Entrevista: Prof. José Carlos Penna De Vasconcellos (Ago/2009)


Foto: divulgação


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bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (1969) , graduado em Engenharia Cartográfica pelo Instituto Militar de Engenharia – IME (1980) , mestre em Ciência Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –INPE (1986) e doutor em Engenharia de Transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (2002) . Atualmente, é professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Coordenador do Programa de Pós Graduação em Geomática, membro associado da Sociedade Brasileira de Cartografia, Geodésia, Fotogrametria e Sensoriamento Remoto, membro de corpo editorial e revisor de periódico da Revista Brasileira de Cartografia (Qualis B1). Tem experiência na área de geociências , com ênfase em ajustamento estatístico de mensurações, atuando principalmente nos seguintes temas: densificação, redes geodésicas, ajustamento, GPS, propriedade reprodutora.

Geomática está presente em todas as áreas de desenvolvimento do país

Existe na atualidade uma grande demanda por parte de empresas, instituições de pesquisas e órgãos governamentais por projetos que usem as novas tecnologias da ciência da computação, aplicadas no desenvolvimento de sistemas e aplicativos dedicados à geomática. Pensando nisso, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Estado do Rio de janeiro (Uerj) criou o Programa de Pós-graduação em Computação, com ênfase em geomática, que visa a desenvolver e utilizar essas tecnologias. O professor doutor José Carlos Penna de Vasconcellos*, coordenador do Programa, explica agora como ele funciona.

1) Qual o objetivo do Programa de Pós-graduação em Computação com ênfase em Geomática da Uerj?

O objetivo do PGEC é gerar uma sinergia (interdisciplinaridade) entre a engenharia de computação, aplicada a dados, e problemas espaciais. Nós usamos para isso duas linhas principais de ensino e pesquisa: uma se intitula Sistemas de Computação e a outra Tecnologia da Geoinformação. Assim, pesquisamos e desenvolvemos novas técnicas e algoritmos relacionados à geoinformação através da disseminação e aplicação das técnicas da geomática em diversas áreas do conhecimento. Portanto, a produção intelectual do curso está equilibrada entre o caráter científico e o tecnológico, entre a teoria e a prática.

2) De que forma é constituído o seu corpo docente?

Nosso corpo docente é constituído de professores da Faculdade de Engenharia e de outras unidades da Universidade, todos titulados doutores, classificados em Permanentes, Colaboradores e Visitantes. Existem, no momento, 14 professores da Faculdade de Engenharia participando do Programa. Sete são do Departamento de Engenharia de Sistemas e Computação, cinco do Departamento de Engenharia Cartográfica, um do Departamento de Engenharia de Meio Ambiente e mais um do Departamento de Engenharia de Telecomunicações. Há ainda um professor da Faculdade de Oceanografia e outro do Instituto de Matemática e Estatística.

3) Qual a infra-estrutura disponível para os estudantes (laboratórios, biblioteca etc.)?

O Programa dispõe de três laboratórios: LaboGeo 1, LaboGeo 2 e Geoanálise, nas próprias dependências. Além disso, conta com o apoio dos laboratórios dos departamentos de Engenharia de Sistemas e Computação e de Engenharia Cartográfica, onde os estudantes têm acesso a local e equipamentos para desenvolverem seus estudos e pesquisas. Nosso principal apoio de biblioteca é a Rede Sirius.

 

4) Quais são as áreas de atuação do curso?

O curso tem sido alvo de profissionais oriundos de órgãos públicos tais como IBGE, Petrobras, Fiocruz, IPP, além das Forças Armadas, principalmente Marinha e Força Aérea. Temos tido também a procura de profissionais da indústria e, ultimamente, de professores de universidades privadas. Nossos projetos podem ser usados em áreas como meio-ambiente, desenvolvimento sustentável e infra-estrutura.

5) Existe algum outro curso similar a este no Rio de Janeiro?

Ao nível de mestrado, o nosso programa é o único desse tipo no Estado do Rio de Janeiro. Ele é reconhecido (credenciado) pelo MEC. Futuramente iremos propor a criação do programa de doutorado em Geomática.

6) Existem trabalhos acadêmicos com aplicação direta em algum setor da sociedade?

Sim. Existem, por exemplo, dissertações voltadas ao turismo e ao controle de doenças endêmicas.

7) Cite outros exemplos de teses e pesquisas que poderão ser desenvolvidos no programa.

Estão sendo desenvolvidas no programa, atualmente, duas pesquisas e dissertações na linha de distribuição de royalties de petróleo a municípios e uma dissertação na linha de medição de deformações em barragens de concreto.

8) Qual a importância da pós-graduação na sua área para o desenvolvimento do País?

Considerando-se que grande parte dos problemas e informações na natureza e sociedade são espaciais (possuem um localização no espaço), a Geomática, por tratar de ferramentas e conceitos espaciais, encontra-se presente em todas as áreas de desenvolvimento.

9) Que diferenças essenciais existem entre a pós-graduação lato sensu e stricto sensu?

Na pós-graduação stricto sensu (em sentido estrito), onde são ministrados os cursos de mestrado e doutorado, a dedicação é integral e acadêmica. O curso exige um estudo supervisionado com o desenvolvimento de uma dissertação ou tese que contribua para o engrandecimento da ciência ou tecnologia. Já a pós-graduação lato sensu (em sentido amplo) pode ser feita até um pouco mais à distância com fins de especialização, podendo ou não ter o desenvolvimento de uma monografia direcionada. Quem necessitar mais informações sobre o nosso programa de mestrado (stricto sensu) e procedimentos de inscrição, pode acessar o nosso site: www.geomatica.eng.uerj.br .


Edição de Wedis Martins, Agencia Uerj de Noticias Cientificas (Agenc) da FCS especial para a Faculdade de Engenharia.



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