Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ. Candidatos debatem situação da Uerj nesta terça-feira - Folha Dirigida Os representantes da comunidade acadêmica da Uerj querem garantias de que o próximo governador do estado vai manter um canal de diálogo para atender às demandas da universidade. Para isso, nesta terça-feira, dia 8, o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj), junto com a Associação de Docentes (Asduerj) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE), realiza um debate com os principais candidatos ao cargo. O objetivo é assegurar que qualquer dos políticos que seja eleito mantenha um compromisso de destinar mais recursos para a instituição no próximo mandato. Claudio Fernandes, coordenador do Sintuperj e membro da comissão organizadora do debate, afirma que serão apresentadas as principais questões referentes às condições de funcionamento da instituição. "Vamos discutir também a relação da universidade com o governo, nossas condições de trabalho aqui dentro, e a importância da educação pública para a nossa sociedade". Claudio deixa claro que o objetivo de fazer um debate específico com a comunidade acadêmica é manter a agenda de compromissos firmada após o fim da paralisação. "Saímos de greve sem nenhum ganho ou benefício, seja na estrutura, seja na questão salarial. Mas ficou acertado que o movimento continuaria com sua agenda de mobilização", diz. Denise Brasil, vice-presidente da Asduerj, defende que todos os candidatos participem, pois considera a Uerj um ponto primordial em qualquer programa de governo. "Sabemos que a Uerj tem uma função social importante. Logo, é uma questão que deve estar presente em todos os programas de governo. Passamos por um período de insensibilidade absoluta do governo estadual e queremos mudar este quadro", defende. De acordo com a comissão organizadora, apenas o candidato Vladimir Palmeira, do PT, não confirmou presença no debate devido a problemas na agenda. Apesar da importância da discussão para a instituição, o Conselho começou com uma hora de atraso por falta de quórum. De acordo com o presidente da Comissão de Planejamento e Desenvolvimento da universidade e relator da proposta, Luiz Cavalieri Bazílio, a quantia aprovada mostra um aumento substancial dos recursos e uma luta política deve ser travada no sentido de garantir esse valor junto ao Poder Executivo. "Esses recursos são extremamente necessários. Não existe nenhum luxo ou qualquer coisa extraordinária dentro da proposta. Na verdade, esse é o salário-mínimo para que a universidade continue funcionando", explicou Bazílio. Ele afirmou que trabalhar com números é sempre polêmico e pediu a compreensão de todos os conselheiros para os problemas da Uerj. "Temos que pensar em grandes números, nas responsabilidades", disse. Bazílio lembrou que o orçamento da instituição para 2006 deve ficar entre R$580 milhões e R$600 milhões. A instituição, porém, ficou parada por três meses devido a uma greve dos funcionários, motivada também pela falta de recursos destinados pelo governo. Pelo documento, os candidatos têm apenas até esta terça-feira, dia 8, para entrar com recursos contra a formulação de alguma questão ou do gabarito oficial. O atendimento acontece das 10 às 17 horas, no balcão do atendimento da Uerj, no Pavilhão João Lyra Filho, bloco F, 1º andar, sala 1141, no Maracanã, ou na Uenf, no prédio P5, térreo, sala Comvest, em Campos dos Goytacazes. O resultado da prova será divulgado na próxima segunda, dia 14. Para ser aprovado no exame é preciso ter acertado mais que 40% da prova, o que corresponde a no mínimo 25 questões das 60 apresentadas. No primeiro exame, a Uerj registrou um percentual de faltas de 8,96%. Ou seja, dos 70.063 inscritos, 6.275 não compareceram e estão eliminados desta fase. Segundo a diretora do Departamento de Seleção Acadêmica da Uerj, a professora Elisabeth Murad, não houve nenhum incidente nos locais de prova. Os portões fecharam pontualmente às 9 horas. No campus Maracanã, local com maior concentração de candidatos, a equipe médica não teve trabalho. "Tivemos apenas um candidato e um fiscal que tiveram um mal estar", disse Elisabeth. O exame de qualificação é a primeira fase do Vestibular Estadual, que oferece vagas para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), para a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e para as Academias de Polícia Militar Dom João VI do Rio de Janeiro e para a Academia de Bombeiros Dom Pedro II do Rio de Janeiro. Nesta terça-feira, acontece