Reproduzimos matérias divulgadas através do CLIPPING UERJ. JC E-mail - On line - pg. - 26/4 Leia carta assinada pelo secretário de CT&I, Wanderley de Souza, e enviada ao JC e-mail nesta segunda-feira: “Tendo em vista a carta que alguns professores da Uerj encaminharam à Governadora Rosinha Garotinho e que foi publicada no JC e-mail de 18/4/2006, bem como a atual situação de greve na instituição, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-RJ), à qual a Universidade está vinculada, sente-se na obrigação de prestar os seguintes esclarecimentos: 1. Três componentes constituem o pano de fundo das discussões que se passam na universidade: a questão salarial, os investimentos e o custeio. 2. A Secti-RJ concorda com os que defendem que os salários praticados pelas instituições públicas de ensino superior no Brasil precisam ser ampliados. Com base nisso vem atuando junto à área econômica do governo estadual no sentido de fazer as devidas correções. A conjuntura atual, que alia (a) o não crescimento da arrecadação, (b) o crescimento vegetativo da folha salarial, já que o Estado do RJ manteve os triênios no cálculo dos salários, e (c) a necessidade de cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, sobretudo no último ano de governo, ainda não permitiram que fosse dado o merecido reajuste salarial. No entanto, cabe ressaltar que o salário dos docentes da Uerj não difere significativamente dos salários praticados pelas universidades federais. Como a Uerj não tem o Regime de Dedicação Exclusiva, os professores que se dedicam exclusivamente à universidade e desenvolvem atividade de pesquisa recebem bolsas complementares, no valor de 70% sobre o salário-base, o que faz com eles sejam ligeiramente melhor remunerados do que os das universidades federais. Cabe lembrar que a bolsa é isenta de imposto de renda. 3. Com base no exposto acima não há justificativa para falar em crise aguda sob a perspectiva salarial, com possibilidade de saída em massa de seus professores. Temos que juntos procurar valorizar cada vez mais o docente de nível superior, o que vem sendo objeto de negociação constante da Secti-RJ junto a outros órgãos do governo; 4. O orçamento executado pela Uerj vem crescendo a cada ano. Ele foi de R$ 379,1 milhões em 2000 e de R$ 520,4 milhões em 2005. Registre-se, ainda, que houve redução na parcela do orçamento correspondente à captação de recursos pela universidade. Em 1998 essa parcela era de 34% e hoje representa 20%. Logo, para que o orçamento continuasse crescendo foi necessário ampliar a participação de recursos do tesouro estadual. Isto vem sendo feito inclusive com a participação crescente de novas fontes. O Fundo Estadual de Saúde (FES) vem ampliando os investimentos na área médica da Uerj. Em 2002 foram investidos cerca de R$ 21,4 milhões do FES, enquanto que em 2005 foram aplicados R$ 97,7 milhões. No que se refere à atividade de pesquisa, pós-graduação e ensino, a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa (Faperj) vem ampliando significativamente seu apoio à Uerj. Tais investimentos, que praticamente não existiam em 2000, representaram R$ 21,1 milhões em 2005. Cabe registrar que tal apoio vem sendo feito tanto pelos projetos competitivos para toda a comunidade científica fluminense como através de editais específicos para a Universidade. Cito com exemplos três editais realizados no final de 2005 que aprovaram cerca de R$ 2 milhões, sobretudo para apoio aos cursos de graduação e infra-estrutura dos cursos de pós-graduação, cujos recursos serão liberados ainda no primeiro semestre deste ano. No entanto, recursos superiores foram liberados ao longo de 2005 e novos editais serão lançados nos próximos meses; 5. Não por acaso, é possível registrar que a Uerj vem a cada ano ampliando a quantidade e a qualidade dos seus cursos de pós-graduação. Eles eram 19 cursos em 1998 e hoje são 58; 6. Com base no exposto acima é difícil entender como uma instituição que vem melhorando a cada ano seu desempenho acadêmico encontra-se em aguda crise. Talvez haja uma crise de crescimento quantitativo e qualitativo; 7. No que se refere à infra-estrutura física é preciso lembrar a idade dos prédios da Uerj e o fato de que não houve manutenção adequada ao longo de muitos anos. Desde 2005 foi iniciado um programa de recuperação da infra-estrutura predial e que prosseguirá ao longo de 2006; 8. Por último, em relação à mencionada redução na verba de custeio, tendo em vista a necessidade de ajuste fiscal nas contas do estado, foi determinada, através do Decreto 39.102, publicado em 30 de março, a redução em 25% dos recursos de custeio de todos os órgãos e instituições do estado a partir de 1º de maio próximo. Como o decreto não determinou corte imediato, há um período para