Uerj - Notícias 27

Criada em 07/07/2006 18:20 por dirfen_biondi_ca | Marcadores: aluno fen func prof

Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ.

Extra  -  Info  -  pg. 03  -   6/7
Uma ajuda para o ensino
Elaine Duim

Cada vez mais a internet vem sendo adotada como ferramenta de educação superior a distãncia

Já dizia o velho ditado: "Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé". E numa livre adaptação, se o aluno não vai à universidade, a universidade vai ao aluno. Desde a regulamentação do ensino a distância no Brasil, em 1998 (pelo Decreto 2.494, depois revogado e substituído pelo Decreto 5.622, de 2005), as instituições de ensino superior têm investido em cursos fora das salas de aula formais. E nos últimos anos, uma moderna ferramenta vem revolucionando a metodologia do ensino não presencial. Cada vez mais, a internet reduz as distâncias e permite uma melhor integração entre alunos, professores e tutores.

No estado do Rio, os alunos do Cederj (consórcio de educação a distância que reúne UFRJ, Uerj, UniRio, UFF, Universidade Rural e Uenf) têm no site da instituição uma plataforma onde participam de fóruns de discussão e chats sobre as disciplinas, além de manter contato constante com professores. Sem falar nas aulas complementares multimídia, onde experimentam sons e imagens relativos às lições aprendidas nas aulas impressas. Trata-se do e-learning aprendizado eletrônico.

Troca de experiências
- A internet tem revolucionado os métodos do ensino a distância, porque é um recurso que aproxima o aluno do professor, possibilitando um contato diário. Sem contar que permite a interação entre os pólos, possibilitando, por exemplo, a troca de experiências entre estudantes de Angra dos Reis e de São Francisco de Itabapoana - diz a coordenadora de tutoria do Cederj, professora Masako Masuda.

MEC aposta no uso crescente da web

- Embora ainda não considere a internet uma ferramenta típica de educação a distância no Brasil - onde boa parte da população é carente e não dispõe de computador - o Ministério da Educação reconhece o potencial deste recurso. E a previsão é de que, no futuro, todos os cursos do gênero venham a utilizá-lo.

- A maioria dos cursos a distância no país ainda usa os métodos tradicionais da aula escrita ou pela TV, como é o caso do Telecurso da Fundação Roberto Marinho. Mas o potencial de expansão da web é grande e, futuramente, todas as iniciativas deverão utilizá-la - avalia o diretor de políticas em educação a distância do MEC, Hélio Chaves.

Processo progressivo
Entre os alunos do Cederj, segundo a professora Masako Masuda, o que se percebe é o aumento progressivo do uso da web ao passo em que o Curso vai avançando. No primeiro semestre, os estudantes recém-admitidos pouco utilizam a plataforma disponibilizada no portal do consórcio. Mas com o tempo, vão conhecendo seus recursos e passam a acessá-la com maior freqüência.

Mas o uso não é generalizado. De acordo com a coordenadora, alunos de pedagogia - voltada ao ensino de séries iniciais - são os que menos utilizam a web. E que este curso, explica Masako, concentra estudantes com menor poder aquisitivo, conforme se percebe pelos questionários socioeconômicos preenchidos no ingresso. Desta forma, eles têm pouca familiaridade  com compuntadores e internet.

Órgão do governo estadual, o Cederj tem, em seu quinto ano de vida, 12,5 mil alunos. Em maio, houve a formatura da primeira turma do consórcio, a de graduação matemática pela UFF. No último vestibular, no fim de semana passado, foram oferecidas mais 2.476 vagas em seis cursos distribuídos pelos 20 pólos ou postos em todo o estado.
 
