Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ. Religião - O Globo
O Globo - Bairros/Tijuca - pg. 07 - 3/8 - A prefeitura amplia a galeria de dragagem e faz obras de impacto rápido, mas a origem do problema não é atacada. Há muito lixo que desce dos morros desflorestados, assim como detritos, e entopem os rios. E tem o esgoto, que aumenta a vazão, acelerado enchentes. A curto prazo, a solução seria fazer reservatórios - diz o professor do Departamento de Engenharia Sanitária e meio Ambiente da Uerj Adacto Ottoni. O presidente da Rio-Águas, Alexandre Pinto admite que as intervenções são pontuais: - A dragagem e a retificação são paliativas, já que os rios estão esgotados, mas ajudam a amenizar as cheias. Há oito reservatórios projetados para a região (um no Rio Maracanã, próximo à Rua Uruguai), mas falta verba para o investimento, de R$ 100 milhões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se propôs ontem a enviar ao Congresso, depois das eleições, proposta de convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para votar a reforma política, se houver consenso na sociedade. A idéia foi apresentada a Lula por dez juristas ligados à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que estiveram no fim da manhã no Palácio do Planalto. Mais tarde, em entrevista ao SBT como candidato à reeleição, Lula disse que vê com “muita simpatia essa idéia” e que duvida que o atual Congresso tenha condições de fazer a reforma política necessária. Pela proposta, seriam eleitas pessoas especificamente para a reforma política, sem a participação de deputados e senadores que serão escolhidos nas eleições de outubro. — Tenho dúvidas se o Congresso Nacional consegue aprovar uma reforma política que possa contentar os anseios da sociedade. Porque o Congresso pode votar uma legislação, uma reforma política (mas) que atenda aos interesses do próprio Congresso. Estou convencido de que precisamos começar a discutir a reforma política assim que terminar a eleição — disse Lula na entrevista. — E, se houver a possibilidade de a sociedade reivindicar uma Constituinte ao presidente da República, encaminharei ao Congresso. Tarso: idéia será discutida na OAB O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou que a proposta será agora discutida no âmbito da OAB e de outras entidades para ver se há consenso em torno dela. Logo depois do encontro realizado no Palácio do Planalto, Tarso telefonou ao presidente nacional da OAB, Roberto Busato, para informar que Lula concordava com a tese de uma Assembléia Nacional Constituinte. Proposta divide adversários do petista BRASÍLIA. Os três principais adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dividiram em relação à proposta de se convocar uma Assembléia Constituinte exclusiva para a reforma política. Os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin, e do PSOL, a senadora Heloísa Helena (AL), criticaram a idéia. Mas o senador Cristovam Buarque (DF), candidato do PDT, disse ser a favor, devido à incapacidade que os partidos demonstraram até o momento para enfrentar este debate. — Não vejo pé nem cabeça nisso. Imagina fazer uma nova Assembléia Nacional Constituinte para aprovar a reforma política. Mudar a Carta Magna? Assim não tem estabilidade das regras para preservar a Constituição — criticou, apontando as prioridades da reforma política. — A primeira coisa é aprovar a fidelidade partidária. A outra é restituir o respeito entre os poderes. Não vejo o menor sentido. Heloísa Helena (AL) concorda com o adversário tucano. Para ela, a reforma política é necessária mas deve ser votada pelo Congresso: Para o senador Cristovam Buarque, o ideal é que o Congresso aprove a reforma política. No entanto, como deputados e senadores até hoje não levaram adiante a proposta, Cristovam concorda que uma Assembléia Constituinte pode garantir a votação das mudanças, desde que eleita só com esse objetivo: ‘É uma idéia infeliz’ Bernardo Mello Franco A proposta de convocação de uma Assembléia Constituinte exclusiva para debater a reforma política enfrenta forte resistência entre especialistas em direito público. O ex-ministro da Justiça Célio Borja classificou de infeliz a idéia defendida pela comissão de juristas que se