Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ. Rural/RJ abre mais vagas em 2007 - Folha Dirigida Folha Dirigida - Não Disponível - pg. 03 - 11/8 A taxa de inscrição será de R$85, um aumento de cerca de 20% em relação a taxa do ano passado, que foi de R$70. Segundo o presidente da Comissão Permanente do Vestibular (CPV), Laerte da Cunha Azeredo, a taxa não era reajustada desde o ano 2000 e o dinheiro arrecadado não estava sendo suficiente para cobrir as despesas. No entanto, os candidatos que comprovarem ter estudado o ensino fundamental e o médio em escola pública pagará apenas R$20. Antes das inscrições, a Rural abrirá prazo para a solicitação de isenção da taxa de inscrição, entre os dias 28 e 31 de agosto. No dia 4 de setembro, a Rural divulga a lista dos pré-selecionados, que deverão enviar a documentação até o dia 11 de setembro. A lista final com os isentos sai no dia 26 de setembro. As provas serão realizadas nos dias 8 (segunda-feira) e 9 (terça-feira) de janeiro. Este ano, a Rural aplicará uma única fase. De acordo com o professor Laerte Azeredo, o modelo de duas fases estava saindo muito caro para a Rural, já que tinham que fazer duas viagens por concurso para aplicar as provas em todo o Brasil. Os locais de prova no Rio de Janeiro, este ano, foram ampliados. Além de Seropédica e da Uerj, a Rural também aplicará provas em Campo Grande, Niterói, entre outros lugares. No primeiro dia de prova, os candidatos farão 10 questões discursivas de Língua Portuguesa, 10 questões objetivas de Língua Estrangeira e 24 questões de quatro disciplinas não-específicas, seis questões de cada, sendo três objetivas e três discursivas. No segundo dia de prova, serão aplicadas questões discursivas de duas provas específicas e uma Redação. As notas serão divulgadas no dia 12 de fevereiro e o resultado final está previsto para 14 de março. O segundo exame é também a oportunidade para melhorar o desempenho na prova e garantir uma boa bonificação para a segunda fase. Os candidatos que fizerem os dois exames levarão para a próxima etapa a o melhor resultado. A bonificação varia de acordo com o desempenho e pode chegar a 20 pontos. Para garantir esta pontuação, os candidatos devem acertar mais de 70% das questões, o que equivale a acertar no mínimo 43 questões, das 64 apresentadas. Os candidatos que ficarem na faixa de acertos superior a 60% e até 70%, ou seja que acertarem entre 37 e 42 questões serão classificados com conceito B e terão direito a 15 pontos de bônus. Já aqueles que acertarem mais de 50% e no máximo 60%, ou seja, quem acertar entre 31 e 36 questões, serão classificados com conceito C e receberão 10 pontos de bonificação. O conceito D será atribuído a quem acertar mais de 40% até 50% da prova, entre 25 e 30 perguntas. Aqueles que acertarem no máximo 40% da prova, ou seja 24 questões, serão reprovados. No entanto, quem não conseguiu garantir uma boa vantagem no primeiro exame não deve desanimar. Pois podem tentar melhorar o desempenho no segundo exame, que será aplicado em outubro. Os candidatos que tiverem realizado os dois exames levarão para a segunda fase o melhor conceito. O clássico narra a história de amor entre a rainha do Egito e o general romano. Teatro Odylo Costa - Uerj, rua São Francisco Xavier, 534, Maracanã (2587-7481). Cap.: 1.106 pessoas. 6ª a dom., às 19h30. R$5. Estudantes e idosos pagam meia. Duração: 2h. Classificação etária: 12 anos. Até 20 de agosto. A evolução do emprego formal em indústrias exportadoras e empresas inovadoras contrasta com as mazelas da maioria da mão-de-obra brasileira O estudo "Brasil, o Estado de Uma Nação - Mercado de Trabalho, Emprego e Informalidade", divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), destaca que somente 84% das crianças concluem a 4ª série e 57% completam o ensino fundamental. Cerca de 75% dos adultos no Brasil são analfabetos funcionais - conseguem ler, mas não avaliam o conteúdo da leitura -, a maioria das