FEN desenvolve bancada ecológica para cooperativas de catadores de materiais

Criada em 21/06/2021 21:43 por maperna | Marcadores: DESMA dir fen peamb

O mestrando Roberto Henrique (à esquerda) foi o responsável pelo projeto

O mestrando Roberto Henrique (à esquerda) foi o responsável pelo projeto

Faculdade de Engenharia da Uerj desenvolve bancada ecológica para cooperativas de catadores de materiais

Diretoria de Comunicação da UERJ 
Com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e aumentar a capacidade produtiva dos profissionais envolvidos na coleta de materiais recicláveis, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vai distribuir 70 bancadas ecológicas para oito cooperativas da Região Metropolitana do Rio. A iniciativa faz parte de um projeto da Faculdade de Engenharia, reunindo professores e alunos.
A bancada ecológica é uma mesa utilizada para separação de materiais recicláveis em organizações de catadores, seja em cooperativas ou associações. Criada em Tetra Pak reciclado, é sustentável, impermeável, não permite a propagação do fogo e possui ação antimofo e antifungo. Além disso, a altura pode ser ajustada para atender a indivíduos de diferentes estaturas, de modo a oferecer condições adequadas e ergonômicas para os profissionais, melhorando o dia a dia e minimizando os impactos na saúde.
Outro ponto positivo da bancada é o peso. Com apenas 40 quilos, é possível que duas pessoas transportem o equipamento por setores da organização, tornando seu uso ainda mais prático. Ela pode ser utilizada para a separação de plástico PEAD, plástico PET, plástico PVC, plástico PP, Tetra Pak, papéis, papelão, garrafas de vidro, alumínio, material ferroso, borracha, sandálias e outros tipos de produtos pós-consumo.        
Para o professor Ubirajara Mattos, da Faculdade de Engenharia da Uerj, esse é um projeto muito importante para a sociedade por ter o foco no catador de material reciclável, que atua em diversas frentes quando o assunto é sustentabilidade. “O catador é um ator fundamental quando se fala em reciclagem, logística reversa, melhores condições ambientais, diminuição de rejeitos, ‘enterrar’ menos material pós-consumo produzido pela nossa sociedade, prolongamento da vida dos aterros sanitários. E é essencial quando se pensa no Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), no Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico e em outras questões ambientais que se discutem no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores”, afirma.
Como surgiu a ideia
O mestrando Roberto Henrique (à esquerda) foi o responsável pelo projeto
A bancada é uma iniciativa do Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental (Peamb) da Faculdade de Engenharia (FEN) da Uerj, e surgiu de uma necessidade identificada pelo arquiteto Roberto Henrique durante seu projeto de mestrado. O professor Mattos, que foi seu orientador, explica que eles perceberam que não havia bancadas de separação de materiais recicláveis em diversas organizações. “Em muitas, eram usadas bancadas adaptadas sobre latões ou se separavam os materiais no chão, constituindo assim situações inadequadas de trabalho do ponto de vista da ergonomia. A partir daí, tivemos a ideia de projetar algo que fosse adequado e apresentasse características sustentáveis”, explica o docente.
O projeto foi tão bem recebido, que ganhou reforço na equipe: a doutoranda Dulcileia Rocha e a mestranda Bianca Moura. Contou também com o apoio do Departamento de Inovação (InovUerj), responsável pelo pedido de patente. Além disso, com ajuda da ONG Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) foi possível conseguir financiamento com a empresa Tetra Pak. Há ainda a participação da organização Bulls Projetos Especiais, que cuida da execução, logística e manutenção das bancadas.  
As cooperativas que serão contempladas nessa primeira fase do projeto são: Coopideal, Coopama, CoopCarmo, Coopquitungo, Cooperativa São Vicente de Paulo, Recooperar São Gonçalo e Recooperar Itaboraí.
 

Diretoria de Comunicação da UERJ 

https://www.uerj.br/noticia/faculdade-de-engenharia-da-uerj-desenvolve-bancada-ecologica-para-cooperativas-de-catadores-de-materiais/

 

 

Com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e aumentar a capacidade produtiva dos profissionais envolvidos na coleta de materiais recicláveis, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vai distribuir 70 bancadas ecológicas para oito cooperativas da Região Metropolitana do Rio. A iniciativa faz parte de um projeto da Faculdade de Engenharia, reunindo professores e alunos.