reuniu ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, o projeto só faria sentido se o país vivesse um momento de ruptura constitucional. — O Parlamento brasileiro tem quase 200 anos de História. Até hoje não inventaram um instrumento melhor para definir a ordem jurídica de uma democracia — disse o jurista. Tudo a ser decidido A convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva e específica é inédita no país. Essa proposta significa que as pessoas serão eleitas exclusivamente para mudar a Constituição e tratar de tema definido na proposta de criação da assembléia. Para criar a constituinte, será necessário apresentar uma proposta de emenda constitucional (PEC) ao Congresso, na qual serão definidas as regras da assembléia, como prazo de funcionamento, número de constituintes, data da eleição, requisitos dos candidatos e sistema de votação. O Globo - O País - pg. 16 - 3/8 Ativista do movimento negro defende cotas e prioridade para ensino A médica Edialeda Salgado do Nascimento, candidata ao Senado pelo PDT, quer levar o movimento negro aos salões do Congresso. “Até tem alguns pretos lá — é aquele que tem a pele escura, mas não tem o ideal da causa”, diz. Suas maiores bandeiras são a educação e a defesa das cotas para negros. Se eleita, diz que brigará por recursos para o setor com cortes de despesas, como os com cartões de crédito corporativos da Presidência e com pagamento dos juros aos organismos internacionais. Ela critica o Bolsa Família, que chama de Bolsa Esmola, e diz que o programa nada tem a ver com educação. Como integrante do movimento negro, como avalia a discussão sobre as cotas e o Estatuto da Igualdade Racial? EDIALEDA: Meu avô era espanhol. Minha mãe era uma negra pura. Em 1980, li um texto sobre a ausência de negros nos altos cargos privados ou públicos do Brasil. Ali passei a me ver como negra. E olha que eu não tinha nem tenho problema de auto-estima, eu me adoro. No fim da década de 70, fundei o movimento negro com o Abdias Nascimento, no PDT. E o que aprendemos de cara? No IML, quem está nas gavetas? Os negros. Quem está preso nas EDIALEDA: Vou brigar pela educação. Quando o jovem não está no Ciep, está na rua de arma na mão. Se esse jovem tiver educação, ele começa a se olhar como gente. Se os estudantes começarem a se olhar como pequenos Zumbis dos Palmares, ou como João Cândido, o nosso marechal negro, ou como um Aleijadinho, terão auto-estima. A nossa cota costuma ser na cozinha, no banheiro, é vendendo coisa na rua, é encher as cadeias. A gente não costuma ter cota nos bancos escolares. EDIALEDA: O senador Paulo Paim (PT-RS) é um exemplo de um parlamentar que se vestiu de negro no Congresso. Outros identificados com a questão dos negros, eu não conheço. Até tem alguns pretos lá — é aquele que tem a pele escura, mas não tem o ideal da causa negra. Como avalia políticas como o Bolsa Família e o Cheque-Cidadão? EDIALEDA: Hoje há muita gente que vive disso como emprego. Para mim, é esmola e nada tem a ver com dignidade. A “Bolsa Esmola” nada tem a ver com educação. O programa está desvirtuado. O mulherio não quer mais trabalhar: pega R$ 100 do “Bolsa Esmola”, mais R$ 100 do Garotinho... para que trabalhar? A gente quer emprego, não esse tipo de coisa. EDIALEDA: Sou a favor da escola nacional de tempo integral. Outro plano que tenho é que estudante de escola pública passe um ano no interior do Brasil depois de formado. Vai conhecer o país e pagar os estudos. Ver a cara do Brasil. É viável. EDIALEDA: Quando você paga R$ 25 bilhões de juros adiantados para o FMI, é só pegar a terça parte desse dinheiro e investir em escola. Tem que dar prioridade ao que importa. Não precisa construir de uma vez só. O rico já tem a escola integral. Só nós, os pobres, é que não Esses recursos dependem de mudanças na política econômica? EDIALEDA: Os gastos do governo federal duplicaram em quatro anos. Nosso presidente, ex-trabalhador, forneceu a funcionários do PT no governo, cartões de crédito sem limite. Quando se começa a controlar gastos, é possível conseguir recursos. Por que não auditar a dívida? Não poderei fazer isso como senadora, mas poderei lutar para que o governo faça. É preciso gente com compromisso com o povo, não com o