Startup de base tecnológica incubada na FEN é destaque na FAPERJ

Criada em 06/02/2023 16:39 por maperna | Marcadores: DETEL fen fotos geral phoenix

A empresa Wiiglo Tecnologia da Informação Ltda. foi destaque no Boletim FAPERJ. A empresa foi incubada na Phoenix-UERJ e os dois sócios Victor Azevedo e Daniel Morim foram alunos da Faculdade de Engenharia e têm pós-graduação na UERJ em Geomática e em Engenharia Eletrônica.

 

Para maiores detalhes, veja a notícia completa: https://www.faperj.br/?id=259.7.9

 

Publicado em: 02/02/2023 | Atualizado em: 02/02/2023

Startup de base tecnológica firma parceria com Inea a fim de prever tempestades severas

Paula Guatimosim

O APP Cittua é capaz de informar a previsão do tempo, o estágio operacional do município e o risco de deslizamentos (Foto: Pixabay)

Devido às mudanças climáticas, tempestades severas deverão ser cada vez mais frequentes. Os altos volumes de chuva podem provocar inundações e deslizamentos, com grandes prejuízos materiais e perdas de vidas. Os avanços da tecnologia, no entanto, podem ser importantes aliados na previsão de tempestades e desastres naturais. É exatamente isso que a Wiiglo – startup de base tecnológica - oferece: um aplicativo capaz de prestar várias informações ao usuário, como a previsão do tempo georreferenciada, ou seja, específica para o local onde o usuário está; o estágio operacional do município e o grau de risco de deslizamentos, entre outras.

A primeira versão do APP, batizado de Cittua, já está nas lojas dos dispositivos móveis e será lançada na Comunidade da Floresta, em Petrópolis, região Serrana do Rio de Janeiro. O aplicativo ainda prevê notificações personalizadas, a partir do georreferenciamento do usuário, mensagens de SMS com alertas específicos para os diversos Códigos de Endereçamento Postal (CEP), um espaço colaborativo e de publicações dos usuários, orientação sobre rotas de fuga e um conteúdo educacional, com orientações de procedimentos e cuidados a serem tomados.

A ideia, segundo o fundador e CEO da Wiiglo, Victor Azevedo, é estabelecer parcerias com os municípios para que haja uma interação entre a cidade e o usuário. “A prevenção pode salvar muitas vidas”, lembra o engenheiro computacional, que acredita na aplicação da tecnologia para um benefício social. Esse viés social tomou corpo em 2011, quando as chuvas ocasionaram uma das maiores tragédias do país, atingindo sete cidades da Região Serrana e deixando 918 mortos e cerca de 100 desaparecidos.

Durante a graduação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Azevedo acompanhou as diversas fases de evolução da tecnologia da computação. Seus primeiros trabalhos foram na universidade e depois, na busca de desafios, em startups e empresas emergentes, tendo atuado nas pesquisas das medidas preventivas do Bug do Milênio, virada de 1999 para 2000, quando se temia que os computadores não saberiam ler as novas datas. Em 2004, durante o curso do mestrado, também na Uerj, na área de Geomática ampliou seus horizontes por meio da experiência com a multidisciplinaridade e a geoinformação. Em seguida, Victor trabalhou na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com estudos de aptidão agrícola, e na Petrobras, na prospecção de petróleo.

Equipe da Wiiglo foi premiada pelo desenvolvimento de um software que monitora o status da operação de ônibus em tempo real nas ocorrências como chuva forte ou temporais (Foto: Wiiglo)

“Sempre estive ligado à inovação, mas faltava um propósito”, esclarece o engenheiro. E foi em 2016, apoiado pelo edital Prioridade Rio – Apoio ao Estudo de Temas Prioritários Para o Governo do Estado do Rio de Janeiro, que a Wiiglo iniciou seus trabalhos focados nessa temática, inicialmente com estudos sobre deslizamentos de terra, a partir da previsão em tempo real. Em 2022, as pesquisas foram ampliadas, abarcando a mobilidade urbana e o impacto social, a partir do acesso às informações do Centro de Operações do Rio de Janeiro (COR), com o desenvolvimento de alertas para os dispositivos móveis (celulares, tablets etc.). A equipe da startup foi uma da vencedoras no II Desafio COR ao desenvolver um software que monitora o status da operação de ônibus do Rio de Janeiro em tempo real nas ocorrências como chuva forte e ou temporais.

A empresa também tem acesso aos dados dos pluviômetros e estações meteorológicas instaladas no estado do Rio de Janeiro e, mais recentemente, numa parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), passou a ter acesso aos dados obtidos pelos dois radares meteorológicos mantidos pelo Instituto, para a realização conjunta de estudos que possam prever a ocorrência de tempestades severas. De acordo com Azevedo, as pesquisas abrangem duas frentes: a previsão numérica do tempo, que considera as características instantâneas da atmosfera como dados para modelos matemáticos, com alcance municipal; e a previsão nowcasting, que, como o nome em inglês indica, é uma previsão de curto prazo, feita a partir dos dados dos radares. “Com acesso aos dados brutos dos dois radares, dos pluviômetros e das estações meteorológicas, esperamos desenvolver novos modelos e tecnologias de previsão”, explica o pesquisador.

Azevedo acha que o crescimento da Wiiglo deve muito ao espírito colaborativo dos ambientes de inovação e atribui o crescimento da empresa ao apoio da FAPERJ. Além do Prioridade Rio, nos últimos anos a Wiiglo foi contemplada igualmente pela FAPERJ em outros editais e bolsas, incluindo o programa de Apoio a Projetos Científicos e Tecnológicos em Mobilidade Urbana, para desenvolvimento de plataforma de predição do comportamento da mobilidade urbana; dois bolsistas de Iniciação Tecnológica (IT); dois bolsistas do programa de Inserção de Pesquisador em Empresas; e ainda no programa de Apoio ao Empreendedorismo de Impacto Socioambiental Positivo do Estado do Rio de Janeiro, com o projeto Foursafe – Plataforma de Alertas de Riscos Climáticos.

Victor Azevedo: para o engenheiro, crescimento da empresa se deve, em boa medida, ao espírito colaborativo dos ambientes de inovação (Foto: Arquivo pessoal)

 

 


Em outubro de 2021, juntamente com o sócio Daniel Morim, conhecido na incubadora de empresas Phoenix, da Uerj, Victor participou da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – COP 26, no painel sobre Cidades Resilientes. Fazem parte da equipe mais três bolsistas na área de marketing e vendas, dois assessores de imprensa e, no cargo de Desenvolvedora, Jussara Oliveira. A empresa ainda mantém várias parcerias, entre elas com o Laboratório de Redes Industriais e Sistemas de Automação (Larisa), da Uerj, nas pesquisas em Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina; com a Noah Smart City, especialista em sensores de alagamentos; e com um grupo de meteorologistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Outra área fundamental, no caso da Wiiglo, é a assessoria jurídica especializada em contratos públicos, especialmente devido a  Lei 8.666 não contemplar contratos de novas tecnologias. Não à toa, a Wiiglo oferece o serviço "di.acordo", plataforma que ajuda no monitoramento de contratos públicos e torna a prestação de contas mais rápida e transparente. A plataforma, que categoriza as contas automaticamente, já está sendo utilizada pelo Estado do Pará, especialmente nas prestações de contas das Organizações Sociais de Saúde (OSS).

Para maiores detalhes, veja a notícia completa: https://www.faperj.br/?id=259.7.9


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phoenix - Incubadora de Empresas Phoenix
detel - Depto. de Eng. Eletrônica e Telecomunicações


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