Prezados estudantes, professores, colaboradores, queridos amigos e amigas
É com prazer e alegria que o Laboratório Audiovisual Cinema Paraísoretoma, em 2012, com força total, suas atividades acadêmicas, de pesquisa em torno da questão da tecnologia e da convergência de mídias, de intervenção e formação por meio de nossas oficinas de cinema e de rádio. Também a atividade cineclubista, cuja parceria com a ASCINE-RJ (Associação de Cine Clubes do Rio de Janeiro) tem adensado nossas ações e contribuído com a afirmação de nosso desejo e de nosso engajamento político – a aposta no coletivo e na cooperação; o efetivo investimento na centralidade da(s) cultura(s) como pressuposto de formação e da arte como expressão maior da nossa liberdade e, portanto, revolucionária!
Isso, tudo ao mesmo tempo AGORA!
Digo que retomamos os trabalhos de 2012 mas trabalhamos a todo vapor ao longo de todo o mês de janeiro e parte de fevereiro, sob sol escaldante, com oficinas e com a gravação de nosso Curta Colaborativo – A Incrível História da Menina Sem História, 13º curta do Laboratório e nosso primeiro curta profissional. E isso significa que entrando no nosso 6º ano de existência, o espaço colaborativo e militante se faz valer para além dos muros da universidade e isso é muito bom. É o Núcleo Interdisciplinar Resistência & Arte,(NIRA/UERJ/FFP/CNPq) e o Cinema Paraíso mobilizando, atuando, buscando parcerias, diálogos, ações. Alunos e ex-alunos, técnicos, participantes das nossas oficinas, pesquisadores, professores, colaboradores diretos e indiretos, profissionais de cinema e audiovisual, fotógrafos, iluminadores, roteiristas, produtores da cultura, formam uma rede que se entrelaça com afeto e com festa. Assim estamos construindo nossa incrível história!
Ao longo de 2011, apresentamos, a 23º e a 24º Mostras Permanentes de Cinema, tendo como foco a temática da juventude, da subjetividade, da formação e do trabalho, com 18 filmes, 9 em cada mostra, sendo exibidos e debatidos pelos freqüentadores do Laboratório, convidados internos e externos e estudantes em fase de estágio docente. Sediamos, ainda, por meio da parceria com a ASCINE–RJ, a consagrada e importante 15 º Mostra Internacional do Filme Etnográfico, o querido e cada vez melhor Festival Visões Periféricas em sua 5º Edição, o Circuito Cineclubista Curta Cinema 2011, a Mostra Brasilidade, a 10ª Mostra do Filme Livre, além de exibições e debates na sessão 2ª de 1ª como o documentário Cortina de Fumaça, com a presença do roteirista e diretorRodrigo Mac Niven e com o Prof. Jorge da Silva, ex- chefe do Estado Maior Geral do Rio de Janeiro.
Além da continuidade das mostras, parcerias e oficinas, são muitos os planos para 2012. A constante metamorfose que o coletivo apresenta com a chegada e saída de alguns estudantes, bolsistas, que se formam, apesar da permanência de muitos, confere a plasticidade necessária para que o Laboratório respire seus próprios ares e se lance em vôos de múltiplas direções. Assim é a chegada de Cibelle Arcanjo, estudante de Belas Artes na UFRJ, nova bolsista PROATEC/UERJ/FAPERJ que ingressa no grupo com a proposta de oficinas de grafite e o Cine Camelô. Aguardem! A atividade extramuros também se amplia com a nova sessão Cine de Boteco, exibição mensal de curtas no bar da frente, praticamente um escritório geral. O incremento da nossa Mega Radio com oficinas teórico-práticas, cuja instalação de nossa antena garantirá a implantação do drive-in MIRARTE também faz parte do rol de atividades de 2012.
Escolhemos a música, em suas diferentes facetas, para festejar, conosco, a abertura de mais um ano letivo.
Assim, teremos no próximo dia 29 de março de 2012, a partir das 19 horas, no Auditório da Faculdade de Formação de Professores da UERJ a presença do grupo Exu Mustafá e da artista sonora Mary Fê.
VENHA COMEMORAR CONOSCO!
Exu Mustafá
Lá do interior da Bahia, de algum lugar ermo, perto de onde se entoca o véio Elomar, chegam histórias estranhas...Nos terreiros de Umbanda, dentre os remanescentes dos Malês, eis que surge com sua dança semita característica um novo orixá: Exu Mustafa. Mistura do orixá sapeca com o profeta da nova ordem. Assim como na cidade de São Paulo - no bairro da Liberdade - a influência nipônica manifesta o Exu Samurai, a força do Islã brota nos descendentes da maior revolta urbana de escravos ocorrida no Brasil, lá pelos idos do século XIX. Os antigos Mamelucos, Malês e Mandingas, com sua habilidade tanto nas letras e álgebra quanto na espada, reivindicam um lugar ao sol. Exus de luz versados no Alcorão. A lua crescente dá gargalhadas do lado de baixo do Equador, na terra sem males do sonho guarani.
Mary Fê
Artista sonora, performer e sound designer graduou-se em Comunicação Social pela UFRJ em 2002. Dedica-se à pesquisa DIY (“faça você mesmo”) e à performance sonora, buscando modos originais de se apresentar com mobilidade e interação com o público. Cria efeitos sonoros e trilhas para sites, animações 2D e games educacionais. Seus projetos são open source, estão disponíveis na internet e utilizam referências populares.
Junte-se a nós, o NIRA somos nós...nossa força e nossa voz.
