender aos requisitos do processo de tratamento de água de lavagem foi estimada para uma empresa que realiza 80 lavagens de veículos por dia. A quantidade de perlita a ser usada para tratar cerca de 21 m³ por dia será de aproximadamente 319 kg perlita por dia. De acordo com os resultados obtidos no método BET, foi possível estimar a à area superficial da perlita em 2,47m².g-1, seu tamanho de poro em 776,36 Å e volume de poros em 1,892.10-3 cm³.g-1, sendo a taxa de adsorção de 0,06459 g.g-1 . Pelo método da termogravimetria foi possível estimar as fases de descomposição térmica da perlita em 90°C a 190°C devido a perda de água e em 310°C a 355°C devido a transformação de fase de algum dos elementos da perlita ou deshidroxilação de estruturas. Palavras-chave: Óleos e graxas; Reutilização de água de lavagem; Reutilização de resíduos.

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