Uerj - Notícias 32

Criada em 20/07/2006 19:07 por dirfen_biondi_ca | Marcadores: aluno fen func prof

Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ.

Jornal do Brasil  -  Idéias  -  pg. 02  -   15/7
Fala cidadão

Na quarta, será o lançamento do número 2 de Fala: caderno de cidadania, publicação do Centro de Cidadania Barbosa Lima Sobrinho, no Teatro R. Magalhães Jr., na ABL. Na ocasião, será realizada uma mesa-redonda com a participação do acadêmico Cícero Sandroni, do cientista político João Trajano Sento-Sé e da historiadora Maria Emília Prado, entre outros.
 
O Dia  -  Economia & Política  -  pg. 12  -   15/7
Prova Amanhã
 
Será às 9h de amanhã a prova da seleção para os cursos do Programa Nacional de Mobilização da Indústria de Petróleo e Gás Natural (Prominp). Dos 22.001 inscritos em todo o País, 13.497 serão avaliados no Rio, o estado que registrou a maior procura. Eles estão distribuídos pela Uerj, Unisuam, Cefet Maracanã e Estácio de Sá da Avenida Presidente Vargas 642. Centro, próximo à Rua Uruguaiana. Os candidatos devem chegar com pelo menos uma hora de antecedência, tendo em mãos um documento original de identidade e o cartão de confirmação, que pode ser impresso no site
www.cesgranrio.org.br. A prova, composta por questões objetivas, terá a duração de três horas. Para as áreas que pedem a 4ª série do Nível Fundamental, haverá 20 de Português e,20 de Matemática. Os participantes dos ensinos Fundamental completo (8ª série), Médio e Técnico terão pela frente 20 questões de português, 20 de Matemática e 10 de Raciocínio Lógico.
Para inspetor. serão 15 de Conhecimentos Básicos (Português e Matemática), 15 de Conhecimentos Gerais e 20 específicas.
 
Jornal do Brasil  -  Segurança Pública  -  pg. A09  -   16/7
Da Linha-dura ao descontrole
Juliana Rocha

Grupo nasceu no governo Fleury e ganhou força nos 12 anos de gestão tucana

Políticos tucanos vêm insistindo em estabelecer uma ligação direta entre o PCC e o PT. Defendem a tese de que os ataques terroristas são um plano para minar a candidatura à Presidência do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).
- Tem coisa estranha por trás. Isso não vai acabar tão cedo - insinuou o candidato.
Desde que o PCC inaugurou a maior crise de segurança da história do Estado, PT e PSDB culpam-se uns aos outros pela tragédia. A verdade é que a facção que controla a maioria dos presídios paulistas nasceu sob as barbas do PTB, em 1993, durante o governo Luiz Antonio Fleury Filho (1991-1994).
Em 2 de outubro de 1992, 111 presos do, Carandiru foram mortos por policiais militares que invadiram a prisão para conter uma rebelião. Promoveram um massacre. A ação, comandada pelo coronel Ubiratan Guimarães, expôs a política de torturas e execuções nas cadeias, usual desde os tempos de regime militar. O episódio foi um marco na luta pelos direitos humanos. Desde então, entidades passaram a olhar com mais atenção para os porões das penitenciárias. A tortura diminuiu, mas ainda fazia parte da cultura carcerária. E o PCC crescia reivindicando melhores condições para os presos.
O tucano Mário Covas assumiu o governo em 1995 e tentou acalmar os ânimos da facção. Impôs uma política de direitos humanos, mas não acabou com os maus tratos. Dezenas de facções criminosas foram criadas naquela época para reagir contra a opressão nas cadeias. Covas e o secretário José Monso da Silva, substituído por Marco Vinicio Petreluzzi, não imaginavam que o poderio do grupo cresceria tão rápido.
O governo Covas só admitiu publicamente a existência do PCC em 2001. O ex-secretário de Administração Penitenciária Nagashi Furukawa garante que, em 1995, o Estado sabia da facção, mas só começou a se preocupar em 1998, quando o grupo mostrou sua força nas ruas. Nagashi assumiu em 1999 e deixou o cargo em maio, depois da primeira onda de ataques este ano.
Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança, critica o "retrocesso da política de Alckmin" com a nomeação do linha-dura Saulo de Castro Abreu Filho para a pasta de Segurança em 200l.
- Saulo instigou a truculência policial e afastou os policiais da sociedade - define.
- Abriu espaço para o PCC nas ruas.
A antropóloga Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa da Violência da Uerj concorda com a tese e acredita que o grande erro do governo tenha sido negar a existência da organização.

Jornal do Brasil  -  Opinião  -  pg. A11  -   16/7
Estado mínimo de segurança
Emir Sader

QUAL o SIGNIFICADO DOS DESAFIOS às autoridades públicas dos atentados a funcionários do setor penitenciário, mas também os ataques a ônibus, a caixas eletrônicos e a outros alvos públicos?
Antes de tudo que o governo do Estado de São Paulo perdeu completamente o controle da situação de segurança pública. Os presídios se encontram sob o poder das gangues organizadas. Os lideres dessas gangues dirigem as ações diretamente de dentro dos presídios, contando com sistema de comunicações eficiente. Alvos os mais diferentes são atacados sem que nenhum tipo de proteção das autoridades possa dar conta da sua defesa.
Um relato assustador revela que os endividados com o tráfico têm suas condenações à morte perdoadas em troca do assassinato de algum agente penitenciário. Mas, como acontece nesse universo mafioso, ainda assim seus nomes podem ser entregues pelos líderes das gangues à polícia, como responsáveis pelos assassinatos.
O maior problema é que essa perda de controle é resultado justamente de uma política que busca reunir, por um lado o choque de gestão - de que tanto se orgulha o atual candidato à presidência, Geraldo Alckmin - e, por outro, do exibicionismo de truculência do seu secretário de segurança pública. O primeiro elemento costuma ter como uma de suas principais conseqüências, a redução de recursos para as políticas sociais, mas também para as de segurança pública. Por outro, esse exibicionismo não costuma ser acompanhado de todas as formas de ação preventiva - tanto de comunicação, como de policiamento e de todas as formas de investigação.
Os choques de gestão exibem realizações estatísticas, mas que não se correspondem com a realidade concreta dos problemas que os números pretendem demonstrar a resolução. É o caso dos dados sobre suposta diminuição quantitativa da criminalidade em São Paulo, que o ex-governador chegou a comparar a "índices europeus". A incompatibilidade das estatísticas com a realidade concreta desmoraliza aquelas, porque é esta que se impõe como a dura realidade da vida.
Outro dos aspectos do simples endurecimento da repressão, que levou a que a população carcerária em São Paulo superasse as 150 mil pessoas, é que ela gera superlotação nos presídios, com a correspondente acentuação da desumanização que os pátios lotados de presos - como a imagem dantesca de Araraquara - é uma das imagens mais expressivas. As prisões não possuem nenhuma possibilidade de assumir seu papel de recuperação, restando como depósitos, que misturam réus primários com outros com trajetória consolidada no crime, que dominam cruelmente o clima interno dos presídios.
O monopólio da violência pelo Estado está quebrado há tempos em lugares como o Rio de Janeiro e São Paulo. A disseminação das gangues atende a uma grande quantidade de fatores, mas certamente a descriminalização das drogas leves seria um golpe duro a uma prática que demanda a organização de grupos clandestino para o tráfico, assim como a corrupção de setores da policia, que igualmente vivem da ilegalidade.
As reações se dão em torno de situações de crise, como as que têm sucedido em São Paulo com certa regularidade, evidenciam o colapso e o fracasso das políticas de segurança pública nesse estado. Ainda assim o principal responsável por essa situação assume as teses do Estado mínimo. Esse é o Estado mínimo - um Estado que não controla a ordem pública, que não responde pelo que acontece dentro dos presídios, que não garante a integridade física da população, que permite que se disseminem sentimentos generalizados de insegurança e de pânico.
A retração do Estado se dá pelo favorecimento das relações mercantis e, como parte delas, os grupos de segurança privada, de gangues de marginais, de esquadrões de extermínio. Ao invés de fortalecer as políticas públicas, de atacar a cultura da violência que os governos que pregam com o exibicionismo da truculência, propõem-se a retração do Estado e, com ele, da possibilidade de políticas públicas. Menos Estado significa menos segurança, menos proteção da cidadania, menos espaços para reforma do Judiciário e do sistema penal e carcerário. Quem prega o Estado mínimo, tem que se ater às suas conseqüências, não pode elevar mais demandas a um Estado dilapidado em sua capacidade de ação pelas políticas liberais.
 