Folha Dirigida  -  Ensino Superior  -  pg. 08  -   6/7
Alunos discutem reposição de aulas nesta quinta-feira
 
Coordenadores do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Uerj se reúnem nesta quinta-feira, dia 6, para discutir a greve na instituição e a reposição das aulas. Com o término da greve de professores e técnicos-administrativos, os estudantes voltaram às atividades normais na última segunda-feira, dia 3. A preocupação agora é com o calendário de reposição e com a continuidade da mobilização. "Podemos continuar mobilizados e buscando nossas reivindicações, estando ou não em greve", afirma Guilherme Pimentel, coordenador do DCE.

Segundo o estudante, a proposta do diretório é que as atividades se intensifiquem. "Queremos montar todo um calendário de atividades. Não podemos deixar que se perca a unidade que conseguimos na paralisação deste ano". Com relação à volta às aulas, o aluno mostra confiança. "As atividades pouco a pouco estão voltando ao normal. É natural, pois temos um histórico de repor as aulas perdidas normalmente. Na próxima sexta-feira, dia 7, o Conselho de Ensino e Pesquisa da Uerj se reúne para discutir o assunto", explica.

Bruno Miranda, também do DCE, diz que a única dificuldade para montar o calendário é a diversidade de cursos, que funcionam de maneira diferente. "Há muita diferença de curso para curso e também entre os períodos", explica. A assembléia dos alunos também fará um balanço da paralisação, que durou quase três meses. "Há muito não se via uma união tão grande aqui dentro. Fora isso, a greve conseguiu publicizar nossa crise e os sindicatos colocaram a boca no trombone, denunciando as irregularidades cometidas por este governo", comemora Guilherme.
 
Folha Dirigida  -  Ensino Superior  -  pg. 08  -   6/7
Crise da Uerj fica para o próximo governo
Bruno Garcia

A greve da Uerj terminou sem que algumas das principais reivindicações de professores e técnicos-administrativos fossem atendidas. O reajuste salarial de docentes e técnicos-administrativos continua sendo uma promessa distante. Já o Plano de Cargos e Carreira (PCC) dos técnicos, aprovado na semana passada pela Alerj, desagradou a categoria pelas mudanças introduzidas pelo Poder Executivo no texto. Com isso, os sindicatos acreditam que prolongar a paralisação só traria prejuízo para a instituição, e resolveram começar a apelar para o próximo governador do estado, já que a atual governante, Rosinha Garotinho, deixa o cargo no final do ano.

"Continuaremos lutando para estabelecer um canal de diálogo, mas não podemos continuar em greve indefinidamente. Estamos buscando um canal com os candidatos ao governo para que o próximo a assumir o tenha um compromisso com a Uerj", afirma Denise Brasil, vice-presidente da Associação de Docentes (Asduerj). Perciliana Rodrigues, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj), também acredita que não há mais possibilidade de negociar com a governadora.

"Nossa meta é continuar com a mobilização. Nossa greve terminou, mas as condições da universidade permanecem as mesmas", avisa Perciliana. Na próxima semana, o sindicato organiza novas atividades, juntamente com estudantes e professores. Na terça-feira, dia 11, o Sintuperj realiza uma assembléia. Na quarta-feira, dia 12, será realizado o "Uerj na Praça", com atendimento à população. No mesmo dia, na concha acústica do campus Maracanã, os sindicatos realizam um novo ato-show em defesa da Uerj.
 
Folha Dirigida  -  Educação  -  pg. 03  -   6/7
Uerj: prazo para isenções até dia 7
 
Termina nesta sexta-feira, dia 7, o prazo para solicitação de isenção da taxa de inscrição, de R$36, do segundo exame de qualificação. Em função da suspensão do calendário da primeira fase do vestibular Estadual 2007 por um mês e da elaboração de um novo cronograma para o concurso, o processo de solicitação de isenção da taxa de inscrição sofreu algumas alterações. Para o segundo exame de qualificação não haverá postos de atendimento e todos deverão se inscrever pela internet, através do site
www.vestibular.uerj.br.