bolso. Se a gente contém gastos Por que parlamentares do Rio estão tão presentes nos escândalos de corrupção? EDIALEDA: Não há ninguém do PDT. Estamos com as mãos limpas e com a alma lavada. Brizola morreu pobre. O que falta é ter vergonha de roubar. Sou médica. Como vou pegar uma ambulância e trocar por dinheiro? É o sangue do meu povo que estou jogando no lixo. É como pegar uma arma e atirar numa criança. Político não tem interesse pessoal. Tem interesse público. Aliás, não deveria receber nem salário. EDIALEDA: Um salário baixinho ia fazer bem. São benefícios demais. Fica cada vez mais caro manter uma bancada. Por que não oferecer um R$ 2 mil? Quem quer, vai. Quem não quer, não vai. Todo mundo tem de ser honesto. Não é mérito nenhum. EDIALEDA: Sou ginecologista e obstetra. Não posso ser a favor do aborto. Fiz um trabalho nas escolas públicas no subúrbio. Recomendava camisinha, tabelinha. Sou contra a pílula, mas recomendava. Mas aborto não é anticoncepcional. Não é melhor o Estado ajudá-la do que criminalizá-la? EDIALEDA: Não tem que criminalizar. Mas se disser que concordo com aborto, estarei mentido. A jovem tem de aprender como ter filhos. Tenho uma neta que pariu com 15 anos. Mas não foi uma boa para ela. É preciso consciência de que só a educação vai mudar o país. Quem faz escola não precisa fazer cadeia. "O artigo de Sérgio Danilo Pena "Ciência, Bruxas e Raças" (2/8) consiste, a meu ver, em uma rica e generosa contribuição ao debate do tema das cotas raciais. De argumento e retórica impecáveis, enraizados na melhor tradição humanista, ele sinaliza com precisão o que há de socialmente perverso e empobrecedor em uma eventual admissão, se assim o quiser o legislador, da disposição que obrigue a cidadania a conceber a sua identidade principalmente a partir da cor da sua pele. A sociedade decerto que conhece formas superiores de combate às desigualdades sociais e à discriminação racial, infelizmente ainda fortemente manifestas entre nós." Folha Dirigida - Educação - pg. 03 - 3/8 Os candidatos que tiverem algum problema devem entrar em contato com a comissão do vestibular, que estará de plantão neste final de semana, das 9 às 17 horas. O atendimento será pelos telefones 2587-7737/7611/7343/7307. Para evitar atraso na hora de sair de casa, professores recomendam que os candidatos separem todo o material de véspera. Outra dica fundamental é não sair sem tomar café da manhã. Dormir bem também é fundamental. O sono recupera o corpo e a mente, então nada de ficar estudando de madrugada. Para ser aprovado, é preciso acertar mais de 40% das perguntas. O resultado desta prova será divulgado no dia 14 de agosto. O exame de qualificação é o primeiro passo para a conquista de uma vaga na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) ou nas Academias de Polícia Militar Dom João VI do Rio de Janeiro e Academia de Bombeiros Dom Pedro II do Rio de Janeiro. Veja, abaixo, algumas dicas para que nada dê errado no dia da prova: Antes da prova - Separe tudo o que irá precisar. Não se esqueça que você precisa ter em mãos: carteira de identidade, comprovante de inscrição, canetas esferográficas azul ou preta, lápis, borracha e apontador. - Na véspera da prova procure relaxar, mas não consuma bebida alcoólica. A ressaca pode prejudicar a concentração. - Não faça nenhuma dieta especial, pois seu organismo pode estranhar. - Durma bem! O sono recupera o corpo e a mente. - No dia do exame saia de casa cedo. Lembre-se que o trânsito pode estar congestionado e o ônibus pode demorar. Durante a prova - Leia com atenção as instruções da prova para não fazer nenhuma besteira. Na dúvida pergunte aos fiscais. - Não perca tempo com questões de muito difíceis e complicadas, para não empacar na prova. Faça primeiro as que julgar mais fáceis. Ao longo da prova, você pode acabar se lembrando das respostas que ficaram para trás. - Se der branco na hora da prova, procure relaxar. A memória não funciona sob pressão. Nessas horas, respire fundo e dê uma boa espreguiçada. Depois da prova - Não adianta esquentar a cabeça na hora de conferir o gabarito. O que está feito, está feito. Não se martirize pelos erros que cometeu e não sofra com antecedência. O resultado sai no dia 14 de agosto e