Jornal do Brasil  -  Opinião  -  pg. A11  -   17/7
Divagações sobre o nada
Ubiratan Iorio

APÓS O FIASCO DOS CANARINHOS movidos a dinheiro e sem qualquer patriotismo, agora é a vez dos políticos que reagem, com algumas exceções, aos mesmos incentivos. Aproximam-se as eleições e, embora saibamos pela experiência que os planos de governos não passam de sonhos com datas marcadas, podemos observar - como dantes - a ausência completa de elaborações programáticas com um grau mínimo de seriedade, por parte dos principais candidatos, especialmente dos que concorrerão aos cargos executivos - governadores e presidente.
A velha história de tentar enganar o eleitor repete-se com uma monotonia de música minimalista e tudo indica que as coisas continuarão assim enquanto não se fizer uma reforma política de fôlego e enquanto o cidadão comum não aprender - nem que seja por cansaço, repetição, decepção ou frustração - que simples declarações de intenções estão longe de representar os caminhos propostos para que sejam alcançadas. Em 1989, Collor jurou que acabaria com os marajás; em 1994, Fernando Henrique prometeu importantes reformas que não realizou; Lula, em 2002, entre um e outro devaneio próprio de quem se julgava - e agora se julga ainda mais - um salvador da pátria, que geraria dez milhões de empregos; atuais governadores, que acabariam com a grave endemia da violência.
"Se for eleito, prometo renda, crescimento e emprego". "Se tiver a honra de contar com o seu voto, tudo farei pelos pobres, pela educação, pela saúde". "Caso seja presidente, vou acabar com a festa da especulação financeira". "O meu governo foi o melhor que este país játeve". Estas e outras declarações, ouvidas diariamente de candidatos de todos os matizes e partidos - e que tendem a avolumar-se a ponto de transformaram-se em avalanches de promessas até outubro - são desalentadoras, absolutamente desalentadoras, para quem sabe que entre uma promessa e uma realização existe uma distância muito grande. Como dizia aquele velho samba-canção, tão bem cantado pelo excelente Tito Madi: "Mentira, é tudo mentira" .
O horário eleitoral gratuito, com toda a sinceridade, é uma agressão à inteligência dos telespectadores, a par de constituir-se em um engodo travestido de democracia. São dezenas, centenas de candidatos metidos em ternos ou em vestidos escolhidos pelos marqueteiros, lendo acintosamente os prompters colocados à sua frente, muitos atropelando involuntariamente - dado o seu despreparo - vírgulas, pontos e vírgulas e outros incômodos empecilhos de nosso difícil idioma.
E aquele debate da fase final da campanha, além das excessivas regras que o impedem de ser de fato um embate de idéias, mais uma vez também corre o risco de não acontecer, porque parece haver-se tornado um uso e costume consagrado que o primeiro colocado nas pesquisas ameace não comparecer.
Honestamente, enquanto não exigirmos uma reforma política que estabeleça partidos realmente programáticos, a farsa vai continuar e vou preferir manter desligada a televisão e me dedicar a coisas mais importantes. Mesmo que seja a divagar sobre o nada.
E, já que somos obrigados existe algo mais antidemocrático? - a votar, o que podemos fazer é não votar em nomes comprovadamente ligados aos maiores males que afligem o nosso país atualmente: o populismo infantil, a mentira deslavada e a corrupção. Conclamo o leitor inteligente a tentar o mesmo. Reconheço ser uma tarefa difícil, mas é mais do que necessária para que livremos o Brasil do bando de mestres na arte de empulhar, verdadeiros abutres prontos a nos darem o bote.

O Dia  -  Opinião  -  pg. 06  -   17/7
COTAS NO BRASIL
Magno Maranhão

Membro do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro

Dois manifestos de intelectuais levantaram poeira este mês em torno das políticas de ação afirmativa do governo, especificamente os projetos de lei que instituem o Estatuto de igualdade Racial e cotas nas universidades para afrodescentes. Um, a lavor; outro, contra. Os que aderiram ao primeiro crêem que se aprovados, serão instrumento na luta pela inclusão. Os que assinaram o segundo crêem que as propostas ferem o princípio constitucional da igualdade e não atacam a causa maior: distribuição de renda injusta e o imenso déficit na área social. O que já leva os parlamentares a repensar a possibilidade de priorizar cotas sociais, ao invés das raciais.
O debate ganhou força em 2001. quando o Brasil tornou-se signatário do documento final da 3ª Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e lntolerância Correta (Durban, Africa do Sul). Contudo, não há consenso.
As cotas não mexem nas raizes das questões sociais que penalizam a população. A idéia é que contribuam para superar o fosso entre raças. Não mexem nem no critério do mérito para ingresso nas universidades, mas aumentam as chances dos que nunca puderam demonstrá-lo.
Neste sentido, os PLs em debate farão diferença. Não expressiva, nem imediata, mas capaz de acelerar um processo de racial que nunca existiu de fato. E só, pois brasileiros de todas as cores seguirão carregando, juntos, o fardo de uma educação sem qualidade, um sistema público de ensino superior incapaz de acolher todos os que sonham com diploma, e um mercado de trabalho estreito demais para absorver os que o conquistaram.
 
O Dia  -  Geral  -  pg. 02  -   17/7
Uerj envia cartão de confirmação

 
Candidatos inscritos para o primeiro exame de qualificação do Vestibular 2007 da Uerj já estão recebendo pelo correio o cartão de confirmação. O comprovante também pode ser impresso no site
www.vestibular.uerj.br.
Pedidos de segunda via devem ser feitos entre amanhã e quarta-feira, das 10h às 17h, no Balcão do Vestibular da Uerj, no Maracanã, ou no site. A prova será dia 6 de agosto.
 