 

A bancada ecológica é uma mesa utilizada para separação de materiais recicláveis em organizações de catadores, seja em cooperativas ou associações. Criada em Tetra Pak reciclado, é sustentável, impermeável, não permite a propagação do fogo e possui ação antimofo e antifungo. Além disso, a altura pode ser ajustada para atender a indivíduos de diferentes estaturas, de modo a oferecer condições adequadas e ergonômicas para os profissionais, melhorando o dia a dia e minimizando os impactos na saúde.

 

Outro ponto positivo da bancada é o peso. Com apenas 40 quilos, é possível que duas pessoas transportem o equipamento por setores da organização, tornando seu uso ainda mais prático. Ela pode ser utilizada para a separação de plástico PEAD, plástico PET, plástico PVC, plástico PP, Tetra Pak, papéis, papelão, garrafas de vidro, alumínio, material ferroso, borracha, sandálias e outros tipos de produtos pós-consumo.        

 

Para o professor Ubirajara Mattos, da Faculdade de Engenharia da Uerj, esse é um projeto muito importante para a sociedade por ter o foco no catador de material reciclável, que atua em diversas frentes quando o assunto é sustentabilidade. “O catador é um ator fundamental quando se fala em reciclagem, logística reversa, melhores condições ambientais, diminuição de rejeitos, ‘enterrar’ menos material pós-consumo produzido pela nossa sociedade, prolongamento da vida dos aterros sanitários. E é essencial quando se pensa no Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), no Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico e em outras questões ambientais que se discutem no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores”, afirma.

 

Como surgiu a ideia

 

A bancada é uma iniciativa do Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental (Peamb) da Faculdade de Engenharia (FEN) da Uerj, e surgiu de uma necessidade identificada pelo arquiteto Roberto Henrique durante seu projeto de mestrado. O professor Mattos, que foi seu orientador, explica que eles perceberam que não havia bancadas de separação de materiais recicláveis em diversas organizações. “Em muitas, eram usadas bancadas adaptadas sobre latões ou se separavam os materiais no chão, constituindo assim situações inadequadas de trabalho do ponto de vista da ergonomia. A partir daí, tivemos a ideia de projetar algo que fosse adequado e apresentasse características sustentáveis”, explica o docente.

 

O projeto foi tão bem recebido, que ganhou reforço na equipe: a doutoranda Dulcileia Rocha e a mestranda Bianca Moura. Contou também com o apoio do Departamento de Inovação (InovUerj), responsável pelo pedido de patente. Além disso, com ajuda da ONG Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) foi possível conseguir financiamento com a empresa Tetra Pak. Há ainda a participação da organização Bulls Projetos Especiais, que cuida da execução, logística e manutenção das bancadas.  

 

As cooperativas que serão contempladas nessa primeira fase do projeto são: Coopideal, Coopama, CoopCarmo, Coopquitungo, Cooperativa São Vicente de Paulo, Recooperar São Gonçalo e Recooperar Itaboraí.

 

 

 

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Ubirajara Aluizio de Oliveira Mattos,

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Em 10/02/22 17:07 Rosaura Pereira Clem disse:

A Idéia do Professor foi simples, prática e altamente funcional. Através deste feito o próprio catador começa a entender como o processo pós consumo + reciclagem = novo produto por meio da sua atividade. Sua importância e atividade é crucial nesta cadeia. Trabalho na Secretaria de Meio Ambiente de Mesquita na Educação Ambiental e apoio direto ao setor da Gerência de Coleta Seletiva. A Coopcarmo estará sendo contemplada abrindo maiores possibilidades para as outras cooperativas que também são apoiadas pelo Programa Municipal de Coleta Seletiva.Gostaria de ter maior acesso e ou parceria para fortalecer as ações dentro de Mesquita no segmento da coleta seletiva com as cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Att. Rosaura Clem Gerente Adm. de Controle de Processos e Projetos Ambientais

Em 27/06/21 15:22 Eliane Alves de Carvalho disse:

Viva a pesquisa e a sustentabilidade!