na Uerj o tão aguardado debate entre os candidatos ao governo do estado do Rio. Caso todos confirmem presença - até o fechamento da edição apenas o ex-líder estudantil Vladimir Palmeira, candidato do PT, havia antecipado que não iria - o encontro é uma grande oportunidade para que a comunidade acadêmica da maior universidade mantida pelo estado possa conhecer as propostas do provável futuro governador para resolver a crise financeira da instituição. E apesar do grande número de candidatos, as atenções de professores, funcionários e alunos devem estar voltadas com mais ênfase, inegavelmente, para o senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), candidato apoiado pela governadora Rosinha Garotinho e atual líder das pesquisas de intenção de votos, caso a eleição acontecesse hoje Cabral seria eleito ainda no primeiro turno. Na comunidade, a apreensão para saber se o senador manterá a política de pouco diálogo e cortes sucessivos de verbas imposta por Rosinha é conhecida. A análise da greve que paralisou a instituição por três meses e da política educacional do governo são temas que devem surgir durante o encontro e bastante aguardados pelos integrantes da comunidade. De qualquer forma, está aberta a temporada de questionamentos dos três segmentos da instituição aos políticos que almejam assumir o comando do estado pelos próximos quatro anos. No caso da Uerj, que passa por um momento delicado em termos financeiros, é uma ótima oportunidade para saber com quem a instituição pode contar para superar sua tormenta. O reitor da Uerj, Nival Nunes de Almeida foi homenageado com um jantar, no Flamengo, pelo presidente da Fundação Cesgranrio, Carlos Alberto Serpa pela eleição na presidência do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. A posse será dia 15, ás 11 horas, na sede do Crub, em Brasilia. Este ano, a Uenf terá um novo curso: Ciência da Computação, que terá 25 vagas. Com isso, a Uenf irá oferecer 521 vagas no vestibular 2007. Além dessas vagas, a Uenf oferece vagas para os seguintes cursos: Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Engenharia Civil, Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, Engenharia de Produção, Matemática, Física, Química, Ciências Biológicas, Biologia, Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Ciências Sociais e Ciência da Educação. A Uenf, localizada em Campos dos Goytacazes, recebeu seus primeiros calouros em agosto de 2003. De lá para cá já diplomou mais de 500 alunos de graduação. Hoje, a universidade apresenta aproximadamente 233 docentes, todos doutores com dedicação exclusiva, distribuídos nos 25 Laboratórios onde os estudantes de graduação iniciam suas atividades de pesquisa, desenvolvem seus projetos de iniciação científica e suas monografias. A Universidade conta ainda com o apoio de aproximadamente 459 técnicos administrativos e de Laboratórios. A Uenf, como a Uerj, reserva 45% de suas vagas para carentes, o que significou vagas reservadas. As vagas foram reservadas para negros, alunos da rede pública, índios e portadores de necessidades especiais. O documento deverá ser enviado como carta registrada e o candidato deverá guardar o comprovante de compra do kit e de envio da ficha de inscrição pelos Correios. O segundo exame de qualificação será aplicado no dia 8 de outubro. Isentos - A coordenação do vestibular divulgou a lista de novos beneficiados com a isenção da taxa de inscrição para o segundo exame de qualificação. A lista pode ser conferida na edição extra número 1.444 da Folha Dirigida que está nas bancas. Para o segundo exame, 1.854 foram beneficiados. Além destes, têm garantida a isenção para a prova 12.215 candidatos que já tinham o benefício na primeira prova e confirmaram a participação no concurso. Denise Frossard (PPS), por sua vez, defende uma maior autonomia. A candidata aposta numa gestão mais eficaz para reduzir os problemas. "Firmei compromisso com a autonomia financeira e administrativa da universidade, em contrapartida aos seus indicadores de qualidade", diz. Sérgio Cabral Filho, candidato pelo PMDB, defende o diálogo com a comunidade acadêmica, além da ampliação dos recursos, Cabral promete expandir a instituição para o interior. "Ações de desenvolvimento econômico incluem investimentos em educação", afirma. Já Marcelo Crivella (PRB) informa que tem compromisso absoluto em resgatar a infra-estrutura tanto da Uerj quanto do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe). O candidato confirmou através de sua assessoria