Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ. Análise de recursos sai nesta sexta, dia 11 - Folha Dirigida Folha Dirigida - Educação - pg. 03 - 10/8 Os estudantes que entraram com o pedido de recurso nas questões do primeiro exame de qualificação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro terão acesso ao resultado do requerimento nesta sexta-feira, dia 11 de agosto, às 17h. É preciso se dirigir ao mesmo local onde foi efetuado o pedido. A aluna Danielle Mota, 18 anos, que está prestando vestibular para o curso de Odontologia, pediu a anulação da questão 22, de Química. Segundo ela, o erro não é de interpretação como foram em outras questões da prova, mas sim de conceito. "O composto citado no enunciado não é um éster", afirma. Danielle contou também com ajuda de professores do curso preparatório onde estuda na hora de decidir se encontrava com o recurso. "Durante a prova vi que a questão estava errada. Depois, os professores confirmaram e resolvi pedir a anulação". Outro estudante que não ficou satisfeito foi Felipe Sousa de Lucena, 19 anos. Felipe, que tenta uma vaga para Administração, está estudando por conta própria e descobriu, pelo jornal FOLHA DIRIGIDA, que três questões do exame eram passíveis de anulação. "Comprei o jornal e vi que podia entrar com o recurso. Como acertei 41 questões na prova, se eu conseguir pelo menos duas anulações das três, garanto A no conceito", garante. Felipe pediu a anulação da questão 22 que, segundo ele, o composto referido não apresenta função éster. "O radical deveria ter uma ligação dupla com um oxigênio e uma simples com outro oxigênio. O que não está no composto, que só tem ligações simples". Já na questão 40, de Física, o argumento usado pelo aluno é que, de acordo com a Lei Arquimedes, o empuxo é uma força. Mas, no entanto, o enunciado leva a entender, com o uso da expressão ‘esforço despendido’ que é uma energia gasta. Nas questões de Geografia, o pedido de anulação é para a de número 48. "Pelo gabarito a resposta seria topografia plena, mas esta deixa de ser uma causa natural a partir do momento que houve desmonte de morros na área central da cidade", reforça. Já Verônica Freitas, 16 anos, entrou com o recurso contra a questão número 3, de Língua Portuguesa. De acordo com a estudante, que presta vestibular para Direito, o conhecimento necessário para realizar a questão era maior do que o estipulado no programa do vestibular. "O que estava previsto no programa era Metonímia, Metáfora e Ironia. Além dessas figuras de linguagens foram cobradas outras como Paradoxo. Não dava nem para fazer por eliminação", afirma. Verônica também pediu a anulação da questão 48. "Vi que tinha algo errado com a questão. Depois, quando comprei o jornal da FOLHA DIRIGIDA, confirmei a minha suspeita". O resultado do primeiro exame de qualificação será divulgado na próxima segunda-feira, dia 14, de agosto. Para ser aprovado é preciso acertar no mínimo 25, das 60 questões apresentadas. O primeiro exame de qualificação do concurso 2007 registrou um percentual de faltas de 8,96%. Ou seja, dos 70.063 inscritos, 6.275 não compareceram e estão eliminados desta fase. O percentual de faltas é superior do ano passado, que ficou em 4%. Mas, de acordo com o diretora do Departamento de Seleção Acadêmica da Uerj, Elisabeth Murad, está dentro do esperado. "Já tivemos índices de até 10%. Então, o número não chega a supreender." Segundo a diretora, não houve nenhum incidente nos locais de prova. Os portões fecharam pontualmente às 9 horas. No campus Maracanã, local com maior concentração de candidatos, a equipe médica não teve trabalho. "Tivemos apenas um candidato e um fiscal que tiveram um mal estar", disse Elisabeth. O exame de qualificação é a primeira fase do Vestibular Estadual, que oferece vagas para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), para a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e para as Academias de Polícia Militar Dom João VI do Rio de Janeiro e para a Academia de Bombeiros Dom Pedro II do Rio de Janeiro. 