O Globo  -  Cartas dos Leitores  -  pg. 06  -   17/7
Cotas raciais
 
A maior demonstração de racismo é alguém ser obrigado a declarar sua cor. Isso não deveria vir ao caso em nenhum formulário, aliás, deveria ser proibido perguntar isso a alguém, a menos que o objetivo seja descrever o suspeito de algum crime para fazer retratos falados. Esse sistema de cotas é uma medida racista. Não entendo como os negros podem defender essa idéia. A lei de cotas não pode privilegiar apenas os negros, pois na nossa Constituição todos são iguais perante a lei. Os contemplados pela lei de cotas deveriam ser os pobres.

SANDRA CASTRO DE ARAÚJO

(via Globo Online, 11/7), Rio

Imaginemos uma mesma família humilde, com quatro irmãos. Todos cursaram o ensino médio, mas um dos irmãos puxou ao bisavô materno, negro, diferentemente de seus irmãos, que eram brancos. Todos são pobres, tiveram as mesmas dificuldades, sofreram os mesmos prejuízos sociais, filhos dos mesmos pais. Como escolher o de cor negra em detrimento dos outros irmãos, uma vez que houve desigualdade social para a formação de todos? Será baseado na cor da pele? Mas como ficaria o texto constitucional onde “todos são iguais perante a lei, sem distinção de raça, cor, credo etc.”? E como ficaria a situação familiar? Acho que não podemos ser tão simplistas nessa questão. O assunto deve ser profundamente debatido para não causar distorções piores.

NEUCIR VALENTIM

(via Globo Online, 12/7), Niterói, RJ

Mais uma vez, estão tentando tapar o sol com a peneira, quando se busca mudar o nome do sistema de cotas raciais para sociais. Tão-somente almejam encobrir a realidade da desigualdade racial, que fere os olhos dos mais simples dos seres humanos. Basta, entre muitos exemplos, verificar os saguões dos hotéis de luxo da Zona Sul. Por acaso alguém já viu um negro na recepção ou mesmo nos restaurantes finos? Já viram um garçom negro? É hora de encararmos o racismo com uma visão realmente social, reparando a injustiça social cometida contra os mesmos até agora.

SILVIO MACHADO FILHO

(via Globo Online, 11/7), Rio

A política de cotas não é uma unanimidade. Mesmo no interior das posições mais democráticas, que têm tradição de luta em favor dos direitos humanos e sociais, as políticas afirmativas ou de discriminação positiva podem causar distorções, reduzindo a efetividade dos direitos de outros cidadãos. O atual governo atacava o anterior de pôr as crianças na escola sem se preocupar com a qualidade do ensino; agora, resolveu que é hora de ingressar todos na universidade sem também se preocupar com a qualidade, que logicamente compromete a formação dos futuros profissionais. A idéia é absurda, mas serve para desviar a atenção do que deveria estar sendo feito e não está: investir e melhorar o ensino fundamental.

EMÍDIO BELARMINO

(por e-mail, 11/7), São Gonçalo, RJ

O Globo  -  Cartas dos Leitores  -  pg. 06  -   17/7
Greve da Uerj
Solange L. Ferreira

É lamentável que a greve da Uerj tenha terminado sem uma de suas reivindicações atendidas pelos nossos governantes. O descaso e o sucateamento da universidade vêm acontecendo ao longo do tempo, em vários governos, principalmente no atual. Os funcionários, atônitos ainda com a organização da volta ao seu funcionamento, após três meses parados, estão perplexos ao verem desde já a presença de políticos em campanha eleitoral. O hall dos elevadores sempre foi alvo de políticos à cata de votos; será que esses senhores, depois de eleitos, irão se preocupar com a universidade?

SOLANGE L. FERREIRA

(via Globo Online, 13/7), Rio
 
Folha de São Paulo  -  Opiniâo  -  pg. A02  -   17/7
Na raça
Vinicius Mota

SÃO PAULO- Há um barulho exagerado no debate sobre a Lei de Cotas e o Estatuto da Igualdade Racial. Quem observa as duas partes se digladiarem pode ser levado a crer que algo fundamental para o destino da sociedade esteja em jogo. Benefícios e malefícios que podem surgir da discussão são pontuais e tendem a se diluir com o tempo.
O estatuto, fora o capítulo das cotas, é uma declaração de princípios; atesta que negros têm os direitos que a Constituição diz que possuem. A temida classificação oficial por raça não tem a menor chance de moldar, de cima para baixo, a maneira fluida pela qual se definem "identidades" no país. A medida vai congelar-se na esfera burocrática, só para constar em documentos. Intrigante é saber como se extrairá de recém-nascidos a autodeclaração de raça, item que seria obrigatório na certidão de nascimento.
Já a discussão sobre reserva de vagas evitará impasses à frente caso se espelhe na experiência americana. Cotas são proibidas nos EUA desde 1978, quando a Suprema Corte vetou a reserva de vagas na Universidade da Califórnia. Para a maioria dos juízes, o sistema viola as leis que puseram fim à discriminação formal no país -notadamente a dos direitos civis de 1964.
Ações afirmativas são possíveis na nação de George Washington desde que o critério de cor/raça seja um entre outros que uma universidade leva em conta ao selecionar um aluno. Eu me surpreenderia se o Supremo brasileiro, assentado em repertório constitucional que acolhe as principais conquistas americanas, manifestasse decisão diferente caso provocado sobre cotas.
Outro pilar consagrado pelo Supremo dos EUA que deveria ser respeitado aqui é a autonomia acadêmica. Não cabe à lei ditar critérios específicos de escolha de estudantes a uma USP ou uma Unicamp, que aliás começam a adotar iniciativas interessantes para aumentar a diversidade de seu corpo discente.
 
Folha de São Paulo  -  Folha Dinheiro  -  pg. B02  -   17/7
Os mitos raciais
Luiz Carlos Bresser-Pereira

As ações afirmativas não ameaçam a ordem, apenas fazem avançar modestamente a justiça
 
