Dissertação de Mestrado:
Avaliação da Remoção de Bisfenol a no Tratamento Combinado de Esgoto Doméstico e Lixiviado de Aterro Pelo Processo de Lodo Ativado

Tainá da Conceição Pereira

PEAMB
Orientador
Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
Coorientador
Prof. Dra. Juacyara Carbonelli Campos - Escola de Química - UFRJ
Banca
* Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
* Prof. Dra. Juacyara Carbonelli Campos - Escola de Química - UFRJ
* Profa. Camille Ferreira Mannarino Currículo Lattesk
* Dra. Bianca Ramalho Quintaes - COMLURB
Data - hora da defesa
01/02/2018
Resumo
O lixiviado de aterro sanitário contém desreguladores endócrinos (DE), que estão presentes no meio ambiente em concentrações na ordem de μg.L-1 e ng.L-1. O bisfenol A é um dos DE mais estudados recentemente. Sua presença tem sido confirmada em diversas matrizes, tais como ar, águas superficiais, afluentes e efluentes de estação de tratamento de esgoto e lixiviado de aterro. As estações de tratamento de esgoto (ETE) normalmente utilizam processos biológicos como principal tecnologia. Esses sistemas de tratamento de efluentes são projetados com o objetivo de reduzir a carga de poluentes orgânicos e, eventualmente, nutrientes e microrganismos patogênicos. A remoção de BPA não é um objetivo específico desses sistemas e qualquer remoção desse composto durante o tratamento é inerente ao processo de tratamento utilizado. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a remoção de bisfenol A no tratamento combinado de lixiviado e esgoto através do processo de lodo ativado operando em regime batelada e contínuo. Para isso, utilizaram-se reatores em escala de bancada que foram alimentados com misturas de lixiviado/esgoto de 0%, 2% e 5% (v/v). Os parâmetros físico-químicos foram avaliados de modo a verificar a eficiência do tratamento em relação à remoção da matéria orgânica. A concentração de BPA foi avaliada nos afluentes, efluentes, no lodo e no lixiviado utilizado, e para tal utilizou-se EFS e CLAE/FLU. Em relação à remoção de matéria orgânica observou-se diminuição na qualidade do efluente tratado com o incremento de lixiviado na mistura. As eficiências de remoção de matéria orgânica alcançadas no regime contínuo foram 89%, 82% e 63%, respectivamente para as misturas 0%, 2% e 5%. Em relação à quantificação de BPA nas diferentes matrizes, constatou-se uma concentração de BPA na faixa de 2 a 20 μg.L-1 para o lixiviado, de 0,147 a 2,084 μg.L-1 nos afluentes, de 0,081 a 6,938 μg.L-1 nos efluentes tratados e de 3,506 a 86,568 μg.g-1 de lodo seco no lodo utilizado. O processo de lodo ativado operando em regime contínuo apresentou melhor desempenho do que operando em regime de batelada, tanto para a remoção de BPA, quanto de matéria orgânica. A quantidade de BPA no efluente final aumentou com o aumento de BPA nas misturas. Não foi observada remoção de BPA no regime de batelada e no regime contínuo as eficiências de remoção foram de 24% e 42,5%, respectivamente para o esgoro puro e para a mistura de 2%. Na mistura de 5% não se observou remoção. A presença de BPA foi detectada no lodo utilizado. Palavras-chave:Tratamento combinado; Lixiviado; Esgoto; Bisfenol A; Lodo ativado.

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