Reproduzimos matérias publicadas no CLIPPING UERJ. Tribuna da Imprensa - Nacional - pg. - 21/6 Um mês após ter suspenso, por tempo indetenninado, ocalendário de provas do Vestibular 2007, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) resolveu ontem que o primeiro exame deve ser feito até 6 de agosto. O modelo adotado será o mesmo dos últimos dois anos, com provas objetivas na primeira fase e uma segunda, discursiva. Para o concurso se inscreveram 72,2 mil candidatos, que seleciona também para a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Academia de Bombeiro Militar D. Pedro II e Academia de Polícia Militar D. João VI. Preocupa - A decisão, no entanto, foi recebida com preocupação pelas associações de docentes e de estudantes, em greve desde o início de abril. Eles afirmam que a instituição, que hoje sofre problemas com a falta de infra-estrutura do prédio e o congelamento de bolsas, não tem condições de receber novos alunos, além dos 25 mil atuais. "Quem entrar vai encontrar uma crise enorme. As instalações físicas estão absolutamente precárias, além disso, bolsas e salários e congelados. A definição do calendário do Vestibular2007 é, portanto, uma boa notícia entre aspas", disse ontem Denise Brasil, da diretoria da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj). Para Denise, o conselho, que é um órgão independente, havia decidido pela suspensão do calendário por entender que a instituição, diante dos problemas enfrentados, não teria condições de recebermais alunos. "Durante as férias, uma mureta de 7 toneladas desabou do 12° andar. Os banheiros não funcionam. Diante dos problemas, o calendário foi congelado paraque o governo desse condições mínimas para a instituição, mas nada foi feito até agora". Salário atrasado - Ela critica ainda o fato de o governo não ter repassado o salário integral do mês de maio, como determinou a Folha Dirigida - Educação - pg. - 22/6 "A Uerj pode inventar desculpas e dizer que o problema foi consertado, mas o que se conserta é carro. Não há conserto no processo pedagógico", disse Flexa Ribeiro. Segundo ele, a crise na Uerj abalou a credibilidade da instituição. "Não há mais confiança na organização do concurso. O vestibular, agora, faz parte da cesta básica de negociação dos grevistas com o governo", disse, destacando, no entanto, que o fato da Uerj ter decidido as datas é positivo. "Pelo menos acertaram o calendário. Todo o planejamento do aluno já foi pelos ares com o adiamento, mas pelos menos agora há as datas do concurso." Professor de Química do Centro Educacional (CEL) da Lagoa, Cesar Consuli acredita que a realização do segundo exame em outubro é prejudicial aos candidatos. "A prova fica muito próxima da maratona de vestibulares que começa em novembro. Quando a prova é em agosto e um bom aluno não apresenta o desempenho esperado há tempo para trabalharmos a auto-estima do candidato. Tentamos fazê-lo compreender que é possível reverter o resultado nas provas discursivas. Com a prova em outubro, isso será praticamente impossível, pois o tempo ficará muito curto." Apesar de criticar o novo calendário dos exames de qualificação, Cesar Consuli faz questão de frisar que a discussão de datas não é a mais importante. "Existem muitas outras questões. O massacre a que os estudantes são submetidos com a realização de várias provas no final do ano é um absurdo. Acho que deveríamos discutir a questão da unificação e não de datas." O governo estadual quer pagar os 13 dias restantes do salário retido dos grevistas somente aos funcionários da Uerj que sejam sindicalizados. De acordo com uma proposta apresentada na última segunda-feira, dia 19, ao reitor Nival Nunes, o governo pretende pagar apenas aos funcionários filiados à Associação dos Docentes (Asduerj) e ao Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj). O reitor, que na ocasião se encontrou com o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Wanderley de Souza, para discutir o corte, apresentou a proposta na última reunião do Conselho Universitário da instituição, realizada na quarta-feira, dia 21. Indignados, os dirigentes dos sindicatos denunciaram uma manobra do governo. "O sindicato representa toda a categoria, não apenas os filiados", criticou José Carlos Thompson, do Sintuperj. "A Asduerj não encaminhará qualquer listagem. O governo tenta fugir da sua responsabilidade", acusa Antônio Coscarelli, da Asduerj. Os funcionários também criticaram a decisão da reitoria de discutir a necessidade de abertura de novas vagas para o Hospital Universitário Pedro Ernesto no início da reunião do Conselho. Com o horário comprometido, a discussão sobre o corte ficou para esta sexta-feira, dia 