COORDENAÇÃO GERAL: Monique Franco FFP/UERJ
COORDENAÇÃO ASSOCIADA: FFP/UERJ
COORDENAÇÃO AUDIOVISUAL: Daniela Araújo – FFP/UERJ
COORDENAÇÃO MEGA RÁDIO PARAÍSO: Felipe Mariano & Caio Rosa Iniciação à Docência (ID/CETREINA/UERJ)
PROGRAMAÇÃO VISUAL & MULTIMÍDIAS: Cibelle Arcanjo (PROATEC /UERJ/FAPERJ)
INICIAÇÃO CIENTÍFICA (IC/CNPq): Paulo Estácio Jr.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA: (IC/UERJ): Karine Bandeira
ESTAGIO INTERNO COMPLEMENTAR (EIC): Beatriz Pessoa
APOIO
FAPERJ
Acesse e participe
Quem somos? P’ra onde vamos?
Existindo desde 2007 o Laboratório Audiovisual Cinema Paraíso se apresenta continuamente redesenhado por meio do exercício da própria prática coletiva, sem perder, contudo, seu foco: colaboração e resistência. Tem como missão ser um espaço de experimentação e criação, articulando formação, arte, cultura e pensamento. A proposta, inicialmente restrita ao cineclubismo, ampliou-se nos últimos anos e agora afina sua expertise por meio de quatro linhas de atuação inter-relacionadas: (1) a inclusão do cinema como expressão cultural; (2) o incentivo à produção visual, incluindo curtas, sites, materiais didáticos, jogos, entre outros, como instrumento de criação e socialização de conhecimentos na formação do professor; (3) a leitura da imagem e a abordagem crítica do conceito de tecnologia e dos meios e políticas audiovisuais, com a discussão e análise de conteúdos e de seus diferentes códigos comunicacionais (4) e o exercício de identificar e produzir registros de novas arquiteturas sonoras, por meio de uma produção de arte sonora e radiofônica experimental. As atividades do Laboratório se subdividem, atualmente, em seis espaços: (1) Mostra Permanente de Cinema Em Cena – filmes exibidos a partir de temáticas, seguido de debate; (2) Claquete - oficinas de produção visual (curta-metragem, animação, material didático etc); (3)Megarádio Paraíso, desdobramento da antiga Webrádio Paraíso, com oficinas de montagem e manutenção de novas arquiteturas sonoras e grade de programação regular com diversos programas produzidos pelos estudantes. A sinergia destes movimentos tem como efeito a idealização do (5), Mirarte - drive in itinerante articulado a uma intervenção sonora, com transmissão por dial; (6) Coletivo Cinema Paraíso – espaço de parceria com a Associação de Cineclubes do Rio de Janeiro (ASCINE-RJ), na exibição de mostras, festivais e lançamento de filmes nacionais.
Cinco anos, doze vídeos produzidos pelos estudantes nas seis oficinas, vinte e cinco mostras permanentes, perfazendo mais de cem filmes exibidos e debatidos, seis programas de rádio em execução, três oficinas sonoras e ainda, a sistematização e discussão desse movimento coletivo em fóruns acadêmicos com conferencias, debates, entrevistas, artigos e estudos sobre o processo.
Destaque para a realização colaborativa do curta-metragem:
A incrível história da menina sem história, em breve, perto de você
Este é o Laboratório Audiovisual Cinema Paraíso, parte do
Núcleo Interdisciplinar Resistência e Arte (NIRA)
Junte-se a nós.
NIRA
Núcleo de Investigação RESISTÊNCIA & ARTE
O NIRA é um coletivo de professores-pesquisadores, estudantes, artistas e ativistas culturais que tem como agenda o estudo e o exercício de dinâmicas formativas e estéticas livres e inovadoras, visando a potencialização de uma poiésis que afirma todas as linguagens como integrantes e constituintes de manifestações discursivas, produtoras de subjetividades. No diálogo com as noções de multidão e comum buscamos fazer emergir e potencializar novos modelos não deterministas de resistência, assim como, a agregação à malha produtiva e social de pessoas e movimentos autônomos, instituintes e insurgentes, atuando numa outra esfera de visibilidade e padrões de audiência. Entendendo que a subjetividade só é possível na ação e relação do indívíduo com seu pensamento e corporeidade, o Núcleo, atualmente, se apresenta num deslocamento entre dois laboratórios – O Laboratório de Investigação Social (LIS), que incorpora pesquisas e ações no campo dos Direitos Humanos, Movimentos Sociais, Políticas Afirmativas e Culturais, atravessadas pelas noções de biopolítica e biopoder, mundialização e territorialidades, moral e performance, identidade e diferença, e o Laboratório Audiovisual Cinema Paraíso, no qual, a partir do conceito de Gestell , incorpora-se a noção da técnica como realização do processo de subjetivação singular de cada indivíduo, concebida como mediação entre o gênero humano e o mundo. O exercício desta concepção se dá por meio de pesquisas e intervenções no campo da convergência de mídias e das tecnologias de comunicação e informação, de oficinas de cinema, animação, rádio, poesia, roteiro etc, na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em São Gonçalo, leste fluminense. O fascínio pelo conhecimento, pela imagem, pelo claro e o escuro, por sons e silêncios, palavras e gestos, e a certeza do ainda possível caráter revolucionário da arte e da cultura marcam a trajetória do Núcleo, cuja duração é afetada pelas noções de presencismo, de imaterialidade e de risco, próprios da sociedade contemporânea.
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