11 de agosto - Dia Nacional do Estudante Nesta sexta-feira, dia 11, comemora-se o Dia do Estudante. Mas, quando se fala em movimento estudantil no Brasil, a maioria se lembra de alguns fatos marcantes. Um deles foi a atuação dos jovens na década de 1960, quando a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) lideraram as manifestações populares contra a ditadura militar e sofreram com a repressão. Mais recentemente, a lembrança fica por conta da mobilização dos estudantes em 1992. Na ocasião, alunos de todo o país ocuparam as ruas para pedir o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo e ficaram conhecidos como os "cara-pintadas". Com os últimos escândalos de corrupção no Congresso Nacional, e problemas dos mais diversos no espectro social do país, como a escalada da violência nas grandes cidades, os alunos não têm ocupado as ruas com a mesma freqüência que fizeram no passado. E no seu dia, muitos alunos ainda se perguntam se o movimento estudantil se mantém inserido na conjuntura política nacional ou se os líderes estudantis têm incentivado a discussão sobre os problemas sociais nas salas de aula. Entre a maioria dos alunos, porém, as respostas para as perguntas são negativas. Representatividade e independência em xeque O estudante do 7º período de Engenharia Elétrica da Uerj, Manoel Carlos Júnior, diz que, após o movimento dos "cara-pintadas", não houve nenhuma manifestação do movimento estudantil que tivesse a mesma repercussão. "Não sei o que a UNE faz hoje, não tenho a menor noção. Creio que ela deva ser a voz dos estudantes, mas não vejo qualquer atuação, nem dentro das faculdades, nem na mídia", afirma. Entre os secundaristas, o sentimento é o mesmo em relação à entidade nacional que os representa. "A Ubes hoje só serve como trampolim político para que seus dirigentes façam política partidária. Há muito tempo ela não representa mais os alunos", critica o estudante do 3º ano da Escola Técnica Estadual Visconde de Mauá, Caio Baymã. As declarações dos alunos refletem a situação de crise vivida pelas entidades estudantis. No âmbito nacional, as direções majoritárias da UNE e Ubes são formadas, em sua maioria, por jovens ligados à juventude do PCdoB, partido aliado do governo federal. Nas manifestações contra a corrupção no Congresso, realizadas em julho de 2005, militantes das duas entidades reivindicaram punição para os culpados pelo mensalão, mas isentaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva das críticas. Na mesma ocasião, surgiram denúncias de que a UNE estaria recebendo verbas do governo para financiar suas atividades. DCEs ainda demonstram poder de mobilização Apesar da falta de expressividade do movimento estudantil atualmente, os jovens afirmam que ainda existem iniciativas no estado do Rio de Janeiro nas lutas por interesses específicos. Um dos exemplos é o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Uerj. Entre os últimos meses de abril e julho, os alunos aderiram à greve dos professores e técnicos-administrativos da instituição e reivindicaram mais verbas para a universidade e bolsas de estudo e bandejão para os alunos. Apesar de não ter conseguido que o governo financiasse a construção do bandejão, a simples participação do diretório na luta por melhorias na universidade foi vista com bons olhos. "Na Uerj, os estudantes são politizados. Quando são cutucadas, as pessoas se unem e protestam, lutam por seus direitos. O DCE tem agido ativamente dentro da universidade, mas ainda falta comprometimento dos Centros Acadêmicos", destaca Manoel Carlos. Representante do grêmio do Colégio Pedro II, unidade São Cristóvão, Mateus Ribeiro cobra maior comprometimento de todos os líderes estudantis com seus representados. "Eles deveriam lutar por mais verbas para a educação pública. Esta é a raiz de todos os outros problemas, como o sucateamento das instituições e a baixa qualidade do ensino". Outra sugestão, do estudante do 3º período de Jornalismo da Faculdade Hélio Alonso (Facha), Arley Macedo, é que os militantes invistam na união do movimento. "É preciso, antes de mais nada, fortalecer os grêmios e diretórios acadêmicos. A UNE está sem rumo, esqueceu