DOIS MANIFESTOS dividiram a sociedade brasileira: um contra a definição de cotas para negros e índios nas universidades e a reserva de vagas para minorias no serviço público; outro, a favor. Nos dois manifestos, impressionam a falta de argumentos e a ausência de propostas alternativas dos adversários das duas políticas de ação afirmativa, a não ser a reafirmação da universalidade dos direitos -da igualdade de todos perante a lei.
Esse é um princípio fundamental da nossa Constituição, mas, sendo ela um documento do século 20, não é um princípio vazio de conteúdo social. No século 18, a igualdade de todos perante a lei representava um grande avanço político quando a burguesia liberal lutava contra o Estado absoluto: era a luta de uma classe média em ascensão contra uma aristocracia montada em cima de privilégios legais.
Depois disso, porém, o mundo avançou politicamente. Percebeu-se que não bastava a igualdade perante a lei, era preciso também a igualdade de oportunidades entre as classes sociais e entre as raças.
No Brasil, preocupamo-nos apenas com a igualdade social. Alguns avanços foram alcançados nesse campo, embora o país continue um dos mais desiguais do mundo. No plano racial, porém, fomos incrivelmente displicentes. Apoiados no fato de que somos um país mestiço -e, de fato, somos-, supusemos que tínhamos aqui uma democracia racial -ou quase. Não a temos -nem quase. Caetano Veloso estava certo quando concordou que a democracia racial no Brasil era um mito e acrescentou: "Mas um belo mito".
De fato, é um belo mito, no sentido de nos fazer orgulhosos de nossa mestiçagem e de nos levar a rejeitar toda discriminação racial. Mas a rejeição é teórica. Na prática, a discriminação no Brasil é fortíssima, conforme todas as pesquisas comprovam. Se o Brasil é injusto no plano social, é ainda mais no racial.
Nas universidades, por exemplo, há apenas 2% de negros estudantes e apenas 1% de negros docentes, embora eles constituam 45% da população brasileira.
É por essa razão que há alguns anos surgiu o movimento no sentido de implantar no Brasil iniciativas de ação afirmativa. Quando o movimento começou, os nacionalistas de ocasião disseram que isso era invenção americana; alguns hesitaram em lembrar o triste argumento do branqueamento gradual; outros apontaram as dificuldades em distinguir as raças no Brasil; a maioria dos contrários argumentou que a definição legal de raças só agravaria a situação.
Por quê? Porque tornaria as diferenças raciais, que no Brasil são muitas vezes imprecisas, claras e, por essa razão, poria em cheque a "paz racial" ou a "harmonia natural" que regeriam as relações de raça no país. Vemos, assim, que há outras versões do mito da democracia racial: versões que colocam a ordem, transmutada em paz e em harmonia, no centro da questão. O conservadorismo de nossa sociedade reaparece assim com toda a força.
Além dos argumentos liberais da igualdade perante a lei, também os argumentos da defesa da ordem ressurgem no debate. A paz social é necessária, mas não é perpetuando a injustiça que ela será alcançada.
Não basta que se almeje "um Brasil no qual ninguém seja discriminado", como diz o manifesto contra. É preciso ter a coragem que 30 universidades brasileiras já tiveram e começar a adotar ações afirmativas contra a discriminação. As ações afirmativas que estão sendo propostas não são apenas justas: são razoáveis. Elas não ameaçam a ordem, apenas fazem avançar modestamente a justiça.
Têm razão os subscritores do manifesto a favor quando afirmam que o documento contra "parece uma reedição, no século 21, do imobilismo subjacente à Constituição da República de 1891: zerou, num toque de mágica, as desigualdades causadas por séculos de exclusão e racismo e jogou para um futuro incerto o dia em que negros e índios poderão ter acesso eqüitativo à educação, às riquezas, aos bens e aos serviços acumulados pelo Estado brasileiro".

LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA , 71, professor emérito da Fundação Getulio Vargas, ex-ministro da Fazenda, da Reforma do Estado, e da Ciência e Tecnologia, é autor de "As Revoluções Utópicas dos Anos 60".
 
Jornal do Commercio  -  Opinião  -  pg. A16  -   17/7
Quem precisa de cota racial?
Marco Aurério Guimarães

Por atavismo(?) , exigência do âmago, razões insondáveis, antes dos 15 anos Mosca já estava integrado na forma de ser do negro. Nada a ver com opção, pois os tais apenas escolhem a exceção. . .
De pais racistas - que tiveram a estupidez premiada por netos lindos, de pele escura, cabelos emolados e narizes chatos... -, o filósofo sempre levou a situação na gozação. De tanto insistir que havia negro nos Barrandon Guimarães, certo dia Mosca foi informado pela mãe que a família descendia em linha direta do cacique Araribóia. Fez uma observação que deixou a velha tiririca: "A senhora tirou meu pé da cozinha e colocou na taba..." Desde a adolescência, portanto, o filósofo convive com racistas, proximos ou distantes brancos ou negros.
Na última sexta-feira, crônica contrária à adoção de cotas para isso e aquilo, bobagem cristalina, precipitou raios sobre Mosca, que jamais imaginou ter tantos, tão atentos e desaforados leitores. Uma circunstância era comum a todos: recusa em discutir a posição do filósofo, e xingamento. Neste campo, eram derrotados, pois em matéria

de palavrão Mosca é mestre, dentro da melhor tradição do idioma.
Mosca conhece de viver, não de ouvir. Tomou um susto no Renascença do Rio, onde todo negro era advogado, toda negra, professora. Pena que foi apresentado a uma delas, e fez questão de esclarecer: "É minha, cozinheira de madame, professora de forno e fogão". Foi um escândalo, e o filósofo nunca mais voltou ao Rena, como o chamavam os cooptados pela palhaçada.
Em São Paulo, em plena treva do Governo Medici, foi eleita uma Bonequinha do Café, representante do Rio Grande do Sul, loura, de olhos azuis. Outro escândalo. Com a habitual diplomacia, Mosca fez apenas uma observação: já conhecera negros tão safados, mas jamais tão burros quanto os responsáveis pelo concurso. Tempos depois, os "ofendidos" caíram na real e compreenderam de que lado Mosca jogava...
Vida afora, Mosca foi acusado de racista. Não será agora, depois dos 70, que vai mudar suas posições.
As cotas são qual muletas, necessárias a deficientes físicos. Ou mentais...
 
Veja  -  Brasil  -  pg. 44  -   17/7
O poder nas mãos dos bandidos
Hélvio Romero/AE

Na segunda onda de ataques em menos
de dois meses, grupo criminoso volta a
aterrorizar São Paulo e cria a sensação
de que a sociedade toda virou refém de
uma crise sem saída. Conhecer as condições
que geraram essa praga ajuda a encontrar
maneiras de enfrentá-la

Medo, vergonha, raiva. Essas três reações, agravadas pela sensação generalizada de impotência, voltaram a assaltar os 11 milhões de habitantes de São Paulo na semana passada, quando a organização criminosa autodenominada Primeiro Comando da Capital – o PCC – desfechou a segunda onda de ataques em menos de dois meses, numa versão menos virulenta, mas igualmente assustadora, do "maio sangrento". Entre a madrugada de terça e a tarde de quinta-feira, registraram-se 68 ônibus incendiados, dezesseis agências bancárias atacadas por bomba, seis agentes de segurança e policiais, além de um civil, mortos por bandidos a serviço do "partido do crime", na designação de seus integrantes. De fato, o PCC – que surgiu em 1993, numa penitenciária do interior do estado – é hoje uma eficiente estrutura a serviço de todo tipo de delito previsto no Código Penal: de extorsão, seqüestro e tráfico a roubo a bancos e assassinato. As duas ondas de ataques expõem um paradoxo. Os cabeças da organização estão presos, o que demonstra a eficiência do trabalho policial. Querem, no entanto, ditar as condições em que cumprem suas penas e, ao fazê-lo com explosiva capacidade de comando e coordenação, comprovam que continuam a lançar um repto mortal à autoridade do Estado.
A escalada do crime organizado, que se irradia da capital para o interior e contamina outros estados, tem causas múltiplas e complexas, a começar pelos conhecidos problemas estruturais no campo econômico e social. Há, no entanto, fatores mais imediatos. A reportagem das páginas seguintes analisa os cinco pilares sobre os quais se ergue o poder da facção criminosa que hoje aterroriza São Paulo. São eles:

• a capacidade de organização do PCC;

• o comando das 144 unidades prisionais do estado;

• o conluio de advogados bandidos;

• as brechas na legislação penal;

• os erros na condução da política de segurança pública por parte das autoridades estaduais e federais.