que o Hupe está "canibalizado", devido ao descaso do atual governo. Por último, o candidato do PT, Vladimir Palmeira, afirmou que não pretende intervir na gestão da Uerj. "Basta dar a Uerj o dinheiro necessário para ela se manter. É o que faremos. Também é importante discutir o papel da instituição nos próximos 10, 15 anos", diz o único candidato que não deve ir ao encontro desta terça-feira. Dos 70.063 inscritos, 6.275 não compareceram ao exame, o que representa um índice de 8,96% de faltosos. O percentual é bem superior ao do ano passado, que foi de 4,19%. De acordo com a diretora do Departamento de Seleção Acadêmica (Dsea) da Uerj, Elisabeth Murad, a suspensão do calendário pode ser um dos motivos do aumento no número de faltosos. "A suspensão e a remarcação de uma nova data podem ter tumultuado um pouco. Mas, de um modo geral, está na média. Já houve ano em que o índice de faltosos foi de 10%. Então, não há grande alteração." Segundo Elisabeth Murad, não houve nenhum incidente nos locais de prova. Os portões fecharam pontualmente às 9 horas. No campus Maracanã, local com maior concentração de candidatos, a equipe médica não teve trabalho. "Tivemos apenas um candidato e um fiscal que tiveram um mal estar", disse Elisabeth. O exame de qualificação é a primeira fase do Vestibular Estadual, que oferece vagas para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), para a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e para as Academias de Polícia Militar Dom João VI do Rio de Janeiro e para a Academia de Bombeiros Dom Pedro II do Rio de Janeiro. Vladimir Palmeira, se eleito, criará um curso de segurança pública na Uerj para policiais. Hoje, segundo o candidato, o Bope é treinado para matar e trata a população como inimiga. Nos cursos, eles estudarão questões criminalisticas e de sociedade. O Dia - Geral - pg. 02 - 8/8 Amantes do jazz poderão assistir a show gratuito hoje, no Espaço Furnas Cultural, na Rua Real Grandeza 219, Botafogo. A Jazz Band, da Uerj, tocará em seu repertório obras clássicas de Stravinsky, Leonard Bernstein, Lennie Niehaus e Pixinguinha. O espetáculo começa ás 12h30 e a distribuição de senhas, uma hora antes. São 200 lugares. O edital para o Estadual 2007 está no site da Uerj, mas os candidatos devem prestar atenção às datas que foram modificadas após a suspensão do calendário, ocorrida em virtude da greve dos professores. O teste seguirá o modelo do primeiro exame de qualificação, com 60 questões de múltipla escolha. O exame de qualificação equivale à primeira fase do Estadual. Quem tira conceito A ganha bônus de 20 pontos. O conceito B vale 15 pontos; o estudante que tira C recebe 10 pontos; para o D são cinco pontos e quem tira E é eliminado do concurso. O segundo exame será realizado no dia 8 de outubro. No ritmo do Estadual INSCRIÇÕES: - Pela internet, o prazo de inscrições é de amanhã até o dia 21 deste mês. Nas agências bancárias credenciadas, de 14 a 21 de agosto. Para quem obteve isenção de taxa, de 15 até dia 21. O Globo - Megazine - pg. 18 - 8/8 da Folha de S.Paulo, no Rio O aumento do interesse dos estudantes da elite brasileira por uma experiência internacional --aliado ao dólar mais barato e à vontade das universidades lá fora de aumentar o número de estrangeiros-- já se traduz em números na maioria dos destinos pesquisados pela Folha. A única exceção são os Estados Unidos, onde as exigências para visto de estudante após o 11 de Setembro fizeram diminuir o número de brasileiros em campi americanos de 8.972 em 2001 para 7.244 no ano passado --mesmo assim, número superior ao verificado há dez anos, quando havia aproximadamente 5.000 estudantes. Nos demais destinos pesquisados pela Folha --França, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Austrália--, o percentual de aumento na emissão de vistos para estudantes variou de 40% a 64%. "O aumento da procura por cursos no exterior obrigou as universidades a buscarem parcerias com instituições estrangeiras e a organizarem departamentos para atender a esses estudantes. É uma resposta ao fenômeno da internacionalização da educação", diz a presidente do Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais, Luciane Stallivieri. Para Luciana Yeung, coordenadora de intercâmbio da faculdade Ibmec São Paulo, a formação no exterior já é uma exigência do mercado: "A procura realmente tem aumentado bastante. Minha percepção é de que ela vem do mercado. Com a economia mais globalizada e com o aumento da presença de empresas multinacionais em todos os