23. Segundo o conselheiro para Assuntos Trabalhistas da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio (OAB-RJ), José Ribamar Garcia, a governadora Rosinha Garotinho pode ser responsabilizada criminalmente. "Quando sai uma liminar, ela tem que ser cumprida, a menos que o Estado consiga derrubá-la. Se a liminar não foi cassada, ela tem que ser cumprida, do contrário a governadora será responsabilizada". Assembléias decidem por continuidade da greve Mesmo com o corte de 13 dias nos salários e com a greve completando 80 dias, docentes e técnicos-administrativos da Uerj continuam firmes em sua paralisação. O resultado das assembléias realizadas na última segunda-feira, dia 19, pela Associação de Docentes (Asduerj) e pelo Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado (Sintuperj) mostrou que as duas categorias ainda possuem disposição para prosseguir com a paralisação. Segundo Perciliana Rodrigues, coordenadora do Sintuperj, não haverá recuo dos grevistas, principalmente enquanto não for cumprida a liminar que garante o pagamento integral dos salários de todos os funcionários, e não apenas dos sindicalizados. Perciliana também espera por um retorno do senador Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ), que prometeu intermediar o diálogo com a governadora Rosinha Garotinho. "Ficamos sabendo pelos jornais que o ex-secretário Anthony Garotinho poderia reassumir a secretaria de Governo para conduzir esta negociação, mas não tivemos qualquer informação oficial sobre este assunto. Por hora, estamos aguardando um retorno do senador Sérgio Cabral", explica a sindicalista. O primeiro passo para reabrir o diálogo, na opinião dos líderes sindicais, é o governo pagar os salários. Caso o Estado continue descumprindo a determinação do desembargador Rogério de Souza, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, para pagar os salários de forma integral, as assessorias jurídicas da Asduerj e da Sintuperj pretendem entrar com nova ação na Justiça, nos próximos dias, para que se cumpra a liminar. "O governo entrou com pedido de agravo no Tribunal de Justiça, mas este ainda não foi julgado, ou seja, o governo já deveria ter pago os salários enquanto isso", explica Perciliana. Grevistas fazem convite a candidatos ao governo Os candidatos ao governo do estado do Rio de Janeiro serão convidados a fazer uma visita à Uerj para conferir de perto a situação da instituição. O comando de greve da universidade fará os convites oficiais nas próximas semanas. O objetivo é mostrar para os candidatos o atual estado de sucateamento da instituição e firmar compromissos com os mesmos para que, caso sejam eleitos, tomem atitudes para solucionar a crise. "Queremos que os candidatos visitem a nossa universidade e se comprometam de alguma forma a tratar a Uerj com o devido respeito e responsabilidade", afirma Perciliana Rodrigues, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do estado (Sintuperj). No início da semana, os sindicatos e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) realizaram mais uma assembléia comunitária e, logo em seguida, um ato público em frente ao campus Maracanã. Grevistas e estudantes fizeram um protesto contra a postura do reitor Nival Nunes, que aceitou a proposta do governo de pagar os salários com 13 dias de desconto e o restante somente após o término da paralisação. Os representantes do Sintuperj, da Asduerj e do DCE também devem se reunir na próxima semana para formatar a carta de compromisso que será encaminhada aos candidatos. Na última quarta-feira, dia 21, docentes, técnicos e alunos se reuniram numa assembléia comunitária e voltaram a cobrar do governo o pagamento dos salários. "Apesar da assembléia não ter um sentido deliberativo, todos recriminaram a atitude do Poder Executivo", diz a vice-presidente da Asduerj, Denise Brasil. Folha Dirigida - Educação - pg. - 22/6 Os maiores prejudicados, no entanto, são pessoas que não têm qualquer relação com o conflito político: os vestibulandos. Mais de 70 mil candidatos, além de seus familiares, ficaram mais de um mês sem saber quando seria realizada a prova desses que é um dos vestibulares mais importantes e concorridos do estado do Rio de Janeiro. O conselheiro do Csepe e professor de Administração Aluizio Belisário disse que agora, com a decisão do Conselho, não há mais motivo de preocupação para o candidato. "Não há motivo para preocupação, porque já está referendado pelo Conselho que o vestibular será realizado e com as duas provas de qualificação e mais o exame discursivo", disse. O conselheiro do Csepe e aluno de Direito Daniel de Oliveira pediu compreensão aos alunos sobre a importância da suspensão temporária do