crianças começa a trabalhar prematuramente e mais da metade da força de trabalho está na informalidade. O perfil médio do trabalhador brasileiro com carteira assinada não chega a ser desanimador: 61% do sexo masculino, com 35,7 anos de idade; 9,3 anos de escolaridade; e com tempo de emprego de 68,9 meses. Grau de instrução O grau de escolaridade médio mais elevado está no setor público, com média de 10,8 anos. Mesmo entre trabalhadores formais, o Ipea verificou a relevância do grau de instrução, especialmente nos rendimentos. Atualmente, o trabalhador com ensino médio completo ganha o dobro do salário médio daquele que não tem o mesmo diploma. Além disso, tende a permanecer menos tempo na condição de desempregado. Essas condições contrastam sensivelmente com o perfil da média do trabalhador informal: 61,3% do sexo masculino; com 27,7 anos; e apenas 33,3% com segundo grau completo. Mais jovens, menos instruídos e qualificados e sujeitos a uma maior rotatividade nos postos de trabalho, os informais ainda arcam com remunerações 37,80% menores que seus companheiros com carteira assinada. Segundo o presidente do Ipea, Luís Henrique Proença, até 1995, o mercado informal no Brasil se expandia em períodos de baixo crescimento econômico. A partir deste ano, passou a ser "um traço estrutural" da economia brasileira. Ou seja, continuou a aumentar mesmo com a recuperação da atividade. Esse fenômeno, desencadeado por fatores como a estabilização da moeda e o ajustamento dos parques produtivos, passou a ser estimulado pela elevada carga tributária sobre as empresas, o grau menor de competitividade de muitas empresas e a rigidez da legislação trabalhista. Todos esses elementos significam, a rigor, dificuldade de abertura de postos formais de trabalho. O mercado informal cresceu de 38,3%, em 1992, para 44,1%, em 2004, nas áreas metropolitanas. Mas caiu de 58,5% para 54,6% nas outras regiões, para onde muitas empresas se deslocaram, em busca de custos menores de produção e de benefícios fiscais. Ele criticou o Congresso por estar funcionando apenas três dias por mês Em encontro de campanha com cientistas de vários setores, o presidente Lula disse que o país "está preparado para dar o próximo passo" e que o "salto de qualidade" não aconteceu no século 20 "por falta de seriedade". Diante de uma platéia insistente na cobrança por mais investimento em educação, Lula duvidou que o Congresso, "funcionando três dias por mês", aprove ainda este ano o Fundeb. Acompanhado por cinco ministros, Lula criticou os parlamentares. "Está desde junho no Congresso Nacional. E não vai. Achamos que ia ser uma unanimidade. Mas quando entram os interesses políticos e eleitorais no meio, uma coisa que poderia ter colocado R$ 1,3 bilhão no ensino fundamental não foi aprovada", disse Lula. "Meus companheiros da área econômica estão felizes. E não sei se vai ser aprovado até o final do ano, porque, (o Congresso) funcionando três dias por mês, acho pouco provável." Desta vez, o presidente disse que o programa de governo para o segundo mandato será baseado em três pontos principais: "Desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade" - em outras ocasiões, Lula retirou alguns desses fatores ou agregou novos. Para Lula, "pela primeira vez" o país reúne condições para avançar, como a combinação de inflação baixa e crescimento econômico. "O Brasil tem oportunidade ímpar. Se não fizermos nenhuma loucura, nenhuma aventura, o Brasil finalmente, no século 21, vai aproveitar as chances que jogou fora no século 20. Não abro mão de garantir que o Brasil dê esse salto de qualidade. E não deu por causa da falta de seriedade. Não foram poucos os momentos em que parecia que o Brasil iria dar certo. De repente, tinha uma eleição, desmontava tudo e o Brasil quebrava. As pessoas iam dormir ricas e acordavam pobres, iam dormir com um preço das coisas e acordavam com outro", discursou. Lula brincou com os cientistas ao comparar o ato de governar