Maior Procura Nos Exames de Ingresso Mostra Que Cursos de Engenharia Estão em Alta

Criada em 12/08/2013 12:49 por maperna | Marcadores: fen geral

 

O Vestibular da UERJ tem registrado 
nos últimos anos aumento signifi cativo de 
candidatos às vagas dos cursos de engenharia (ver Tabela 1). Entre as sete habilitações 
proporcionadas pela Universidade (engenharia cartográfi ca, civil, de computação, 
elétrica, mecânica, de produção e química), 
algumas oferecem vagas em dois campi, 
caso da engenharia mecânica (com cursos 
no Rio de Janeiro, campus Maracanã, e em 
Nova Friburgo, no Instituto Politécnico) 
e da engenharia de produção (com cursos 
no Rio, campus Maracanã, e em Resende, na 
Faculdade de Tecnologia). 
Algumas habilitações tiveram aumento 
signifi cativo de candidatos (superior 
a 50%) se forem comparados 2009 e 
2013, por exemplo. É o caso da engenharia civil, da engenharia mecânica e 
da engenharia química (ver Gráfi co 1), 
todas oferecidas no campus Maracanã. 
Nesse período de cinco anos, as áreas 
com maior procura foram: engenharia 
química, engenharia elétrica e engenharia civil – esta última, a mais procurada 
entre 2011 e 2013. No Vestibular da UERJ, 
pelo menos uma habilitação (engenharia química) fi cou entre os cinco cursos 
mais disputados, enquanto outras três 
(engenharia mecânica, de produção e 
civil) estiveram entre os dez cursos com 
maior alta na relação candidato/vaga. No 
geral, os cursos mais disputados foram: 
química, mecânica, civil e de produção. 
Para a diretora da Faculdade de Engenharia, professora Maria Eugênia Gouvêa, 
essas alterações se explicam pela mudança 
ocorrida em âmbito nacional, que resultou 
na maior procura por formações “tradicionais” da engenharia em detrimento 
da procura pela área de engenharia de 
computação, muito em voga na década de 
1990: “Há 15 ou 20 anos, o Brasil era quase 
totalmente usuário de tecnologia, o que 
demandava a formação de engenheiros 
de computação para impulsionar a gera-
ção de uma tecnologia própria no País. 
Paralelamente, o mercado estava em baixa 
para as outras especialidades. Isso fazia da 
engenharia de computação uma profi ssão promissora, que muitas vezes servia 
como recurso para ingresso em um campo 
laboral mais amplo, envolvendo inclusive 
a criação de programas de computador. 
Pouco tempo depois, a engenharia de produção, ainda mais versátil, passou a suscitar maior interesse por se tratar de um 
curso que prepara profi ssionais que são 
fundamentais tanto para a indústria como 
para empresas de quase todos os setores. 
Atualmente há demanda por profi ssionais 
que trabalhem com automação e também 
dos setores de produção de petróleo e de 
construção civil”.
Miguel Bruno, professor da Faculdade 
de Ciências Econômicas, identifi ca como 
motivo das mudanças o crescimento 
econômico que, como regra geral, responde pelo aumento da demanda pelas 
profi ssões. No caso brasileiro, “a procura 
recente por profi ssionais da engenharia 
civil se deve aos incentivos governamentais para investimento em infraestrutura 
e aos fi nanciamentos habitacionais, além 
daqueles relacionados aos grandes eventos esportivos. O aumento por profi ssionais de engenharia mecânica, química e 
elétrica se deve em especial à expansão 
dos investimentos da indústria extrativa 
mineral, que inclui petróleo e commodities (matéria-prima, produtos in natura
ou com grau mínimo de industrialização) 
metálicas”, explica o professor. 
A valorização de engenheiros pelo 
mercado resulta em um fator que estimula a escolha da engenharia como 
profi ssão: melhores salários. Estudo 
recente divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) com 
base no Censo Demográfi co do IBGE 
de 2010, mostra que cinco entre os dez 
maiores salários estão ligados à área de 
engenharia. A análise, que comparou 48 
