Dissertação de Mestrado:
Avaliação de Efeito Tóxico do Desinfetante Cloreto de Benzalcônio em Processos de Lodos Ativados

Linha de Pesquisa:
Saneamento Ambiental - Controle da Poluição Urbana e Industrial

Amanda Ferreira Monteiro

PEAMB
Orientador
Prof. Gandhi Giordano , D.Sc. 2003 - PUC/RJ - Currículo Lattesk
Coorientador
Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
Banca
* Prof. Gandhi Giordano , D.Sc. 2003 - PUC/RJ - Currículo Lattesk
* Profa. Daniele Maia Bila , D.Sc. 2005 - COPPE/UFRJ - Currículo Lattesk
* Prof.Dr.Geraldo Lippel Sant'Anna Júnior - FEN - UERJ
* Profa.Dra.Sarah Dario Alves Daflon - LABTOX - RJ
Data - hora da defesa
02/04/2016
Resumo
Embora a utilização dos processos de lodos ativados seja crescente para o tratamento de efluentes industriais, algumas características desses efluentes podem comprometer a eficiência e estabilidade do sistema, dentre elas a presença de compostos tóxicos. O uso de produtos desinfetantes nas indústrias alimentícias é cada vez mais elevado devido às exigências dos órgãos de controle sanitário, com consequente descarga desses compostos nas estações de tratamento de efluentes industriais. Para avaliação do efeito tóxico pelo teste de respirometria, três tipos de lodos ativados foram coletados: um oriundo da indústria alimentícia, um proveniente da indústria farmacêutica e outro aclimatado com efluente produzido sinteticamente e livre de intoxicantes, e mantidos em contato com concentrações de Cloreto de Benzalcônio na faixa de 4,95 a 1267mg/L. O lodo da indústria farmacêutica, por conter diversos compostos tóxicos no efluente, incluindo antibióticos, apresentou os menores valores de taxa de consumo de oxigênio, até mesmo para o teste branco, indicando ser um lodo intoxicado e por isso o Cloreto de Benzalcônio teve menos efeito sobre o metabolismo dos microrganismos, apresentando toxicidade aguda com CE(I)50;10min entre 298,6 e 469,8 mg/L. Os testes da indústria alimentícia apresentaram resultados de TCO intermediários, com CE(I)50;10min que variou de 73,3 a 244,3 mg/L, e o lodo obtido do reator piloto apresentou os maiores valores de TCO, indicando boa adaptação ao efluente sintético e uma faixa de CE(I)50;10min entre 18,4 e 39,4 mg/L de Cloreto de Benzalcônio, indicando que este lodo foi mais sensível ao intoxicante possivelmente pela ausência de substâncias tóxicas no efluente de alimentação. Acrescentaram-se aos testes observações microscópicas dos lodos e análises dos parâmetros físico-químicos dos afluentes, efluentes e lodos ativados, que apresentaram resultados dentro do esperado. Foi estudada também a toxicidade aguda do Cloreto de Benzalcônio ao organismo-teste Allivibrio fischeri, que resultou em valores de CE50 = 0,28 mg/L ± 0,014 após 15 minutos de exposição e 0,29 mg/L ± 0,011 para 30 minutos de exposição. Palavras-chave: Teste de respirometria; Aliivibrio fischeri; Indústria Alimentícia; Indústria Farmacêutica; Efluente Sintético.

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