lembre-se que em outubro haverá outra oportunidade para conseguir um bom resultado. Neste domingo, dia 6, a FOLHA DIRIGIDA inicia a parceria com os vestibulandos. No data será distribuído gratuitamente para os candidatos o caderno especial do vestibular estadual. O tablóide terá todas as informações sobre o concurso, como relação c/v, dicas para próximas provas, dados sobre as instituições que integram o Estadual e muito mais. Outro ponto importante do caderno são as dicas dos professores para as últimas prova do concurso. Os professores dos principais colégios e cursos fazem as últimas recomendações para quem está sonhando com uma vaga na Uerj, na Uenf ou na Academia de Bombeiro ou na Academia da Polícia. E na próxima segunda-feira, dia 7, os inscritos no concurso poderão saber com se saíram na primeira prova. Eles poderão conferir o gabarito oficial e rever as provas na edição extra da Folha Dirigida que estará nas bancas com a cobertura completa do vestibular. O exemplar trará também a análise de professores sobre a prova. Todos os exames, todas as perguntas e respostas serão avaliadas por docentes do ensino médio. Eles vão conferir se tudo o que foi pedido estava dentro do programa ou se houve erro em alguma questão ou no gabarito oficial. A opinião dos candidatos também poderá ser encontrada na edição. Assim é possível saber o que os concorrentes acharam do exame. Além disso, a edição extra da Folha Dirigida sempre traz informações sobre os concurso de outras instituições. Prova sem 'pegadinhas' Os dias que antecedem o concurso podem ser aliados dos candidatos na preparação. Basta saber aproveitá-los. Diretora do Departamento de Seleção Acadêmica da Uerj, Elizabeth Murad lembra aos candidatos que os exames de qualificação não cobram matérias do último ano do ensino médio e não exigem decoreba. "Mas é preciso ter informações para conseguir resolver as questões",, destaca que é preciso tranqüilidade para fazer uma leitura atenta e crítica das questões. "É essa leitura que conduzirá o candidato a identificar conhecimentos já adquiridos e trazê-los para as novas situações." Segundo a diretora, as questões não contêm "pegadinhas". "Elas pressupõem que o candidato tenha condições de estabelecer relações a partir das informações fornecidas." O exame - Para ser aprovado no exame de qualificação é preciso acertar mais de 40% da prova. Mas quanto melhor o desempenho, maior a bonificação. Os candidatos que acertarem mais de 70% da prova serão aprovados com conceito A e terão direito a 20 pontos de bônus. Já quem apresentar um percentual de acertos superior a 60% e no máximo de 70% será classificado com conceito B que garante 15 pontos. O conceito C será a nota de quem acertar mais de 50% e no máximo 60% das questões. Estes terão direito a 10 pontos. Já o conceito D será atribuído a quem acertar mais de 40% até 50% da prova. Este conceito dá direito a 5 pontos na próxima fase. Os candidatos que acertarem no máximo 40% da prova receberão conceito E e serão eliminados do concurso. A segunda etapa, composta por exames discursivos de disciplinas específicas por grupo de carreira e Língua Portuguesa Instrumental e Redação, vale 80 pontos. As micro e pequenas empresas contribuem com 21 % do PIB brasileiro; mas, antes de completarem um ano de vida, sua taxa de mortalidade pode chegar a 80%, segundo o Sebrae. Para a mudança desse quadro, são necessários instrumentos que estimulem a inovação e possibilitem o desenvolvimento da inventividade com segurança. Dessa maneira funcionam as incubadoras de empresas, que oferecem, a negócios com essas características, abrigo seguro em seus primeiros anos de vida, suporte técnico e gerencial, além de facilidade no acesso a novas tecnologias. Empreendimentos produtivos são fundamentais para a saúde econômica e social da nação. Assim, a iniciativa de algumas instituições na implantação de incubadoras, permitindo às microempresas o tempo necessário para o seu amadurecimento e criando condições para que possam resistir às dificuldades de um mercado cada vez mais competitivo, deve ser incentivada. A agenda eleitoral de diferentes candidatos privilegia pontos como emprego, segurança, saúde e educação. Respeitando as especificidades