com a construção de uma casa: "O alicerce é a parte mais difícil casa. Levantar a parede até um presidente ou um cientista pode levantar – quer dizer, o presidente coloca o tijolo e o cientista diz 'não é assim, é assado'". Lula, que tem defendido o lucro dos bancos, foi surpreendido pela proposta do presidente da SBPC, Ennio Candotti, de que 10% desse ganho seja usado para criar oficinas de ciências nas escolas. "Se os bancos tivessem ganho 10% a menos, estariam contentes do mesmo jeito", disse Candotti. Todos riram. Inclusive o presidente. A grande maioria das universidades particulares do Rio não está fazendo direito a lição de casa. Dos 456 cursos oferecidos no estado do Rio, 60 foram reprovados no Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade), que substituiu o antigo Provão. Os dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) indicam que 13% das faculdades particulares obtiveram os conceitos mais baixos - a média nacional é de 20%. Quinze cursos oferecidos pelas particulares do Rio e interior receberam conceito 1, como Computação e Informática da Universidade Castelo Branco e da Santa ÚrsuIa. Outros 45 tiraram nota 2, numa escala de 1 a 5. Já as universidades federais e estaduais do Rio alcançaram o topo da avaliação. Vinte e dois cursos oferecidos pelas públicas receberam 5 e 35 cursos levaram nota 4. MAIS RIGOR Cinco cursos da UFF Arquitetura e Urbanismo, Ciências Sociais, Geografia, História e Pedagogia - receberam 1. Segundo a pró-reitora de Assuntos Acadêmicos, Esther Luck, os alunos boicotaram o Enade e entregaram a prova em branco. NOTA VERMELHA O Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes (Enade), realizado em 2005, avaliou 456 cursos de graduação no estado do Rio. Do total, 15 receberam conceito 1 e 45 tiveram nota 2, numa escala de 1 a 5 Nota 1 Expansão, mas sem qualidade A expansão das faculdades particulares nos anos 90 não se refletiu na qualidade dos cursos. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), intitulado 'Brasil, o Estado de Uma Nação', revela que de 1999 a 2005 os gastos com ensino superior privado pularam de R$ 8,8 bilhões para R$ 15 bilhões. As particulares concentram 71,7% dos alunos (2.985.405) e as públicas, 28,3% (1.178.328). Segundo o coordenador, o economista Paulo Tafner a pesquisa mostra também que apenas 57% das crianças concluem o Ensino Fundamental. "Muitas param precocemente para poder trabalhar", justifica. O Dia - Opinião - pg. 08 - 11/8 Indulto humanitário Carlos Eduardo Japiassú O indulto, como possibilidade de o detento ser liberado provisoriamente do presídio, em ocasiões especiais,como o Dia dos Pais,tem finalidade humanitária, a fim de tentar mitigar o sofrimento moral que o afastamento dos entes queridos traz ao apenado. O indulto está ligado diretamente ao direito fundamental do preso de ser tratado de acordo com sua dignidade humana. Como membro de uma comunidade - posto que não o cessa de ser pelo mero fato de estar a cumprir pena -, o preso tem o direito nos termos que a lei prescrever, de manter o contato com o seu núcleo familiar. Negar-lhe tal direito é também negar o objetivo que toda pena, no Estado Democrático de Direito, deve portar consigo: a ressocialização do preso. Em momentos de crise como atual, o Poder Público necessita de equilíbrio e não deve ceder à tentação repressiva sem fundamento. Os recentes problemas em São Paulo demonstram que os envolvidos em ataques criminosos contra a população encontram-se em regime fechado e pois, não serão beneficiados pelo indulto, vez que os indultados serão os que cumprem regime semi-aberto. Ademais, não há provas cabais de envolvimento com o crime organizado daqueles que serão autorizados a deixar as penitenciárias paulistas. Assim, não se deve, por força da histeria gerada pelos últimos ataques, impedir que a maioria esmagadora de presos que retomam ao presídio possa se encontrar com sua família, sob pena de gerar mais revolta, o que somente