Dissertação de Mestrado:
Avaliação das Concentrações de Btex em Ambiente Indoor: Estudo de Caso da Sala de Spinning de Uma Academia de Ginástica – Rio de Janeiro / Rj
Mônica Domingues Monteiro
- PEAMB
- Orientador
Prof. Júlio Domingos Nunes Fortes , D.Sc. 2003 - ENSP/FIOCRUZ - k- Coorientador
- Prof. Dr. Eduardo Monteiro Martins
- Banca
* Prof. Júlio Domingos Nunes Fortes , D.Sc. 2003 - ENSP/FIOCRUZ - k
* Prof. Dr. Eduardo Monteiro Martins - Faculdade de Engenharia - UERJ
* Profa. Dra. Simone Lorena Quitério de Souza – IFRJ
- Data - hora da defesa
- 16/03/2011
- Resumo
- Muitos dos locais onde as atividades são realizadas nas academias de ginásticas são
salas pequenas e fechadas com sistema de climatização artificial, freqüentados por um grande
número de alunos realizando seus exercícios e profissionais auxiliando as atividades. Com
isso, há uma intensa transpiração desses indivíduos, uma freqüente rotina de limpeza do piso e
de equipamentos com pequenos intervalos, possibilitando a alterações da qualidade do ar
indoor. O presente trabalho busca mostrar as tendências de variações nos valores das
concentrações dos poluentes atmosféricos BTEX em ambiente indoor, especificamente na
sala de spinning de uma academia de ginástica do Rio de Janeiro. Para o monitoramento da
qualidade do ar foram utilizados cartuchos de carvão ativado SKC, acoplado a uma bomba
KNF com vazão de 1l min. Para a extração de cada amostra foi feita a análise cromatográfica
com cromatógrafo a gás modelo 6890 acoplado a um espectrômetro de massa modelo 5973 da
marca Agilent. Foram analisadas 34 amostras coletadas na salas de spinning durante as aulas
com atividades aeróbicas, o que intensificava a respiração dos indivíduos, possibilitando uma
maior inalação destes COVs. Em contrapartida, também foram coletadas 5 amostras outdoor,
4 delas pareadas indoor/ outdoor para uma análise comparativa das concentrações destes
poluentes. Dentre os compostos orgânicos voláteis analisados, o tolueno é o BTEX mais
abundante obtido neste trabalho, representando 81% destes COVs indoor. Todas as amostras
medidas em pares indoor/ outdoor tiveram concentrações maiores no interior, exceto para o
benzeno no dia 3/12/2010. Simples atividades usualmente realizadas pelo homem, como a
inserção de piso emborrachado, manutenção do sistema de climatização artificial, e limpeza
podem alterar o ar indoor. As conclusões alcançadas após as medições das concentrações de
BTEX foram de que o ar indoor estava mais poluído do que o outdoor. Este monitoramento
da qualidade do ar indoor ainda é escasso no Brasil. Alguns esforços tem sido feito em
relação a ambientes confinados como a Portaria n°3523 do Ministério da Saúde,
regulamentando o controle dos ambientes climatizados e a Resolução n°9 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, além da Resolução CONAMA n °3 estabelecendo padrões
de qualidade do ar para alguns compostos químicos, porém muitos compostos químicos ainda
não são legislados ou não possuem a devida atenção, não sendo suficientes para contemplar a
complexidade do assunto.
Palavras-chave: Poluição do ar indoor. COV. BTEX. Academia de Ginástica. Sala de
Spinning.