carreiras universitárias, avalia o desempenho no trabalho de pessoas com atributos semelhantes – como idade, gênero, 
estado e tamanho da cidade – que seguiram carreiras diferentes. O piso salarial 
de um engenheiro registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou no Conselho Federal de 
Engenharia e Agronomia (CONFEA) e, 
no caso do engenheiro químico, registrado no Conselho Regional de Quí-
mica (CRQ) ou no Conselho Federal de 
Química (CFQ) é determinado pela Lei 
4.950-A, de 1966. A norma defi ne o piso 
salarial do engenheiro contratado por 
empresa privada ou empresa pública/
autarquia, exceto o servidor público da 
área federal sujeito ao regime estatutá-
rio. Pela Lei, um engenheiro com registro no CREA/CONFEA ou no CRQ/
CFQ deve receber, em valores de 2013, 
R$ 4.068,00 pela jornada de seis horas 
de trabalho e R$ 6.102,00 pela jornada de 
oito horas. Assim, o mínimo fi xado para 
o engenheiro corresponde a seis vezes o 
maior salário mínimo do País para uma 
jornada diária de seis horas (ver Tabela 2). 
O trabalho após a sexta hora é remunerado com acréscimo de 50% sobre cada 
hora adicional (no cálculo para a jornada 
diária de oito horas já estão incluídas as 
duas horas adicionais). 
Segundo o professor Marco Antônio 
da Costa, diretor do Instituto de Química, 
alguns pontos se destacam entre os fatores que contribuem para o maior índice de 
candidaturas às vagas de engenharia quí-
mica da UERJ – sendo o principal deles a 
segunda colocação da Universidade entre 
as instituições de ensino do estado no 
ranking mais recente do Exame Nacional 
de Desempenho de Estudantes – Enade 
2011, atrás apenas do IME – Instituto Militar de Engenharia (ver Tabela 3). Outros 
fatores citados pelo professor são: oferecimento de curso noturno com duração 
estendida (um ano a mais em relação ao 
curso diurno) para evitar que aulas sejam 
ministradas no primeiro tempo (das 18h 
às 18h45), horário difícil para o aluno 
que trabalha; a localização da UERJ em 
perímetro urbano, que facilita seu acesso; 
um número signifi cativo de professores do quadro do Instituto com projetos 
ligados à Petrobras e os bons resultados 
de empregabilidade alcançados pelos graduados em engenharia química da UERJ. 
“Ex-alunos nossos muitas vezes conseguem as primeiras colocações em concursos da Petrobras, ‘sonho de consumo’ de 
grande parte dos engenheiros químicos. 
Houve inclusive um concurso no qual 
o primeiro e o segundo lugares foram 
de alunos da UERJ, um deles que sequer 
havia concluído o 10º período”, comenta 
o professor. Marco Antônio registra 
ainda que em breve (em dois ou três anos) 
haverá uma intensifi cação na demanda 
por engenheiros de várias especialidades, 
“sobretudo por engenheiros químicos, 
com a entrada em operação do Complexo 
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o maior do estado”, que representa 
investimentos de cerca de R$ 10 bilhões, 
no município de Itaboraí.
 Outra situação que se destaca no contexto de maior procura pelos cursos de 
engenharia é o desempenho dos candidatos no Vestibular da UERJ. Entre 2009 e 
2013, pelo menos quatro candidatos tiveram notas entre as dez maiores registradas no período (iguais ou acima de 90 em 
uma escala de 100). No Vestibular 2013, as 
dez maiores notas foram alcançadas por 
candidatos às vagas de engenharia, sendo 
as cinco maiores da classifi cação geral dos 
cursos obtidas por candidatos da área de 
engenharia mecânica. No Vestibular de 
2012, o primeiro lugar geral havia sido 
conquistado por uma candidata ao curso 
de engenharia química. 
Cursos
No exame de ingresso para a UERJ os 
estudantes podem hoje optar entre nove 
habilitações de engenharia. Criada em 1961, 
a Faculdade de Engenharia mantém cinco 
cursos no campus Maracanã: engenharia 
cartográfi ca, civil (que inclui estruturas