Expostos em conjunto, esses fatores parecem aumentar a sensação de impotência. Mas, como se poderá ver na reportagem, é possível provocar abalos nesses pilares com medidas práticas imediatas ou de médio prazo – e a convicção de que a sociedade das pessoas de bem não se deixará sobrepujar pelo crime.
 
Cinco pilares do crime

1 O PCC TEM A FORÇA
A história mundial de repressores e reprimidos comprova uma verdade imutável: mesmo nas condições mais duras, os que estão do lado de dentro das grades têm a seu favor o fator tempo e a excepcional mobilização de recursos mentais e psicológicos propiciada pela luta mais fundamental pela sobrevivência. A isso, o grupo criminoso chamado Primeiro Comando da Capital (PCC) acrescentou uma capacidade operacional que turbinou seu raio de alcance nos últimos anos. De promotor de motins em presídios, tornou-se a mais bem estruturada organização criminosa do país, comandando atividades ilícitas dentro e fora das cadeias. O PCC domina o tráfico de drogas em São Paulo, ordena assassinatos, arquiteta seqüestros e assaltos a bancos e faz extorsões. No desdobramento mais recente, tenta intimidar as autoridades por meio de táticas terroristas cuja freqüência e intensidade aumentam continuamente. A última onda de assassinatos de agentes da lei e de ataques contra o patrimônio público e privado, na semana passada, tinha por objetivo impedir a transferência dos líderes da facção – especialmente Marcos Camacho, o Marcola – para a recém-inaugurada penitenciária de segurança máxima do governo federal, em Catanduvas, no Paraná. O PCC não é formado por gênios do crime, mas por bandidos que souberam tirar proveito do caldo de cultura das penitenciárias e, a partir daí, das falhas no sistema legal. Operam como um bando primitivo, com estrutura hierárquica rígida e núcleo decisório fechado. As ordens da cúpula são transmitidas, de dentro dos presídios, por criminosos conhecidos como "torres". Por meio deles, as instruções chegam a centenas de capatazes do PCC, os "pilotos", espalhados tanto dentro dos 144 presídios paulistas quanto nas ruas de boa parte das cidades do estado. Aos "pilotos" cabe fazer cumprir as ordens, em ambas as instâncias. No degrau mais baixo, estão os "bin ladens", viciados ou pequenos traficantes cujas dívidas de droga podem ser zeradas quando eles se incorporam aos ataques de maior risco. No interior de São Paulo, na semana passada, até meninos de bicicleta participaram de atos de vandalismo.

Paulo Liebert/AE
 
Marcos Camacho, o Marcola, chefão do PCC: controle centralizado e logística financeira impulsionam o crescimento do "partido do crime" 

Além da estrutura verticalizada, o PCC também se organizou como uma empresa, com tesouraria, almoxarifado, setor de crédito e departamento de pessoal. VEJA teve acesso a documentos em poder da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, reproduzidos em parte nestas páginas, que mostram como a arrecadação de recursos (por meio de extorsão a presos, seqüestros e outros crimes) e os gastos da organização são controlados detalhadamente. De acordo com a polícia, quem está preso paga uma mensalidade de 50 reais, em troca de proteção. Criminosos em liberdade contribuem com 1.000 reais (o valor, que era de 750 reais, foi reajustado na semana passada). Além de pagar a "mesada" dos chefões presos, o dinheiro é investido na compra de drogas, armas, aluguel de carros e pagamento de advogados. O PCC também montou uma "cooperativa de crédito" que financia as "operações pessoais" de seus membros com empréstimos de até 118.000 reais.

A estrutura verticalizada dá ao PCC vantagens competitivas em relação a outras facções criminosas conhecidas, como o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro. Segundo o pesquisador Adriano Oliveira, do Núcleo de Estudo de Instituições Coercitivas, da Universidade Federal de Pernambuco, a centralização favorece a tomada de decisões e fortalece o senso de unidade em torno das lideranças do PCC. "No Rio, o Comando Vermelho disputa o poder com várias facções. Por isso, as lideranças não permanecem muito tempo no comando, como ocorre em São Paulo", diz Oliveira. Para o sociólogo Ignacio Cano, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a diversificação de atividades favorece o PCC em comparação com os grupos cariocas, mergulhados numa eterna disputa territorial para sobreviver: "As quadrilhas do Rio precisam disputar áreas de atuação porque sua sustentação principal é o tráfico de drogas, que tem por base o controle de pontos-de-venda. Em São Paulo, o crime organizado atua em várias atividades ao mesmo tempo".

A tecnologia de comunicações também joga a favor do PCC. Graças aos celulares, que proliferam como praga nas cadeias paulistas, os bandidos realizam diariamente dezenas de teleconferências para transmitir recados, fazer ameaças e distribuir tarefas. Depois dos ataques de maio, a Secretaria de Segurança de São Paulo aumentou o número de escutas em telefones de membros do PCC. VEJA teve acesso a parte desse material. Os diálogos (veja o quadro ao lado) demonstram a assustadora mecânica desenvolvida pelo grupo. Na preparação de um dos ataques, um integrante do PCC repassa ordens da cúpula a um "piloto" que está fora da cadeia. O objetivo é matar agentes penitenciários. A ordem é direta: "É para fazer de cinco a quinze agentes, irmão".

O trabalho de monitoramento telefônico feito pela Secretaria de Segurança revela minúcias da logística do PCC. O bando aluga imóveis para abrigar criminosos procurados pela polícia. Um dos casos mais recentes é o de Emivaldo Silva Santos, o "BH". Ele era um dos líderes do PCC na região metropolitana de São Paulo. Atuava fora da cadeia, nas áreas de tráfico de drogas e assaltos. Depois dos ataques do "maio sangrento", BH teve de se esconder da polícia. O bando alugou para ele uma casa no município de Mongaguá, no Litoral Sul de São Paulo. O criminoso passou dois meses escondido no local e foi preso na semana passada, numa estrada a caminho de São Paulo. Acredita-se que ele iria reforçar o comando da segunda onda dos ataques em massa. Esse, pelo menos, não teve sucesso.

O QUE PODE SER FEITO

• Isolar os líderes das facções em presídios distantes dos seus estados. A estratégia funcionou com Fernandinho Beira-Mar, o principal traficante do Rio de Janeiro, que encolheu depois de ser transferido de Bangu 1.

• Asfixiar financeiramente o PCC, rastreando contas bancárias e "laranjas" e solapando fontes de renda vitais, como os pontos-de-venda de drogas

• Usar continuamente meios de inteligência como escutas telefônicas e agentes infiltrados nas facções. Foi assim que a Itália desbaratou a ação da Máfia
 
Folha Dirigida  -  Educação  -  pg. 17  -   18/7
Abandono
 
Enquanto isso, a Uerj prossegue em sua sina de receber reduzidos recursos do governo estadual. Um exemplo claro é o Núcleo Perinatal do Hospital Pedro Ernesto, inaugurado no dia 2 de junho por determinação da Juíza Ivone Ferreira Caetano, da Vara da Infância e da Juventude.
 