Os documentos deverão ser postados como carta registrada, e encaminhados ao Departamento de Seleção Acadêmica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Dsea/Uerj), Rua São Francisco Xavier, nº 524, Pavilhão João Lyra Filho, bloco F, 1º andar, sala 1141, Maracanã, Rio de Janeiro, CEP 20500-013. Isso deverá ser feito pelos Correios, até a segunda-feira, dia 10 de julho. Cartas postadas após essa data serão desconsideradas pela coordenação.

Para os cursos pré-vestibulares populares, comunitários ou similares, devidamente cadastrados na Uerj o procedimento é diferenciado. Os responsáveis pelos cursos deverão entregar a documentação dos alunos que não obtiveram isenção do pagamento da taxa de inscrição no 1º Exame de Qualificação, até o dia 7 de julho, no Setor de Atendimento do Dsea.

Os candidatos que conseguiram isenção no primeiro exame têm o benefício garantido para a prova de outubro. A exceção é para quem conseguiu o benefício, mas não confirmou a inscrição. "Estes não precisam pedir novamente, pois não terão direito. Já aqueles que fizeram o pedido e não foram atendidos, devem tentar novamente, pois podem ser beneficiados", explicou a diretora do Departamento de Seleção Acadêmica da Uerj, Elizabeth Murad.

O resultado da solicitação será divulgado no dia 7 de agosto. Os isentos deverão se inscrever para o segundo exame de qualificação entre os dias 15 e 21 de agosto. Para o primeiro exame de qualificação, 13.949 candidatos foram beneficiados com a isenção.

O segundo exame de qualificação está marcado para o dia 8 de outubro. A inscrição para esta prova será realizada entre os dias 9 e 22 de agosto. Os candidatos terão entre os dias 9 e 21 de agosto para preencher o kit de inscrição e pagar a taxa de inscrição e até o dia 22 para enviar a documentação via Correios, ao Dsea.

O vestibular Estadual reúne as universidade do estado (Uerj e Uenf) e as Academias Militares de Polícia e de Bombeiros. Na inscrição para a primeira fase do concurso, composta pelos exames de qualificação, os candidatos não precisam fazer a opção pela carreira ou pela instituição para a qual desejam se inscrever. Isso só acontece na inscrição para a segunda fase do concurso, composta pelas provas discursivas específicas por grupo de carreira.
 
Jornal do Brasil  -  Cidade  -  pg. A15  -   6/7
Solução para a Uerj, só no ano que vem
Joana Dale

Entrevista: Nival Nunes de Almeida

Ao caminhar pelos corredores e rampas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), repletos de estudantes que voltam às aulas depois de três meses em greve, o reitor Nival Nunes de Almeida parece prefeito de cidade pequena que acaba de ganhara eleição. Nival faz questão de trocar duas palavras e apertar a mão dos seguranças, abraçar os colegas professores e acenar para os alunos. Mesmo com o fim da paralisação, sabe que a crise na universidade continua.

- Minha preocupação maior é em não atrasar os salários do pessoal da limpeza e da segurança, de empresas terceirizadas desabafa o reitor, que engordou oito quilos desde que assumiu o posto, em janeiro de 2004.

Nival busca forças no amor pela profissão para não deixar o barco afundar de vez. Nas lacunas deixadas pelo governo, empenha-se para buscar recursos através de patrocínios.
- O que nos motiva é ver que os professores saem atrás de parcerias com a Petrobras - revela, diante de problemas como equipamentos defasados nos laboratórios. - Não há o que fazer. Devido à Rei de Responsabilidade Fiscal, não são possíveis novos repasses. Agora, é esperar pelo próximo governador.

Mesmo com toda a carga de estresse, não desiste de tentar fazer uma universidade melhor. Recém-eleito presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, Nival acredita no ensino público do Rio. Prova disso é onde matriculou a filha, hoje com 12 anos: Colégio de Aplicação da Uerj.
- Digo com muito orgulho que a minha filha estuda lá.