quem ela representa. A entidade deve ouvir os diretórios e formular propostas gerais, não somente da sua diretoria", propõe. Folha Dirigida - Educação - pg. 03 - 10/8 A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) anulou a questão número 29 da área de Ciências Matemática e da Natureza do primeiro exame de qualificação, aplicado no último domingo, dia 6. Com isso, todos os candidatos receberão a pontuação. Para as outras questões o gabarito está mantido. De acordo com a diretora do Departamento de Seleção Acadêmica (Dsea) da Uerj, Elisabeth Murad, a banca não encontrou nenhum problema nas demais questões. No total, a coordenação do vestibular recebeu 70 recursos. O número foi considerado baixo pela diretora. "Esse número não significa que 70 pessoas entraram com recursos, pois há candidatos que fazem mais de uma reclamação. Se lembrarmos que a prova tem 60 questões e foi realizada por cerca de 64 mil inscritos, 70 reclamações é um número pequeno. Em média recebemos, 100, 110", disse. A justificativa para a anulação foi divulgada em nota oficial pela direção do Dsea. O documento diz o seguinte: "Considerando que a questão 29 da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias admite, além da resposta apontada como correta, outros valores obtidos por aproximação ou por outras formas de encaminhamento da solução, o DSEA – SR-1, em nome do rigor acadêmico que lhe é inerente, resolve anulá-la e atribuir o ponto a todos os candidatos." O resultado do primeiro exame de qualificação será divulgado na próxima segunda-feira, dia 14 de agosto. Para ser aprovado é preciso acertar mais de 40% das perguntas o que corresponde a no mínimo 25 questões. Professor sugere outra anulação O professor Paulo César Machado, diretor e coordenador do Colégio CEI de Barra do Piraí, foi um dos que pediram a anulação da questão 29 de Matemática do Primeiro Exame de Qualificação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo ele, o gabarito apresentado pela universidade, na prova aplicada no último domingo, dia 6, está errado. Abaixo, observe as duas soluções para a questão propostas pelo professor: Solução 1: Como o triângulo eqüilátero ABC está inscrito em um círculo de raio r, teremos: r = 4. Considerando o triângulo, na esfera, observamos que: Resposta: letra D Solução 2: É análoga a anterior. E como não há alternativa na prova, se usarmos r = 3,85 então: . O valor mais próximo é 8. Resposta: letra C (por aproximação) Na avaliação do professor, a Comissão do Vestibular da Uerj deveria anular também a questão 40 de Física do Primeiro Exame de Qualificação. Ele explica que o enunciado fala em campo gravitacional 10-5 vezes menor que o da Terra, mas deveria ser campo gravitacional 10-5 vezes o da Terra. O professor solicita a alteração, com a retirada da palavra "menor" e a anulação da questão. Universidades federais e estaduais obtiveram notas mais altas dos que as particulares na avaliação do Ministério da Educação. UFRJ e Uerj se destacam. Apesar de todo o malabarismo que reitores precisam fazer para pagar as contas, as universidades públicas federais e estaduais continuam tendo melhor desempenho do que as instituições privadas de Ensino Superior. É o que mostra o resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avaliou, em 2005, 277.476 estudantes de 5.511 cursos de graduação em todo o País. Duas notas Mínimas Nenhum dos cursos oferecidos pelos 20 maiores centros universitários particulares do Rio obteve o conceito 5. A exceção é a PUC-Rio, que recebeu nota 5 em cinco títulos e 4 em outros seis. Na Estácio de Sá, dois cursos receberam conceito 1: Letras (unidade São Gonçalo) e Engenharia Eletrotécnica (unidade Rio). Alunos podem conferir desempenhos Os 277.476 estudantes que participaram da avaliação do MEC podem conferir seu desempenho. Para ver suas notas, o aluno deve acessar o relatório do estudante. Basta digitar nome, CPF e uma senha para cadastro na Internet (www.inep.gov.br/jsuperior/enade/default.asp) O portal traz relatórios de cada curso e o boletim de desempenho dos alunos. Os estudantes poderão acompanhar os resultados