Dissertação de Mestrado:
A Contribuição da Geomática na Geografia da Saúde Sob Uma Abordagem da Teoria Geral de Sistemas

Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães

GEOM
Orientador
Prof. José Carlos Penna De Vasconcellos , Doutor em Eng. Civil, EP-USP, Brasil. 2003. - Currículo Lattesk
Coorientador
Prof. Mauro Sérgio Fernandes Argento Currículo Lattesk
Banca
* Prof. José Carlos Penna De Vasconcellos , Doutor em Eng. Civil, EP-USP, Brasil. 2003. - Currículo Lattesk
* Prof. Mauro Sérgio Fernandes Argento Currículo Lattesk
* Prof. Luiz Henrique Aguiar De Azevedo , Doutor em Geografia (Geografia Física). USP, 1994 - Currículo Lattesk
* Carla Bernadete Madureira Cruz, D.Sc., UFRJ
Data - hora da defesa
10/09/2008
Resumo
O conjunto de técnicas de Geomática tem sido um poderoso aliado no apoio à tomada de decisões e manipulação de dados espaciais. Nas últimas décadas tornou-se quase indispensável na gestão de recursos humanos e recursos naturais. Na área da Saúde, a Geomática tem viabilizado estudos sobre: análise da distribuição de pacientes; variações na ocorrência de epidemias; monitoramento de vetores; avaliação em tempo real de situações de emergência ou catastróficas, entre outros. A associação da Medicina com a Geografia é antiga. A associação entre a saúde e a espacialização das doenças deve considerar a estruturação física do espaço geográfico a partir da caracterização de cada parte componente do sistema como preconiza a perspectiva sistêmica na Teoria Geral de Sistema, pois a população é parte integrante do espaço geográfico no qual ocorrem determinados agravos à saúde. Nestes pontos recai a relevância da presente pesquisa. O estudo foi desenvolvido na área da Bacia Hidrográfica de Jacarepaguá no município do Rio de Janeiro. Com aproximadamente 295 km2 é composta por 19 bairros e tem uma população aproximada de 682000 habitantes. O estudo pretendeu estruturar uma metodologia para inserção das técnicas de Geomática na prática de análises de dados de saúde, apoiada na Teoria Geral de Sistemas, visando contribuir no processo de vigilância ambiental em saúde permitindo realizar um prognóstico de situações de risco de determinada população. A base cartográfica que apoiou o estudo foi construída através de cartas topográficas da DSG na escala 1:50000. Das cartas foram retiradas informações de planimetria relevantes ao estudo e as informações de altimetria que foram utilizadas na elaboração do modelo digital de terreno (MDT). Com o MDT foi gerado o mapa de declividade por grau que permitiu criar divisões em 5 classes para posterior geração de mapas temáticos com os dados de saúde. Os dados de saúde foram retirados do Sistema de Informações de Notificação de Agravos (SINAN) disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A doença analisada foi a leptospirose. Os casos foram localizados pontualmente a partir dos endereços de residência. A hipótese aventada neste estudo era a existência de um alto grau de correlação entre as partes componentes representadas pela estruturação física do espaço e a ocorrência de leptospirose. Com os resultados comprovou-se a hipótese nula, pois somente ocorrem doenças em áreas associadas ao Fundo Chato da Baixada de Jacarepaguá e nos Declives Suaves dos Morros Isolados, também localizados no Subsistema Baixada. Isto demonstra que em termos desta doença existe uma ausência de população nesta componente espacial em áreas de maiores declividades. Palavras-Chave: Geomática, Geografia da Saúde, Teoria Geral de Sistemas.

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