alimentaria a atividade dos grupos que têm sido responsáveis pelos ataques. Professor de Direito Penal da Uerj e UFRJ Risco para São Paulo Mauricio Jorge da Mota Indultos como este que está sendo concedido hoje em São Paulo trazem consigo uma série de problemas. Em primeiro lugar, face aos atentados que aquele estado vem sofrendo por iniciativa de uma facção criminosa, a população questiona-se se os detentos liberados não ajudariam a perpetrar novos ataques contra o Poder Público e cidadãos comuns. Tal temor é ainda mais fundado quando mesmo alguns promotores paulistas suspeitam da participação de presidiários liberados no Dia das Mães nas ondas de ataque realizadas no mês de maio. Uma outra questão liga-se à possibilidade de os presos liberados não retomarem ao presídio após a comemoração do Dia dos Pais. Segundo dados da secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, no último Dia das Mães, não retomaram aos presídios em torno de 8% do total de presos liberados, perfazendo um total de 965 presos que acabaram se tornando fugitivos, o que certamente configura um dado preocupante. Especula-se que a investida criminosa dos últimos dias em São Paulo haveria sido motivada por um rumor de que indulto não seria concedido este ano. Se tal fato é suciente para suscitar a reação dos criminosos, por que não aproveitar o momento para dar uma demonstração de força do Poder Público ante os ataques, justamente suprimindo o indulto, numa clara demonstração de que tal pressão de facções criminosas é inaceitável? A não concessão do indulto, neste triste momento do Estado de São Paulo, seria de bom tom e mostraria que o Poder Público é sensível aos anseios da população pelo fim da violência generalizada. Diretor da Faculdade de Direito da Uerj RIO - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) divulgou nota nesta quarta-feira informando que a questão 29 do primeiro exame de qualificação do Estadual 2007, realizado no domingo, foi anulada. O texto da nota é o seguinte: "Considerando que a questão 29 da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias admite, além da resposta apontada como correta, outros valores obtidos por aproximação ou por outras formas de encaminhamento da solução, o DSEA - SR-1, em nome do rigor acadêmico que lhe é inerente, resolve aulá-la e atribuir o ponto a todos os candidatos." RIO - A Justiça Federal anulou, na noite desta terça-feira, as eleições para a escolha do novo reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF). Elas foram realizadas em dois turnos, entre maio e julho passados, com a vitória do candidato Roberto Salles - ex-diretor do Centro de Ciências Médicas (CCM) - por uma diferença de 30 votos contra o vice-reitor, Antônio Peçanha. Foram 5.629 votos contra 5.599, respectivamente, que corresponde a 50,26% e 49,74% dos votos. Segundo o professor Wilson Madeira Filho, coordenador da campanha de Antônio Peçanha, um grupo de 22 professores dos Institutos de Biologia e Química da UFF procurou o Ministério Público Federal (MPF) com denúncias de irregularidades no processo eleitoral antes mesmo da consulta aos eleitores. O MPF entrou na Justiça com uma ação civil pública que resultou na decisão judicial pela impugnação da consulta interna para a escolha do novo reitor. A chapa derrotada já havia pedido a recontagem de votos, que foi negada pelo conselho universitário. Na decisão que embasou a liminar, o juiz Fábio de Souza Silva, da 2ª Vara Federal de Niterói, entendeu que a consulta feita na universidade não respeitou a proporcionalidade de professores, como prevê a Lei 9.192/95. Pela lei, os docentes, que deveriam representar 70% do total de votos, teriam ficado só com um terço, conforme decisão do Conselho Universitário da UFF em fevereiro deste ano. A data limite para a escolha de um novo reitor é 19 de novembro, quando termina o mandato do atual, o professor Cícero Mauro Fialho Rodrigues. O MEC pede, porém, que as instituições mandem