Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ. Extra - Info - pg. 03 - 6/7 Cada vez mais a internet vem sendo adotada como ferramenta de educação superior a distãncia Já dizia o velho ditado: "Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé". E numa livre adaptação, se o aluno não vai à universidade, a universidade vai ao aluno. Desde a regulamentação do ensino a distância no Brasil, em 1998 (pelo Decreto 2.494, depois revogado e substituído pelo Decreto 5.622, de 2005), as instituições de ensino superior têm investido em cursos fora das salas de aula formais. E nos últimos anos, uma moderna ferramenta vem revolucionando a metodologia do ensino não presencial. Cada vez mais, a internet reduz as distâncias e permite uma melhor integração entre alunos, professores e tutores. No estado do Rio, os alunos do Cederj (consórcio de educação a distância que reúne UFRJ, Uerj, UniRio, UFF, Universidade Rural e Uenf) têm no site da instituição uma plataforma onde participam de fóruns de discussão e chats sobre as disciplinas, além de manter contato constante com professores. Sem falar nas aulas complementares multimídia, onde experimentam sons e imagens relativos às lições aprendidas nas aulas impressas. Trata-se do e-learning aprendizado eletrônico. Troca de experiências MEC aposta no uso crescente da web - Embora ainda não considere a internet uma ferramenta típica de educação a distância no Brasil - onde boa parte da população é carente e não dispõe de computador - o Ministério da Educação reconhece o potencial deste recurso. E a previsão é de que, no futuro, todos os cursos do gênero venham a utilizá-lo. - A maioria dos cursos a distância no país ainda usa os métodos tradicionais da aula escrita ou pela TV, como é o caso do Telecurso da Fundação Roberto Marinho. Mas o potencial de expansão da web é grande e, futuramente, todas as iniciativas deverão utilizá-la - avalia o diretor de políticas em educação a distância do MEC, Hélio Chaves. Processo progressivo Mas o uso não é generalizado. De acordo com a coordenadora, alunos de pedagogia - voltada ao ensino de séries iniciais - são os que menos utilizam a web. E que este curso, explica Masako, concentra estudantes com menor poder aquisitivo, conforme se percebe pelos questionários socioeconômicos preenchidos no ingresso. Desta forma, eles têm pouca familiaridade com compuntadores e internet. Órgão do governo estadual, o Cederj tem, em seu quinto ano de vida, 12,5 mil alunos. Em maio, houve a formatura da primeira turma do consórcio, a de graduação matemática pela UFF. No último vestibular, no fim de semana passado, foram oferecidas mais 2.476 vagas em seis cursos distribuídos pelos 20 pólos ou postos em todo o estado. Segundo o estudante, a proposta do diretório é que as atividades se intensifiquem. "Queremos montar todo um calendário de atividades. Não podemos deixar que se perca a unidade que conseguimos na paralisação deste ano". Com relação à volta às aulas, o aluno mostra confiança. "As atividades pouco a pouco estão voltando ao normal. É natural, pois temos um histórico de repor as aulas perdidas normalmente. Na próxima sexta-feira, dia 7, o Conselho de Ensino e Pesquisa da Uerj se reúne para discutir o assunto", explica. Bruno Miranda, também do DCE, diz que a única dificuldade para montar o calendário é a diversidade de cursos, que funcionam de maneira diferente. "Há muita diferença de curso para curso e também entre os períodos", explica. A assembléia dos alunos também fará um balanço da paralisação, que durou quase três meses. "Há muito não se via uma união tão grande aqui dentro. Fora isso, a greve conseguiu publicizar nossa crise e os sindicatos colocaram a boca no trombone, denunciando as irregularidades cometidas por este governo", comemora Guilherme. A greve da Uerj terminou sem que algumas das principais reivindicações de professores e técnicos-administrativos fossem atendidas. O reajuste salarial de docentes e técnicos-administrativos continua sendo uma promessa distante. Já o Plano de Cargos e Carreira (PCC) dos técnicos, aprovado na semana passada pela