Reproduzimos as seguintes matérias publicadas no CLIPPING UERJ. Isenção: lista sai em agosto - Folha Dirigida
A avaliação dos inscritos é feita com base na análise das informações apresentadas pelos inscritos no Requerimento de Solicitação de Isenção e nos documentos enviados. A renda bruta média mensal familiar é calculada pela soma de todos os rendimentos provenientes do trabalho formal ou informal, aposentadoria, pensões, rendimentos de capital, imóveis e assemelhados e outros ganhos, comprováveis ou não, de todas as pessoas residentes no mesmo domicílio do candidato e dividida por esse mesmo número de pessoas. Para o cálculo de renda bruta, considera-se também as pessoas residentes no mesmo domicílio do candidato que não possuem renda. Os candidatos que conseguiram isenção no primeiro exame têm o benefício garantido para o segundo. A exceção é para quem conseguiu o benefício, mas não confirmou a inscrição. O segundo exame de qualificação está marcado para o dia 8 de outubro. A inscrição será realizada entre os dias 9 e 22 de agosto. Os candidatos terão entre os dias 9 e 21 de agosto para preencher o kit de inscrição e pagar a taxa de inscrição e até o dia 22 para enviar a documentação via Correios, ao Dsea. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) realiza dois Exames de Qualificação, um em agosto e outro em outubro, ou seja, antes da maratona de provas começar, de verdade, em novembro. Quem abre a verdadeira maratona é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a sua primeira prova em um domingo, 12 de novembro. A UFRJ fará a sua segunda prova também em um domingo de novembro, no dia 26. Ainda em novembro, a Universidade do Rio de Janeiro (UniRio) aplicará a sua prova objetiva, no dia 19 (um domingo). A segunda fase da UniRio será apenas em 21 de janeiro, também um domingo, encerrando a maratona de provas. Em dezembro, a Universidade Federal Fluminense (UFF) realiza a sua primeira prova no dia 3 (domingo). Na mesma semana, no dia 7 (quinta), o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) faz a sua primeira fase. Tanto a UFF quanto o Cefet realizam a segunda etapa do seu vestibular em janeiro. A UFF fará a prova discursiva no dia 7, o primeiro domingo de 2007. No domingo seguinte, dia 14, é a vez do Cefet realizar a sua prova discursiva. A maratona do vestibular inclui ainda a prova discursiva do vestibular Estadual em 10 de dezembro, um domingo, e os exames da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 14 e 15 de dezembro (quinta e sexta-feira). O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF – foi criado em dezembro de 1996, para ampliar os investimentos públicos na educação fundamental, com previsão de vigência de 10 anos. Perto de seu fim, vale uma avaliação dos benefícios que trouxe e do que não conseguiu alterar no ensino fundamental. O FUNDEF vinculou 15% da receita dos governos estaduais e prefeituras ao ensino fundamental. Antes do FUNDEF existia a exigência constitucional de que estados e municípios aplicassem 25% de sua arrecadação na área da educação, sem especificar o percentual para a etapa da educação básica obrigatória – o ensino fundamental. Após o FUNDEF, com os 10% restantes de suas receitas, os municípios mantiveram creches e pré-escolas, e os estados o ensino médio e superior, quando o ofereciam. Assim, mais de 95% dos recursos do FUNDEF provêm dos governos estaduais e das prefeituras. Cada estado passou a ter seu próprio Fundo. Os recursos foram redistribuídos entre as prefeituras e o respectivo governo estadual, considerando o número de alunos do ensino fundamental. Cabia à União fixar um piso nacional por aluno e cabia, também a ela, fazer repasses para os estados cuja receita própria era insuficiente para atingir o valor mínimo por aluno. À medida em que crescia a arrecadação de estados e municípios, aumentava o valor investido por aluno, nos estados e municípios. A lei que criou o FUNDEF é clara ao definir a fórmula de cálculo do piso nacional: a estimativa de receita deve ser dividida pelo número de alunos matriculados no ano anterior em todo o país, tomando como referência o Censo Escolar realizado pelo INEP (MEC), mais a estimativa de novos alunos. Parece-me que o mais correto seria que esse cálculo fosse feito separadamente, em cada estado, mas não foi isso que a lei do FUNDEF determinou. Uma contribuição importante trouxe o FUNDEF, ao determinar que 60% dos recursos fossem aplicados para melhorar a remuneração dos professores. Entre os anos de 1997 e 2000, o reajuste médio, no país, foi de 38%, atingindo 70% nas redes