que as instituições que se sintam prejudicadas apresentem recurso, com as devidas justificativas. É o que estão fazendo as reitorias da Uerj e da Uenf. No momento a equipe da Secti-RJ está analisando as justificativas apresentadas, examinando as despesas e negociando com a área de controle e finanças do governo. Esperamos, ao longo desta semana, encaminhar parecer solicitando a recomposição total ou parcial dos recursos, com base nos argumentos das duas universidades; 9. No que se refere à dívida com a concessionária de energia elétrica Light, ela foi equacionada tão logo recebemos a comunicação da Reitoria; 10. Em conclusão, é no mínimo precipitado afirmar que a Uerj está vivendo uma de suas piores crises. Asseguro à comunidade da Uerj, que a Secti-RJ sempre esteve empenhada na defesa das instituições a ela vinculadas. Não por acaso todas elas passam, apesar das dificuldades, por fase de crescimento quantitativo e, sobretudo, qualitativo. Pessoalmente, tenho visitado as várias unidades acadêmicas da instituição, inclusive as localizadas no interior do estado, identificando as principais necessidades. Dentro de um mês, e como conseqüência de um novo investimento de R$ 12 milhões por parte do estado apenas no corrente ano, será colocado em funcionamento, no Hospital Pedro Ernesto, a mais moderna Unidade Perinatal em uma instituição pública no estado, com 101 leitos, sendo 24 para UTI neonatal, quatro para UTI materno, 18 para gestantes de alto risco, 20 para maternos de alojamento conjunto, 20 para recém-nascidos de alojamento conjunto, nove para recuperação de parturientes, dois para recuperação pós-anestésica e quatro para pré-parto. Para tal, foi necessário autorizar a contratação de mais 531 profissionais. Além disso, nos próximos dias o Hospital Pedro Ernesto passará a contar com o primeiro equipamento de ressonância para diagnóstico instalado em uma instituição de atendimento público no estado. Estou consciente de que (a) a dificuldade de uma correção salarial imediata e (b) o decreto relacionado com a redução em 25% do custeio geraram inquietação no meio acadêmico, levando a uma greve desnecessária e que prejudica essencialmente os alunos de graduação. Por outro lado, a Secti-RJ é obrigada, nos termos da legislação em vigor, a suspender o pagamento de salários de servidores em greve. A atual legislação, ao mesmo tempo em que respeita o direito de greve, não permite que os recursos públicos sejam utilizados para o pagamento de salários de quem não está trabalhando, sob pena de punição para as autoridades responsáveis. Concluo solicitando a todos que retornem às suas atividades, para que seja retomada a normalidade da vida acadêmica e a continuidade das discussões necessárias para que, juntos possamos encontrar os melhores caminhos para o desenvolvimento da instituição.” Extra - Viva Mais - pg. 18 - 26/4 Governo promete pagar fornecedor para amenizar falta de comida no hospital da Uerj A Secretaria estadual de Finanças e a empresa Comercial Milano, uma das fornecedoras de alimentos ao Hospital Pedro Ernesto (Hupe), da Uerj, firmaram um acordo ontem para amenizar o problema da falta de comida na unidade. O governo prometeu pagar os próximos dias a parte da dívida com a firma referente a 2005. Um levantamento feito pelo deputado Paulo Pinheiro, presidente da Comissão de Saúde da Alerh, constatou que, apenas nos setores de nutrição e alimentação do Pedro Ernesto, existem outros oito fornecedores com créditos a receber que somam mais de R$ 1,7 milhão. Assim como na segunda-feira, ontem as refeições foram prejuicadas pel falta de produtos, cuja entrega foi suspensa na quinta-feira. - Não foi servida a refeição entre o cafré da manhã e o almoço e a sopa do jantar foi servida sem tempero. Também não havia fruta - disse Pinheiro, que vistoriou a unidade. Greve na limpeza O deputado constatou que outras oito fornecedoras de alimentos do hospital estão sem receber. Para Pinheiro, o pano de fundo da crise do Pedro Ernesto é o corte no orçamento da Uerj nos últimos anos, situação que pode se agravar com a determinação da governadora Rosinha Garotinho de que as secretarias reduzam em 25% as despesas de custeio. A falta de pagamento a fornecedores e prestadores de serviços atinge também as unidades da Secretaria estadual de Saúde - o Pedro Ernesto recebe recursos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. Os funcionários da Liderança Conservação e Serviços Ltda, que presta serviços ao Hospital Rocha Faria, em Campo Grande,sem receber salários há três meses, estão em greve desde segunda-feira. A Secretaria estadual de Finanças informou que está providenciando o pagamento dos credores. Já a Secretaria estadual de Saúde disse que a Liderança não recebeu o pagamento referente aos