econômicas regionais, as incubadoras podem auxiliar nesse caminho: servindo de sede inicial para iniciativas industriais ou facilitando a dinamização do setor cultural e do turismo. A universidade vem se tornando um dos principais abrigos de incubadoras de empresas. Neste eficiente modelo de parceria estabelecida entre a academia e o setor produtivo, todos ganham. Este último com a saúde de seu parque produtivo. A primeira pela quebra da falsa dicotomia entre iniciativa empresarial e tradição acadêmica. Reitor da Uerj O comerciário Pedro Antônio de Oliveira, 56 anos, precisou de uma liminar judicial, concedida em novembro, para fazer uma operação de ponte de safena. Isso porque o plano Semeg Saúde, ao qual o comerciário é associado, vetou a cirurgia sem explicar o motivo. Pelo constrangimento, Pedro ganhou R$ 5 mil de indenização, pagos no dia 21. "Infelizmente a operação teve que ser realizada à força, por meio de uma liminar", afirmou o comerciário. "Mas o importante é que me recuperei bem da cirurgia, está tudo certo, e já até voltei a trabalhar", disse Pedro. A liminar foi obtida no 12º Juizado Especial Cível, em Guadalupe, com a orientação do Núcleo de Primeiro Atendimento (NPA) da Universidade Estácio de Sá. Lá Pedro foi atendido pelo estagiário de Direito Everardo Melo Júnior, que acompanhou o processo. "Fui muito bem tratado no Núcleo", elogiou o comerciário. Pedro contou que começou a se sentir mal e ter dificuldades para caminhar em dezembro de 2004. Seis meses depois, ele descobriu que o desconforto se devia à sobrecarga do coração. "Fiz um cateterismo, e o médico aconselhou uma cirurgia de ponte de safena", disse o comerciário. OUTRA OPERAÇÃO O DIA entrou em contato com a Semeg Saúde, mas a empresa não comentou o caso do comerciário. O estagiário Everardo contou que a liminar de Pedro obteve um efeito antecipado, o que tornou a decisão mais rápida. "Isso porque havia risco de vida", explicou Everardo. "Além disso, na liminar, a juíza obrigou a Semeg a bancar os remédios usados no tratamento", afirmou o estagiário. Safena e angioplastia: função igual O cirurgião cardíaco Joaquim Coutinho, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, explica que a operação de ponte de safena e a angioplastia têm a mesma função: desobstruir a artéria onde se forma, nos pacientes, uma arterioesclerose, uma placa de cálcio que impede a passagem de sangue. Segundo Joaquim, a forma de desobstruir é que difere: na ponte de safena, é feito através de uma veia, evitando que o sangue fique bloqueado numa artéria entupida do coração. Já na angioplastia, coloca-se uma mola de aço que destrói a placa. "A diferença é que a ponte de safena é uma operação mais antiga", explica Joaquim. "Hoje se dá preferência à angioplastia, mas, dependendo do caso e do médico, pode-se optar pela operação", diz o médico. Economistas reconhecem vocação industrial A euforia de empresários, investidores e representantes do governo do Estado, causada pelas perspectivas de avanço da indústria fluminense, recebeu ontem o apoio discreto de economistas, que antes eram críticos ferrenhos da desaceleração econômica no Rio de Janeiro. Os especialistas reconheceram que a vocação industrial do Estado ganhou novo impulso com a decisão de grupos siderúrgicos de investir R$ 22 bilhões na Zona Oeste e no interior - o que triplicará a produção de aço nos próximos cinco anos - e a escolha da Baía de Guanabara para abrigar uma das novas unidades de regaseificação de gás natural da Petrobras. A economista e professora da Uerj Angela Moulin Penalva Santos disse que as alternativas criadas no interior, como a retomada da produção agrícola em Campos, trazem mais equilíbrio. Penalva Santos citou as cidades de Macaé, Cabo Frio, Nova Friburgo, Angra dos Reis e Volta Redonda como outros exemplos de que a economia fluminense está em crescimento. Apesar de otimista, a analista lamentou a concentração de mão-de-obra na Região Metropolitana. - Esse é um problema crônico que precisa ser resolvido observou. - Por isso é importante voltar a atenção para o interior do Estado. O presidente do Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista e professor de Ciências Econômicas da. Uerj, Ubiratan Iório, propôs a redução