Folha Dirigida  -  Educação  -  pg. 03  -   18/7
Uerj: retificações dos cartões até quinta
 
A coordenação do vestibular Estadual 2007 já está recebendo os pedidos de segunda via ou retificação do Cartão de Confirmação de Inscrição (CCI) no primeiro exame de qualificação. Aqueles que não receberam o documento ou receberam com alguma informação errada devem pedir segunda via ou retificação.

O cartão é fundamental para a realização da prova, pois, além de ser exigido no dia do exame, é por meio dele que os inscritos ficam sabendo onde farão a prova.

O prazo para o pedido de segunda via ou retificação vai até esta quinta-feira, dia 20 de julho. O atendimento acontece, das 10 às 17 horas, no Balcão do Vestibular da Uerj, no Pavilhão João Lyra Filho - térreo, e na Uenf, no Prédio P5 – térreo sala Comvest. Porém, o pedido de segunda via do cartão também pode ser feito pelo site do vestibular www.vestibular.uerj.br.

A prova está marcada para o dia 6 de agosto. O exame apresentará 60 questões de múltipla escolha sobre as áreas de conhecimento que são: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias.

O resultado do primeiro exame de qualificação será divulgado no dia 14 de agosto. Para ser aprovado é preciso acertar mais de 40% das questões.

Apenas os aprovados no exame de qualificação poderão se inscrever para a segunda fase do concurso, que é composta pelas provas discursivas específicas por grupo de carreira.

Segundo exame de qualificação - O resultado dos pedidos de isenção para o segundo exame de qualificação, marcado para o dia 8 de outubro, será divulgado no dia 7 de agosto. A inscrição para esta prova acontecerá entre os dias 9 e 21 agosto. O calendário da segunda fase do concurso, composta pelas provas discursivas ainda não foi divulgado. A única data confirmada da segunda etapa é a da prova que acontecerá no dia 10 de dezembro.
 
Jornal do Brasil  -  Coisas do Rio/Fred Suter  -  pg. A09  -   18/7
Comemoração
 
Hoje se comemora os 20 anos de implantação da primeira Delegacia Especializa de Atendimento à Mulher no Rio de Janeiro.
A data será celebrada com um seminário que terá convidados como a secretária especial de Políticas para as Mulheres, ministra Nicéa Freire; o secretário de Estado de Segurança Pública do Rio, Roberto Precioso; e o secretário de Justiça e de Defesa do Consumidor, Sergio Zveiter.
Rosinha Garotinho prometeu aparecer por lá.

O Globo  -  Megazine  -  pg. 16  -   18/7
Curso para suar a camisa
Ediane Merola

Uma boa notícia para os estudantes que suam a camisa para entrar no curso de educação física: a UFF acaba de incluir a carreira em seu vestibular 2007, com uma oferta de 40 vagas para licenciatura (20 por semestre). As aulas serão no turno da manhã.

Waldyr Lins de Castro, chefe do departamento de educação física da UFF, conta que a universidade já oferecia pós-graduação na área. O curso é bastante procurado por professores da rede pública que, segundo Waldyr, reclamam da falta de graduação voltada para a docência em educação física:

— A licenciatura não é um curso para quem quer trabalhar em academias, clubes. É para formar exclusivamente professores para escolas. O aluno terá aulas de fisiologia, anatomia, biodinâmica, mas a ênfase será em sociologia, filosofia, psicologia.

Segundo as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de educação física, a partir deste ano a licenciatura na área formará profissionais exclusivamente para escolas de educação infantil e dos ensinos fundamental e médio. Quem faz esta licenciatura também pode planejar, coordenar e supervisionar atividades pedagógicas em escolas.

— No nosso curso, vamos apostar em algo diferente. Os alunos vão aprender a prática e a teoria de esportes como futebol, vôlei, basquete e handebol, que são os mais praticados nas escolas, mas vamos priorizar outras modalidades, como peteca, frescobol, skate, malabarismo. São atividades que valorizam mais o movimento do corpo e menos a performance do atleta — explica Waldyr.

No vestibular da UFF, os candidatos à licenciatura em educação física farão provas específicas de português e história, além de redação.

— É para valorizar mais a formação humana do estudante — conta o professor.

O curso de educação física já é oferecido na Rural, na UFRJ e na Uerj. Na UFRJ há vagas para bacharelado e licenciatura. Na Rural, apenas a licenciatura, que fica entre os dez cursos mais concorridos da universidade, com cerca de oito candidatos por vaga. O bacharel em educação física pode trabalhar em clubes, academias, hotéis, associações recreativas, empresas. O objetivo deste profissional é atuar no planejamento, orientação e                        avaliação de programas de atividades físicas e de saúde.

O Globo  -  Megazine  -  pg. 15  -   18/7
Novo teste para o Enem
 
Os inscritos no Enem têm, a partir de hoje, nova chance de treinar para o teste do MEC. Está disponível no Globo Online <
http://oglobo.globo.com/especiais/simulados> a segunda prova dos Simulados Megazine, preparatória para o exame, que acontece dia 27 de agosto.

Os interessados no treinamento têm até segunda-feira, dia 24, para entrar no site, preencher o cadastro gratuitamente, receber a senha de acesso e começar a praticar. A prova, preparatória para o Enem, é composta de 42 questões de múltipla escolha. Todos os testes do simulado são feitos por uma equipe de professores do Colégio GPI.

Os participantes terão duas horas e meia para fazer o simulado. Um cronômetro, que não pode ser parado, indica o tempo disponível. É possível baixar a prova e fazer as questões sem o computador estar conectado à internet. Porém, antes de se desconectar, é preciso confirmar se o teste está completamente visível na tela. O cronômetro continuará marcando o tempo.

Assim que terminar a prova, o estudante receberá um e-mail com seu resultado individual. Além disso, poderá imprimir um certificado de participação no teste. A tecnologia usada nos Simulados Megazine é do Colégio 24 Horas.

O próximo treinamento para o Enem será entre os dias 8 e 14 de agosto. Serão realizadas ainda três provas preparatórias para os vestibulares, entre os dias 5 e 11 de setembro; de 3 a 9 de outubro e de 31 de outubro a 6 de novembro.

O Globo  -  Megazine  -  pg. 08  -   18/7
Patriotismo por decreto
Ediane Merola

Durante a Copa, muita gente reclamava que nem a primeira parte do Hino Nacional era tocada completa antes dos jogos. Mas, diante de uma lei estadual, sancionada mês passado, que obriga todas as escolas públicas e particulares a executarem o hino duas vezes por semana, a reação não foi tão cívica: pesquisa feita pelo Laboratório UniCarioca de Pesquisas Aplicadas, a pedido da Megazine, mostra que 57% dos alunos de ensino médio  não aprovam a idéia, seja porque acham que vai ser chato participar da cerimônia (13,84%) ou porque acreditam que “não é assim que se desperta o amor pela pátria” (43,34%). Outros 16,71% acham que a lei "não vai pegar”.
                 