Alerj, desagradou a categoria pelas mudanças introduzidas pelo Poder Executivo no texto. Com isso, os sindicatos acreditam que prolongar a paralisação só traria prejuízo para a instituição, e resolveram começar a apelar para o próximo governador do estado, já que a atual governante, Rosinha Garotinho, deixa o cargo no final do ano. "Continuaremos lutando para estabelecer um canal de diálogo, mas não podemos continuar em greve indefinidamente. Estamos buscando um canal com os candidatos ao governo para que o próximo a assumir o tenha um compromisso com a Uerj", afirma Denise Brasil, vice-presidente da Associação de Docentes (Asduerj). Perciliana Rodrigues, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj), também acredita que não há mais possibilidade de negociar com a governadora. "Nossa meta é continuar com a mobilização. Nossa greve terminou, mas as condições da universidade permanecem as mesmas", avisa Perciliana. Na próxima semana, o sindicato organiza novas atividades, juntamente com estudantes e professores. Na terça-feira, dia 11, o Sintuperj realiza uma assembléia. Na quarta-feira, dia 12, será realizado o "Uerj na Praça", com atendimento à população. No mesmo dia, na concha acústica do campus Maracanã, os sindicatos realizam um novo ato-show em defesa da Uerj. Os documentos deverão ser postados como carta registrada, e encaminhados ao Departamento de Seleção Acadêmica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Dsea/Uerj), Rua São Francisco Xavier, nº 524, Pavilhão João Lyra Filho, bloco F, 1º andar, sala 1141, Maracanã, Rio de Janeiro, CEP 20500-013. Isso deverá ser feito pelos Correios, até a segunda-feira, dia 10 de julho. Cartas postadas após essa data serão desconsideradas pela coordenação. Para os cursos pré-vestibulares populares, comunitários ou similares, devidamente cadastrados na Uerj o procedimento é diferenciado. Os responsáveis pelos cursos deverão entregar a documentação dos alunos que não obtiveram isenção do pagamento da taxa de inscrição no 1º Exame de Qualificação, até o dia 7 de julho, no Setor de Atendimento do Dsea. Os candidatos que conseguiram isenção no primeiro exame têm o benefício garantido para a prova de outubro. A exceção é para quem conseguiu o benefício, mas não confirmou a inscrição. "Estes não precisam pedir novamente, pois não terão direito. Já aqueles que fizeram o pedido e não foram atendidos, devem tentar novamente, pois podem ser beneficiados", explicou a diretora do Departamento de Seleção Acadêmica da Uerj, Elizabeth Murad. O resultado da solicitação será divulgado no dia 7 de agosto. Os isentos deverão se inscrever para o segundo exame de qualificação entre os dias 15 e 21 de agosto. Para o primeiro exame de qualificação, 13.949 candidatos foram beneficiados com a isenção. O segundo exame de qualificação está marcado para o dia 8 de outubro. A inscrição para esta prova será realizada entre os dias 9 e 22 de agosto. Os candidatos terão entre os dias 9 e 21 de agosto para preencher o kit de inscrição e pagar a taxa de inscrição e até o dia 22 para enviar a documentação via Correios, ao Dsea. O vestibular Estadual reúne as universidade do estado (Uerj e Uenf) e as Academias Militares de Polícia e de Bombeiros. Na inscrição para a primeira fase do concurso, composta pelos exames de qualificação, os candidatos não precisam fazer a opção pela carreira ou pela instituição para a qual desejam se inscrever. Isso só acontece na inscrição para a segunda fase do concurso, composta pelas provas discursivas específicas por grupo de carreira. Entrevista: Nival Nunes de Almeida Ao caminhar pelos corredores e rampas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), repletos de estudantes que voltam às aulas depois de três meses em greve, o reitor Nival Nunes de Almeida parece prefeito de cidade pequena que acaba de ganhara eleição. Nival faz questão de trocar duas palavras e apertar a mão dos seguranças, abraçar os colegas professores e acenar para os alunos. Mesmo com o fim da paralisação, sabe que a crise na universidade continua. - Minha preocupação maior é em não atrasar