últimos dois meses porque não apresentou a documentação. A Secretaria estadual de Finanças e a empresa Comercial Milano, uma das fornecedoras de alimentos ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Uerj, firmaram um acordo de cavalheiros ontem para amenizar o problema da falta de comida na unidade. O governo do estado prometeu pagar nos próximos dias a parte da dívida com a firma referente a 2005. O acordo não é extensivo aos outros credores. Levantamento feito pelo deputado Paulo Pinheiro (PPS), presidente da Comissão de Saúde da Alerj, constatou que, apenas nos setores de nutrição e alimentação do Pedro Ernesto, existem outros oito fornecedores com créditos a receber que somam mais de R$ 1,7 milhão. Assim como na segunda-feira, ontem as refeições foram prejudicadas pela falta de produtos, cuja entrega foi suspensa na quinta-feira. - Não foi servida a refeição entre o café da manhã e o almoço e a sopa do jantar foi servida sem tempero. Também não havia fruta ? disse Pinheiro, que vistoriou a unidade com o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio. O deputado constatou que outras oito empresas, que fornecem de alimentos a talheres para o hospital, estão sem receber o pagamento pelos serviços. Para Pinheiro, o pano de fundo da crise no Pedro Ernesto é o corte no orçamento da Uerj nos últimos anos, situação que pode se agravar com a determinação da governadora Rosinha Garotinho de que as secretarias reduzam em 25% as despesas de custeio. A falta de pagamento a fornecedores e prestadores de serviços atinge também as unidades da Secretaria estadual de Saúde - o Pedro Ernesto recebe recursos da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Em assembléia realizada ontem, os funcionários da empresa Liderança Conservação e Serviços Ltda, que presta serviços ao Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, sem receber salários há três meses, decidiram manter a greve iniciada na segunda-feira. A Secretaria estadual de Finanças informou que está providenciando o pagamento dos credores. Já a Secretaria estadual de Saúde disse que a Liderança não recebeu o pagamento referente aos últimos dois meses porque não apresentou a documentação exigida desde que venceu a licitação.
O líder do PDT na Assembléia Legislativa, deputado Paulo Ramos, enviou carta aos deputados estaduais pedindo que todos utilizem de manobras no regimento interno para barrar todas as votações. De acordo com ele, os deputados não estão conseguindo cumprir seu papel porque as CPI's na Alerj não são instauradas. Ele pede que os deputados obstruam as votações até que sejam abertas pelo menos sete CPI's na casa. A íntegra da carta segue abaixo: Rio de Janeiro, 25 de abril de 2006 Senhores Deputados Não é aceitável que o Poder Legislativo Estadual continue a ser diminuído. Não é razoável que a situação que estamos enfrentando em relação aos nossos deveres no exercício do mandato continue. Além de legislar, temos o dever, principalmente a oposição, de investigar denúncias que envolvem parcelas do Poder Executivo, dentre outros fatos. Por outro lado, ainda há o inafastável compromisso de apoiar os pleitos da sociedade de um modo geral, e dos servidores públicos em particular. É duro ver servidores nas galerias ou nas escadarias esperando de nós um posicionamento capaz de ajudá-los na conquista e afirmação de seus direitos. Portanto, em face dos obstáculos e das manobras que estão dificultando a nossa ação parlamentar, conclamo Vossas Excelências a uma obstrução regimental rigorosa e intensa de todos os trabalhos no Plenário (votação), mormente as Mensagens do Poder Executivo, submetendo a sua suspensão ao cumprimento da pauta abaixo: 1) Instalação imediata de pelo menos sete (07) Comissões Parlamentares de Inquérito (são muitas as já requeridas e inúmeros os Projetos de Resolução para investigar denúncias diversas (Art.30 do Regimento Interno). 2) Exigir da Senhora Governadora Rosinha Garotinho: - Que receba, para negociação, as diversas categorias de servidores públicos em greve. - Que envie à ALERJ os planos de Cargos, Carreira e Salários de vários servidores - FUNARJ, FUNDAÇÃO LEÃO XIII, DETRAN, IPERJ e outros (o prazo para aprovação e publicação de lei, caso seja a mensagem enviada, termina no dia 1º de junho). - Que cumpra e implemente os planos já aprovados, exemplo: Saúde e Fia. - Que cumpra a lei que determina o pagamento de triênio integral aos PM e Bombeiros incapacitados em ato de serviço. - Que atualize o valor das pensões, conforme determina a Constituição. Dignificar o Poder Legislativo, exercendo o mandato em toda a sua plenitude e valorizando a ação política, é o nosso dever. Atenciosamente, Deputado Paulo Ramos Líder do PDT
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