O que a Uerj conquistou com a greve de três meses?
Diante dessa situação desconfortável, conseguimos que o governo pagasse a energia elétrica, uma dívida de cerca de R$ 9 milhões. A luz na universidade chegou ser cortada. Também conseguimos pagar a empresa dos elevadores, a quem devíamos desde maio de 2005.

Os docentes estão com salários congelados há cinco anos. Houve a conquista da reivindicação dos professores?
Os salários, não. Mas conquistamos a criação de um plano de carreira que deixa os funcionários mais seguros e a inserção da Uerj na sociedade. Os cidadãos fluminenses ficaram sabendo da greve e mostraram-se favoráveis. O Rio ama algumas Coisas, como a Varige a Uerj.

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, disse que não houve corte, mas que o orçamento aumentou. Isso aconteceu?
Houve um corte de 25% na cota do custeio mensal em maio deste ano. A gente recebia R$ 2,9 milhões e, com o corte, passaria a receber R$ 2,2 milhões. O Wanderley supriu o corte com a verba da Faperj; de R$ 8,4 milhões por ano. Assim, o orçamento mensal vai para R$ 3,1 milhões, o que significa acréscimo de 2,5%. Mas o aumento só é válido para o orçamento em vigor. No fim do ano, quando será discutido o orçamento de 2007, o corte de 25% será mantido.

Como está o recomeço?
Não podemos ficar parados. Os nossos professores continuaram trabalhando e nós todos estamos cansados. Os alunos motivam a gente. Os professores também buscam recursos com a Petrobras, com a ANP. Iniciativas que animam a gente para manter a universidade. O que o governo não faz. O Estado não supre com recursos para a graduação. Essa é a diferença.

Então a crise continua...
A crise e a preocupação continuam. A maior delas é manter os pagamentos em dia do pessoal da limpeza e da segurança, que são de empresas terceirizadas. A firma presta o serviço, a reitoria passa o empenho para a Secretaria de Finanças, que teria de liquidar o pagamento. Só que, lá, não pagam. Todo o mês fazemos o empenho, mas eles pagam quando querem.

Há a ameça de Interrupção destes serviços?
Não, há um atraso normal do pagamento dentro do Estado. É justamente isso que dificulta a minha administração. São 23 mil alunos, 4.267 servidores e dependo de uma secretaria para pagá-Ios em dia.

Como o senhor pretende solucionar os problemas?
A gente tem de sobreviver com os poucos recursos que temos os alunos precisam de aulas e, devido à Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo não tem como fazer nossos repasses até o fim do ano. Minha esperança é no próximo governador. Vou, inclusive, conversar com todos os candidatos para que eles saibam a real situação da Uerj.

O senhor graduou-se em engenharia na Uerj em 1978. Qual a diferença entre a universidade em que o senhor estudou e a Uerj que administra?
É bem diferente. O campus que freqüentei, em São Cristóvão, era vibrante. Um exemplo de luta. Os alunos ainda são motivados no ponto de vista político. Mas, se naqueles idos eram contra a privatização, hoje buscam parcerias e recursos de fora.

A radiografia da crise

Equipamentos
No Laboratório de Circuitos Elétricos, os equipamentos são de 1993 e estão desatualizados. No de Comunicação Social, eles não, são digitais. O reitor estima que para reformar, cada laboratório, seriam necessários R$ 200 mil.

Segurança
A Uerj está numa área cercada por favelas. Apenas metade dos seguranças é patrimonial. O restante é de empresas terceirizadas, que freqüentemente têm o pagamento atrasado.

Infra-estrutura
Dívidas comprometem o funcionamento e a  manutenção da Uerj. A luz, por exemplo foi cortada mais de uma vez no campus.
 