da carga tributária ou a isenção de impostos para atrair a implantação e expandir as indústrias do setor terciário, tornando o crescimento econômico sustentado. -A capital, por exemplo, ainda sofre com o fator segurança - concluiu. - O que afasta investidores. Medalhas de ouro e prata para o Estado Fernando Peregrino "Neste ano [2004] houve o primeiro sinal positivo da economia fluminense no cenário nacional, ao ser anunciado pelo IBGE, que a renda per capita de sua população tomou-se a segunda maior estadual, perdendo para o Distrito Federal. Antes dessa notícia, sabíamos que a economia fluminense havia voltado a crescer, mas em relação a si própria, não acompanhando a dinâmica de suas principais concorrentes, as economias paulistas e mineira". (ÂngeIa Moulin Penalva Santos, professora da Uerj, no livro o Estado do Rio de Janeiro pós-95. Editora Publicatti) A recente publicação de um estudo sobre a economia do Estado do Rio de Janeiro Aos desatentos, pode passar desapercebido que a participação relativa do Estado na formação do Produto Interno Bruto (PIB) nacional passou de cerca de 12 %, antes do governo Garotinho, em 1999, para mais de 14,7%, em 2005. Nos demais estados da Região Sudeste - Minas, São Paulo e Espírito Santo - o processo foi exatamente o inverso. Por isso, é um erro - considerar um problema a perda relativa de contribuição da Região Metropolitana na formação do PIB nacional. Principalmente quando se sabe que ambos, capital e interior, cresceram no mesmo período, conforme atestam dados da Fundação Cide. Tal fenômeno, o de redução relativa da participação da Região Metropolitana no PIB nacional, na verdade, pode ser considerada uma virtude, pois foi acompanhada da desconcentração espacial do desenvolvimento, com geração de empregos no interior e redução da migração das populações para a capital, trazendo as conhecidas conseqüências sociais. De maneira esquizofrênica quase, a divulgação do estudo revela algo também completamente questionável. Comparar a evolução da contribuição do Estado de São Paulo para o PIB nacional de 31% para 32%, nos últimos 60 anos, com a redução da participação do Rio de Janeiro no mesmo período, fere qualquer princípio de análise científica de uma realidade! Ora, de lá para cá algumas alterações geopolíticas e econômicas ocorreram do lado do Estado do Rio e que não foram levadas em conta pelo estudo. Em 1960, a cidade do Rio de Janeiro deixou de ser a capital da República e passou a perder sucessivamente - até a década de 70 parte substancial da renda e dos serviços aqui residentes. O estudo também despreza que em 1975 fundiram-se dois Estados, o da Guanabara e o antigo Rio de Janeiro. Aliás, sem que até hoje as representações de sua elite empresarial tivessem reivindicado a justa compensação da União em termos de investimentos em infra-estrutura, por exemplo. O estudo não leva em conta que a contribuição do PIB do interior evoluiu de 38% para 54% em 2005, sem que isso tivesse representado redução do PIB da capital, ao contrário, ambos, capital e interior, fizeram crescer seus PIBs. O estudo despreza que o PIB per capita do Estado passou para o segundo lugar no ranking nacional, desde 2002, superando São Paulo e perdendo apenas para Brasília, cidade dependente apenas de serviços públicos. O mérito do Estado do Rio e de sua economia é maior ainda. Basta ver que daqui saiu o primeiro PIB per capita do Brasil, que é Brasília, e, no entanto, o Rio recuperou-se, passando do terceiro para o segundo lugar nos últimos seis anos. Temos a medalha de prata, porque ganhamos de São Paulo e Minas, e perdemos apenas para Brasília, capital do Brasil. Ou seja, nosso Estado é a matriz dos dois primeiros lugares no ranking nacional de PIB per capita. Graças a seu esforço próprio, que é o de recuperar-se e dar a volta por cima. Esforço daqueles que aqui trabalham, vindo de todos os recantos do Brasil, mas que amam de verdade essa terra. O que na verdade está em decadência é o desprezo que alguns setores da elite tem com tais conquistas. Um verdadeiro tiro no próprio pé. Secretário de Estado Ibama vai enviar técnicos para vistoriar prédios em construção na Zona Norte A construção de um megacondomínio de cerca de mil apartamentos