vestibular da Uerj. "É bom que eles tenham alguma paciência, para que, quando os candidatos entrarem na universidade, seja em uma instituição de referência. É por isso que nós decidimos pelo adiamento da prova, para que a universidade e sua situação orçamentária sejam regularizados", disse Oliveira, destacando a crise pela qual passa a Uerj hoje. A conselheira do Csepe e aluna de Comunicação Social Paula Almada tem posição semelhante. "Na verdade, essa suspensão foi para garantir que os alunos entrem em uma universidade melhor, com melhores condições de estudos. A gente entende que eles estejam tensos, mesmo porque eu mesma já fiz vestibular. Mas isso é para melhorar a universidade", disse. Folha Dirigida - Educação - pg. - 22/6 "Já confirmamos que será possível realizar as provas nestas datas na maior parte dos locais. Então, está tudo acertado. As provas serão aplicadas nas datas aprovadas pelo Conselho", disse Elizabeth Murad, referindo à reunião do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Csepe), realizada na manhã da última terça, dia 20. A taxa de inscrição para o exame de qualificação é de R$36. A previsão é de a solicitação de isenção da taxa de inscrição para o segundo exame de qualificação seja feita entre os dias 5 e 7 de julho. A prova discursiva, da segunda fase, não tem alteração na data. Ela está marcada para o dia 10 de dezembro. Com a aprovação das novas datas está garantido o concurso da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e das Academias de Polícia Militar Dom João VI do Rio de Janeiro e da Academia de Bombeiros Dom Pedro II, que fazem parte do concurso junto com a Uerj. No ano passado, o concurso ofereceu 5.850 vagas, sendo 5.168 para a Uerj, 496 para a Uenf, 146 para a Academia de Polícia e 40 para a Academia de Bombeiros. A definição de vagas para o Estadual 2007 somente será conhecida quando for divulgado o edital da segunda etapa. "A reorganização desse vestibular não será tão tranqüila, como quando tínhamos aquele prazo ideal da primeira prova. Muita coisa vai ser feita com um esforço maior, mas a gente acredita que dê conta desse trabalho. Aliás, a gente tem certeza de que dará conta", disse a diretora do Dsea, Elizabeth Murad. A diretora não participou das decisões de anulação e de remarcação da prova, mas acatou as definições do Csepe que, durante a reunião de terça, havia aprovado duas datas possíveis para o 1º exame: 30 de julho, que acabou descartada, e 6 de agosto, essa já confirmada pela coordenação do vestibular. Na reunião, o Csepe também decidiu manter o modelo do vestibular com dois exames de primeira fase (exames de qualificação) e uma prova discursiva de segunda fase. A idéia de desmembramento do vestibular da Uerj das demais instituições que participam da Estadual havia sido cogitada durante a reunião, mas foi recusada. Servidores em greve da Universidade do Estado do Rio (Uerj) obtiveram ontem mais uma vitória na Justiça. O desembargador Rogério de Oliveira Souza, da 17ª Câmara Cível, indeferiu recurso da Procuradoria-Geral do Estado e determinou o pagamento integral dos salários em no máximo 12 horas. O prazo começa a ser contado após a notificação, que deverá ser feita hoje pelo Tribunal de Justiça. Caso a ordem judicial não seja acatada, o desembargador já determinou o seqüestro dos bens da secretária estadual de Administração, Sheila Mello, no valor de 20% (R$ 1,4 milhão) do total devido pelo estadó (R$ 7 milhões). Os funcionários tiveram 13 dias descontados do salário de março, pago em junho. Apenas os servidores do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) receberão o valor integral. O Sindicato dos Trabalhadores de Universidades Públicas Estaduais (Sintuperj) havia garantido a liminar na 17ª Vara Cível, mas o estado não depositou o dinheiro dos funcionários. Em assembléia, alunos, professores e funcionários decidiram pela manutenção da greve, que completa hoje 81 dias. Com mais de 130 universidades filiadas, entre particulares, comunitárias e públicas federais, estaduais e municipais, o CRUB tem feito da pluralidade a sua marca. Da diversidade de tantas instituições surge a maior riqueza do Conselho: a representatividade como um fórum aglutinador das universidades brasileiras, espaço privilegiado para o debate de propostas para o ensino superior. Em quarenta anos de existência, o CRUB sempre defendeu o princípio da autonomia universitária para que nossas universidades se consolidassem como instituições vivas e plurais. E pudessem cumprir sua missão de contribuir para o aperfeiçoamento da educação, bem como para o desenvolvimento científico e tecnológico, capaz de melhorar as condições de vida do povo brasileiro. Nas