O Dia  -  Opinião  -  pg. 08  -   6/7
Inovação tecnológica
Nival Nunes

Após o resultado da equipe brasileira no campeonato mundial, é hora de retomar a vida e voltar a atenção para a conjuntura política. Os presidenciáveis apresentam a educação como  parte de sua agenda principal. É certo que o caminho mais seguro para o desenvolvimento sustentável é o investimento em educação, mas deve-se fazer o mesmo em relação a ciência e tecnologia, que há muito se impuseram a todos os escopos político-ideológicos.
Diversos fatores contribuem para a competitividade de um país no cenário internacional, e dentre eles, está a capacidade inovadora das instâncias responsáveis pelas políticas tecnológicas, seja por permitir o aumento de produtividade e a melhoria dos processos produtivos, seja por agregar valor ao que é produzido.

Quando tratamos de inovação tecnológica, devemos ter em mente que a construção de um caminho eficiente integra duas dimensões complementares: a renovação da produção, mas também do processo produtivo. Assim, histórias de sucesso demonstram que é preciso envolver o Estado, com o estabelecimento de políticas de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico;a universidade e os centros de pesquisa; e o setor produtivo, com suas estratégias de incorporação de inovações.

No Brasil, iniciativas como a Lei de Inovação podem ser um bom início no caminho do desenvolvimento científico-tecnológico e que passa necessariamente, por políticas de Estado. Estas devem ser capazes de criar as condições favoráveis ao surgimento de parques tecnológicos, incubadoras de empresas e empresas juniores, que mobilizam pesquisadores e estudantes.

Reitor da Uerj

O Dia  -  Saúde e Bem-Estar  -  pg. 14  -   6/7
Maternidade começa a ser ocupada
 
A Maternidade do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, começa a funcionar hoje depois de inaugurada há mais de um mês. Cerca de 500 profissionais contratados no ínicio de maio como prestadores de serviços iniciam seus trabalhos em 20 leitos maternos, oito UTIs neonatais e leitos de alojamento.
Segundo o diretor do hospital, Carlos Eduardo Coelho, cerca de 20 gestantes, que já estão no Pedro Ernesto, serão transferidas. O pleno funcionamento da unidade, no entanto, depende de homologação de ofício credenciando os leitos do SUS. O hospital afirma que já enviou o pedido, mas ainda não obteve resposta. O Ministério da Saúde, por sua vez, informa que não recebeu nenhum documento solicitando o credenciamento.
A inauguração foi imposição do Ministério Público que obrigou o governo estadual a colocar a unidade em funcionamento sob pena de multa diária de R$50 mil.
 
O Globo  -  Opinião  -  pg. 06  -   6/7
Cotas raciais
 
Sou negro, de família pobre e nada disso me impediu de assar para a UFRJ e me formar em engenharia. Fico envergonhado em ver supostos intelectuais e movimentos afros enviando um manifesto ao Congresso exigindo cotas para negros nas universidades. Estas pessoas não nos representam e não queremos ser tratados como inválidos intelectuais. Não queremos privilégios raciais e sim igualdade de condições: escola pública de qualidade.
JOÃO RUFINO DOS SANTOS
(por e-mail, 5/7), Rio


É triste ver um frade franciscano tentar desqualificar o debate acerca das cotas raciais usando argumentos baixos e agressivos, na tentativa de forçar a aprovação de projetos no Congresso. Não se defende espaços para os filhos da elite, mas para os filhos de todos os  brasileiros pobres, vítimas das desigualdades. Se os negros estão entre os mais pobres da população, serão os maiores beneficiados, se o critério para adoção de cotas  for socioeconômico. Por que discriminar pobres brancos, amarelos, pardos, marrons ou vermelhos, num mundo cada
vez mais mestiço?
ROSA LIMA
(por e-mail, 5/7), Rio