municipais do Nordeste, onde os professores não recebiam nem o salário mínimo. Em nove anos de funcionamento, o FUNDEF já movimentou 210,9 bilhões de reais, dos quais apenas 2%, 4 bilhões, correspondem a repasses da UNIÃO. Ao chegar ao término de sua vigência pode-se creditar ao FUNDEF o aumento de matrículas no ensino fundamental, que está quase universalizado: 97% das crianças de 7 a 14 anos estão matriculadas, a melhoria da distribuição dos recursos entre prefeituras e governos estaduais e, em alguns municípios do Nordeste, o aumento do salário dos professores. Foi um mecanismo eficiente, em termos quantitativos. Faltou, entretanto, em sua criação, atrelar o financiamento a metas de eficiência. No período de sua vigência não se observou qualquer melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem. Os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica – o SAEB – confirmam essa afirmativa. Em 1997, antes do FUNDEF, os alunos da 4ª série, em leitura, obtiveram, numa escala de 0 a 300, a pontuação de 186,5; em 2003 a pontuação foi 169,4. O mesmo ocorreu na 8ª série: em 1997, a pontuação foi 250, numa escala de 0 a 375; em 2003, a pontuação foi 232. Em matemática, observa-se o mesmo: os alunos da 4ª série tiveram uma pontuação de 190,8, numa escala de 0 a 300. Em 2003 esta pontuação caiu para 177,1. Na 8ª série, em matemática, verificou-se o mesmo. Em 1997, a pontuação foi de 250, na escala de 0 a 375. Já em 2003, essa pontuação caiu para 245. É inegável a importância do FUNDEF no aumento das matrículas, na construção de escolas, na melhoria da merenda, na manutenção das escolas. Sua eficiência, entretanto, variou de estado para estado, de município para município, porque dependeu da gestão dos recursos provenientes dos 15% das receitas estaduais e municipais, em alguns casos, complementados com recursos da União. Não se pode avaliar a eficiência do FUNDEF sem considerar a gestão dos recursos por ele repassados para os Fundos estaduais, que por sua vez, realizaram as transferências para os municípios. Continuo com a opinião que sempre tive: o maior problema na área da educação básica não é falta de recursos. É de gestão dos recursos; é de má formação dos professores e da ineficiência dos programas de educação continuada que não conseguem manter o magistério atualizado, melhorando sua prática docente; é de falta de estímulo para os professores, não corrigindo os salários aviltantes que recebem; é da má condição de trabalho que a maioria das escolas oferece; de turmas superlotadas; de horários exíguos; de ineficiência da prática docente. O FUNDEF teve seu papel. Será substituído pelo FUNDEB, que está tramitando no Congresso desde o ano passado e que vai financiar não só o ensino fundamental, mas o ensino médio e a educação infantil. Esperamos que ele, além do impacto nas matrículas, traga benefícios que tenham reflexo na qualidade da educação básica oferecida a nossas crianças, adolescentes e jovens, que se constitui, hoje, no maior desafio aos gestores, aos professores: oferecer um ensino de qualidade, que traga em conseqüência uma aprendizagem de qualidade. Conseguimos responder ou quase responder ao desafio da quantidade. Resta-nos responder ao mais difícil desafio: o da qualidade, que depende menos de recursos financeiros e mais de outros fatores, onde avulta o papel insubstituível do professor. "Reposição de aulas é uma mentira. Quando ocorre, é muito ruim, pois alunos e professores estão desestimulados", salientou Dionísio Bezerra, presidente da Associação de Pais e Alunos da unidade Centro do Colégio Pedro II. Na opinião do pai, a ocorrência de uma greve já compromete o processo de ensino. "Os jovens e crianças são muito prejudicados. Há um trabalho que precisa ser feito durante o ano, em ritmo planejado, e que é prejudicado com a paralisação. Sentimos nossos filhos cada vez mais desestimulados. Estas greves estão acabando com o Pedro II", salienta Dionísio Bezerra. A presidente da Associação de Pais da unidade Tijuca, Lady Godiva, defende que o ano de 2006 para os estudantes já está comprometido. Além disso, ela acredita que o problema vai além. "Foram 110 dias de greve em 2001, 60 em 2003, 95 em 2005 e 30 em 2006. Ou seja, praticamente um ano perdido com paralisações. Muitas mães, como eu, estão pagando professores particulares para complementar o aprendizado dos filhos, quem vem sendo prejudicado nestes últimos anos", disse Lady Godiva, para quem reposições de aulas dos dias em que ocorreram greves não recuperaram o prejuízo. Alguns alunos, no entanto, têm opiniões opostas sobre a