últimas décadas, o CRUB tem fortalecido sua atuação no cenário nacional como entidade propositora de reflexões sobre as questões fundamentais da educação, culminando com contribuições à proposta de reforma do ensino superior ora em discussão. Aos 40 anos, a entidade está no auge de sua maturidade para enfrentar os desafios que surgirão, ampliando sua interlocução junto à comunidade acadêmica, aos setores governamentais e à sociedade em geral. Nival Nunes de Almeida RIO - Professores e funcionários técnico-administrativos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) decidiram esta tarde, em assembléia, manter a greve iniciada dia 3 de abril. Na avaliação dos grevistas, ainda não é momento para encerrar o movimento. Esta tarde, a Justiça determinou o pagamento integral dos salários dos servidores da Uerj em até 12 horas. Este prazo começará a contar no momento em que a Secretaria Estadual de Administração for notificada. A próxima assembléia dos professores da Uerj está marcada para a próxima segunda-feira, dia 26, às 17h, no auditório 71. O processo seletivo está suspenso desde o dia 16 de maio deste ano. A assessoria de imprensa da universidade informou que as datas das provas da 1ª e 2ª etapa ainda não foram marcadas, mas que até a semana que vem o calendário será divulgado. O concurso tem cerca de 72.200 candidatos inscritos, e oferece vagas de graduação da Uerj e da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), da Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro 2º e da Academia de Polícia Militar Dom João 6º. No ano passado, cerca de 75 mil estudantes se inscreveram no vestibular da universidade. Em greve desde o último dia 3 de abril, membros do Cesep decidiram elaborar novas datas para o processo seletivo, cujas provas estavam marcadas para o dia 25 de junho (1º exame de qualificação), 3 de setembro (2º exame de qualificação) e para no dia 11 de dezembro (exame discursivo), por conta de uma crise financeira instalada na instituição. Crise Estudantes e professores protestam contra a redução de 25% nos orçamentos da Uerj e Uenf. A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, determinou o corte por meio de um decreto, assinado em março, para sanear as finanças do Estado. No dia 8 de maio, o governo do Estado do Rio voltou atrás e decidiu que este ano as cotas mensais das universidades terão um aumento de R$ 2,93 milhões para 3,01 milhões na Uerj (um aumento de apenas 2,65%) e de R$ 525,5 mil para R$ 639 mil na Uenf, o que representa um acréscimo de 17,7%. Professores, estudantes e funcionários da universidade também reivindicam verbas para reforma dos prédios dos campi; a construção de um restaurante para os alunos; a recomposição salarial de técnicos, servidores e docentes; aumento do número de bolsas assistenciais e acadêmicas; e planos de cargo para os técnicos administrativos. Os gabaritos de ambas avaliações serão liberados logo após o término dos exames. Os classificados na primeira prova serão anunciados em 14 de agosto. A lista de aprovados será divulgada dia 19 de outubro no UOL Vestibular. Na última terça-feira (20/06), o Cesep (Conselho Superior de Ensino e Pesquisa), composto pelo reitor, sub-reitores e conselheiros da instituição, havia decidido que até o dia 6 de agosto o primeiro exame seria realizado. O processo seletivo está suspenso desde o dia 16 de maio deste ano. O concurso tem cerca de 72.200 candidatos inscritos, e oferece vagas de graduação da Uerj e da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), da Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro 2º e da Academia de Polícia Militar Dom João 6º. No ano passado, cerca de 75 mil estudantes se inscreveram no vestibular da universidade. Em greve desde o último dia 3 de abril, membros do Cesep decidiram elaborar novas datas para o processo seletivo, cujas provas estavam marcadas para o dia 25 de junho (1º exame de qualificação), 3 de setembro (2º exame de qualificação) e para no dia 11 de dezembro (exame discursivo), por conta de uma crise financeira instalada na instituição. Crise Estudantes e professores protestam contra a redução de 25% nos orçamentos da Uerj e Uenf. A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, determinou o corte por meio de um decreto, assinado em março, para sanear as finanças do Estado. No dia 8 de maio, o governo do Estado do Rio voltou atrás e decidiu que este ano as cotas mensais das universidades terão um aumento de R$ 2,93 milhões para 3,01 milhões na Uerj (um aumento de apenas 2,65%) e de R$ 525,5 mil para R$ 639 mil na Uenf, o que representa um acréscimo de 17,7%. Professores, estudantes e funcionários da universidade também reivindicam