A “elite burguesa”, que gasta seu dinheiro com os filhos em escolas privadas, com ensino de qualidade, para que ngressem em universidades públicas, tem agora que pagar  o preço pela inépcia do governo em fornecer educação de base a todos, sejam negros ou brancos, para que estes disputem em igualdade de condições uma vaga na universidade? A “elite”, além de pagar anos de ensino fundamental que deveria ter sido ministrado pelo Estado, vai ter que assistir a seus filhos serem privados da educação superior de qualidade, mesmo sendo mais      preparados? Chega de demagogia!
ANDRÉ CATRAMBY PINHEIRO GUIMARÃES
(via Globo Online, 5/7), Rio

Ser negro não é defeito. Defeito, para negros ou brancos ou qualquer raça, é ser incompetente. Eu nunca vi estas ONGs defenderem um estudo básico melhor para os pobres,   nem controlar a natalidade de quem não poderia manter um filho e gera dez vidas. Mas neste país levar vantagem parece ter virado regra, e os incompetentes passam à rente de quem teve o azar de nascer branco. Eu já estou querendo ser negro para entrar nessa mamata.
LUIZ PAUMGARTTEN
(via Globo Online, 5/7), Rio

As cotas cumprem um papel prático: provocam a reflexão e retiram da inércia autoridades responsáveis pelo encaminhamento do problema. Por favor, não deixemos que  os ideólogos do neo-racismo travem este passo importante  — redentor da sociedade brasileira, neste caso, representados pelos afro-descendentes.
PAULO ROBERTO DOS SANTOS
(por e-mail, 5/7), Rio

As cotas deveriam ser sociais e não raciais, ou os pró-cotas acham que só o negro é impedido de chegar à universidade ou aos cargos públicos disputados por concurso? O negro que tem condições de se preparar alcança esses postos por mérito, assim como o branco. Quem não consegue esses objetivos é o brasileiro pobre, seja qual for a sua cor. Portanto, as cotas têm que ser para os pobres brancos, negros ou índios.
FÁBIO CANTO DE OLIVEIRA
(via Globo Online, 5/7), Niterói, RJ
 
O Globo  -  O País  -  pg. 13  -   6/7
Especialistas voltam a criticar cotas
Demétrio Weber e Itala Maduell

BRASÍLIA e RIO. Intelectuais e políticos contrários ao projeto de cotas nas universidades federais e ao Estatuto da Igualdade Racial evitaram ontem rebater as críticas do diretor-executivo da Educafro, rede de  cursos pré-vestibulares para negros e pobres, frei David dos Santos, mas reafirmaram sua posição contra a reserva  de vagas. Na última semana, ambos os grupos entregaram no Congresso manifestos a favor e contra as propostas.

Anteontem, no Congresso, frei David criticou os autores do manifesto contrário, dizendo trata-se de "intelectuais que se formaram com dinheiro público e querem continuar pisando no negro”. E acusou os críticos de estarem preocupados em evitar que negros beneficiados pelas cotas tirem vagas de seus filhos nas universidades federais.  A pesquisadora Yvonne Maggie, professora de antropologiado Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, afirma que o debate é fundamental, mas não a polêmica:

— A nossa carta é um alerta sobre essa engenharia social com base na raça. Este projeto de lei diz respeito a toda a sociedade, não só aos diretamente interessados. A iniciativa desses movimentos é importante, assim como o debate. Mas não podemos debater com quem tem acusações em vez de argumentos.
 
Schwartzman: “Número de beneficiados é pequeno”

Outro signatário, o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Simon Schwartzman, reiterou os argumentos do grupo sem entrar em polêmica:

— O número de beneficiados é pequeno. Não sei em quanto  tempo vai se conseguir melhorar a educação básica no Brasil. Mas, enquanto isso, não vai ser uma política de cotas que vai resolver.

O deputado federal Alberto Goldman (PSDB-SP), candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de José Serra, discorda das posições de frei David, mas acha o debate positivo:

— As declarações expressam um ponto de vista pessoal. Não concordo, mas é preciso mostrar o pensamento de cada  setor. Acho que isso ajuda na definição mais correta  para o país.