reposição. Tamires da Silva, do 2º ano do ensino médio, está confiante e espera que haja tempo de recuperar o conteúdo perdido. "No ano passado, tivemos greve e a reposição foi pra valer. Os professores correram um pouco com a matéria, mas deu para aprender bem. Não acho que sairemos prejudicados." Já com as atenções voltadas para o vestibular, Tagore Mendes, do 3º ano, teme pela prova da Uerj, marcada para o início de agosto. "Para a primeira fase da Uerj, me sinto em dificuldades. Com este período sem aulas, não estou preparada como deveria", comenta a jovem, que tem mais confiança para as avaliações das demais universidades. "Como as outras provas só ocorrerão em novembro, estou certa que, com a reposição, vai dar tempo de ver todo o conteúdo. Até porque as aulas estão focadas no vestibular", comentou. Aqueles que acompanham a coluna Sem Censura devem ter estranhado a ausência Com o humor peculiar, doses extras de realismo e, talvez por isso mesmo, algum pessimismo, Antonio Luiz critica seus pares - os professores - e também os estudantes que, segundo ele, hoje exageram na informalidade no processo educacional. Revela-se contrário às greves no setor, aponta vieses ideológicos da Reforma Universitária e dispara contra o atual governo. Para ele, os quatro anos do PT na educação não deixarão boas lembranças. Leia a entrevista: FOLHA DIRIGIDA - Uma de suas queixas recorrentes é o processo de ‘avacalhação’ pelo qual passa a educação brasileira, desde os trajes de professores e alunos em sala de aula até a informalidade excessiva nas solenidades de formatura. Em que momento a educação deixou de ser vista com o mínimo de seriedade? É possível reverter esse quadro? FOLHA DIRIGIDA - Outro aspecto sempre presente em seus artigos é a alta freqüência de greves. Este ano, voltamos a assistir a longas paralisações na rede estadual, na Uerj e no Pedro II. Em todos esses casos, há de comum a visível falta de sensibilidade dos governos e a conclusão de que, após o prejuízo das paralisações, quase nada do que foi reivindicado foi atendido. Então, fica a pergunta: a greve ainda é um instrumento válido de negociação? FOLHA DIRIGIDA - O sr. é um dos mais ácidos críticos em relação ao projeto de Reforma Universitária. Como vê suas formas finais e a publicação do decreto-ponte, que antecipou alguns de seus pontos? FOLHA DIRIGIDA - Concorda com a tese de que o projeto fere o princípio de autonomia das universidades? E mais, de que a intenção real do governo é formatar uma espécie de ‘armadura’ ideológica que permita maior controle sobre as instituições? FOLHA DIRIGIDA - No nível superior, as instituições privadas respondem por cerca de 72% dos estudantes matriculados. Apesar disso, são bastante notórias as dificuldade pelas quais passam muitas - e tradicionais - dessas faculdades e universidades. Onde está o problema? Não falta maior grau de sensibilidade por parte do governo e políticas adequadas para essas instituições? FOLHA DIRIGIDA - Em um de seus artigos o sr. lembra a citação de Claudio de Moura Castro de que ‘o MEC tem grande capacidade de atrapalhar’. O que quer dizer com isso? Houve alguma época em que o Ministério se fez parceiro e eficiente? FOLHA DIRIGIDA - Por outro lado, alguns especialistas fazem críticas e afirmam que, em muitos desses casos de crise, falta é investimento na qualificação das administrações dessas faculdades. Ou seja, elas podem até ser familiares, mas precisam se profissionalizar. Essa crítica procede? FOLHA DIRIGIDA - É grande a expectativa em relação à aprovação do Fundeb. Acredita que o novo fundo irá, de fato, representar uma revolução no que diz respeito à qualidade da educação básica e qualificação do professor? FOLHA DIRIGIDA - Em relação ao ProUni. Como o sr. analisa este programa do governo federal? A universidade deve mesmo ser para todos? FOLHA DIRIGIDA - Uma das medidas de inclusão, já adotadas por universidades como a Uerj, são as cotas, sejam elas pela classe social, pelo histórico em escola pública ou por raça. Essas ações podem corrigir injustiças ou, na verdade, somente alimentam o modelo social que gera tantas desigualdades? FOLHA DIRIGIDA - Os Conselhos Nacional e Estaduais de Educação têm cumprido sua missão ou, na verdade, desempenham suas funções de forma muito tímida? O que achou da nomeação do professor Edson Nunes para a presidência do CNE? FOLHA DIRIGIDA - Boa parte de seus textos deixa vislumbrar provocações, críticas e, por vezes, algumas doses de pessimismo devido à falta concreta de perspectivas. Com quase quatro décadas de colunismo educacional, o sr. acredita