Criada pela deputada estadual Alice Tamborindeguy, a lei determina que as escolas não só executem o Hino Nacional duas vezes por semana ( às segundas e sextas-feiras), como façam o hasteamento das bandeiras do Brasil, do Estado do Rio e do seu município. O objetivo, segundo a autora, é valorizar e identificar os símbolos da pátria. Dos estudantes entrevistados na pesquisa, somente 26,11% concordam com essa idéia e acham importante cantar o hino. O levantamento mostrou ainda que 48,56% dos entrevistados não cantam o hino no colégio.

No Colégio Marista São José, por exemplo, muitos alunos acham que a lei pode criar uma falsa imagem de que os estudantes são patriotas. Lá, os alunos de todas as   séries já costumam cantar o hino uma vez por semana, às 7h, dentro da sala de aula.
                    
— O sentimento de patriotismo nunca será instituído por uma lei — diz André Travassos, do 1 ano do ensino médio.

— Manoela Braga, do 3 ano do São José, concorda com André, mas acha importante, sim, a criação de leis que incentivem o interesse pelos símbolos nacionais:

— A escola tem que ajudar a formar o cidadão.

Em 1942, o então presidente Getúlio Vargas também determinou que as escolas tocassem o Hino Nacional semanalmente. Para o historiador Marco Morel, a nova lei    estadual parece ter o mesmo objetivo de Vargas: criar um sentimento nacionalista nos estudantes. Marco ressalta, porém, que impor o hino é uma medida irracional.

— Os governos não devem impor os símbolos. O sentimento nacional é resultado de uma pátria livre e igual para todos, com educação, saúde, cidadania. Se recebe isso, o  jovem cresce patriota — diz Marco, que é professor da Uerj.

Por enquanto, não há previsão de punição para as escolas que não cumprirem a lei. No Colégio Pedro II, apenas os alunos do ensino fundamental cantam o Hino Nacional, uma vez por semana, mas a direção diz que está se organizando para atender à lei. Entre os alunos do 3 ano do ensino médio do Pedro II, a maioria não canta o hino inteiro desde a formatura da 8 série. Mas muitos ouviram-no durante a Copa do Mundo. Segundo a pesquisa, 47,5% dos entrevistados também cantaram o hino pela última vez assistindo a jogo da seleção ou a outra competição esportiva. E 33,89% o fizeram numa cerimônia  na escola.

— Acho que só na Copa as pessoas cantam mais o hino.

Acho boa essa lei, mas cantar duas vezes por semana é um pouco demais — conta Camila do Carmo, aluna do Pedro II.

No Liceu Franco-Brasileiro, a orientadora educacional Kátia Abrantes Teixeira terá que reorganizar sua grade de horários para executar o hino duas vezes por semana. Atualmente, a escola canta os hinos do Brasil e da França, sempre na última quinta-feira do mês, às 7h15m.

— A lei não só obriga a tocar duas vezes por semana, como determina o dia. É ruim. Cantamos o hino na presença do professor de música, que rege os alunos.  Leva uns 20 minutos até formar as turmas no pátio, cantar os hinos, voltar para a sala.

Mariana Vitali, aluna do 2 ano do ensino médio do Franco-Brasileiro, acha que a lei deveria valer apenas para crianças:

— Aprendi a cantar o hino quando era pequena, na escola. É importante ensinar a letra. Mas em geral as pessoas só decoram e pronto.

Para o historiador Geraldo Beauclair Mendes de Oliveira, da UFF, a lei deveria dar mais flexibilidade às escolas:

— Não sei se em outros países há leis desse tipo, mas já vi estudantes cantando hino e jurando bandeira na França, nos Estados Unidos. Não acho totalmente descabido. Mas cantar uma vez por semana talvez fosse mais eficiente.

‘Uma letra erudita’

“Não sei o significado de algumas palavras, como flâmula, fúlgido, brado”
Marcello Oliveira, estudante 

“Tem gente que canta sem saber o que está falando”
Diogo Obeid, estudante

“A letra do Hino Nacional é extremamente erudita”        
Aluízio Alves Filho, cientista político

Se fizer uma enquete entre seus amigos, a maioria vai dizer que sabe cantar o Hino Nacional. Entre os estudantes entrevistados pela equipe do Laboratório UniCarioca de Pesquisas Aplicadas, por exemplo,77,02% afirmam que sim. Mas será que todos sabem a música ao pé da letra?

Aluno do Colégio estadual Souza Aguiar, Marcello Oliveira admite que não sabe cantar o hino inteiro. Ele tropeça quando começa a segunda parte da música.

— Só sei direito a primeira estrofe. Além disso, não sei o significado de algumas palavras, como flâmula, fúlgido, brado — admite Marcello, que lembra da última vez que ouviu o Hino Nacional inteiro. — Acho que foi ano passado, aqui na escola mesmo. Eles tocaram dias depois que os alunos fizeram a maior bagunça durante um apagão. Acho que foi castigo.

No Souza Aguiar, as turmas não cantam o hino semanalmente, somente em solenidades da escola. Para o cientista político Aluízio Alves Filho, da UFRJ, o Hino Nacional tem uma letra bastante rebuscada e se refere a fatos históricos que a maioria das pessoas não entende.  Dos entrevistados na pesquisa, 88,04% sabem, pelo menos, que as primeiras estrofes estão relacionadas à Independência do Brasil de Portugal.

— O hino é um bom incentivo para quem quer aprender história. A lei deveria servir para isso. Por outro lado, a letra do Hino Nacional é extremamente erudita, com palavras que não fazem parte do cotidiano dos jovens — diz Aluízio, que estuda o pensamento social e político nacional.

No Colégio São José, onde os alunos cantam o hino uma vez por semana (em dias alternados para que todos os professores participem da solenidade), os estudantes conhecem a letra inteira. Eles até botam uma preposição errada na quarta estrofe, mas nada que altere a canção.

— Tem gente que canta sem saber o que está falando. Na 6 série tivemos aula de música, aprendemos a letra, o que significa cada fato histórico — diz Diogo Obeid, do 1 ano do ensino médio do São José.

Mesmo habituados a cantar o Hino Nacional, os alunos do Liceu Franco-Brasileiro confessam que às vezes tropeçam na letra.

— O "Brasil de amor eterno seja símbolo" é confundido com a letra da primeira parte. Nessa hora muita gente baixa o tom, espera alguém puxar mais forte e canta junto. É até engraçado — diz Akemi Aoki, do 2 ano do ensino médio.

Folha Universal On line  -  Especial  -  pg. 16  -   18/7
Governadora corta verba
Da Redação

Rosinha não economizou em publicidade e faz cortes na saúde e segurança pública

A população do Rio de Janeiro tem sido vítima do descaso da administração Garotinho. Áreas prioritárias como Saúde e Segurança estão sendo relegadas a segundo plano. A governadora privilegiou gastos com propaganda – R$ 60 milhões –, responsável pela promoção de sua imagem pessoal.

Quem paga a conta?
 