das avaliações realizadas em 2004, 2005 e obter informações sobre o Exame de 2006, que será em 12 de novembro. AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR No Rio, os melhores cursos estão nas federais e estaduais UFRJ (federal) Nota 5*: Biologia, Computação e Infotmátíca, Engenharias (Civil, Materiais, Metalúrgica, Produção), Filosofia, Geografia e Matemática Uerj (estadual) Nota 5: Pedagogia, Biologia, Letras, Matemática e Engenharia Química I UFF (federal) Nota 5: Biologia, Engenharia Agrícola, Engenharia de Telecomunicações Uenf (estadual) Nota 5: Biologia e Ciências Sociais UniRio (federal) Nota 5: Computação e Informática Universidade Federal Rural Nota 4: Química, matemática, Arquitetura e Urbanismo e Engenharias (Florestal, de Alimentos). O Globo - O País - pg. 14 - 10/8 BRASÍLIA. Apenas 27% dos cursos avaliados pela segunda edição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) obtiveram conceitos 4 e 5, os maiores da avaliação que substituiu o Provão. Os dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação mostram que 1.102 cursos (20% do total) foram reprovados — receberam conceitos 1 e 2. A nota 3, que é o conceito médio, foi para mais da metade dos cursos avaliados: 2.921 (53%). Entre as regiões do país o o melhor desempenho foi dos universitários de cursos da Região Sul: 29,9% alcançaram conceitos 4 e 5. O Nordeste vem em logo em seguida, com 29,8% dos cursos bem avaliados. No Sudeste esse percentual foi de 27,6%. No Centro-Oeste, 17,8%, e o Norte, 17,5%. Nordeste tem poucas faculdades privadas O secretário de Educação Superior do ministério, Nelson Maculan, explicou o bom desempenho do Nordeste no exame nacional. A Região Norte teve maior percentual de cursos reprovados: 31,4%. O Centro-Oeste ficou em segundo lugar, com 28,7% de notas baixas. A Região Sul foi a que teve o menor percentual: 16%. O Enade será aplicado este ano no dia 12 de novembro, quando estará encerrado o primeiro ciclo de avaliação de todas as áreas do curso superior do país. Enade 2005 avaliou 5.511 cursos de graduação Segundo o MEC, o Enade 2005 avaliou 5.511 cursos de graduação e 277.476 universitários, entre alunos que ingressaram recentemente nas faculdades e universidades e os que estão se formando. A prova foi aplicada a estudantes de cursos de vinte áreas do conhecimento, que ainda não haviam sido submetidos ao Enade. Participaram alunos de Arquitetura e Urbanismo, Biologia, Ciências Sociais, Computação, Engenharias (46 especialidades), Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia e Química. Uma das principais novidades deste Enade foi a criação do Indicador de Diferença entre o Desempenho Observado e o Esperado (IDD), que mede quanto o curso contribuiu para a melhoria do desempenho do aluno, de suas competências profissionais e do seu conhecimento. O IDD está sendo chamado de “valor agregado” na formação do universitário. Assim como o Enade, o conceito do IDD varia de 1 a 5 por instituição. Desde o Provão, nenhum curso reprovado foi fechado O Ministério da Educação, a partir de agora, irá avaliar a qualidade dos cursos com base nesses dois parâmetros. O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que um curso que obtiver conceitos baixos nos dois quesitos, será fiscalizado com rigor pela Comissão de Avaliação do Ensino Superior. Ele citou os casos de cursos que obtiveram conceitos do Enade e do IDD que variam entre 1 e 2. — Vamos combinar esses dois conceitos. Se os cursos apresentarem índices inferiores a três, vão chamar a atenção e está acesa a luz amarela. A comissão irá fiscalizar in loco o que está ocorrendo — disse Haddad. O ministro disse que o mau desempenho dos alunos pode levar até à suspensão do vestibular e o fechamento de um determinado curso. Mas, desde a criação do Provão, há dez anos, nenhum curso foi fechado por ter sido reprovado nessa avaliação. Haddad disse que o ministério irá celebrar um termo de compromisso com a instituição para tentar sanear as deficiências encontradas. Os dados do Enade mostram que 41,8% das universidades federais apresentaram IDD negativo, ou seja, não agregaram o valor esperado a seus alunos. Entre as faculdades privadas, o percentual de cursos com IDD negativo é de 46,5%. Haddad reconheceu que, nesse tipo de avaliação, a diferença entre as federais e as particulares não é tão grande. As instituições municipais deixaram muito mais a desejar. Quase 60% delas ( 59,2%) não acrescentaram conhecimento a seus alunos. Universidades federais têm melhor desempenho 2.