Goldman é o autor do requerimento exigindo a votação em plenário na Câmara do projeto que reserva 50% das vagas nas niversidades federais para alunos da rede pública,  prevendo subcota para negros e índios proporcional às populações em cada estado. De autoria do Ministério da Educação, o projeto foi aprovado por unanimidade nas Comissões de Educação, Direitos Humanos e Constituição e  Justiça, de onde seguiria direto para o Senado.
 
Pesquisadora vê prejuízo em valorizar idéia de raças
 
Para Yvonne — que integra a rede internacional Observa, que acompanha ações afirmativas na área de pesquisas, e coordenou o projeto “Cor e educação: 
políticas alternativas de combate à exclusão”, apoiado pela Fundação Ford
— a política de cotas e o Estatuto da  igualdade centram as baterias na própria idéia de raças, produzindo um país dividido em brancos e negros:

— O que está em jogo não é apenas a modificação de uma  lei, mas a mudança do sentido de brasilidade.
 
O Globo  -  Opinião  -  pg. 06  -   6/7
Insegurança na Uerj
 
Ontem, após três meses de greve, os estudantes da Uerj se depararam com um prédio caindo aos pedaços e assaltantes armados na passarela que liga o campus à estação do metrô Maracanã. Estudo à noite, mas asqueixas são generalizadas — os assaltos são freqüentes, seja dia ou noite. Quando deixava o campus vi dois homens adultos e armados ameaçando “encher de tiro” um rapaz, também estudante da Uerj. A sensação de impotência foi enorme e a alternativa foi subir correndo a passarela antes que eu e outros estudantes fôssemos  abordados. Não há policiamento noturno. Estamos abandonados à mercê dos bandidos. Será que estão esperando alguém ser assassinado?

ROBERTA MANON DE PAULA SALES BORGES
(via Globo Online, 4/7), São João de Meriti, RJ                  
                       

Jornal do Commercio  -  Rio de Janeiro  -  pg. A17  -   6/7
1ª fase do vestibular é adiada
DA REDAÇÃO

Inscrições para a segunda fase podem ser feitas pela internet

A primeira fase do exame de qualificação do vestibular 2007 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi transferida para o dia 6 de agosto, devido à paralisação de três meses na instituição de ensino. As inscrições para a prova, que estava marcada para o dia 25 de junho, já terminaram e a nova data também é válida para o processo seletivo da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf).

Ainda é possível se inscrever para a segunda etapa do exame, que será realizado no dia 8 de outubro. A inscrição pode ser feira via internet (www.vestibular.uerj.br), entre os dias 9 e 21 de agosto, ou então nas agências credenciadas do Banco Itaú, de 14 a 21 de agosto.

O valor da taxa é de R$ 36, mas os estudantes que têm renda familiar até R$ 520 podem solicitar o pedido de isenção de pagamento até sexta-feira, também pelo site da UERJ.

As datas para a chegada do cartão de confirmação de inscrição da primeira fase também foram alteradas. O prazo para o recebimento do documento é dos dias 13 a 17 de julho e os candidatos também terão acesso às informações pela internet. Os pedidos de segunda via e mudança de dados devem ser realizados entre os dias 18 e 20 deste mês.
 
Povo  -  Geral  -  pg. 05  -   6/7
Vestibular da Uerj tem novas datas
 
Estão definidas as novas datas do vestibular organizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para 2007, válido também para a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) e para outras instituições estaduais. Oprimeiro exame de qualificação acontece em 6 de agosto e o segunso, em 8 de outubro. Para o segundo exame, é possivel fazer inscrição de 9 a 21 de agosto, no Banco Itaú. O cartão que confirma a inscrição no primeiro exame de qualificação deve chegar pelos correios entre 13 e 17 e estará disponível no site
www.vestibular.uerj.br.

Luiz Biondi e Carlos Alberto
Direção da FEN
Gestão Participativa



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