países, a demanda por profissionais com experiência no exterior se intensificou muito". Universidades estrangeiras, por seu lado, também buscam alunos em outros países. França, Canadá e Austrália criaram agências ou instituições que organizam feiras e realizam outras atividades com o objetivo de atrair os brasileiros. Segundo Stallivieri, além da busca por diversidade em seus campi, um dos fatores a explicar esse interesse é o processo de envelhecimento da população européia. As instituições européias também procuram fazer frente à política dos Estados Unidos de atrair estudantes do mundo inteiro. "Com a recente política de unificação dos programas da União Européia, há um atrativo a mais para o estudante: o diploma terá validade em todo os países do bloco", diz. Os Estados Unidos, por sua vez, que já têm tradição de atrair estrangeiros para suas universidades --somente no ano passado foram 565 mil--, também se movem para retomar o fluxo de crescimento de brasileiros em seus campi. "Fizemos uma campanha para incentivar o intercâmbio e para desmentir essa idéia de que é impossível conseguir um visto de estudante para os EUA. Após o 11 de Setembro, as regras para visto mudaram para todos os visitantes, mas os consulados dão prioridade aos estudantes", afirma Rita Moriconi, coordenadora de orientação educacional do escritório da comissão Fulbright no Rio. Idéia partiu do reitor Naomar de Almeida, criador de cotas na federal Álvaro Figueiredo e Lisandra Paraguassúa escrevem para “O Estado de SP”: Reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) desde 2002, Naomar de Almeida Filho é o primeiro reeleito para o cargo na instituição. E assumiu, na sexta-feira, o segundo mandato apresentando novidades: a proposta de extinção gradual do vestibular, que considera "traumático", e o aumento do número de estudantes matriculados - 23,4 mil, levando ela ao posto de maior federal do Nordeste. Almeida Filho é formado em Medicina pela própria UFBA e PhD em Epidemiologia pela Universidade da Carolina do Norte (EUA). Na sua opinião, é necessário que a universidade passe a interagir com as escolas públicas de ensino médio, de forma a assegurar aos alunos com melhor desempenho o ingresso na universidade federal. Almeida Filho entende ainda que é essencial que a universidade crie uma graduação especial, a partir de um projeto denominado Bacharelado Interdisciplinar. "A Idéia é permitir ao aluno maior liberdade de migrar para a especialização com a qual melhor se identifique", explicou. Ele garantiu que o esboço das novas propostas já foi passado ao ministro da Educação, Fernando Haddad, e que "agora é uma questão de tempo, até que a universidade incorpore as novas regras de ingresso, inspiradas nos colleges americanos e europeus". O MEC decidiu não comentar a decisão do reitor de abolir o vestibular. A resposta do ministério, que costuma ser padrão nesses temas, é de que as instituições têm autonomia para decidir sobre seus processos seletivos. Mesma posição sobre os sistemas de cotas. Foi Almeida Filho, aliás, quem implantou o sistema de cotas na UFBA, a primeira federal a fazer isso no país, para estudantes de escolas públicas. Desde 2004, a instituição reserva 45% das vagas nos vestibulares. Pioneira A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) criou em meados dos anos 90 o Programa de Ingresso ao Ensino Superior (Peies), como uma alternativa de acesso aos seus cursos de graduação, sem a necessidade de realização do vestibular. Através do Peies, o aluno realiza ao final de cada série do ensino médio uma prova. Aqueles que obtiverem o melhor desempenho podem realizar o seu curso superior na UFSM, conforme a opção pelo aluno ao concluir o 3º ano. A universidade oferece 20% do total de vagas em seus 60 cursos. A primeira turma de alunos ingressou na Federal de Santa Maria por meio do Peies em 1998. Até hoje 4.191 alunos já se beneficiaram do programa. Os professores do Instituto de Física da Uerj Francisco Caruso e Vitor Oguri, lançam, hoje, o livro Física Moderna: Origens Clássicas e Fundamentos Quânticos. Elogiado por importantes especialistas do Brasil e do exterior, o livro, de 640 páginas, será autografado às 19h, na Saraiva Mega Store do Rio Sul. Por esse relato, é impossível saber se K. é negra ou branca. O que a faz despreparada para entrar numa boa universidade pública não é a cor de sua pele, mas a perversa combinação entre pobreza e baixa qualidade de ensino nas escolas por onde passou. Sua renda familiar é de apenas R$ 800,00 mensais. Se