os nomes da lista tríplice com dois meses de antecedência. Na oficialização do novo dirigente, o ministério costuma respeitar a decisão da instituição. O Conselho Universitário da UFF se reunirá na próxima quarta-feira para decidir as próximas ações, após a análise da decisão judicial pela Procuradoria Geral da universidade. BRASÍLIA - Reitores de cinco universidades públicas do Rio (UFRJ, UFF, UNI-Rio, Rural e Cefet) entregaram nesta quarta-feira ao ministro da Educação, Fernando Haddad, um documento que mostra as dificuldades "de autonomia e financiamentos nos últimos 40 anos". O reitor Miguel Bandenes, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet/RJ), disse esperar que o documento seja um primeiro passo de reflexão para instituições de ensino superior de todo o país - e não apenas do Rio de Janeiro. - Nós cinco convivemos muito, pelas parcerias entre as nossas instituições. O documento não traz reivindicações pontuais, mas mostra claramente que estamos sendo atendidos e esperamos que esse atendimento seja um processo progressivo - afirmou. O texto aborda a fase vivida pelas universidades públicas na década de 90 e lamenta a falta de autonomia na produção de conhecimentos críticos, o que aproximaria as instituições do setor público, descaracterizando-as como instituições sociais. E deixa clara a aprovação, pelo menos em parte, do projeto de reforma universitária. "O projeto em tramitação no Congresso, se não atende a todas as nossas exigências, cria condições de levarmos ao Parlamento e à sociedade nossas posições em defesa da universidade pública, autônoma, gratuita e de qualidade", diz o documento. Também assinam o documento os reitores Aloísio Teixeira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Malvina Tânia Tuttman, da Universidade do Rio de Janeiro (Unirio); Ricardo Motta Miranda, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Mauro Fialho Rodrigues, da Universidade Federal Fluminense (UFF). BRASÍLIA - O resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2005 - equivalente ao antigo Provão - mostra que 20% dos cursos de graduação avaliados poderiam ser fechados pelo Ministério da Educação (MEC) se esta medida dependesse de uma única prova aplicada pelo governo federal. Nos dados divulgados nesta quarta-feira, dos 5.511 cursos que participaram da avaliação, 1.102 foram reprovados - receberam os menores conceitos (1 e 2). Apenas 27% deles obtiveram as melhores notas: 4 e 5. O conceito 3 (médio) foi para mais da metade dos cursos: 2.921 (53%). Participaram do exame 277.476 alunos ingressantes e concluintes de 20 áreas do conhecimento: arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação e informática, engenharia (oito grupos), filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química. Quem fez a prova pode conferir sua nota no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O secretário de Educação Superior do MEC, Nelson Maculan, explicou o bom desempenho do Nordeste no exame nacional. - A justificativa é que há poucas faculdades privadas e muitas universidades federais na região - disse. Universidades públicas têm melhor desempenho Os alunos das universidades federais apresentaram desempenho melhor que os instituições privadas no exame. Essas instituições concentraram 56,3% das notas mais altas e as estaduais, 40,6%. Os maiores percentuais de conceitos baixos foram registrados nas instituições municipais (37,5%) e nas privadas (23,3%). Uma das principais novidades deste Enade foi a criação do Indicador de Diferença entre o Desempenho Observado e o Esperado (IDD), que mede quanto o curso contribuiu para a melhoria do desempenho do aluno, de suas competências profissionais e do seu conhecimento. O IDD está sendo chamado de "valor agregado" na formação do universitário. Assim como o Enade, o conceito do IDD varia de 1 a 5 por instituição. MEC pode suspender cursos com baixa pontuação O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a criação do índice permitirá uma avaliação mais criteriosa dos cursos e ajudará no momento de se decidir pelo fechamento ou não de um curso. Ele citou os casos de cursos que obtiveram conceitos do Enade e do IDD que variam entre 1 e 2. - Vamos combinar esses dois conceitos. Se os cursos apresentarem índices inferiores a três, vão chamar a atenção e está acesa a luz amarela. A comissão irá fiscalizar in loco o que está ocorrendo. Pelo sistema de avaliação anterior, não podíamos medir esse valor adicional agregado.