http://www.uerj.br/publicacoes/emquestao/99/

O Vestibular da UERJ tem registrado nos últimos anos aumento signifi cativo de candidatos às vagas dos cursos de engenharia (ver Tabela 1). Entre as sete habilitações

proporcionadas pela Universidade (engenharia cartográfica, civil, de computação, elétrica, mecânica, de produção e química), 

algumas oferecem vagas em dois campi, caso da engenharia mecânica (com cursos no Rio de Janeiro, campus Maracanã, e em Nova Friburgo, no Instituto Politécnico) 

e da engenharia de produção (com cursos no Rio, campus Maracanã, e em Resende, na Faculdade de Tecnologia). 

Algumas habilitações tiveram aumento signifi cativo de candidatos (superior a 50%) se forem comparados 2009 e 2013, por exemplo. É o caso da engenharia civil,

da engenharia mecânica e da engenharia química (ver Gráfi co 1), todas oferecidas no campus Maracanã. Nesse período de cinco anos, as áreas 

com maior procura foram: engenharia química, engenharia elétrica e engenharia civil – esta última, a mais procurada entre 2011 e 2013. No Vestibular da UERJ, 

pelo menos uma habilitação (engenharia química) fi cou entre os cinco cursos mais disputados, enquanto outras três (engenharia mecânica, de produção e 

civil) estiveram entre os dez cursos com maior alta na relação candidato/vaga. No geral, os cursos mais disputados foram: química, mecânica, civil e de produção. 

Para a diretora da Faculdade de Engenharia, professora Maria Eugênia Gouvêa, essas alterações se explicam pela mudança ocorrida em âmbito nacional, que resultou 

na maior procura por formações “tradicionais” da engenharia em detrimento da procura pela área de engenharia de computação, muito em voga na década de 

1990: “Há 15 ou 20 anos, o Brasil era quase totalmente usuário de tecnologia, o que demandava a formação de engenheiros de computação para impulsionar a gera-

ção de uma tecnologia própria no País. Paralelamente, o mercado estava em baixa para as outras especialidades. Isso fazia da engenharia de computação uma profissão

promissora, que muitas vezes servia como recurso para ingresso em um campo laboral mais amplo, envolvendo inclusive a criação de programas de computador. 

Pouco tempo depois, a engenharia de produção, ainda mais versátil, passou a suscitar maior interesse por se tratar de um curso que prepara profissionais que são 

fundamentais tanto para a indústria como para empresas de quase todos os setores. Atualmente há demanda por profi ssionais que trabalhem com automação e também 

dos setores de produção de petróleo e de construção civil”. Miguel Bruno, professor da Faculdade de Ciências Econômicas, identifica como 

motivo das mudanças o crescimento econômico que, como regra geral, responde pelo aumento da demanda pelas profi ssões. No caso brasileiro, “a procura 

recente por profi ssionais da engenharia civil se deve aos incentivos governamentais para investimento em infraestrutura e aos fi nanciamentos habitacionais, além 

daqueles relacionados aos grandes eventos esportivos. O aumento por profi ssionais de engenharia mecânica, química e elétrica se deve em especial à expansão 

dos investimentos da indústria extrativa mineral, que inclui petróleo e commodities (matéria-prima, produtos in natura ou com grau mínimo de industrialização) 

metálicas”, explica o professor. A valorização de engenheiros pelo mercado resulta em um fator que estimula a escolha da engenharia como 

profi ssão: melhores salários. Estudo recente divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) com base no Censo Demográfi co do IBGE 

de 2010, mostra que cinco entre os dez maiores salários estão ligados à área de engenharia. A análise, que comparou 48 

carreiras universitárias, avalia o desempenho no trabalho de pessoas com atributos semelhantes – como idade, gênero, estado e tamanho da cidade –

que seguiram carreiras diferentes. O piso salarial de um engenheiro registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou no Conselho Federal de 

Engenharia e Agronomia (CONFEA) e, no caso do engenheiro químico, registrado no Conselho Regional de Química (CRQ) ou no Conselho Federal de 

Química (CFQ) é determinado pela Lei 4.950-A, de 1966. A norma defi ne o piso salarial do engenheiro contratado por empresa privada ou empresa pública/

autarquia, exceto o servidor público da área federal sujeito ao regime estatutário. Pela Lei, um engenheiro com registro no CREA/CONFEA ou no CRQ/

CFQ deve receber, em valores de 2013, R$ 4.068,00 pela jornada de seis horas de trabalho e R$ 6.102,00 pela jornada de oito horas. Assim, o mínimo fi xado para 

o engenheiro corresponde a seis vezes o maior salário mínimo do País para uma jornada diária de seis horas (ver Tabela 2). 

O trabalho após a sexta hora é remunerado com acréscimo de 50% sobre cada hora adicional (no cálculo para a jornada diária de oito horas já estão incluídas as 

duas horas adicionais). 