K. for negra, sua família achará que uma jornalista branca de classe média que por opção paga universidade privada para sua filha está sendo racista ao ser contra a cota. Vamos supor que K. seja negra: afinal, 63% dos pobres brasileiros o são. Num regime de cotas, ela poderia tentar realizar o sonho de ser médica. Mas e se K. for branca, como garantir a ela o acesso à universidade? Este é um dos dramas do debate sobre as cotas para negros: a exclusão a que K. está submetida não se dá apenas pela cor de sua pele. Vamos supor que K. esteja entre os 37% de pobres brancos. Ainda assim, se ela viesse a ingressar na universidade por outro tipo de sistema de cotas (vamos supor que a política de cotas se faça pelo critério de renda, o que totalmente improvável e não vai aqui como proposta, apenas como instrumento de suposição). Qual seria a posição dos professores universitários que hoje são contra as cotas? É preciso desconfiar dos docentes contrários às cotas para negros. Não porque eles estejam movidos por algum tipo de racismo e não queiram ver negros em suas salas de aulas. Mas porque há razões indizíveis que os motivam quando afirmam que permitir o acesso à universidade através do sistema de cotas é uma forma de destruir o ensino público porque elimina o mérito do aluno. No atual sistema da CAPES, os professores universitários são avaliados por indicadores que incluem o número de orientações de monografias (graduação), dissertações (mestrado) e teses (doutorado). Dependem de certa forma, do bom desempenho dos seus alunos para obter pontuações mais altas que podem traduzir-se em mais recursos para pesquisas, como bolsas etc. Registre-se ainda que, num ambiente de penúria total de recursos a que as universidades estão submetidas – um bom pesquisador não tem verba para participar de uma reunião da SBPC, por exemplo – a disputa por dinheiro é vil principalmente porque envolve pequenas quantias (briga-se por ajudas de custo de R$ 200,00). Nesse cenário, alunos de má formação, sejam eles brancos ou negros, não são bem-vindos porque dão trabalho e não oferecem perspectiva de retorno ao professor. Discutir as cotas para negros como se só a cor da pele estivesse em jogo é eliminar a possibilidade de debater também o papel das universidades públicas. O Brasil é um país no qual os negros são discriminados em diferentes situações – essa é uma razão para não haver nem garçons nem artistas de TV negros. O Manifesto contra as Cotas afirma: A verdade amplamente reconhecida é que o principal caminho para o combate à exclusão social é a construção de serviços públicos universais de qualidade nos setores de educação, saúde e previdência, em especial a criação de empregos. Essas metas só poderão ser alcançadas pelo esforço comum de cidadãos de todos os tons de pele contra privilégios odiosos que limitam o alcance do princípio republicano da igualdade política e jurídica. O problema do debate está no fato de que é tão difícil crer que a simples universalidade do serviço vai melhorar a vida dos negros quanto é duro de acreditar que as cotas vão resolver o problema do acesso à boa educação. Na experiência atual das cotas, o que se tem visto na universidade não é a superação da discriminação, mas seu acirramento. Alunos cotistas e não-cotistas – equivale a dizer negros e brancos – estão em campos opostos em sala de aula, não fazem trabalhos em grupo juntos nem parecem estar no mesmo curso. Nesse emaranhado de dúvidas, a única certeza é a de que eliminar a discriminação racial é uma meta fundamental para fazer o país tornar-se mais democrático. A propósito, K. é negra. Publicado por Carla Rodrigues - 7/08/06 12:01 AM 15h - Participa de encontro com representantes do setor de turismo, ao lado do candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, no Hotel Intercontinental. Avenida Prefeito Mendes de Moraes, 222, São Conrado. 18h - Participa de encontro com professores da rede municipal, ao lado do candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, no Tijuca Tênis Clube. Rua Conde de Bonfin, 461, Tijuca. Eduardo Paes (PSDB) 10h - Participa de reunião com deficientes físicos, ao lado do candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, no Hotel Intercontinental. Avenida Prefeito Mendes de Moraes, 222, São Conrado. 11h30 - Participa de evento com crianças que praticam esportes em favelas do Rio, ao lado do candidato à Presidência da República, no Madureira Esporte Clube. Rua Conselheiro Galvão, 130, Madureira. 