que a educação brasileira e, por tabela, o Brasil, têm solução? FOLHA DIRIGIDA - Sua sexta coletânea cobre desde a passagem de Cristovam Buarque pelo ministério, com o episódio da demissão via telefone, até a gestão de Tarso Genro e os primeiros passos de seu sucessor, o ministro Fernando Haddad. Passados quase quatro anos de Governo Lula, o que fica de positivo e de negativo para a educação? FOLHA DIRIGIDA - O sr. encerra um de seus artigos com a sentença: ‘Desculpe, leitor, mas não está fácil ser educador neste país’. Então, o que é ser educador nos dias de hoje, no Brasil? FOLHA DIRIGIDA - Seus artigos costumam terminar com pequenas observações. E, nelas, o tema mais explorado é a profusão de feriados. Qual o impacto de tantas ‘folgas’ e ‘enforcamentos’ para o setor educacional? A Secretaria dos Conselhos (Secon) e a Sub-reitoria de Graduação da universidade forneceram informações desencontradas sobre a responsabilidade pelo anúncio do novo calendário. A Secon e assessoria de imprensa da Uerj informam que a sub-reitoria de Graduação está fazendo alguns ajustes na proposta e, por isso, as datas ainda não podem ser divulgadas. Já na sub-reitoria de graduação, a informação é de que o calendário formulado já foi enviado à Secretaria dos Conselhos, que teria ficado responsável pelas modificações aprovadas na reunião do Csepe da última terça-feira, dia 18. A relatora do processo, a sub-reitora de Graduação Raquel Villardi, esclarece a situação. "O que aprovamos por enquanto é apenas um esqueleto do calendário, com datas-limite para que o período termine, sejam realizadas as provas finais. Nos resta agora preencher este esqueleto com a programação de cada curso. Tão logo este trabalho esteja finalizado, divulgaremos as datas", explica. Enquanto isso não acontece, as aulas prosseguem normalmente, segundo Raquel, e estas já estão sendo contabilizadas para a reposição do calendário. A sub-reitora pede atenção também dos alunos que prestaram vestibular no ano passado e aguardavam o período de inscrição nas matérias para junho. "Obviamente teremos um novo período de inscrição para eles. Mas os alunos podem ficar tranqüilos que receberão em casa um comunicado". Proposta agradou aos estudantes Paula Almada, representante da bancada estudantil no conselho, diz que o calendário aprovado seguiu o modelo sugerido pela reitoria, um pouco menor que o proposto pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), com 15 semanas de aula. Ainda assim, o calendário agradou aos alunos. "Retiramos nossa proposta porque entendemos que o modelo da reitoria estava mais adequado às necessidades do calendário", diz Paula. Outra vitória dos alunos foi que o prazo para inscrição e cancelamento de disciplinas foi reaberto. "A única coisa que não conseguimos foi a possibilidade dos alunos mudarem de uma disciplina para outra. Os conselheiros acreditam que isso poderia gerar muita confusão e acabaram vetando nossa proposta. De resto, estamos satisfeitos com o que foi aprovado". Nesta quinta-feira, dia 20, os estudantes realizam um conselho de Centros Acadêmicos (CAs), mas o calendário de reposição não está entre os pontos de pauta. "Isso já foi aprovado. O que precisamos discutir e que ficou pendente desde o término da greve é o nosso calendário de mobilização. Saímos da greve com a condição de que teríamos uma série de atividades mesmo com a volta às aulas. Mas ainda não definimos nada", alerta Paula. A prova começará às 9 horas e a orientação é para que os candidatos cheguem aos locais indicados no cartão uma hora antes do previsto. Diretora do Dsea, Elizabeth Murad lembra que o exame de qualificação é uma prova que avalia a capacidade de análise e reflexão dos alunos. "Esta não é uma prova conteudista. O objetivo é avaliar as competências dos candidatos." Segundo ela, a preparação para a prova acontece ao longo do processo de escolarização, logo, não há motivo para desespero na reta final. Elizabeth Murad lembra ainda aos candidatos que é preciso calma e atenção na hora da prova. "Os candidatos devem ler com cuidado os enunciados das questões e prestar atenção ao verbo que comanda a pergunta. Muitas vezes, eles erram por falta de atenção", disse. A diretora lembra ainda que o primeiro exame pode servir como teste. "Aqueles que não ficarem satisfeitos com o resultado poderão tentar novamente. Logo, não há motivo para tensão." A prova tem como objetivo avaliar as habilidades e as competências fundamentais para o ingresso no ensino superior. Ela apresentará questões objetivas, de múltipla escolha das três áreas de conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias. O resultado desta prova será divulgado no dia 14 de agosto. Fazem parte do vestibular Estadual a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e as Academias de Polícia Militar Dom João VI e de Bombeiros Militar Dom Pedro II. A superintendente explica que a oferta para o cargos de agente universitário poderá chegar a 700 vagas, em virtude de aposentadorias e exonerações. "Mas para conseguir as outras 580 será preciso que o governo reserve verbas no orçamento do ano que vem", disse. Com a recente aprovação do plano de cargos e salários, em junho, o agente universitário englobou todas as antigas funções que exigiam nível médio. "As maiores demandas deste cargo são para a área administrativa e segurança", disse. Com relação ao conhecimento exigido dos candidatos, a superintendente afirma que, provavelmente, será aplicada prova prática de Informática (noções básicas) e redação. Haverá também vagas para cargos do nível médio/técnico, pois segundo a superintendente, a universidade possui grande carência de técnicos em seus diversos laboratórios. "Se a gente não tiver servidores para atender à demanda de técnicos, vamos ter que fechar laboratórios na Uerj". Na próxima seleção, os candidatos a este cargo também devem passar por prova prática, o que não acontecia anteriormente. Além disso, com essa reestruturação, haverá vagas para auxiliar universitário especializado, que exige nível fundamental "com curso profissionalizante, e técnico universitário de nível superior. A universidade pretende concluir o estudo que está definindo as vagas e as atribuições até novembro. Atualmente o quadro técnico_administrativo da Uerj é composto por 4.180 servidores concursados e 1.525 profissionais contratados. De acordo com Simone, o objetivo é substituir todos os contratados. "Ganhamos um grande número de vagas com o novo plano. Não dá pra manter a Uerj funcionando com qualidade sem a realização de concurso público, até porque o Tribunal de Contas do Estado está todo o tempo nos cobrando a substituição dos contratados e suprir o déficit de pessoal". O Brasil congrega, hoje, o maior número de empresas juniores do mundo, consolidando um caminho empreendedor abraçado por cerca de 600 instituições de ensino superior, que abrem oportunidades para mais de 20 mil alunos. O Ministério da Educação reconhece a importância dessa iniciativa: nos processos de avaliação das instituições de ensino superior, a existência de empresas juniores é valorizada. Criadas e gerenciadas por estudantes de graduação, as empresas juniores complementam as atividades desenvolvidas pelas diretrizes curriculares nacionais, além de constituírem um excelente espaço para aprimoramento técnico. O aluno desenvolve espírito empreendedor, relacionamento interpessoal e aprende a se portar profissionalmente dentro de uma estrutura empresarial que não tem fins lucrativos. Todas as atividades desempenhadas pelos "empresários juniores" são orientadas por professores e contam com o apoio de suas instituições de ensino superior. Essa modalidade empresarial chegou ao Brasil em 1987. Se, por aqui, essas empresas só surgiram às vésperas da década de 1990, na Europa existem desde 1967, quando o Movimento Empresarial Júnior surgiu na França. Verdadeiros instrumentos de aprendizagem tecnológica, as empresas juniores vêm contribuindo para consolidar o intercâmbio de experiências nas universidades, bem como entre o ambiente açadêmico e a sociedade. No mundo competitivo de hoje, essa vivência transformou-se em um importante diferencial qualitativo para estudantes de vários cursos de graduação, em diversas áreas do conhecimento. Reitor da Uerj Era possível o chope gelado em Copacabana e andar pela praia para muito além do Leblon. Os morros, com seus sambas, embalavam o sono da cidade e o Rio amanhecia cantando. Nos subúrbios, a gente humilde repassava o dia nas conversas de rua. Capital do Império, sede da República, Distrito Federal fervilhante de debates e decisões, o Rio de Tom, Vinicius e Chico, Paulinho, Braguinha e Garoto (paulista de nascimento e carioca por adoção), pouco a pouco, vai se apagando da memória do carioca. Não é mais possível fingir que nossos problemas são próprios de uma grande cidade, cosmopolita, centro convergente de multidões e, por isso, irresolúveis. É desculpa esfarrapada, remendo da falta de política social, habitacional, cultural, de segurança, qualquer uma que seja, mas que possa denotar uma capacidade — também mínima que seja — de intervenção do poder público na vida do cidadão. Alheios a tudo