Em 31/03/2009

Caros Professores do DETEL.

Esta semana inicia-se o período letivo 2009-1. Nenhuma novidade !

A Chefia do DETEL deseja aos colegas um ótimo retorno à sala de aula. Vamos dar continuidade ao nosso trabalho esperançosos de que tenhamos um semestre letivo bastante profícuo.

Gostaria nesta oportunidade de me referir a aspectos que me têm preocupado como professor:

 

1)      Como todos devem saber, sou um dos professores que ministra aulas de Modelo Matemáticos II, e nesta disciplina é possível avaliar a bagagem dos alunos em Cálculo de uma maneira geral. Como sempre, em qualquer turma, há bons e ótimos alunos, entretanto, a cada novo semestre letivo o número de alunos com dificuldades em conteúdos que já deveriam estar, digamos , na corrente sanguínea, tem aumentado. Fato é que mesmo diminuindo o ritmo das aulas e tentando recuperar as deficiências, o número de alunos reprovados é significativo. Ressalta-se que os graus obtidos nas provas por tais alunos são muito baixos, entre zero e três. Dos alunos que conseguem aprovação certamente alguns permanecem com dificuldades em vários pontos. No decorrer do curso, caberá a nós, professores, ao identificar falhas de conteúdo, dar uma orientação sugerindo incisivamente estudo intensivo do assunto em dívida. Me parece ser uma  forma de ajudá-los a perceber a necessidade de recuperação do conhecimento que já deveria estar assimilado;

 

2)       Outro ponto que desejo abordar é a presença às aulas. Poucos são os alunos que entendem que a freqüência continuada às aulas é importante para uma boa e progressiva compreensão da matéria, além disso, não sabem valorizar a possibilidade de que a qualquer momento, podem receber informações valiosas extraídas da vivência acumulada ao longo dos anos pelos professores, e que não são encontradas nos livros textos. Além das faltas correntes, parece já ser normal o aluno faltar a todas as aulas no dia em que há uma prova. Nas duas situações, acredito que podemos tentar conscientizá-los que tais práticas só trazem prejuízo ao desenvolvimento do curso e ao próprio aprendizado. Nas ocasiões em que ocorre um elevado número de faltas, sempre há alguns poucos alunos que estão em sala, e para estes entendo que a aula deva ser ministrada normalmente. Muitas vezes duvidamos se a decisão de ministrar aquela aula é certa. Acredito que seja. Vamos valorizar a assiduidade e a pontualidade a partir da primeira semana de aula.

 

Caros colegas professores, um engenheiro bem formado ao se colocar no mercado de trabalho mostrando-se confiante e competente com certeza enaltecerá a Escola que o formou e por consequência o Quadro Docente. O que se pode dizer do caso contrário?

 Bem, ministrar aulas não é nossa única tarefa, mas no meu ponto de vista a formação dos alunos de graduação é a mais nobre, é a nossa atividade fim. Segundo grandes educadores, e creio, encaixa-se muito bem aqui, o aluno deve ser reconhecido como o centro e a base de toda ação pedagógica e a transformação/crescimento pessoal do professor somente faz sentido caso constitua caminho para transformar/fazer crescer seus alunos. Fato verdadeiro é que não se consegue mudanças agindo de forma isolada. Nossa ação para qualquer mudança de comportamento dos alunos requer ação integrada do corpo docente.

Em face do exposto, proponho :

1)      Controle de presença às aulas, usando o bom senso no final do período;

2)      Criar formas de avaliação que exija do aluno um estudo continuado dos conteúdos. Qual ? Não sei . Há quatro anos atrás, em dois períodos seguidos, dei testes frequentes. Deu um trabalhão! ... mas deu um bom resultado. Aproveito para expor meu ponto de vista quanto a trabalhos para substituir integralmente às provas. Nem pensar, isto depõe contra o professor, contra os demais professores, contra o Departamento. Trabalhos devem complementar as provas.

Caros colegas, me desculpem ter estendido as boas vindas.

Atenciosamente,

Prof. Alexandre Assis