15h30 - Participa de debate sobre segurança pública, promovido pela Associação dos Delegados de Polícia do Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Rua Araújo Porto Alegre, 71/9º, Centro. Sérgio Cabral (PMDB) 12h30 - Participa de palestra-almoço sobre o tema "O que pode ser feito pelo Rio de Janeiro", no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças. Avenida Rio Branco, 156/4º, Centro. Telma Maria (PCO) Agenda não divulgada. Marcelo Crivella (PRB) 15h - Corpo-a-corpo no Calçadão de Campos dos Goytacases. Concentração: Praça São Salvador. Milton Temer (PSOL) 13h - Participa de debate na Escola de Comunicação da UFRJ, no campus da Praia Vermelha. 18h - Participa de debate na Uerj, no campus Maracanã. Carlos Lupi (PDT) 9h50 - Corpo-a-corpo em Nova Iguaçu. Concentração: Rodovia Presidente Dutra, em frente ao Rio Sampa. 15h30 - Participa de debate sobre segurança pública, promovido pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Rua Araújo Porto Alegre, 71/9º, Centro. 18h - Participa de debate na Uerj, no campus Maracanã. Vladimir Palmeira (PT) 12h - Corpo-a-corpo no Largo da Carioca. Concentração: Avenida Almirante Barroso, esquina com Avenida Chile, no Centro. 17h - Participação de debate sobre segurança, promovido pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Rua Araújo Porto Alegre, 71/9º, Centro. Clima é de grande expectativa na universidade, que passou três meses em greve e ainda sofre com a falta de recursos Os candidatos ao Governo do Estado do Rio de Janeiro podem se preparar para ouvir muitas reclamações, todas justificáveis, sobre os rumos da educação superior no estado, representado na figura de sua maior universida, a Uerj. Hoje, a partir das 18h, será realizado o primeiro debate dos postulantes ao cargo ocupado por Rosinha Garotinho. Na pauta, estarão os temas que embalaram os três meses de greve da universidade, como assistência estudantil, recomposição salarial e orçamentária. Todos os candidatos confirmaram presença, exceto o petista Wladimir Palmeira, que alegou já possuir compromissos no mesmo horário. O debate foi organizado por uma força-tarefa das três principais entidades da Uerj, a Asduerj, o Sintuperj e o DCE, representando professores, funcionários e estudantes, respectivamente. O Comitê de Ação Parlamentar foi criado durante as movimentações de greve e serviu, entre outras coisas, para a obtenção de compromisso dos representantes da esfera pública para com a universidade. - O debate será um desdobramento das nossas ações. Nossa expectativa é que os candidatos exponham seus pensamentos sobre a Uerj e digam o que planejam para a universidade. Esperamos medidas de curtíssimo prazo, já que a estrutura física da Uerj, por exemplo, está caindo aos pedaços, e outras a médio e longo prazo, que dizem respeito às perdas acadêmicas ocasionadas pelos cortes no orçamento - disse Mary Jane Oliveira Teixeira, professora da Faculdade de Serviço Social e membro do comitê. Já na ala estudantil, o enfoque ficará por conta da assistência estudantil, principal bandeira do Diretório Central dos Estudantes (DCE) durante a greve que terminou em junho. Os estudantes desejam saber o que os candidatos planejam para resolver problemas como a falta de um bandejão e as bolsas-auxílio, que estão congeladas há mais de oito anos. - A assistência estudantil será o principal ponto levantado_pelos estudantes porque é uma das principais demandas - declarou a estudante Paula Almada, representante do DCE. Para os organizadores do debate, a figura de Sérgio Cabral (PMDB), candidato apoiado pelo casal Garotinho, pode não causar grande animosidade no público, ao contrário de Marcelo Crivella (PRB). Para Paula, apesar de ser apoiado pelo grupo político de Rosinha, que se recusou a negociar com os grevistas, Cabral tem uma imagem ligada aos projetos desenvolvidos com a terceira idade na Uerj. Já Crivella é o candidato da Igreja Universal, muito criticada dentro do meio acadêmico. - O Crivella esteve em alguns atos durante a greve e encontrou bastante resistência na comunidade acadêmica. Acredito que Cabral não será hostilizado, no entanto, as perguntas destinadas a ele serão mais duras, já que é o candidato do governo atual - opinou a estudante. O candidato do PT ao Palácio das Laranjeiras, Vladimir Palmeira, disse, em entrevista ao jornal "SBT Rio", ontem, que pretende criar um curso de segurança pública na Uerj, destinado aos policiais. Segundo ele, setores da polícia como o Bope, hoje, são treinados para matar. - Tratam a população como inimiga. Nas