verbas para reforma dos prédios dos campi; a construção de um restaurante para os alunos; a recomposição salarial de técnicos, servidores e docentes; aumento do número de bolsas assistenciais e acadêmicas; e planos de cargo para os técnicos administrativos. Primeira avaliação ocorrerá na dia 6 de agosto Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) confirmou as datas do vestibular 2007. O primeiro Exame de Qualificação, que avaliaria mais de 72 mil candidatos neste domingo, dia 25, está marcado para o dia 6 de agosto. Entre os dias 13 e 17 de julho, os candidatos poderão imprimir a confirmação de inscrição no site www.vestibular.uerj.br. O segundo Exame de Qualificação será realizado no dia 8 de outubro. As inscrições para esta prova poderão ser feitas de 9 a 21 de agosto. O vestibular da Uerj também classifica estudantes para a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e para as academias do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. A universidade está em greve há 81 dias. Na última quarta-feira, uma nova assembléia decidiu manter a paralisação por tempo indeterminado. Funcionários, professores e alunos reivindicam aumento de verbas para a Uerj, que sofreu corte de 15% em 2005. O reitor da Uerj, Nival Nunes de Almeida, acredita que seria preciso R$ 4,8 milhões mensais para custear todas as despesas, mas a universidade recebe mensalmente R$ 3 milhões do Governo do Estado. Parte desta verba, no entanto, pertence à Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (R$ 800 mil) e foi remanejada à universidade, como medida paliativa, que vale até o final do ano. Sem este repasse, a Uerj teria apenas R$ 2,2 milhões por mês. A greve da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) parece estar longe do fim. Na quarta-feira, a Justiça determinou o pagamento integral dos salários dos servidores paralisados em um prazo de 12 horas - contado a partir do momento em que Secretaria Estadual de Administração for notificada. Mesmo que a ordem seja obedecida, porém, os funcionários não devem voltar à ativa nos próximos dias. - Se a remuneração integral for liberada, não será mais que a suspensão de um castigo indecente - atacou Antonio Coscarelli, diretor da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj). Cortar o ponto dos professores em greve é um absurdo; parcelar os salários também. Coscarelli acredita que o pagamento integral dos salários não sensibilizará os funcionários para o término da paralisação, que começou dia 3 de abril. - Nossas reivindicações por reajuste salarial e melhores condições de trabalho ainda não foram atendidas - reclamou o professor. A Secretaria Estadual de Administração informou ontem que ainda não tinha recebido a notificação. Como o órgão trabalhou em meio expediente por causa da Copa do Mundo, a expectativa é de que o comunicado oficial seja feito hoje. A próxima assembléia dos professores da Uerj está marcada para segunda-feira. JC E-mail - On line - pg. - 23/6 “Um bom exemplo de “seleção natural” é o que estamos atualmente assistindo na Uerj, induzido pelo governo do Estado do RJ (através da Secti)” Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda é professor do Depto. de Anatomia da Uerj: Temos aprendido, desde Charles Darwin e, mais recentemente, com Stephen Jay Gould (paleontólogo de Harvard recentemente falecido, neodarwinista confesso), que um dos motores da evolução na Terra é o processo de “seleção natural”. Um bom exemplo de “seleção natural” é o que estamos atualmente assistindo na Uerj, induzido pelo governo do Estado do RJ (através da Secti). Eu me explico. Ao longo dos últimos anos, com o programa Prociência, 300 bolsas são oferecidas aos professores-pesquisadores mais produtivos da universidade, para que tenham dedicação exclusiva às suas atividades de pesquisa e produção científica. Estes professores, altamente qualificados e reconhecidos, têm atividade apenas com a Uerj e são responsáveis pelo aumento significativo da participação da universidade no contexto brasileiro de ciência, tecnologia e pós-graduação. Ao contrário, professores menos produtivos, ou não interessados no programa porque têm atividades externas, dedicam-se à Uerj parcialmente e contribuem pouco para os indicadores mencionados. O que acontece quando os salários são retidos? Esta é uma pressão evolutiva que atinge prioritariamente os professores do primeiro grupo, que não têm alternativas e sucumbem. Os professores do segundo grupo, malgrado verem os salários diminuídos, compensam isso aumentando sua atividade externa (outras IES, consultórios, escritórios, etc) e sobrevivem. A explicação está nos conceitos firmados no século XIX. A conseqüência, na