Governo Dá Primeiro Passo Para a Criação da Embrapii

Criada em 12/08/2011 17:22 por thiago | Marcadores: fen geral

Foi publicada na sexta-feira (5/8), no Diário Oficial da União, a Portaria 593, que institui o grupo de trabalho (GT) para a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), já chamada de “Embrapa da indústria”. A empresa vai estabelecer uma rede que envolva a cooperação entre empresas nacionais, instituições científicas e tecnológicas e instituições de direito privado, com vistas à geração de produtos e processos inovadores.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, revelou que no orçamento ministerial deste ano já foram alocados R$ 30 milhões para o projeto, volume que deve ser ampliado no ano que vem.

Diferentemente da FINEP, a Embrapii não será uma estatal, mas sim uma instituição com a gestão compartilhada entre os setores público e privado, com governança majoritariamente privada, e que vai possibilitar a conexão entre a comunidade científico-tecnológica e as companhias.

O projeto tem como modelo a experiência alemã do Instituto Fraunhofer, fundação composta por 60 centros de pesquisa especializados em áreas diversas, e que terá parceria com instituições no Brasil.

O GT – Embrapii será integrado por membros da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e da Inovação (Setec/MCTI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI),  do Serviço Nacional de Indústria (Senai), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e da FINEP.

Os representantes titulares e seus suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos e entidades representados e designados em ato próprio pelo ministro Mercadante. O GT será presidido pelo representante da Setec, e a vice-presidência ficará a cargo da CNI. Competirá à FINEP exercer a função de secretaria executiva do grupo.

Um processo-piloto envolvendo três institutos tecnológicos (IPT, Senai Cimatec-BA e INT) servirá para ajudar a definir com mais propriedade a figura jurídica final da Embrapii. A meta, até 2014, é chegar a 30 centros tecnológicos de excelência e atendimento à demanda da indústria. De acordo com Mercadante, a Embrapi será uma espécie de organismo certificador para que as instituições mantenham a competência e possam aproximar-se da iniciativa privada.

Flexibilidade

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Ronaldo Mota, destacou a importância da iniciativa para explorar a capilaridade dos institutos tecnológicos nessa sua interação direta com as empresas nas áreas selecionadas. “Em geral, os institutos poderão com máxima flexibilidade responder às demandas, minimizando burocracia e maximizando eficiência”, enfatizou.

O custeio das interações com as empresas será distribuído entre a Embrapii, o instituto associado e a empresa demandante. "Os institutos deverão se relacionar com a empresa via um acordo de colaboração, que deverá estipular metas, cronogramas e garantias de qualidades. Todos esses, elementos auditáveis”, acrescentou.

O processo-piloto deverá durar aproximadamente seis meses e nesse período será definida a área de atuação de cada instituto envolvido no projeto. Após a conclusão dessa etapa, será criada oficialmente a Embrapii.

 * Com informações do MCTI

http://www.finep.gov.br/imprensa/noticia.asp?cod_noticia=2635



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Em 12/08/11 21:31 Sérgio Werneck de Figueiredo disse:

Vivemos, em mais de 24 países que já aderiram à política do carro elétrico, expectativas promissoras não só quanto à questão ambiental, mas também quanto ao desenvolvimento econômico trazido pela indústria e serviços decorrentes dessa atividade econômica irreversível. Esta atividade, que certamente definirá um novo panorama da geografia econômica mundial avança a passos largos para solucionar questões ligadas ao armazenamento de energia (baterias), bem como circuitos elétricos que garantam a segurança e eficiência dos sistemas. Buscando maior autonomia, menores custos e materiais mais adequados, abundantes e recicláveis, esses países associam-se a institutos empenhados em criar normas e padrões de abastecimento e engenharia de fabricação, afinados com os mais avançados estudos e tendências do setor, fechando assim, um círculo virtuoso de crescimento sustentável para o VE. Adicionalmente, todos sairão ganhando pela economia do combustível fóssil, que já ultrapassou seu ponto de pico máximo de produção em 1996, e cuja tendência é de aumento logarítmico de custo em toda a sua cadeia produtiva, a partir de 2020. Com o custo atual do barril de petróleo beirando os US$ 100/barril urge que se privilegie o consumo de energia elétrica nos automóveis e caminhões, responsáveis por mais de 50% do consumo de combustíveis fósseis, principalmente em país como o Brasil, cujos recursos hídricos renováveis compõem mais de 65% de sua matriz energética. Outra razão importante para a substituição do sistema de tração em automóveis se deve à eficiência superior do motor elétrico (98% em alguns casos), contra o baixo rendimento dos motores de combustão interna (algo em torno de 53% máximo). Embriagados, talvez, pelo programa do álcool, aliás, nada ecológico, o Brasil se distancia enormemente da tendência mundial e deixa de se estruturar seriamente para fomentar sua indústria automobilística, responsável por vultoso percentual de sua economia e se compromete com evidente anacronismo em breve futuro.