os salários do pessoal da limpeza e da segurança, de empresas terceirizadas desabafa o reitor, que engordou oito quilos desde que assumiu o posto, em janeiro de 2004. Nival busca forças no amor pela profissão para não deixar o barco afundar de vez. Nas lacunas deixadas pelo governo, empenha-se para buscar recursos através de patrocínios. Mesmo com toda a carga de estresse, não desiste de tentar fazer uma universidade melhor. Recém-eleito presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Nival acredita no ensino público do Rio. Prova disso é onde matriculou a filha, hoje com 12 anos: Colégio de Aplicação da Uerj. O que a Uerj conquistou com a greve de três meses? Os docentes estão com salários congelados há cinco anos. Houve a conquista da reivindicação dos professores? O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, disse que não houve corte, mas que o orçamento aumentou. Isso aconteceu? Como está o recomeço? Então a crise continua... Há a ameça de Interrupção destes serviços? Como o senhor pretende solucionar os problemas? O senhor graduou-se em engenharia na Uerj em 1978. Qual a diferença entre a universidade em que o senhor estudou e a Uerj que administra? A radiografia da crise Equipamentos Segurança Infra-estrutura Após o resultado da equipe brasileira no campeonato mundial, é hora de retomar a vida e voltar a atenção para a conjuntura política. Os presidenciáveis apresentam a educação como parte de sua agenda principal. É certo que o caminho mais seguro para o desenvolvimento sustentável é o investimento em educação, mas deve-se fazer o mesmo em relação a ciência e tecnologia, que há muito se impuseram a todos os escopos político-ideológicos. Quando tratamos de inovação tecnológica, devemos ter em mente que a construção de um caminho eficiente integra duas dimensões complementares: a renovação da produção, mas também do processo produtivo. Assim, histórias de sucesso demonstram que é preciso envolver o Estado, com o estabelecimento de políticas de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico;a universidade e os centros de pesquisa; e o setor produtivo, com suas estratégias de incorporação de inovações. No Brasil, iniciativas como a Lei de Inovação podem ser um bom início no caminho do desenvolvimento científico-tecnológico e que passa necessariamente, por políticas de Estado. Estas devem ser capazes de criar as condições favoráveis ao surgimento de parques tecnológicos, incubadoras de empresas e empresas juniores, que mobilizam pesquisadores e estudantes. Reitor da Uerj O Dia - Saúde e Bem-Estar - pg. 14 - 6/7
A “elite burguesa”, que gasta seu dinheiro com os filhos em escolas privadas, com ensino de qualidade, para que ngressem em universidades públicas, tem agora que pagar o preço pela inépcia do governo em fornecer educação de base a todos, sejam negros ou brancos, para que estes disputem em igualdade de condições uma vaga na universidade? A “elite”, além de pagar anos de ensino fundamental que deveria ter sido ministrado pelo Estado, vai ter que assistir a seus filhos serem privados da educação superior de qualidade, mesmo sendo mais preparados? Chega de demagogia! Ser negro não é defeito. Defeito, para negros ou brancos ou qualquer raça, é ser incompetente. Eu nunca vi estas ONGs defenderem um estudo básico melhor para os pobres, nem controlar a natalidade de quem não poderia manter um filho e gera dez vidas. Mas neste país levar vantagem parece ter virado regra, e os incompetentes passam à rente de quem teve o azar de nascer branco. Eu já estou querendo ser negro para entrar nessa mamata. As cotas cumprem um papel prático: provocam a reflexão e retiram da inércia autoridades responsáveis pelo encaminhamento do problema. Por favor, não deixemos que os ideólogos do neo-racismo travem este passo importante — redentor da sociedade brasileira, neste caso, representados pelos afro-descendentes. As cotas deveriam ser sociais e não raciais, ou os pró-cotas acham que só o negro é impedido de chegar à universidade ou aos cargos públicos disputados por concurso? O negro que tem condições de se