na Avenida Dom Hélder Câmara, 5.913, em Pilares, na Zona Norte, preocupa ambientalistas, que temem o agravamento do quadro de poluição do Rio Faria Timbó. Panfletos distribuídos no bairro anunciam o início das obras este mês, conforme noticiado ontem pelo JB, mas a prefeitura e a Feema ainda não deram licenciamento para a construção. O Ibama anunciou ontem que vai enviar uma equipe de técnicos para vistoriar o local, e os responsáveis pelo projeto podem ser notificados. Segundo o superintendente regional do Ibama, Rogério Rocco, se as obras começarem sem a autorização da prefeitura e da Feema, os responsáveis podem ser multados. Para que isso não ocorra, o órgão pretende enviar uma notificação à construtora não identificada pela Secretaria Municipal de Urbanismo - pedindo para que sejam providenciados os documentos. - Uma ação preventiva pode evitar futuras punições - ressaltou Rocco. - Podemos impedir que as obras comecem se não houver licença. Preocupado com o aumento no lançamento de esgoto no Rio Faria Timbó - que fica ao lado do terreno de 34 mil m2 - o ambientalista Sérgio Ricardo de Lima, da ONG Baía Viva, disse que vai pedir aos ministérios públicos federal e estadual que notifiquem as secretarias municipais de Meio Ambiente e Urbanismo, a Feema e o Ibama sobre o empreendimento. Para Sérgio, o local deveria ser usado como área verde e de lazer. - O local poderia até servir como reservatório de água das chuvas, para evitar enchentes do rio - opina. O ambientalista David Zee, da Unigranrio, também teme pelo despejo de esgoto no Faria Timbó e acredita ser necessário um Relatório de Impacto de Vizinhança antes de as obras começarem: - Ali não há tratamento de esgoto e tudo vai para o rio. RIO - O Ministério da Educação (MEC) abriu as inscrições para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2006 - antigo Provão - que será obrigatório para mais de 900 mil universitários de 15 cursos de graduação. A prova está marcada para 12 de novembro, às 13h (horário de Brasília), em mais de mil municípios de todo o país. Serão avaliados alunos de administração, arquivologia, biblioteconomia, biomedicina, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, música, formação de professores, psicologia, secretariado executivo, teatro e turismo. O processo é o seguinte: as universidades enviam ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), até 31 de agosto, a relação de todos os ingressantes e concluintes dos cursos. Ficam dispensados os estudantes que se formarem até 18 de agosto e aqueles que estiverem cursando atividades curriculares fora do Brasil, em instituição conveniada com a universidade de origem. O Inep vai anunciar, até 25 de setembro, a listagem completa dos participantes. Devem ser selecionados, por meio de sorteio, 906.950 alunos (583.190 ingressantes e 323.760 concluintes), distribuídos por 7.833 cursos. Os faltosos matriculados no último ano do curso que não apresentarem justificativas não poderão obter o diploma de conclusão. Quem não for selecionado e quiser participar da prova pode pedir à universidade que faça a inscrição até 4 de outubro. Os locais do teste serão conhecidos até 30 de outubro. A aplicação da terceira edição do Enade completa o primeiro ciclo do exame, que, ao fim de 2006, terá avaliado ingressantes e concluintes de cursos pertencentes a todas as áreas do conhecimento da educação superior brasileira. Resultado das últimas edições sai nos próximos dias O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que os resultados do Enade 2004 e 2005 serão divulgados na semana que vem. Foram avaliadas as carreiras de agronomia, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional, zootecnia e arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, engenharia (dividida em oito grupos), filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química. No ano passado, a prova, realizada em 6 de novembro, teve a participação de 295.700 alunos de 6.843 cursos de graduação, pertencentes a 1.059 instituições de educação superior - que representa 46% do total existente no país, segundo o Inep. Outras informações no site www.mec.gov.br .
Luiz Biondi e Carlos Alberto |
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