aulas, eles vão estudar questões criminalistas e de sociedade - afirmou Palmeira. Na entrevista, ele também disse não se sentir desprestigiado pelo presidente Lula, que enviou carta de apoio ao adversário Marcelo Crivella. A IV Conferência Latino-americana e Caribenha de Ciências Sociais terá como tema “Heranças, crises e alternativas ao neoliberalismo”, reunindo os mais importantes cientistas sociais da América Latina e Caribe. Destaques: Pablo Gonzáles Casanova (que receberá o título de Doutor Honoris Causa pela Uerj), Boaventura de Sousa Santos, Francisco "Chico" de Oliveira, Gaudêncio Frigotto, Emir Sader, entre outros (veja o perfil dos principais palestrantes em http://www2.uerj.br/~comuns/imprensa/releases/releases.htm#lpp) A Conferência, que tem como um de seus organizadores o Laboratório de Políticas Públicas da Uerj, é uma iniciativa do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso) que promove o evento a cada três anos. O objetivo é discutir e criar novas alternativas para o destino da América Latina no século XXI, sendo de extrema relevância para a comunidade científica e sociedade brasileira. A Conferência contará com a participação de mais de 400 intelectuais da América Latina, Europa e África, e mais de mil professores, estudantes e ativistas. O Clacso é uma instituição internacional não-governamental, criada em 1967, que agrupa mais de 170 centros de investigação e programas de pós-graduação em ciências sociais, em 21 países de América Latina e Caribe. (http://www.clacso.org / http://www.clacso.edu.ar) As vagas são limitadas e as inscrições gratuitas, podendo ser feitas no site http://www.lpp-uerj.net/conferenciaclacso ou no local. Os inscritos com 80% de participação nas atividades programadas receberão um certificado. Para mais informações: 2234-0942. Confira a programação completa no site http://www.lpp-uerj.net/conferenciaclacso (Marcelo Rodrigues, da assessoria de imprensa da Uerj O Colóquio Internacional Brasil-Itália é promovido pela Uerj, em parceria com a Università degli Studi di Roma Tor Vergata. O encontro tem o objetivo de gerar uma contribuição crítica de intelectuais brasileiros e italianos das duas instituições, que nos últimos anos vêm estudando as trocas culturais entre os dois países. O tema versará sobre as travessias políticas, urbanas, literárias e cinematográficas e a programação será bastante diversificada. Serão realizadas na Fundação Biblioteca Nacional e no Instituto Italiano de Cultura conferências, mesas-redondas e a exibição de um documentário sobre Adolfo Celi. Haverá ainda um concerto na Sala Cecília Meirelles com a pianista italiana Maura Pansini, que executará sonatas de Franz Listz. O evento contará com a presença de grandes nomes do cinema nacional, como Nelson Pereira dos Santos, Zelito Viana e Norma Bengell. A entrada é gratuita e aberta ao público. Programação 10 de agosto de 2006 . quinta-feira Local: Fundação Biblioteca Nacional/Auditório Machado de Assis 9h - Mesa de Abertura: “Travessias Brasil-Itália” 10h - Conferência de Abertura 11h10 – Café 11h30 - Apresentação e lançamento do livro: 14h30 - Mesa-redonda: “Travessias Cinematográficas” Local: Fundação Biblioteca Nacional/Auditório Machado de Assis 16h30 - Exibição do documentário: Local: Sala Cecília Meireles (Auditório Guiomar Novaes) 19h - Concerto: “Romanticismo e musica a programma: Franz Listz” – Pianista italiana Maura Pansini 11 de agosto de 2006 . sexta-feira Local: Fundação Biblioteca Nacional/Auditório Machado de Assis 9h - Mesa-redonda: “Travessias Urbanas” 11h - Mesa-redonda: “Travessias Literárias” Local: Instituto Italiano de Cultura/Sala Itália 16h - Mesa-redonda: “Travessias Políticas” Já estão abertas as inscrições para o Segundo Exame de Qualificação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os candidatos podem fazer a inscrição entre os dias 9 a 21, pelo site www.vestibular.uerj.br ou através da ficha de inscrição, que pode ser retirada em uma das agências bancárias do Itaú. A prova será realizada no dia 8 de outubro. A taxa de inscrição é de R$ 36. Mais informações pelo telefone 2587-7307. Se eleito, o candidato do PT Vladimir Palmeira já se comprometeu a criar um curso de segurança pública na Uerj para policiais. Segundo Palmeira, "a PM e o Bope são treinados para matar e não para policiar". O curso destina-se a profissionais que desejam ingressar na área de Comércio Exterior ou estudantes dessas áreas para a reciclagem e atualização de seus conhecimentos. Com o objetivo de desenvolver a