Uerj, poderá ser a extinção de um grupo pouco adaptado às nuances da política e da insensatez, crédulo que estava em um ideal. O Dia - Geral - pg. - 23/6 A confirmação dos 72.200 inscritos para o primeiro exame chegará pelo correio de 13 a 17 de julho. Interessados em obter isenção da taxa de inscrição para a segunda prova devem fazer o pedido entre os dias 5 e 7 de julho no site www.vestibular.uerj.br. O cadastro para demais candidatos será feito entre 9 e 21 de agosto. O governo deve ser notificado hoje da decisão do desembargador Rogério Lima, do Tribunal de Justiça, que exige pagamento imediato a professores e técnico-administrativos da Uerj, pela Secretaria Estadual de Administração. O estado tem até, 12 horas após a notificação pa. ra cumprir a medida. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) divulgou o novo calendário do vestibular Estadual 2007. O primeiro exame de qualificação, inicialmente marcado para este domingo, será realizado dia 6 de agosto, conforme anunciado pela instituição na terça-feira passada. Os cerca de 72 mil inscritos na seleção receberão o cartão de confirmação da inscrição entre os dias 13 e 17 de julho. Os candidatos também poderão imprimir o cartão, que estará disponível neste período, no site www.vestibular.uerj.br. Os estudantes que pretendem fazer o segundo exame de qualificação do Estadual 2007 poderão pedir isenção do pagamento da taxa entre os dias 5 e 7 de julho, pela internet. O prazo de inscrição na prova será de 9 a 21 de agosto. O segundo teste será dia 8 de outubro. Participam do Estadual a Uerj, a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e as academias do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar O cidadão-eleitor liga a TV e se enoja com o corporativismo e com a corrupção presentes nos parlamentos: vantagens em causa própria, emendas suga-sangue, anistia para os sérios desvios de seus pares, tudo o horroriza. O parlamento é como um espelho invertido que retrata de forma grotesca e com lentes de aumento a cultura individualista, egoísta e permissiva dominante na sociedade. A visão que trata o povo como uma criança pura e o parlamento como a personificação do mal absoluto peca por um maniqueísmo primário — como se não houvesse vasos comunicantes entre representantes e representados. É verdade que a atuação vergonhosa de muitos parlamentares reforça a simplificação expressa pelo senso comum. Este, curiosamente, não condena fortemente o sujeito que oferece uma vantagem ao gerente que consegue emprego para seu filho, nem o profissional liberal que oferece desconto se não for exigido recibo pelo pagamento do serviço (a sonegação também é vista como uma resistência aos impostos asfixiantes), tampouco execra quem paga a cervejinha ao guarda que esquece a multa ou quem vota no candidato que o atende em seu centro social (vários alimentados com recursos subtraídos da saúde pública). Depois não se reconhece em seus representantes, flagrados na telinha, qu,e imbuídos do poder que os eleitores lhes outorgaram, obtém vantagens ilícitas com talento inusitado e espantosa criatividade (ah, se esta fosse usada para enfrentar a exclusão, as poluições, as burocracias, os impostos, a impunidade, que maravilha seria nosso país...). A maior parte do eleitorado até esquece em quem votou: alienação ou mecanismo freudiano de autodefesa? Esta maioria excluída vota em quem oferece vantagem imediata, cimento, roupa, muleta, ligadura de trompas, vaga em escola. Estes eleitos geralmente cumprem as promessas, mas vendem a alma a interesses inconfessáveis, favorecem cartéis, acobertam liberação de recursos milionários sem licitações, privatizações vergonhosas com majoração dos preços, e a conseqüência é que os recursos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e da educação se evaporam, assim como os da despoluição da baía de Sepetiba e do rio Paraíba do Sul. O eleitor fica com o saco de cimento e sem educação e saúde pública e seus filhos ficam doentes com a água contaminada. Uma revolução cultural é a saída para este labirinto, incluindo reforma política radical, fidelidade partidária, voto em legenda, fim do voto obrigatório, acesso geral à educação de qualidade, transparência da política e da execução orçamentária e superação progressiva dos valores mesquinhos que absorvemos no cotidiano e que nos indignam quando são praticados (com maligna maestria) pelos representantes que elegemos. CARLOS MINC é deputado estadual (PT-RJ). Luiz Biondi e Carlos Alberto |
Copie o link desta notícia para compartilhar:
www.eng.uerj.br/noticias/1151099957-Greve++Noticias+20
Todos os campos são obrigatórios
Regras para comentários:
| Não há comentários ainda. |