ª edição do Enade mostra que desempenho muda pouco entre o primeiro e o último ano da faculdade. A segunda edição do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), avaliação do ensino superior que substituiu o antigo Provão, deu indícios de que as faculdades particulares, sempre muito criticadas, podem não ser tão ruins. Pela primeira vez, o Ministério da Educação (MEC) tentou mostrar o quanto uma instituição aumenta o conhecimento de seu aluno ao longo do curso universitário, criando um índice para isso. Nessa conta, 41,8% dos cursos das instituições federais agregaram pouco ou nenhum conhecimento a seus alunos. Nas privadas, o índice foi de 46,5%. Diferentemente do Provão, que avaliava apenas os alunos que terminavam o curso, o Enade é aplicado a concluintes (com pelo menos 85% dos créditos) e a ingressantes (com 25% dos créditos). Dessa forma, calcula qual o avanço do conhecimento. Para chegar aos conceitos, que variam de 1 a 5, os estatísticos do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC (Inep) tiraram médias a partir do desempenho dos alunos nas áreas avaliadas e traçaram uma nota esperada para os concluintes. Os cursos que passassem dessa nota recebiam conceitos 4 ou 5, os que tivessem exatamente a nota esperada, 3. E os que ficassem abaixo disso, conceitos 1 ou 2. A nova taxa recebeu o nome de Índice de Diferença do Desempenho (IDD). Mais da metade das instituições federais teve IDD 3, 4 ou 5 - ou seja, seus alunos aprenderam muito. Mas a diferença entre privadas e federais é de pouco menos de cinco pontos. "Dá para dizer, em virtude do bom trabalho feito por algumas instituições particulares, que essa distância no valor agregado diminuiu", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad. A avaliação feita apenas com a participação dos formandos era a maior crítica das universidades particulares com relação ao Provão. Elas argumentavam que não tinham boas notas porque seus alunos já vinham do ensino médio com menos conhecimento do que os que ingressavam nas públicas. "A experiência de valor agregado ainda é recente no Brasil, precisamos olhar com cuidado os dados para não errar nas interpretações", adverte o educador Claudio de Moura Castro. "Há instituições que pegam alunos bons e não sabem o que fazer com eles e há outras que pegam o mais fraco e o melhoram." Para a ex-presidente do Inep/MEC e secretária estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, a melhor maneira de medir o valor agregado seria usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), feito pelos que terminam esse nível de ensino. "O ideal seria ver as notas desses mesmos alunos quatro anos depois, quando saem da faculdade." O Enade avalia grupos diferentes de ingressantes e concluintes e todos são escolhidos por amostragem. A prova feita pelos estudantes é a mesma, com questões específicas e de conhecimentos gerais. A diferença são os pesos dados a cada pergunta para os dois grupos. A nota tirada no Enade - como no Provão - é um conceito diferente do IDD . Os resultados divulgados ontem são da prova feita em 2005. O Enade é parte de um sistema de avaliação do MEC que ainda examina corpo técnico e docente, infra-estrutura e perfil pedagógico. "O que pesa mais é o conceito geral da instituição no Enade. Mas um curso que tirou nota 1 e tem IDD 5 vai receber uma atenção especial porque pode não ter um resultado bom, mas conseguiu dar mais conhecimento aos seus alunos", disse Haddad. Linkado no Blog do Emir, o site do manifesto pró-Cuba A BBC Brasil deu que a TV Martí, do Departamento de Estado dos EUA, que transmite para Cuba, vai elevar as transmissões de uma tarde por semana para seis, em ação "antecipada por causa