informação das diversas etapas das atividades de importação e exportação, as aulas iram focar as principais caracteristicas logísticas do comércio exterior brasileiro. -Com a presença do desembargador Ademir Pimentel e do juiz William Douglas, a Uerj promove evento em homenagem ao advogado nesta sexta, dia 11, com apoio da OAB e da Faculdade de Direito. -Sexta, dia 11, às 8 horas, a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e ex-reitora da Uerj, Nilcéa Freire, fará conferência na Maternidade-Escola da UFRJ, em Laranjeiras. Folha Dirigida - Educação/Agenda - pg. 09 - 9/8 • ITÁLIA - Nos próximos dias 10 e 11, a Uerj, em parceria com uma universidade italiana, realizará o "Colóquio Internacional Brasil-Itália". O encontro tem o objetivo de gerar uma contribuição crítica de intelectuais brasileiros e italianos das duas instituições, que nos últimos anos vêm estudando as trocas culturais entre os dois países. O evento contará com a presença de grandes nomes do cinema nacional. A entrada é gratuita e aberta ao público. Mais informações pelo telefone 2532-2146. • COLÓQUIO - Os estudantes do curso de Geografia da Faculdade de Formação de Professores da Uerj estão promovendo o "Colóquio de Afro-descendências Expandido". O evento, que acontece até o próximo dia 11, vai debater a questão do negro na realidade brasileira. A entrada no colóquio é gratuita, mas os organizadores pedem que os participantes contribuam com 1 kg de alimento não perecível. Mais informações pelos telefones 2604-3232 e 9743-3959. Em audiência pública realizada na semana passada no Senado, o ministro da Educação, Fernando Haddad, deu um novo tom às intenções do governo de instituir um sistema de cotas nas universidades federais a partir do ano que vem. Segundo o ministro, a idéia do governo é privilegiar todos os alunos da rede pública de ensino, independente da raça. Outra conclusão do ministro é que os alunos de escolas públicas que se utilizam de processos de seleção não devem entrar na lista dos beneficiados. Folha Dirigida - Ensino Superior - pg. 09 - 9/8 Outra discussão que deveria ter sido levantada no Conselho de CAs e DAs da última semana, foi a agressão sofrida pelo aluno cotista Paulo Henrique da Silva, dentro do campus Maracanã da Uerj, por seguranças da universidade. O rapaz foi agredido pelos funcionários da instituição ao ser confundido com um assaltante, enquanto discutia com a namorada. Outro coordenador do DCE, Guilherme Pimentel, criticou a postura da reitoria com relação ao caso. "Fomos ao Conselho Universitário na última quinta-feira, dia 3, cobrar mais atitude da administração central. Eles afirmam que estão prosseguindo com a apuração, mas não estamos vendo empenho", criticou. "Em princípio, eu concordo com a Ana Maria Freire. Podemos perceber isso pelas avaliações do Ministério da Educação (MEC). Os estudos têm demonstrado que as univesidades públicas têm tido um bom desempenho, seus alunos conseguem bons resultados. Já as escolas, os ensinos básico e fundamental, não conseguem obter a mesma qualificação nas avaliações que são feitas", Roberto Boclin, presidente do Conselho Estadual de Educação. "Apesar de reconhecer em parte o que a educadora quis dizer, não concordo que a qualidade esteja somente no ensino superior. Ambos os níveis de ensino sofreram com o desfinanciamento ocorrido após o regime militar, mas não creio que tenhamos um ensino superior de excelência. O quadro atual no ensino público é caótico, o que existem são algumas situações pontuais de qualidade, tanto no ensino básico quanto no superior", Donaldo Bello, professor da Uerj. "Eu concordo com a colocação, mas acredito que não podemos generalizar. Ainda existem escolas públicas de excelência. As pesquisas feitas com alunos que saem do ensino básico e fundamental mostram que eles não têm conhecimentos. Também não é todo o ensino superior público que possui boa qualidade. No Direito, principalmente, pessoas se formam e não conseguem passar no exame por falta de qualificação", Francisca Pretzel, integrante do Conselho Estadual de Educação. A Apefaetec renovou suas esperanças de conseguir pela via judicial a reversão do desconto dos salários dos grevistas. O motivo foi a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, tomada a partir da análise feita por três desembargadores do órgão, pela qual o governo não teria base legal para descontar servidores que fizeram greve. Os advogados avaliaram a conduta do governo na greve |
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