isso, os governantes dizem: ilegal, e daí? Prioridade é a eleição para presidente da República. Desvios de verba da Saúde e da área do Trabalho ocupam o lugar de políticas públicas. Tomada de certa abulia, ou mesmo acuada, a população vê, impotente, o crescimento das favelas, a decadência da Uerj e das escolas públicas, a poluição das praias e da Baía de Guanabara, a ineficiência policial, o esvaziamento econômico e os nossos grandes clubes de futebol em estado pré-falimentar. Essa realidade parece dar razão ao grande carioca Chico Buarque, quando diz que “o Rio está ‘ferrado’ e tem os piores políticos do Brasil”. O Rio está carente de um grande movimento que expresse o descontentamento do seu povo. Foi capaz, um dia, de liderar a oposição ao regime militar, de bradar pela anistia ampla, geral e irrestrita, de gritar Diretas-Já e Fora Collor. Hoje, não consegue se articular para cobrar de seus governantes um basta à violência desmedida que ceifa vidas desprevenidas. Vidas jovens, quase sempre, como a do guitarrista Nettinho, dos Detonautas. Deve haver uma saída que não seja a do aeroporto nem a das estradas que levem os habitantes para longe do Rio. Os profissionais, por suas entidades representativas, os trabalhadores, o cidadão comum, enfim, podem repisar o que na história da cidade já ousaram fazer e participar ativamente do resgate do Rio de Janeiro. Os artistas, com a sua sensibilidade, já estão dando a sua cota. Para recobrar a auto-estima do carioca, nossos compositores voltaram a se inspirar na cidade. Chico lançando “Carioca”. Ivan Lins nos brinda com o “Acariocando”, música que dá nome ao novo disco, em parceria com o carioquíssimo Aldir Blanc. Joyce e Dori Caymmi prestam homenagem com o Rio-Bahia. Nós, os advogados cariocas e fluminenses, estamos prontos para seguir o exemplo e assumir a missão de recriar a cidade e o estado do Rio de Janeiro. Nossa entidade, a Ordem dos Advogados do Brasil, no passado, foi uma voz poderosa, e de repercussão nacional, na defesa dos direitos humanos e das liberdades. Também ela deve descruzar os braços e voltar a ser a trincheira de luta da cidadania. Por força da profissão, defendemos com garra e destemor os direitos e os interesses de nossos clientes. Com o mesmo espírito, altivez e desprendimento que demonstramos outrora na defesa da democracia, temos de defender a nossa cidade e o nosso estado, sendo este, desde já, um chamado que fazemos a todos os outros cidadãos cariocas e fluminenses, para darmos um fim aos desmandos, ao abandono e ao descaso a que fomos lançados. WADIH DAMOUS é carioca e presidente do Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro. O Programa Gestão do Conhecimento baseia-se em um sistema de fomento que usa recursos provenientes de compensação ambiental (mecanismo estabelecido pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação que prevê que no mínimo 0,5% dos investimentos de empresas cuja atividade resulte em impacto ambiental seja destinado a essas unidades). O apoio será feito por meio da concessão de bolsas de graduação e pós-graduação e da alocação de recursos financeiros para auxiliar a execução das pesquisas. Segundo o diretor de ecossistemas do Ibama, Valmir Ortega, a meta inicial da instituição é destinar R$ 10 milhões por ano para o programa. O primeiro edital, que será lançado nas próximas semanas, contará com R$ 5,5 milhões, para projetos relacionados ao bioma cerrado, especialmente ao manejo e controle de espécies invasoras, ao manejo de espécies importantes para a conservação das unidades e aos impactos da visitação pública nos parques nacionais localizados nessas áreas. O Programa surgiu da necessidade de gerar conhecimentos científicos que subsidiem as ações de manejo dos recursos naturais, o uso público e a proteção das unidades de conservação. “Nosso objetivo central é trazer as instituições científicas para dentro das UCs”, destaca Ortega. Ele ressalta que as pesquisas apoiadas devem ter a participação efetiva dos servidores do Ibama para estimular a transferência de conhecimento. As linhas temáticas prioritárias de fomento são: conservação e manejo da biodiversidade; ecoturismo e uso público; e comunidades do entorno de UC e gestão participativa. O Ibama já trabalha no segundo edital do Programa, que beneficiará pesquisas relacionadas à Amazônia. Para estabelecer um canal de divulgação dos resultados das pesquisas e de troca de informações entre pesquisadores e profissionais do Ibama, foi lançada também a Revista Brasileira de Unidades de Conservação (http://www.ibama.gov.br/revistauc), uma publicação