A poucos meses das eleições de outubro, o governo do Estado do Rio de Janeiro deu início a um questionável remanejamento de verbas do orçamento, provocando uma drástica redução de gastos em setores como Saúde. Uma das prioridades da alocação de recursos passou a ser a Comunicação Social, responsável pela publicidade da governadora Rosinha Garotinho: o setor ganhou mais R$ 35,8 milhões, totalizando R$ 60 milhões. Em contrapartida, hospitais e segurança pública – duas das mais precárias áreas de atuação da administração estadual – não tiveram a mesma sorte.

Na Saúde, a falta de investimentos impede o funcionamento da Maternidade do Hospital Pedro Ernesto, com 126 leitos, que permanece vazia, um mês após a inauguração oficial, ocorrida apenas para fazer valer uma decisão judicial. Paralelamente, duas mães deram à luz em casa porque não conseguiram ser internadas no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande. As portas da emergência da unidade, assim como as dos hospitais Pedro II, em Santa Cruz, e Albert Schweitzer, em Realengo, todos na zona oeste, paralisaram temporariamente as atividades por falta de ortopedistas.

A redução de gastos do governo estadual também prejudica o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que não funciona por falta de manutenção das ambulâncias. A área de Segurança Pública ficou com menos R$77 milhões. Nem celulares de serviço de delegados e inspetores da Polícia Civil foram poupados. Repartições públicas ficaram às escuras por falta de pagamento das contas de energia elétrica. As verbas de custeio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) sofreram redução de 25%.

Embora a lei autorize a governadora a alterar o orçamento, há recursos sendo aplicados em comunicação, por exemplo, em detrimento de direitos da cidadania, área que perdeu R$20,6 milhões. Os dados constam do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem).

Saúde: reprovação acima de 90%

“Nunca estive em um campo de guerra, mas não pode ser pior do que essa emergência”. O desabafo de uma médica reflete bem o cenário atual da área de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. A profissional não escondia o motivo de suas lágrimas ao fazer o desabafo à imprensa: a necessidade de ter que optar, entre dezenas de pacientes, o que salvar primeiro.

Esta situação foi registrada no Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste, onde duas pessoas dividiam o mesmo leito na Unidade de Pacientes Graves. Mas cenas como esta, de abandono, não são raras na rede estadual de saúde. O empenho de médicos e enfermeiros, inclusive prestando atendimentos de emergência em corredores, tem sido fundamental para salvar vidas em meio à precariedade.

A população do Rio tem manifestado sua revolta com a situação. Em recente pesquisa realizada através da internet, 91,26% das pessoas reprovaram o tipo de atendimento que já receberam nos hospitais estaduais. Destas, a maioria – 72% – deu nota 1 ao serviço, numa escala de zero a 10.

Alerj comprova o problema

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em vistoria a vários hospitais, constatou diversas irregularidades, motivo pelo qual pediu a intervenção federal na rede pública de saúde. No Albert Schweitzer, por exemplo, em Realengo, os deputados sentiram falta de um Centro de Tratamento Intensivo (CTI), o que estaria aumentando o número de mortes entre os pacientes
da emergência.

Mas o campeão em falecimentos é o Getúlio Vargas, na Penha, na zona norte. Lá, a taxa de mortalidade é seis vezes maior do que a média nacional. Os dados relativos ao ano passado são impressionantes. De cada dez pessoas internadas na unidade, entre janeiro e maio de 2005, pelo menos uma não saiu viva.

Os hospitais estaduais do Rio de Janeiro precisam de profissionais, leitos, aparelhos e medicamentos, inclusive para atender pacientes portadores de doenças graves. Em busca de atendimento urgente, muitos estão recorrendo à Justiça e, em meio à burocracia, morrendo à míngua, sem tratamento.

Geografia do medo

Nos últimos anos, o Estado do Rio de Janeiro vive um clima de guerra urbana. A situação vem se agravando, principalmente, porque o governo desvia investimentos para a área de comunicação. A meta é fazer propaganda de realizações (algumas discutíveis), deixando de lado investimentos prioritários na área de Segurança Pública. O retrato são viaturas em péssimo estado de conservação, armamentos ultrapassados para o enfrentamento com o crime organizado e policiais mal remunerados. Essa realidade tem sido noticiada na imprensa, diariamente, ressaltando o uso indevido de verbas para promover a imagem da governadora Rosinha Garotinho.

De acordo com números do próprio Instituto de Segurança Pública (ISP), um órgão do governo estadual, nos três primeiros meses de 2006 foram registrados 10.267 assaltos a transeuntes, com uma média de 114 casos por dia. Esses números representam um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2005 (7.836 assaltos). Essa estatística é elaborada mensalmente e foi criada para orientar as políticas de combate à criminalidade. Os números, no entanto, revelam que as medidas adotadas e os investimentos feitos não provocaram resultados positivos.

Só para ter uma idéia, nos últimos seis anos, segundo uma pesquis a da Universidade Cândido Mendes, 21 pessoas foram assaltadas por dia nas ruas da zona norte da capital fluminense. O mesmo estudo revelou que cresceu em 113,7% o número de assaltos a transeuntes na região (ataques a pedestres e motoristas, quando o carro não é roubado). O trecho inclui as áreas sob a responsabilidade das delegacias dos bairros Grajaú, Tijuca, Praça da Bandeira, Méier, Piedade, Engenho Novo, Encantado, São Cristóvão e Ilha do Governador. De sete tipos de crimes pesquisados em Niterói, seis registraram aumento no ano passado em relação a 2000, em Niterói. O número de assaltos a transeuntes foi o que mais subiu: 79%. Também foram registrados aumentos em São Gonçalo e Maricá (na região dos Lagos). Na Baixada Fluminense, o número de furto de automóveis (sem o motorista presente) subiu 135% de 2000 a 2005; e o roubo a pedestres teve um aumento de 95%, no mesmo período. O município de Itaguaí liderou o ranking de assassinatos em 2005. Para cada cem mil habitantes, 82,6 pessoas são mortas. Cenas de arrastões na orla marítima prejudicam a imagem da capital fluminense no exterior e conseqüentemente afetam o turismo.
 
Isto É  -  cidadania  -  pg. 52  -   18/7
Nudistas versus suingueiros
Ricardo Miranda

Os adeptos do suingue enfrentam os naturistas pela praia de Abricó, no Rio de Janeiro
 
Praias costumam ser territórios livres de todas as tribos, mas uma indesejável invasão está agitando o mundo nudista. Abricó é uma belíssima praia entre as montanhas e o mar no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. É o orgulho dos naturistas cariocas por ser sua única reserva nos limites urbanos da cidade, reconhecida após dez anos de luta na Justiça. Códigos de conduta rigorosos e até seguranças particulares – devidamente despidos – garantem a privacidade contra olhares curiosos. A última ameaça contra o reduto, porém, vem de onde menos se esperava: de gente ainda mais desinibida. Praticantes de suingue, a troca de casais, têm demarcado seu espaço nas areias de Abricó, indo até as últimas consequências na realização de suas fantasias. Este ano, vários casais foram expulsos pelos naturistas, que chamam a polícia quando seus colegas sem-rou



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