Segundo o professor Marco Antônio da Costa, diretor do Instituto de Química, alguns pontos se destacam entre os fatores que contribuem para o maior índice de 

candidaturas às vagas de engenharia química da UERJ – sendo o principal deles a segunda colocação da Universidade entre as instituições de ensino do estado no 

ranking mais recente do Exame Nacional 

de Desempenho de Estudantes – Enade 2011, atrás apenas do IME – Instituto Militar de Engenharia (ver Tabela 3). Outros fatores citados pelo professor são: oferecimento de curso noturno com duração 

estendida (um ano a mais em relação ao curso diurno) para evitar que aulas sejam ministradas no primeiro tempo (das 18h às 18h45), horário difícil para o aluno 

que trabalha; a localização da UERJ em 

perímetro urbano, que facilita seu acesso; um número signifi cativo de professores do quadro do Instituto com projetos ligados à Petrobras e os bons resultados 

de empregabilidade alcançados pelos graduados em engenharia química da UERJ. “Ex-alunos nossos muitas vezes conseguem as primeiras colocações em concursos da Petrobras, ‘sonho de consumo’ de 

grande parte dos engenheiros químicos. Houve inclusive um concurso no qual o primeiro e o segundo lugares foram 

de alunos da UERJ, um deles que sequer havia concluído o 10º período”, comenta o professor. Marco Antônio registra 

ainda que em breve (em dois ou três anos) haverá uma intensifi cação na demanda por engenheiros de várias especialidades, 

“sobretudo por engenheiros químicos, com a entrada em operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o maior do estado”, que representa 

investimentos de cerca de R$ 10 bilhões, 

no município de Itaboraí. Outra situação que se destaca no contexto de maior procura pelos cursos de engenharia é o desempenho dos candidatos no Vestibular da UERJ. Entre 2009 e 

2013, pelo menos quatro candidatos tiveram notas entre as dez maiores registradas no período (iguais ou acima de 90 em uma escala de 100). No Vestibular 2013, as 

dez maiores notas foram alcançadas por candidatos às vagas de engenharia, sendo as cinco maiores da classifi cação geral dos cursos obtidas por candidatos da área de 

engenharia mecânica. No Vestibular de 2012, o primeiro lugar geral havia sido conquistado por uma candidata ao curso 

de engenharia química. 

Cursos

No exame de ingresso para a UERJ os estudantes podem hoje optar entre nove habilitações de engenharia. Criada em 1961, a Faculdade de Engenharia mantém cinco 

cursos no campus Maracanã: engenharia cartográfi ca, civil (que inclui estruturasconstrução civil e transporte), elétrica (que inclui eletrônica, de telecomunicações, sistemas de computação e 

sistemas de potência), mecânica e de produção. A engenharia química, em funcionamento desde 1971, também está localizada no campus Maracanã 

e integra o Instituto de Química. O Instituto Politécnico (IPRJ), em Nova Friburgo, oferece engenharia mecânica e de computação e a Faculdade de 

Tecnologia (FAT) oferece engenharia 

de produção no campus regional de Resende. No Vestibular de 2014, com a primeira fase já realizada, a Faculdade de Engenharia passa a oferecer 

no campus Maracanã o novo curso de engenharia ambiental sanitária. Na Faculdade de Tecnologia em Resende também haverá a possibilidade de 

cursar engenharia mecânica. O novo campus da Universidade no município de Queimados, que começa a ser construído ainda em 2013 segundo a 

coordenadora de estudos estratégicos e desenvolvimento Tatiane Alves Baptista, vai oferecer curso de engenharia civil com ênfase em urbanismo.

http://www.uerj.br/publicacoes/emquestao/99/

 

Professor(es) ou profissionais da FEN-Uerj relacionado(s) com esta notícia


Maria Eugênia Gouvêa,

Galeria de imagens


Anexos



Copie o link desta notícia para compartilhar:


www.eng.uerj.br/noticias/1376322562-Maior+Procura+Nos+Exames+de+Ingresso+Mostra+Que+Cursos+de+Engenharia+Estao+em+Alta





Comente esta notícia

(Para perguntas, verifique acima a forma de contato na notícia)
Seu nome
Seu E-mail (não será divulgado)
Seu comentário
Código de verificação (Repita a sequência abaixo)

Todos os campos são obrigatórios


Regras para comentários:
  • Comentários anônimos serão excluídos;
  • A postagem de comentários com links externos será excluída;
  • Não publicamos denúncias. Nestes casos, você deve encaminhar aos órgãos cabíveis ou indicados na notícia;
  • Comentários que fujam ao teor da matéria serão excluídos;
  • Ofensas e quaisquer outras formas de difamação não serão publicadas;
  • Os autores da notícia não monitoram os comentários, portanto não há garantias que serão lidos e/ou respondidos. Procure a forma de contato na própria notícia

 

Não há comentários ainda.