científica eletrônica que enfocará a relação de diversas áreas de estudo com o desafio do manejo de UCs. Principal alvo das críticas foi a ausência no texto do tema autonomia universitária Luís Henrique Amorim escreve de Florianópolis para o “JC e-mail”: Na mesa-redonda Reforma Universitária, com a participação de Eunice Durham, professora da USP; Paulo Speller, reitor da UFMT e presidente da Andifes; e Álvaro Prata, professor da UFSC, não faltaram críticas ao texto, enviado ao Congresso Nacional em 8 de junho. Prata, mostrando dados do Inep, defendeu que o ensino superior precisa de modificações extremas. Ele criticou, por exemplo, o fato de cerca de 80% dos universitários serem formados por instituições privadas. Os dados mostrados por ele apontam também que a massa de graduados não está sendo formada em Universidades, mas sim em faculdades e centros universitários, onde a pesquisa quase não está presente. “Nós temos 169 Universidades e 1844 faculdades e centros. Os formados em instituições com mais de cinco mil alunos são apenas 9,5%”, disse. Segundo ele, cerca de 60% são formados em instituições com menos de mil alunos. “Não é um sistema superior universitário, não são Universidades”. Outro ponto problemático hoje é que poucos dos que entram para a graduação completam o curso. Segundo ele, dos cerca de 620 mil que entram por ano para o curso de Administração apenas 83 mil se formam. Nos outros quatro cursos mais concorridos, Direito, Pedagogia, Engenharia e Letras a média fica em cerca de 10% de concluintes em relação aos que entraram na faculdade. Outro dado apresentado por ele mostra a inversão da proporção de alunos por turno. Nas públicas, 63% das matrículas é no turno diurno. Já no particular é o oposto: 68% dos estudantes freqüentam a faculdade à noite. “Esses dados mostram que não podemos continuar com a estrutura que o ensino superior tem hoje.” O problema, diz ele, é que o texto enviado ao Congresso não foca nos reais problemas, mas sim nos complementares. Para ele, seria importante que no texto estivessem presentes a necessidade de a Universidade ter uma inserção social e tecnológica, de ela ser universalizada para que os alunos pudessem cursar aulas em diferentes Universidades e que fossem traçados planos para a interdisciplinaridade das áreas. Sobre a autonomia, diz ele, não há: “a Universidade vai continuar amarrada”. Speller, presidente da entidade que congrega os reitores das Universidades federais, disse que a versão enviada ao Congresso foi um inesperado retrocesso. “A versão enviada foi a quarta. Nós estávamos debatendo há três anos o projeto e na terceira versão havia muitos avanços, mas eles foram cortados no quarto projeto”. O reitor contou que antes do envio do projeto, no dia 8 de junho, a Andifes se reuniu com Lula e pediu para que ele não mandasse o texto como estava. Ele disse que o presidente não concordou porque se não fosse esse o texto, ele não teria como enviar ao Congresso um outro projeto ainda neste mandato. Mas segundo Speller, o presidente prometeu que enviaria o projeto, mas que não usaria sua bancada para aprovar o texto como está. “O Lula disse que o projeto não é ‘imexível’, disse que será feita grande discussão no Congresso e o que for aprovado no legislativo será sancionado”. Como o projeto não será aprovado este ano, como já afirmou o próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, a promessa da sanção vale apenas se Lula for reeleito. Speller contou então que a Andifes passou a atuar com foco no Congresso. “Já nos reunimos com os deputados Paulo Delgado, do PT, e com Gastão Vieira, do PMDB. Vamos lutar para que a comissão ouça as reivindicações da comunidade universitária.” Os dois pontos fundamentais não contemplados no texto, a seu ver, são a autonomia universitária e o financiamento da Universidade. “Precisamos da autonomia, todas as semanas os reitores tem que ir a Brasília para resolver muitas vezes problemas insignificantes. A questão do financiamento não foi totalmente resolvida. Os 75% de vinculação não serão suficientes, precisamos pensar em uma política duradoura de financiamento, não apenas para os próximos 2 ou 10 anos.” Eunice Durham, que chegou a participar do Ministério da Educação no governo FHC, também defendeu a autonomia como fundamental. A pesquisadora da USP criticou diversas iniciativas da atual gestão do MEC, como o Prouni, o programa de cotas e o fim do provão. Segundo ela, o Prouni deveria dar bolsas apenas para as boas Universidades particulares. A seu ver, esse seria um incentivo a busca da qualidade. No programa