Reproduzimos matéria publicada no UERJ EM DIA. Noticias - Edição de 29 de Junho a 07 de Julho de 2006 - Ano X - No 385 Desde que entrou no Brasil, na década de 1990, passando por sua explosão de vendas em 1997, o telefone celular vem modificando o comportamento dos usuários e as relações interpessoais, preenchendo uma lacuna deixada pelo “Plano de Expansão da Telefonia Fixa” até 1993. O papel do celular, portanto, foi ocupar uma demanda que existia e era reprimida frente às dificuldades das tecnologias da época. Promoção da Inclusão Digital Nicolau Maranini, professor adjunto da Faculdade de Comunicação Social, considera o aparelho como uma “ponta de ligação entre as pessoas e o mundo” e acrescenta a “facilidade em se encontrar pessoas”, como um aspecto relevante. Os usuários comprovam a comodidade e o conforto proporcionados pelo telefone móvel. Caroline Lucena, de 23 anos, estudante do 3º período de Letras da Uerj, diz que é viciada em seu celular. “Mando torpedo para todo mundo e é ótimo porque economiza meu tempo. Durmo com ele porque também é meu despertador”. Desvantagens e Dependência Mas esta relação de dependência traz diversos malefícios aos usuários. É o que ressalta Nicolau Maranini. "As pessoas ficam com uma dependência tecnológica muito grande, presas a um aparelho. Isto é preocupante na questão do desenvolvimento pessoal", explica o professor. Outro aspecto negativo seria o da presença constante das atividades profissionais que muitas vezes o aparelho representa. Heloisa Helena Ayres, que também é especialista em Psicologia do Trabalho, diz que "dependendo do uso do telefone móvel, podemos verificar um estímulo a uma cultura do “workaholic”, em que a casa é apenas a continuidade do escritório. O indivíduo está ligado ao trabalho onde quer que vá, mesmo em férias. O tempo livre e o descanso são considerados desperdício, o que traz conseqüências na saúde do trabalhador, tais como cansaço, stress e até úlcera", esclarece. As discussões sobre as vantagens e desvantagens do aparelho dependem de análises do próprio usuário. “Classificá-las como vantagens ou danos dependerá do próprio uso, da reflexão crítica de tais tecnologias para construção de uma sociedade democrática e humanitária”, explica Heloísa Helena. Luiz Biondi e Carlos Alberto |
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