do estado de saúde de Fidel". Por aqui, a home do UOL destacou ontem o blog de Emir Sader e o manifesto que pede "respeito à soberania de Cuba" - em resposta a ameaças de integrantes da Casa Branca. Entre os signatários, no site próprio, João Pedro Stédile, Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Frei Betto. Folha Dirigida - Ensino Superior - pg. 08 - 11/8 Alguns educadores reclamaram do extenso conteúdo do programa do próximo vestibular da UFRJ. Segundo eles, é desnecessário cobrar tanto conteúdo dos alunos quando a comissão organizadora não tem condições de cobrar tudo em uma única prova. Na sua opinião, as bancas deveriam exigir dos alunos somente a leitura do que será cobrado ou estão certas em pedir que os vestibulandos estudem todo o conteúdo? "A concorrência é grande, as vagas são limitadas e fazendo o vestibular desta forma, pedindo outros conteúdos, você seleciona as pessoas. O que a banca exige, é o que tem probabilidade de cair na prova. Essa é uma discussão muito complexa. Sempre se pode melhorar. Mas essa situação é o que chamam de uma escolha trágica. Qualquer uma das duas opções não será perfeita, não existe uma opção melhor", Sérgio Azevedo, vice-reitor da Uenf. "Esse sistema cobrado no vestibular atualmente, mostra a crise da educação básica brasileira. Esse sistema tem que ser revisto. São cobrados padrões e quantidades de conteúdo que nem sempre refletem a capacidade do aluno. Quando se tende para o excesso, não é possível avaliar se o aluno tem condições intelectuais e lógicas. Nem sempre é possível aferir tudo o que o aluno sabe. Está se perdendo muito", Lia Faria, professora da Uerj. "O programa da UFRJ, especificamente, não é longo e na verdade acho que ele poderia ser até maior. Minha opinião é totalmente diferente dos meus colegas. Falo pela área tecnológica, da qual faço parte. Tecnicamente, o que importa não é o que cai e sim o que vai ser cobrado. Na Matemática, por exemplo, existem cinco eixos principais. Ninguém nunca disse que a prova tem que ter todos os tópicos do programa", Hélcio Gomes, professor do curso Miguel Couto. Os alunos que conseguiram as vagas da reclassificação no programa "Universidade para todos", o ProUni, têm até esta sexta-feira, dia 11, para confirmarem os dados socioeconômicos junto às instituições de ensino que reservaram vagas para o programa. Para o segundo semestre de 2006, 16.968 candidatos desistiram das vagas após ao primeiro processo seletivo, num universo de 43.614 vagas distribuídas nas instituições. Folha Dirigida - Ensino Superior - pg. 10 - 11/8 A direção do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), ligado à Uerj, afirmou que não há perseguição aos integrantes do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj), como denunciado pelo sindicato. Através de sua assessoria, o diretor da unidade, Carlos Eduardo de Andrade, negou que tivesse impedido os funcionários de realizar assembléias e debates no auditório Ney Palmeiro. De acordo com o diretor, este mês estão ocorrendo uma série de congressos no local. Como as atividade são diárias, o debate entre os candidatos à direção do Sintuperj, acabou não sendo realizado no local. A assessoria informou que o Sintuperj utilizou algumas vezes o espaço nas últimas semanas. A explicação, contudo, não convenceu os sindicalistas. De acordo com Eugênio Dias, coordenador do sindicato, a direção quer impedir que o Sintuperj realize suas atividades. Dias deixa claro que todos os procedimentos burocráticos para o agendamento do espaço foram feitos. "A verdade é que o diretor quer impedir que o sindicato tenha voz aqui dentro. Mas ele não pode fazer isso", reclama. Além dos debates, o diretor teria impedido também que as chapas colocassem faixas sobre as eleições nas dependências do Pedro Ernesto, gerando irritação entre os coordenadores sindicais. "O Hupe faz parte da Uerj, que é uma universidade pública, um espaço democrático para o debate de idéias. Não podemos tolerar este tipo de comportamento autoritário", criticou Dias. Luiz Biondi e Carlos Alberto |
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