- disse Haddad. O ministro disse que o mau desempenho dos alunos pode levar até à suspensão do vestibular e o fechamento de um determinado curso. Mas, desde a criação do Provão, há dez anos, nenhum curso foi fechado por ter sido reprovado nessa avaliação. Haddad disse que o ministério irá celebrar um termo de compromisso com a instituição para tentar sanear as deficiências encontradas. As inscrições para o exame deste ano, marcado para 12 de novembro, já estão abertas. Serão selecionados 900 mil universitários de 15 cursos de graduação. BRASÍLIA - O ministro da Educação, Fernando Haddad, vai homologar nesta sexta-feira, em Brasília, resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) tornando obrigatória a oferta das disciplinas de filosofia e sociologia no ensino médio. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela assessoria de imprensa MEC. A resolução dá prazo de um ano para que os conselhos estaduais de educação regulamentem o tema, estabelecendo a carga horária e as séries em que as duas novas disciplinas deverão ser oferecidas - se apenas em um, dois ou nos três anos do ensino médio. Com a homologação, a decisão do CNE passará a ter valor legal. Conselheiros esperam que, já a partir do ano que vem, mais escolas incorporem a filosofia e a sociologia aos seus currículos. A expectativa é que todos façam isso a partir de 2008. A oferta das duas disciplinas já é realidade no Rio e em mais 10 estados. Cursos de graduação deverão formar mais professores Quando o projeto foi aprovado pelo CNE, no início de julho, especialistas foram ouvidos pelo jornal "O Globo". Na avaliação do titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas, a medida vai ampliar o número de vagas para profissionais de filosofia e sociologia. - Com o ensino obrigatório das duas disciplinas, os cursos de graduação formarão mais profissionais para atuarem no setor - disse. O vice-presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, Lejeune Mato Grosso Xavier de Carvalho, ainda não estimou quantos empregos serão criados para a categoria. Ele afirmou que serão necessários cerca de 30 mil professores para ministrar as duas disciplinas em todo o país, mas boa parte deles já está em sala de aula nas redes cujos currículos já prevêem a oferta. Segundo Lejeune, é o caso do Rio e de São Paulo. Para o professor de filosofia Aldo Santos, de São Paulo, a decisão vai promover uma mudança na estratégia educacional que desenvolve o pensamento, a reflexão e a ação dos estudantes. - Agora, os jovens vão entender o seu papel na história e saber que ele pode ser um agente transformador na sociedade - analisou. As disciplinas faziam parte do currículo da maior parte das escolas antes do golpe militar de 1964. Depois disso, foram banidas das salas de aula. Em 2001, o então presidente Fernando Henrique Cardoso, que é sociólogo, vetou lei aprovada no Congresso para tornar obrigatória a oferta das duas disciplinas. O argumento é que faltavam professores e infra-estrutura. As regiões Sul e Nordeste tiveram os maiores percentuais de cursos com bom desempenho no Brasil no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) de 2005. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira pelo MEC (Ministério da Educação). O Enade de 2005 avaliou 277.476 estudantes de 5.511 cursos de graduação de 20 áreas do conhecimento. Os cursos foram avaliados em uma escala de 1 a 5 --27% tiveram conceitos 4 e 5 (os mais altos); 20% tiveram conceitos 1 e 2 (os mais baixos); e 53%, conceito 3 (médio). O maior percentual de conceitos altos foi registrado nas regiões Sul (29,9%) e Nordeste (29,8%). Norte e Centro-Oeste tiveram os maiores percentuais de conceitos baixos, com 31,4% e 28,5%, respectivamente. Foram avaliados os cursos de arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, engenharias, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química. Público e privado Cursos de instituições públicas apresentaram melhores conceitos do que os das escolas de ensino superior do setor privado. As universidades federais concentraram 56,3% dos conceitos mais altos e as estaduais, 40,6%. Os maiores percentuais de conceitos baixos foram registrados nas instituições privadas (23,3%) e nas municipais (37,5%). Os resultados detalhados podem ser acessados pela internet. Além das notas nas provas, o MEC utilizará o IDD, um indicador de diferença entre o desempenho esperado e o desempenho alcançado por alunos, para avaliar a qualidade dos cursos. Folha de São Paulo - On line - pg. - 11/8 FÁBIO TAKAHASHI da Folha de S.Paulo Pelo menos 369 cursos de ensino superior públicos e particulares poderiam ser fechados ou ter o vestibular suspenso caso essa medida dependesse de uma única avaliação feita pelo governo federal. Eles representam cerca de 7% dos 5.511 cursos avaliados pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2005. O exame substituiu, desde 2004, o antigo Provão. Para ser fechado, o curso ainda passará por avaliação in loco de especialistas. Além desses 369 cursos terem os conceitos mais baixos no exame --1 e 2, numa escala de 0 a 5--, eles também foram os que menos agregaram conhecimento aos seus alunos durante os anos da graduação. Esse conhecimento agregado foi "medido" pela primeira vez neste ano por meio do chamado IDD (Indicador de Diferença de Desempenho), apresentado ontem em Brasília. Na outra ponta aparecem 425 cursos que conseguiram notas máximas --4 e 5-- tanto na prova como no IDD. Essa última edição do exame avaliou alunos do primeiro e do último ano de cursos de graduação pertencentes a 20 áreas, entre elas engenharia, biologia, computação e letras. Ao separar apenas a nota média obtida pelos alunos no Enade, 27% dos cursos avaliados ficaram no patamar mais alto (4 e 5), enquanto 20% obtiveram os conceitos 1 e 2. "Fechar 7% dos cursos é até pouco, tendo em vista a qualidade do que foi aberto nos últimos dez anos", disse Regina Vinahes, professora de pós-graduação em educação da Universidade de Brasília. "Mesmo assim, são milhares de alunos que estão em péssimos cursos." Criado neste ano, o IDD mostra o esforço das instituições de ensino superior para melhorar a qualificação dos seus cursos. Lança luz sobre uma antiga colocação: a de que as instituições particulares, por receber alunos menos preparados, acabam oferecendo formação geral que eleva o conhecimento do concluinte, mas não chega a aparecer nos resultados finais. Segundo os dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), 53,5% dos cursos privados avaliados tiveram um desempenho médio dos alunos concluintes igual ou maior do que a média esperada para aquele tipo de instituição. Já no caso das federais, esse índice foi de 58%. "A situação das particulares se aproximou mais da realidade média do país", afirmou o ministro Fernando Haddad (Educação) ao apresentar os dados. Para o MEC, os cursos que tiveram notas 1 e 2 tanto no Enade como no IDD "acendem o sinal amarelo" quando passarem pela avaliação in loco. Para fazer essa avaliação in loco dos cursos e instituições, o Inep modificou a forma de selecionar os especialistas-avaliadores. Até 2005, eles eram indicados. Agora foi criado um cadastro. Cerca de 11 mil se inscreveram, a maior parte doutores. Desses, pelo menos 3.000 serão selecionados para fazer parte do banco de avaliadores. Luiz Biondi e Carlos Alberto |
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