de cotas ela diz não enxergar uma iniciativa para mudar a desigualdade em nosso país. “Fora o paternalista bolsa família não há iniciativas que ataquem o problema da desigualdade social”. Para ela, este é o grande problema também da educação, em todos os níveis. O fim do provão, iniciativa substituída pelo Enade, foi lamentado por ela. Com a divulgação das notas do provão, diz ela, as faculdades com piores conceitos eram preteridas pelos alunos e não há nada que afete mais os donos de faculdades do que a falta de aluno, de dinheiro. Eunice defendeu também que não é necessário o aumento da vinculação de recursos para as Universidades. Diferente de Prata, que havia criticado o pequeno número de graduandos nas Universidades, ela defendeu que a Universidade deve ser para poucos, para a excelência das pesquisas, de ponta. Para o restante da educação superior, poderiam ser construídos, diz ela, pequenos centros espalhados pelo país. Polêmica – No decorrer da mesa e após, com a abertura dos debates, pode-se compreender o quanto o projeto enviado ao congresso é polêmico. Foram muitas as manifestações contrárias aos participantes da mesa. Speller ouviu críticas de um aluno da UFMT a sua gestão. O reitor, ao ter a palavra, evitou o debate direto e se focou na questão da Reforma, sempre defendendo como fundamental a busca da autonomia. Eunice, por sua vez, foi questionada sobre quais avanços foram alcançados na gestão de Paulo Renato no MEC, quando ela fez parte do governo. Ela respondeu dizendo que não concordava com a política adotada pelo ex-ministro e que por isso acabou deixando o MEC. André Augusto Castro e Salvatore Carrozzo escrevem pra a “UnB Agência”: Enquanto PCC e outras organizações criminosas atuam para deixar a sociedade brasileira amedrontada, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça prepara uma reação inesperada: atuar na educação das forças policiais para reduzir a violência e reforçar os direitos humanos. É essa a idéia por trás da formação de uma rede que reúne 22 instituições de ensino superior – inclusive a Universidade de Brasília (UnB) – para ministrarem cursos de especialização. A intenção é formar mais de 10 mil operadores da segurança pública (policiais civis e militares, bombeiros e guardas municipais), o que representa 2% da força do país. O investimento total é de R$ 140 mil por curso. As aulas são ministradas em ambiente presencial e virtual por 63 telecentros espalhados pelo Brasil e a estimativa é que até o final de 2006 outros 140 sejam inaugurados. As informações foram divulgadas pelo diretor da Senasp, Ricardo Balestreri, no encontro aberto Tecnologias Sociais: Cursos de Especialização em Segurança Pública, realizado na tarde de terça-feira, 18 de julho, na 58ª Reunião Anual da SBPC, que acontece até 21 de julho na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “O foco da secretaria é trabalhar temas de direitos humanos de maneira transversal em todas as ações na área para colocar o policial como promotor desses conceitos e agente de transformação social”, explica Balestreri. Organização - O curso de especialização da UnB deve começar já no segundo semestre de 2006. Serão oferecidas 50 vagas, das quais 40 serão pagas pela Senasp e destinadas exclusivamente a integrantes das forças de segurança e as outras dez abertas ao público em geral. A formação terá 450 horas e vem sendo estruturada desde dezembro de 2005. Para o vice-coordenador do curso e professor do Departamento de Sociologia da UnB Arthur Trindade, falta capacitação específica para os profissionais que lidam com o setor, não só os policiais. “Essa ausência de capacitação tem dificultado a adoção de novas iniciativas na área, apesar de isso não resolver tudo”, afirma Trindade. Na análise dele, o que está em jogo é a formação de um campo específico de conhecimento sobre o setor. O especialista detecta ainda que existe grande dificuldade no diálogo entre políticas dentro e fora dos estados e que parte dos esforços de integração pode ser potencializada pela formação. Mas Trindade tranqüiliza e desmistifica a alta organização dos criminosos propagada pela mídia. “Há um senso de orquestração de ações e isso causa espanto. Mas eles (os criminosos) estão longe de ter uma estrutura poderosa como se tem falado”, afirma. Humanismo - Balestreri faz leitura semelhante à de Trindade e aponta que uma das soluções é reformar o sistema penal para que se evite a mesclagem entre bandidos de alta periculosidade e aqueles que não oferecem tanto perigo à sociedade. |
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