preparar alcança esses postos por mérito, assim como o branco. Quem não consegue esses objetivos é o brasileiro pobre, seja qual for a sua cor. Portanto, as cotas têm que ser para os pobres brancos, negros ou índios. BRASÍLIA e RIO. Intelectuais e políticos contrários ao projeto de cotas nas universidades federais e ao Estatuto da Igualdade Racial evitaram ontem rebater as críticas do diretor-executivo da Educafro, rede de cursos pré-vestibulares para negros e pobres, frei David dos Santos, mas reafirmaram sua posição contra a reserva de vagas. Na última semana, ambos os grupos entregaram no Congresso manifestos a favor e contra as propostas. Anteontem, no Congresso, frei David criticou os autores do manifesto contrário, dizendo trata-se de "intelectuais que se formaram com dinheiro público e querem continuar pisando no negro”. E acusou os críticos de estarem preocupados em evitar que negros beneficiados pelas cotas tirem vagas de seus filhos nas universidades federais. A pesquisadora Yvonne Maggie, professora de antropologiado Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, afirma que o debate é fundamental, mas não a polêmica: — A nossa carta é um alerta sobre essa engenharia social com base na raça. Este projeto de lei diz respeito a toda a sociedade, não só aos diretamente interessados. A iniciativa desses movimentos é importante, assim como o debate. Mas não podemos debater com quem tem acusações em vez de argumentos. Outro signatário, o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Simon Schwartzman, reiterou os argumentos do grupo sem entrar em polêmica: — O número de beneficiados é pequeno. Não sei em quanto tempo vai se conseguir melhorar a educação básica no Brasil. Mas, enquanto isso, não vai ser uma política de cotas que vai resolver. O deputado federal Alberto Goldman (PSDB-SP), candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de José Serra, discorda das posições de frei David, mas acha o debate positivo: — As declarações expressam um ponto de vista pessoal. Não concordo, mas é preciso mostrar o pensamento de cada setor. Acho que isso ajuda na definição mais correta para o país. Goldman é o autor do requerimento exigindo a votação em plenário na Câmara do projeto que reserva 50% das vagas nas niversidades federais para alunos da rede pública, prevendo subcota para negros e índios proporcional às populações em cada estado. De autoria do Ministério da Educação, o projeto foi aprovado por unanimidade nas Comissões de Educação, Direitos Humanos e Constituição e Justiça, de onde seguiria direto para o Senado. — O que está em jogo não é apenas a modificação de uma lei, mas a mudança do sentido de brasilidade. ROBERTA MANON DE PAULA SALES BORGES Jornal do Commercio - Rio de Janeiro - pg. A17 - 6/7 Inscrições para a segunda fase podem ser feitas pela internet A primeira fase do exame de qualificação do vestibular 2007 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi transferida para o dia 6 de agosto, devido à paralisação de três meses na instituição de ensino. As inscrições para a prova, que estava marcada para o dia 25 de junho, já terminaram e a nova data também é válida para o processo seletivo da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Ainda é possível se inscrever para a segunda etapa do exame, que será realizado no dia 8 de outubro. A inscrição pode ser feira via internet (www.vestibular.uerj.br), entre os dias 9 e 21 de agosto, ou então nas agências credenciadas do Banco Itaú, de 14 a 21 de agosto. O valor da taxa é de R$ 36, mas os estudantes que têm renda familiar até R$ 520 podem solicitar o pedido de isenção de pagamento até sexta-feira, também pelo site da UERJ. As datas para a chegada do cartão de confirmação de inscrição da primeira fase também foram alteradas. O prazo para o recebimento do documento é dos dias 13 a 17 de julho e os candidatos também terão acesso às informações pela internet. Os pedidos de segunda via e mudança de dados devem ser realizados entre os dias 18 e 20 deste mês. Luiz Biondi e Carlos Alberto |
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